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Governança Corporativa

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Governança Corporativa
Definição
A Governança Corporativa é essencial para o sucesso das organizações. Descreveremos o conceito de Governança e discutiremos de
que modo ela é relevante para as práticas das organizações. Identi�caremos o contexto corporativo que resultou na publicação da Lei
Sarbanes-Oxley (SOX), um dos dispositivos legais americanos cujas regras rígidas in�uenciaram a adoção da prática de governança
corporativa no Brasil e no mundo. Esclareceremos o conceito e os níveis da Estratégia Empresarial, relacionando-a com o conceito de
Governança Corporativa. Por �m, explicaremos o conceito de ética e como ele se aplica ao ambiente corporativo.
Objetivos
MÓDULO 1
 Descrever o conceito de Governança Corporativa
MÓDULO 2
 Identi�car as regras e critérios da Lei Sarbanes-Oxley
MÓDULO 3
 Relacionar o conceito de Governança Corporativa com as estratégias empresariais
MÓDULO 4
 Relacionar o conceito de Governança Corporativa com o conceito de ética empresarial
MÓDULO1
 Descrever o conceito de Governança Corporativa
Conceitos fundamentais de Governança
 Vídeo
 0:00 / 9:50     
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Origem da Governança
 Fonte: Shutterstock
Governança é um termo derivado da palavra governo. Assunto rotineiro nas discussões organizacionais, o sentido de governança
pode ter diferentes abordagens e perspectivas.
A palavra surge, em especial, pelas re�exões do banco mundial <> (BM), que é uma:
Banco Mundial
Com 189 países membros, funcionários de mais de 170 países e escritórios em mais de 130 locais, o Grupo Banco Mundial é uma parceria
global única: cinco instituições que trabalham para soluções sustentáveis a �m de reduzir a pobreza e gerar prosperidade compartilhada
nos países em desenvolvimento.
O Grupo Banco Mundial é uma das maiores fontes de �nanciamento e conhecimento do mundo para os países em desenvolvimento.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio
 Fonte: worldbank.org
javascript:void(0);
[...] agência especializada independente do Sistema das
Nações Unidas, a maior fonte global de assistência para o
desenvolvimento, proporcionando cerca de US$ 60 bilhões
anuais em empréstimos e doações aos 187 países-
membros.
- (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, s. d., on-line)
Por ser uma agência de fomento, ou seja, de empréstimos, o Banco Mundial impõe contrapartidas aos países que são �nanciados com os
recursos da instituição. Logo, exigir boas práticas por parte dos governos, de suas instituições e do mercado privado de uma determinada
nação passa a ser um dos requisitos para a concessão de �nanciamentos.
Essas boas práticas exigidas correspondem ao sentido da palavra governança.
Governança e Poder
O BM, por meio do relatório Governance and the Law,de�ne governança como:
[...] o processo pelo qual os atores estatais e não estatais
interagem para projetar e implementar políticas dentro de
um dado conjunto de regras formais e informais que moldam
e são moldadas pelo poder.
- (THE WORLD BANK, 2017, p. 41)
O mesmo relatório conceitua:
Fonte: Shutterstock
Poder
Capacidade de grupos e indivíduos para fazerem com que outros ajam segundo seus
interesses e para trazer resultados especí�cos.
(THE WORLD BANK, 2017, p. 41)
Nota-se que os sentidos de governança e poder estão correlacionados, pois o exercício de persuasão <> necessita, minimamente, de uma
ação de convencimento.
Nas organizações, o convencimento é produzido por meio da governança, que leva uma determinada instituição a seguir as diretrizes e as
práticas a partir de um discurso que proporciona uma identi�cação, tanto emocional quanto racional, por parte dos colaboradores.
A percepção do conceito de Governança difere entre alguns autores, como por exemplo:
persuasão
Uso dos mais diversi�cados recursos para induzir uma pessoa, ou um grupo de pessoas, a adotar uma ideia ou agir em prol de uma
�nalidade.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio

Percepção de Costa
(2017, p. 332)
O conceito de Governança está associado a mudanças nos processos e estruturas por meio dos quais a sociedade é gerida, envolvendo a
rede�nição de limites entre governos e organizações privadas com ou sem �ns lucrativos.

