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ARRITMIAS CARDIACAS

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ARRITMIAS CARDÍACAS 
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ARRITMIAS CARDÍACAS 
DEFINIÇÃO:
Arritmia cardíaca é uma anormalidade na velocidade ou ritmo do batimento cardíaco .
Ocorrem quando o ritmo é inadequadamente rápido (taquicardia) ou lento (bradicardia), ou quando os impulsos elétricos seguem vias ou trajetos anômalos. Esses ritmos anormais podem ser regulares ou irregulares.
Também é conhecida como disritmia ou ritmo cardíaco irregular 
300.000 morte/ano no Brasil
RITMO SINUSAL
FIBRILAÇÃO ATRIAL
FIBRILAÇÃO ATRIAL
CLÍNICA:
Arritmia mais comum.
Caracterizada pela propagação de múltiplas frentes de ondas em diferentes direções, causando atividade atrial desorganizada, mas sem contração atrial efetiva. 
 Os batimentos são rápidos e irregulares. 
Os episódios têm muitas vezes início com breves períodos de batimentos anormais que com o passar do tempo se tornam estáveis e a intervalos maiores.
Muitos episódios são assintomáticos.
Em alguns podem-se manifestar sintomas como palpitações, síncope, dispnéia, tonteira, ou dor no peito. 
FIBRILAÇÃO ATRIAL
PRINCIPAIS CAUSAS:
A Fibrilação Atrial é mais comum com o aumento da idade e é um pouco mais comum em homens.
Danos na estrutura do coração causados por infartos ou problemas em determinadas válvulas cardíacas..
A FA tem associação com hipertensão arterial, doença valvar, insuficiência cardíaca, Miocardiopatia hipertrófica, cardiopatia congênita, tromboembolismo venoso.
Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca 
O consumo de álcool sem moderação em uma única ocasião pode engatilhar um episódio de FA (“holiday heart syndrome“)
FIBRILAÇÃO ATRIAL
DIAGNOSTICO:
ECG:
Ausência das ondas P típicas 
Distância entre os QRS totalmente irregular. 
Atividade atrial caótica e ineficaz com FC 350-600 bpm. 
Ondas F são difíceis de ver ou parecem um serrilhado irregular.
ECOCARDIOGRAMA:
Cardiopatia estrutural e trombos atriais. 
FIBRILAÇÃO ATRIAL
Pesquisar e tratar a causa
Pode regredir espontaneamente em 1 a 7 dias. 
Controle FC (Beta-bloqueador intravenoso ou oral), o risco de embolia e de AVE. 
Cardioversão elétrica imediata em casos recentes (<48h) ou com instabilidade hemodinâmica (sem trombo atrial ao ECO transesofágico).
Cardioversão com antiarrítmicos (Amiodarona) ou elétrica após pelo menos 3 semanas de anticoagulação nos casos com mais de 48h. 
Checar função tireoidiana, renal, hepática, íons, hemograma. 
TRATAMENTO:
FLUTTER ATRIAL
FLUTTER ATRIAL
CLÍNICA:
É a segunda arritmia sustentada mais comum
É uma arritmia organizada e regular. 
É um tipo de arritmia supraventricular em que os átrios (aurículas) formam um circuito elétrico anormal (de re-entrada), que causam contrações regulares a um ritmo acelerado (mais de 240 batimentos por minuto, em média 300bpm), denominada ondas P, com polaridade positiva.
FLUTTER ATRIAL
CLÍNICA:
Flutter atrial pode ser paroxístico (início e término espontâneos) ou persistente (requer Cardioversão para seu término), se manifestando clinicamente de várias formas: desde o paciente assintomático até pacientes muito sintomáticos com palpitações, dor no peito e falta de ar. Tontura e síncope são raros. 
O Flutter atrial também está associado a fenômenos tromboembólicos (coágulos que se desprendem do coração), portanto, os pacientes com essa arritmia devem ser avaliados quanto à necessidade de receber anticoagulantes
FIBRILAÇÃO ATRIAL
DIAGNOSTICO:
ECG:
Ondas F que produzem uma linha de base serrilhada
QRS geralmente é normal (regular)
FLUTTER ATRIAL
CAUSAS:
Flutter atrial pode se desenvolver em pacientes com coração normal, porém ocorre com maior freqüência em pacientes idosos com outras doenças associadas como hipertensão arterial sistêmica ou insuficiência cardíaca. 
