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Queixa crime - Francieli Maria Neres da Silveira

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EXCELENTISSÍMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAR DA COMARCA DE NITERÓI/RJ 
 
 
 
 
 
Erico, brasileiro, solteiro, engenheiro, residente e domiciliado na Rua XXX, portador do 
documento de identidade nº XXX, inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o nº XXX, por sua advogada 
que subscreve, vem, respeitosamente a presença da Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME em 
face de HELENA, brasileira, solteira, (profissão), residente e domiciliada na Rua XXX, portadora do 
documento de identificação nº XXX, inscrita no Cadastro de Pessoa Física sob o nº XXX, com fulcro 
nos arts. 41 e 44 do Código de Processo Penal e art. 100, §2 do Código Penal c/c art. 30 do CPP. 
 
1. DOS FATOS 
No dia 19 de abril de 2019, a querelada Helena, difamou e injuriou o querelante, imputando-lhe 
fato ofensivo à sua reputação, ofendendo sua dignidade e decoro. 
Na ocasião, Helena, vizinha e ex-namorada de Erico, que também possui perfil na rede social e 
está adicionada aos contatos do querelante, soube, mediante uma postagem de seu ex, da festa e do 
motivo da comemoração. Por meio de seu computador pessoal, instalado na sua residência na praia de 
Icarí, em Niterói, público a seguinte mensagem no perfil de Erico: “não sei o motivo da comemoração, 
já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, acrescentou ainda “ele 
trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, 
inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar 
uma ambulância para socorrê-lo!”. 
No momento, o querelante se encontrava em seu apartamento juntamente com seus amigos 
Carlos, Miguel e Ramirez, quando por meio de seu tablet conectado à internet, recebeu uma mensagem 
e visualizou o comentário ofensivo de sua ex, fato que lhe causou grande constrangimento. 
2. DO DIREITO 
Ao proferir tais ofensas como “Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem 
vergonha”, a querelada praticou crime de injúria, tipificado no art. 140 do CP. 
Ao afirmar que o querelante trabalha todos os dias embriagado, a querelada praticou crime 
de difamação, tipificado no art. 139 do CP. 
A querelada, Helena, praticou os crimes de injúria e difamação no mesmo contexto, 
mediante uma única publicação, em concurso formal imperfeito de crimes, nos termos do art. 
70 do CP. 
Acrescenta-se que, a querelada ao utilizar o seu computador pessoal para inserir as 
expressões injuriosas e difamantes, no perfil do querelante em sua rede social, usou meio que 
facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de pena 
prevista no art. 141, III, do Código Penal. 
 
3. DOS PEDIDOS 
Assim, diante do exposto requer o querelante: 
a) a designação de audiência preliminar ou de conciliação; 
b) a citação da querelada; 
c) o recebimento da queixa-crime; 
d) a oitiva das testemunhas arroladas; 
e) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos 
artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP; 
f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CPP. 
 
Local/data 
Advogado/OAB nºXXX 
 
 
 
 
 
 
 
 ROL DE TESTEMUNHAS 
1. Carlos, (endereço) 
2. Miguel, (endereço) 
3. Ramirez, (endereço)

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