Percepção de Groenewegen
(2004, p. 353)
O conceito de Governança diz respeito às instituições que in�uenciam como as corporações alocam recursos e retornos.
A Governança é, portanto, para o campo dos estudos de Gestão, um
conjunto de políticas institucionais (princípios, normas e boas práticas)
que conduz as atividades exercidas pelas organizações, desdobrando-
se em todos os seus níveis (operacional, tático e estratégico).
Governança versus Governabilidade
A governança, em muitos momentos, é confundida com o termo governabilidade. Mas elas possuem diferenças fundamentais.
Governança
Trata da adoção de boas práticas com o público interno e externo à organização no intuito de executar cada vez melhor sua
missão. Tem caráter �losó�co e de princípios.

Governabilidade
Corresponde à legitimidade e estabilidade de um grupo para dirigir uma determinada organização. Tem vinculação direta com a
política de sustentação de presidentes de companhias ou de executivos dos mais diversos ramos organizacionais/empresariais.
Sobre a governabilidade, podemos a�rmar que sua existência depende das condições de sustentação (apoios) de um poder de mando e de
decisão.
Tipos de Governança
 Vídeo
 00:00 / 10:03     
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Podemos classi�car os tipos de Governança Corporativa de acordo com dois parâmetros:
Atividades e funções
A partir das atividades que exerce e das funções que deve cumprir, uma organização adota diferentes tipos de governança, caracterizados a
seguir:
PELA SUSTENTABILIDADE
Governança cujos princípios norteadores são de proteção, tanto do negócio como dos impactos que a organização pode provocar no meio
ambiente.
COMUNITÁRIA
Ações de governança que consideram os impactos nas zonas urbanas, rurais e periféricas das áreas geográ�cas sobre as quais estão as
empresas e suas �liais.
DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Segundo Akabane (2012, p. 53), corresponde à governança que avalia e orienta a utilização da TI para apoiar a organização, monitorando
seu uso para alcançar os resultados planejados.
LEGAL
Governança estabelecida com a �nalidade de adotar, com o máximo rigor possível, as exigências advindas do arcabouço jurídico (leis,
decretos e normas advindas do Poder Público).
CONTÁBIL
De�nição de governança que zela pela autenticidade e pela �dedignidade das informações prestadas pela organização ao seu público.
Finalidade da organização
Conforme a �nalidade das organizações, a Governança se subdivide em:
Governança Pública
Complexo de ações e processos que estabelecem as diretrizes (políticas, costumes, culturas) numa organização administrada
direta ou indiretamente pelo Estado.
Governança Corporativa
Ações e princípios adotados no âmbito das entidades privadas, em especial as empresas.
Secchi (2011), baseado na concepção adotada por Kooiman (1993) e Richards e Smith (2002), a�rma que a Governança Pública é a forma
de interação horizontal entre atores estatais e não estatais no processo de construção de políticas públicas. Ou seja, a Governança
Pública representa os princípios pelos quais as diversas instituições do Estado se estruturam, apontando por qual �loso�a se relacionam
com seu público, em especial, neste caso, externo.
Na Governança Corporativa tem-se a direção que uma instituição privada almeja seguir para o alcance dos resultados: nesse caso, o lucro e
o retorno para os acionistas. Na Governança Pública tem-se o mesmo intento, mas espera-se que os resultados culminem no bem comum,
que pode ser traduzido na adequada prestação de serviços à população.
Princípios da boa Governança
 Vídeo
 0:00 / 9:57     
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A Governança Corporativa foi introduzida no Brasil por in�uência do instituto brasileiro de governança corporativa (ibgc) <> .
Embora a literatura aponte para a existência de sete princípios norteadores da boa governança <> , pela relevância do IBGC para a prática
da governança no Brasil, apresentaremos e detalharemos os quatro princípios básicos fundamentais, de�nidos pelo instituto, para a boa
governança corporativa:
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
É uma organização sem �ns lucrativos e principal referência do Brasil para o desenvolvimento das melhores práticas da chamada
Governança Corporativa (IBGC, 2019).
sete princípios norteadores da boa governança
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio
sete princípios norteadores da boa governança
1. Participação;
2. Estado de Direito;
3. Transparência;
4. Responsabilidade;
5. Orientação por consenso;
�. Igualdade e inclusividade;
7. Efetividade e e�ciência.
Clique nos botões para ver as informações.
Definição do IBGC: caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de
todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em
consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e
expectativas.
A ideia de Equidade compreende tratar de modo igualitário todos os envolvidos no processo empresarial, ou seja, colaboradores
internos, colaboradores externos, clientes, fornecedores, investidores, concorrentes, empresas parceiras, comunidade, governo,
sindicatos e entidades de classes. Esse grupo abrangente com o qual as organizações têm de lidar chama-se stakeholders.
Naturalmente, lidar com um grupo tão ampliado gera para as organizações um grande esforço para conseguir ser isonômica, ou seja,