A associação do flutter atrial com a Fibrilação atrial é comum e pode haver a transformação espontânea ou induzida por medicamentos de uma arritmia em outra.
Pós-operatório Cardíaco, embolia pulmonar, intoxicação alcoólica, cardiopatia isquêmica e hipertensiva.
FLUTTER ATRIAL
Anticoagular se antiga (<48h)
Cardioversão elétrica 
sincronizada é a melhor alternativa 
25-50J na primeira tentativa e 100J na 2º tentativa. 
Cardioversão medicamentosa
Amiodarona, verapamil ou propafenona. 
Ablação RF 
cateter com energia de radiofreqüência (cauterização), que é a abordagem preferencial
TRATAMENTO:
TAQUICARDIA VENTRICULAR
TAQUICARDIA VENTRICULAR
CLÍNICA:
Na TV, o nódulo sinusal perde o controle de sua função que é assumida por uma nova área localizada em um dos ventrículos. 
Como a nova área está localizada no ventrículo, o estimulo elétrico não percorre o miocárdio como um todo. 
A freqüência cardíaca altera-se, ficando mais elevada. 
Em decorrência a essa elevação, o ventrículo esquerdo não consegue ejetar sangue suficiente, pois não há tempo para o enchimento. 
Pode ser sustentada ou não sustentada
TAQUICARDIA VENTRICULAR
CAUSAS:
Muitas vezes não tem causa aparente e ocorrem no coração normal, porém em sua maioria se desenvolvem em corações que apresentam alguma anormalidade, como infarto (IAM), dilatação (insuficiência cardíaca), doença de Chagas ou problemas nas válvulas.
SINAIS E SINTOMAS:
Palpitações
Tontura
Dor torácica
falta de ar, desmaios ou mesmo complicações mais graves, como a parada cardíaca.
Dispnéia
Sincope 
PCR
TAQUICARDIA VENTRICULAR
DIAGNOSTICO:
ECG:
QRS de aparência bizarra
FC = 150-200 bpm
Ritmo normalmente regular, mas pode ser irregular
Onda P: difícil detectar 
MEDICAÇÃO 
Lidocaína 
Amiodarona 
CARDIOVERSÃO 
TV Sustentada e com repercussão hemodinâmica
DESFIBRILAÇÃO 
pct. Inconsciente - FV sem pulso 
TRATAMENTO:
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV)
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
CLÍNICA:
Consiste em um ritmo ventricular rápido, porém desorganizado, que causa um tremor ineficaz dos ventrículos. 
Não há atividade atrial.
Essa disritmia sempre se caracteriza pela ausência de um batimento cardíaco audível, pulso palpável e respiração. 
A atividade contrátil cessa e o coração apenas tremula
Paciente não possui pulso e débito cardíaco = zero
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
DIAGNOSTICO:
ECG:
Não há complexos QRS, nem ondas P ou T .
Ondas sinuosas e irregulares
Ritmo ventricular = sem padrão específico 
Freqüência ventricular = >100 por minuto. 
DESFIBRILAÇÃO: 
Imediata 
TRATAMENTO:
ATIVIDADE ELETRICA SEM PULSO (AESP)
ATIVIDADE ELETRICA SEM PULSO
CLÍNICA:
Ritmo elétrico que deveria estar associado a pulso central
Existe atividade elétrica organizada, porém há uma dissociação, impedindo a contração muscular efetiva, sem resposta mecânica que gere débito suficiente para pulso arterial central. 
Mau prognóstico.
Complexo QRS alargados e bizarros, sem contração mecânica ventricular correspondente. 
ATIVIDADE ELETRICA SEM PULSO
BLS
ACLS 
TRATAMENTO:
ASSISTOLIA 
VENTRICULAR
ASSISTOLIA VENTRICULAR
CLÍNICA:
Denominada linha plana. 
 Estado de inatividade cardíaca em que não se verifica débito cardíaco nem despolarização ventricular. 
Caracteriza por ausência de QRS, embora as ondas P possam ficar aparentes durante um curto período. 
