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PEÇA QUEIXA-CRIME - PEDRO x HELENA

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO 
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI NO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
PEDRO, nacionalidade, estado civil, engenheiro civil, RG..., órgão 
emissor ..., inscrito no CPF sob o número..., residente e domiciliado no endereço, rua..., 
número..., apartamento..., bairro Icaraí em Niterói, Rio e Janeiro, CEP..., por meio de seu 
procurador subscrito, mediante procuração com poderes especiais em anexo, com 
endereço eletrônico..., onde recebe todas as suas publicações, vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, propor e ajuizar a presente 
 
QUEIXA-CRIME, com base nos arts. 41 e 44 do Código de Processo 
Penal e art. 100, §2º, do Código Penal, c/c o art. 30 do Código de Processo Penal, contra 
 
HELENA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG..., 
órgão emissor..., inscrita no CPF sob o número..., residente e domiciliada na rua..., 
número... apartamento..., bairro Icaraí em Niterói, CEP..., Rio de Janeiro, pelos fatos a 
seguir expostos: 
 
I. DO PRAZO DECADENCIAL 
O prazo para apresentação da Queixa-Crime é de 06 (seis) meses, contados 
a partir da data em que vier a saber quem é o autor do delito (artigo 38 do Código de 
Processo Penal c/c artigo 103 do Código Penal). 
 
II. DOS FATOS 
No sábado dia 19/12/2020, Pedro comemora aniversário e planejava, para 
a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa 
churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu 
aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando 
postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus com tatos. 
Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na 
referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do 
motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, 
um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil 
pessoal de Pedro. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, 
publicou o seguinte comentário: 
“Não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, 
bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro 
perante seus colegas de trabalho e ofender sua reputação acrescentou, ainda, ele 
trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava 
bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a 
empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” 
 
Imediatamente, o querelante, que estava em seu apartamento e conectado à rede social 
por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários 
ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos 
amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele 
instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas 
perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia 
seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes 
de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da 
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. 
 
 
 
III. DO DIREITO 
No dia 19 de dezembro de 2020, a querelada Helena, difamou e injuriou o 
querelante, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, ofendendo, ainda, sua dignidade 
e decoro. 
Helena, ao utilizar o seu computador pessoal para inserir as expressões 
injuriosas e difamantes, no perfil do querelante em sua rede social, usou meio que 
facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de 
pena prevista no art. 141, inciso III, do Código Penal. 
Ao afirmar que o querelante não passa de um idiota, bêbado, irresponsável 
e sem vergonha, a querelada praticou o crime de injúria, previsto no art. 140 do Código 
Penal. 
Ao afirmar que o querelante trabalha todo dia embriagado e que no dia 10 
do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado 
no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância 
para socorrê-lo, a querelada praticou o crime de difamação, previsto no art. 139 do Código 
Penal. 
Helena praticou a injúria e a difamação no mesmo contexto, mediante 
única publicação, com desígnios autônomos, em concurso formal imperfeito de crimes, 
nos termos do art. 70, segunda parte, do Código Penal. 
Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Helena, qual 
seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, 
Helena praticou dois crimes, a saber: INJÚRIA E DIFAMAÇÃO. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
Assim agindo, a querelada HELENA praticou os delitos previstos nos arts. 
139 e 140, c/c art. 141, III, e do art. 70, todos do Código Penal, razão pela qual requer o 
querelante: 
 
a) a designação da audiência preliminar ou de conciliação; 
 
b) a citação da querelada; 
 
c) o recebimento da queixa-crime; 
 
d) a oitiva das testemunhas arroladas; 
 
e) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos 
arts. 139 e 140 c/c o art. 141 III, n/f do art. 70, todos do CP; 
 
f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do art. 387, IV, do CPP. 
 
 
Local..., data... 
 
Advogado. OAB n... 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
Marcos; 
Miguel; 
Manuel.

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