proporcionar para todos direitos e deveres iguais, no âmbito da relação direta com o negócio. Essa habilidade é fundamental para que
se efetive uma boa governança corporativa e, ao mesmo tempo, representa um desa�o, uma vez que cada um desses stakeholders
têm necessidades diferentes e, às vezes, exigem tomadas de decisão que contrariam um ou outro grupo interessado.
EQUIDADE 
Definição do IBGC: os agentes de governança devem prestar contas de
sua ação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo
integralmente as consequências de seus atos e de suas omissões e
atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
O princípio de Prestação de Contas, ou Accountability, em inglês, impõe à Governança Corporativa de uma organização que ela reúna
todos os recursos necessários a �m de impedir perdas para aqueles que realizaram aportes de capital na empresa. A atenção com os
recursos, que são advindos de terceiros e precisam ser adequadamente investidos, representa a maneira ideal de se prestar contas:
alocando bem o capital da empresa. Esse princípio abrange, ainda, demonstrar aos interessados todos os esforços �nanceiros e não
�nanceiros que a organização tem feito para gerar os melhores resultados.
PRESTAÇÃO DE CONTAS 
Definição do IBGC: os agentes de governança devem zelar pela viabilidade
econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades
negativas dos negócios e das operações e aumentar as positivas, levando
em consideração, no modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro,
manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc.) no
curto, médio e longo prazos.
O princípio da Responsabilidade Corporativa diz respeito à capacidade da organização em responder pelos próprios atos. Os atos da
empresa geram alguma consequência e é missão desta ser hábil em responder pelas próprias ações que, em alguns momentos, serão
assertivas e, em outros, não.
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA 
Definição do IBGC: consiste no desejo de disponibilizar para as partes
interessadas as informações que sejam do seu interesse e não apenas
aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve se
restringir ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os
demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que
condizem à preservação e à otimização do valor da organização.
A palavra transparência <> , no âmbito da Governança, pode ser compreendida por uma in�nidade de possibilidades, relacionando-se,
na maioria das vezes, às ações da organização caracterizadas pela nitidez de suas práticas e de suas diretrizes.
Para as empresas, a transparência remete à disponibilização de informações de modo claro, quer sejam elas obrigatórias (como as
demonstrações contábeis), quer sejam não obrigatórias (como as políticas de promoção de um colaborador dentro da instituição).
A transparência não está assentada apenas nas questões contábeis, econômicas e �nanceiras, mas contempla a nitidez das políticas
institucionais que demarcam o processo de gestão, contribuindo para a criação de valor dentro e fora da organização e conduzindo
todos os stakeholders a con�arem e se dedicarem à instituição.
O conceito de transparência passou a ganhar cada vez mais relevância a partir dos anos 1980, nos Estados Unidos. Ainda que tenha
sido o berço da Administração moderna, muitas práticas adequadas de hoje – como a própria ideia de governança – surgiram dos
problemas de falta de transparência enfrentados no contexto americano no período antecedente aos anos 1990.
TRANSPARÊNCIA 
Transparência
O Dicionário Houaiss (2018) de�ne transparência como a qualidade ou condição do que é transparente. Ele menciona também alguns dos
sinônimos do termo: claridade, cristalinidade, diafaneidade, evidência, limpidez, nitidez, perspicuidade, pureza, translucidez, transluzimento.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio
Práticas de Governança Corporativa
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 0:00 / 9:56     
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Nas empresas, cujo fundamento basilar é auferir lucros, a adoção da Governança Corporativa indica que essas organizações – embora
almejem obter recompensas �nanceiras advindas do processo de produção/serviço – também têm preocupações com outros fatores que
ultrapassam o ganhar dinheiro.
É necessário reavivarmos a ideia da estrutura básica das empresas (níveis administrativos), representados a seguir, para que entendamos
em que nível a governança corporativa é formulada.
Como vimos, a estrutura básica de uma organização é formada por três níveis administrativos:
Nível operacional
Corresponde ao nível de supervisão e são necessárias habilidades técnicas para sua execução. É nesse local que estão os níveis de
supervisão e o pessoal de execução.
Nível intermediário (ou tático)
Corresponde ao nível de gerência, pelo qual se faz a comunicação entre o nível operacional e o institucional.
Nível institucional (ou estratégico)
Engloba a alta direção, que deve ter habilidades conceituais. O nível conceitual, como o próprio nome diz, é aquele que corresponde aos
elaboradores das políticas da organização, de�nindo a �loso�a adotada por ela.
Por analogia, a adoção ou não de uma efetiva Governança Corporativa perpassa pelos mesmos atores que, se conscientes de sua
importância, buscarão harmonizar a atividade empresarial, e sua �nalidade (o lucro), com os princípios norteadores da boa governança,
adicionando os valores monetário e ético às ações da organização.