Não há batimento cardíaco, nenhum pulso palpável e ausência de respiração. 
ASSISTOLIA VENTRICULAR
BLS
ACLS 
TRATAMENTO:
PROTOCOLO DA LINGUA RETA:
Chegar CABOS
Aumentar GANHO ECG
Mudar DERIVAÇÕES 
BLOQUEIOS VENTRICULARES
Acontece quando a condução do impulso através da área nodal AV está diminuída ou interrompida. 
Pode ser:
BAV 1º grau
BAV 2º grau
	Tipo I (Mobitz I ou Wenckebach) 
	Tipo II (Mobitz II)
BAV 3º grau 
BAV 1º GRAU
Bloqueio atrioventricular do primeiro grau, ou prolongamento do intervalo PR, é uma doença do sistema de condução elétrica do coração na qual o intervalo PR fica prolongado além de 0.20 segundos.
A condução do impulso dos átrios aos ventrículos pelo nó AV é atrasada e viaja mais lentamente do que o normal. 
Paciente geralmente fica assintomático. 
As causas mais comuns são doença de nódulo do AV, tônus vagal aumentado (como em atletas), miocardite, Infarto agudo do miocárdio, doença isquêmica do coração, doenças do colágenoe medicações (ex.: propranolol).
CLÍNICA:
BAV 1º GRAU
DIAGNOSTICO:
ECG:
O intervalo PR fica prolongado (acima de 0,21 segundos = 5 quadradinhos) e constante. 
Relação onda P: QRS = 1:1
Não existe tratamento. 
Abordar a causa se possível e evitar drogas que pioram BAV. 
Quase sempre reversíveis 
TRATAMENTO:
BAV 2º GRAU
O bloqueio atrioventricular de segundo grau é uma doença do sistema de condução elétrica do coração. 
Trata-se de um bloqueio/ falha de condução  de um ou mais impulsos dos átrios aos ventrículos, devido ao problema de condução.
São classificados:
BAV 2º grau tipo I (Mobitz I ou Wenckebach) 
BAV 2º grau tipo II (Mobitz II).
CLÍNICA:
BAV 2º GRAU
Tipo I (Mobitz I)
ECG:
QRS estreito
Aumento progressivo do intervalo PR (com intervalo PP constante) até o bloqueio com P não seguida de QRS; e o ciclo se repete. 
Relação P:QRS > 1:1
TRATAMENTO:
Em geral desnecessário. 
Caso sintomático:
Atropina 0,6mg EV (repetida 3-4 vezes)
Marca-passo profilático 
 Assintomático 
 Raramente: síncope, tontura e vertigem
BAV 2º GRAU
Intervalo PR fixo com batimentos suprimidos ocasionais em padrão 2:1, 3:1 ou 4:1
QRS alargado
Tipo II (Mobitz II)
TRATAMENTO:
Avaliar indicação profilática ou permanente de marca-passo.
 apresentam pré-sincope ou sincope 
 bradicardia intensa
BAV 3º GRAU
Bloqueio cardíaco completo (ou Total) 
É uma emergência médica
Caracterizado pela interrupção completa da condução AV.
Nenhum estímulo gerado nos átrios passa para os ventrículos, de modo que os átrios e os ventrículos são contraídos cada um ao seu próprio ritmo.
CLÍNICA:
BAV 3º GRAU
DIAGNOSTICO:
ECG:
Parada total da condução AV e as ondas P mantêm freqüência maior e dissociada da freqüência ventricular mais baixa. 
40-60 bpm
Transitório: 
Atropina
Marca-passo temporário externo. 
Permanente:
Marca-passo permanente
TRATAMENTO:
 Tontura, síncope 
 Insuficiência cardíaca e choque. 
MARCA-PASSO
BIBLIOGRAFIA 
	SMELTZER, S. C.; BRUNNER.; B. G. tratado de enfermagem médico cirúrgica. 10° ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2005. 
	CINTRA, Eliane Araújo; NISHIDE, Vera Medice; NUNES, Wilma Aparecida. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2ªed. São Paulo: Atheneu, 2003.
	MELTZER, Lawrence E.; Enfermagem na unidade coronaria: Bases, treinamento,prática. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
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