Atenção
A Governança Corporativa tem signi�cativa relevância nas organizações, pois permite a adoção de princípios éticos nas ações destas.
Esses princípios acrescentam valor (tangível e intangível) ao negócio, uma vez que a sociedade tem exigido cada vez mais empresas
comprometidas com boas práticas nos níveis humano e �nanceiro bem como em toda a cadeia de operação.
Atividade
1. Qual dos conceitos apresentados a seguir melhor representa o signi�cado da palavra governança?
a) É a capacidade da organização em responder pelos próprios atos.
b) A disponibilizaçãode informações de modo claro, quer sejam elas obrigatórias (como as demonstrações contábeis), quer sejam não
obrigatórias (como as políticas de promoção de um colaborador dentro da instituição).
c) O conjunto de princípios, normas e boas práticas que conduzem as atividades desempenhadas pelas organizações, desdobrando-se em todos
os seus níveis.
d) A reunião de todos os recursos necessários a fim de impedir perdas para aqueles que realizaram aportes de capital na empresa.
e) O modo igualitário pelo qual são tratados todos os envolvidos no processo empresarial, ou seja, os stakeholders.
2. Acerca dos temas apresentados, analise as a�rmativas a seguir:
I. As boas práticas por parte dos governos, de suas instituições e do mercado privado de uma determinada nação fazem parte dos requisitos
impostos pelo Banco Mundial para a concessão de �nanciamentos.
II. A governabilidade corresponde à legitimidade e à estabilidade de um grupo para dirigir uma determinada organização.
III.III. A governança Corporativa corresponde à legitimidade e estabilidade de um grupo para dirigir uma determinada organização.
Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) As afirmativas I e II estão corretas.
c) As afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas I e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
MÓDULO2
 Identi�car as regras e critérios da Lei Sarbanes-Oxley
Contexto da Lei Sarbanes-Oxley
A Lei Sarbanes-Oxley (SOX) é um dos dispositivos legais americanos cujas regras rígidas in�uenciaram a adoção da prática de governança
corporativa no Brasil e no mundo.
Na visão das autoras Oliveira e Linhares (2007), os condicionantes para a criação da referida lei foram:
Lei Sarbanes-
Oxley (SOX)
!Frequentes fraudes corporativas
Falta de transparência das
organizações
!Manipulação dos balanços
Crises de credibilidade
enfrentadas pelo mercado de
capitais norte-americano ! !
A Lei Sarbanes-Oxley (SOX) é um importante instrumento legal que
busca inibir práticas que prejudiquem a credibilidade das informações
apresentadas pelas empresas norte-americanas, assim como naquelas
que registram ações nas bolsas de valores situadas nos Estados
Unidos.
Vejamos quais eventos impulsionaram a criação da Lei Sarbanes-Oxley:
No �nal do ano de 2001, diversas fraudes foram veri�cadas, principalmente as ocorridas nas empresas enron <> e arthur
andersen <> . Ambas surpreenderam o mercado após vir à tona que os excepcionais lucros apresentados nos registros
contábeis dos anos anteriores eram, na verdade, resultado de fraudes.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html?brand=estacio
A descoberta das fraudes abalou a economia dos Estados Unidos e despertou o alerta sobre o futuro do país, pois o prejuízo
econômico poderia ser ainda maior caso ações desse tipo continuassem a ser negociadas em um ambiente tão
globalizado, devido ao grande impacto no sistema econômico mundial.
Surgiu a necessidade de uma solução para que as empresas que mantivessem relações �nanceiras em território norte-
americano fossem vistas pelo mercado geral, especialmente pelos investidores, como organizações con�áveis nas quais
investir. Isso pela necessidade cada vez mais valorizada de se garantir, no ambiente empresarial, a transparência necessária
às relações entre os investidores, os executivos e a sociedade.
Em 2002, os senadores norte-americanos Paul Sarbanes e Michael Oxley propuseram a normatização de regras que
resultassem em mais con�abilidade no mercado �nanceiro, estabelecendo severas punições àqueles que não se
adequassem às determinações. A proposta foi convertida em lei, sendo batizada posteriormente com o nome de seus
idealizadores.
Enron
A Enron, até o �nal de 2001, era considerada uma potência empresarial do ramo energético mundial, sendo a sétima no ranking de maiores
empresas dos Estados Unidos. Logo após a divulgação da concordata, o Congresso Americano iniciou a análise da falência do grupo,
quando detectou uma dívida de 22 bilhões de dólares, aproximadamente. Dado esse montante e a importância global da empresa, esta foi a
falência mais importante da história empresarial americana.
Segundo Carvalho (2004), pela amplitude e solidez da imagem da empresa, os analistas de mercado experientes não foram capazes de
identi�car antecipadamente qualquer motivo que abalasse a con�ança dos investidores, uma vez que as informações prestadas não
revelavam as manobras contábeis e mascaravam a real situação �nanceira da corporação.
 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Logo da empresa Enron
Arthur Andersen
A empresa de auditoria Arthur Andersen checava os dados �nanceiros divulgados pela Enron. Até o escândalo eclodir, ela ocupava um lugar
de prestígio e credibilidade no mercado global, sendo uma das cinco maiores do ramo. Ela foi condenada pelo Tribunal Federal americano
por fraude contábil e obstrução de justiça, dada a destruição de documentos. Mesmo após a absolvição no processo judicial, ela não
resistiu à perda de valor e ao custo de imagem resultantes das perdas �nanceiras dos acionistas.
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 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Logo da empresa Arthur Andersen
A lei foi formalizada para proteger os acionistas e a sociedade contra as fraudes veri�cadas no
�nal do ano 2001.
Regras e critérios da Lei Sarbanes-Oxley
De acordo com Oliveira (2006), a SOX buscou reparar a perda da credibilidade pública dos líderes empresariais dos Estados Unidos, além de
destacar, novamente, a necessidade do cumprimento de parâmetros éticos para a confecção e a divulgação das informações contábeis.
A SOX teve como propósito proteger os investidores por meio da divulgação de demonstrações �nanceiras mais precisas e con�áveis,
evitando a possível fuga dos investidores �nanceiros para outros países, pois eles poderiam não estar seguros sobre a qualidade e a
credibilidade das ações de governança corporativa praticadas pelas empresas.
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Segundo Defond e Francis (2005), por causa da SOX, todas as empresas que negociam ações nas bolsas dos Estados Unidos devem seguir,
detalhadamente, diversas obrigações, entre as quais se destacam:

Implementar reformas que garantam a governança corporativa e a divulgação de informações contábeis con�áveis.

Determinar que, dentro de sua administração, a empresa garantirá o controle dos seus processos.

Garantir a transparência em suas relações de mercado.

Evidenciar em auditoria, por meio de amostragem aleatória e mecanismos con�áveis, que os seus processos estão sendo executados
conforme planejado anteriormente.

Criar comitês para supervisionar as atividades e garantir mais independência na atuação da auditoria externa, resultando em mudanças,
como: determinação da qualidade do serviço e aumento em mais de 50% dos honorários da auditoria, visando à diminuição dos con�itos de
interesses entre a administração e a empresa de auditoria.

Atenção
A atividade de auditoria passou a ser autorregulada e supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (Securities
and Exchange Commission – SEC), a qual teve a atividade controlada diretamente por uma agência quase governamental: o Conselho de
Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas (Public Company Accounting Oversight Board – PCAOB). (DEFOND e FRANCIS, 2005)
No que se refere à criação e à composição dos comitês de auditorias que a SOX estabeleceu, devem ser atendidos os seguintes critérios
(IBGC, 2017):

Todas as empresas devem ter um comitê composto inteiramente por membros independentes da administração.

Deve conter, no mínimo, um especialista em �nanças (�nancial expert) e, caso não possua, explicar o motivo.

O comitê é o responsável pela nomeação da empresa de auditoria externa.
Devem ser assegurados todos os requisitos para o cumprimento da independência dos auditores externos.

Devem ser discutidas com os auditores as questões que tenham impacto nas demonstrações �nanceiras.

A empresa deve ter um consultor externo e outros consultores que o comitê julgar necessário para cumprir as obrigações legais.

O comitê deve implementar procedimentos para receber e investigar queixas de empregados sobre as práticas e políticas contábeis.

Atenção
Se qualquer uma das regras for descumprida, graves implicações poderão acometer as empresas, como também seus dirigentes máximos.
Existe, inclusive, a possibilidade de responsabilização penal do presidente e da diretoria da instituição ou o pagamento de elevadas multas
devido à publicação de informações não condizentes com a verdade.
Contribuições da Lei Sarbanes-Oxley
Até aqui você já conseguiu compreender o verdadeiro objetivo da Lei Sarbanes-Oxley?
 Fonte: Shutterstock
O objetivo da SOX é recuperar a credibilidade da informação contábil, além de ampliar o custo de litígio e o grau de governança
corporativa para minimizar os riscos dos negócios e garantir a transparência dos resultados contábeis das companhias.
Para Machado (2008 apud Contezini; Beuren, 2012), a SOX funciona como um pacote de reformas para a ampliação da responsabilidade
dos executivos, o aumento da transparência, a garantia da independência do trabalho dos auditores, a introdução de regras no trabalho
destes e a redução dos con�itos de interesses dos analistas de investimentos. Ela amplia substancialmente as penalidades por fraudes e
crimes de colarinho branco.
A SOX também in�uenciou a gestão pública, pois empresas que detêm a maioria das ações com propriedade do Estado brasileiro (como é o
caso da Petrobras e suas subsidiárias) devem obedecer às regras estabelecidas pela lei norte-americana, pois possuem ações listadas nas
bolsas de valores daquele país.
Após a crise Enron, os benefícios da boa governança se tornaram mais claros, possibilitando o desenvolvimento desta no mundo
corporativo.
Segundo o IBGC (2004), a governança corporativa adequada passou a
ser buscada para permitir o alinhamento favorável dos interesses dos
acionistas e dos gestores, além de ter a finalidade de aumentar o valor
da organização, facilitar o acesso ao capital e contribuir com a relação
de longo prazo.
Evolução das Práticas de Governança Corporativa
A implementação da política e�caz de governança corporativa busca alterar o cenário de insegurança no mercado �nanceiro, caracterizado
pela renda variável dos investidores, para um ambiente capaz de atrair recursos, graças à con�abilidade das informações apresentadas,
resultando em benefícios para todos os envolvidos na negociação.
Veja a seguir como as práticas de Governança Corporativa foram evoluindo com o tempo.
A governança corporativa destaca a relevância das funções desempenhadas pelo conselho de administração, dos executivos e da
administração das empresas, pois estes devem ter como propósito a de�nição de regras de conduta e responsabilidades claras. Por meio
de instrumentos de monitoramento e controle, a governança garante a proteção dos acionistas e credores, de forma que eles não sejam
prejudicados pelos membros da organização (SHLEIFER; VISHNY, 1997).
 Fonte: Shutterstock
Lei nº 10.303
De acordo com Vieira e Mendes (2004), entre as inovações resultantes da nova legislação brasileira para empresas do tipo Sociedades por
Ações (S.A.) estão:
A adoção de novas regras para assento em conselho;
O re�namento de questões de custódia;
O limite de emissão de ações preferenciais em relação às ordinárias;
A utilização da arbitragem como mecanismo para a solução de divergências entre os controladores e os acionistas minoritários,
dentre outras.
Outra novidade da lei foi o chamado tag-along, que nada mais é do que o direito que o acionista tem de vender as suas ações com direito a
voto por valor igual ou superior a 80% da quantia que pagou por elas, mesmo não fazendo parte do bloco de controle da empresa (BRASIL,
2001, artigo 254-A).
 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Fonte: Shutterstock
Como vimos, as práticas de Governança evoluíram bastante desde a quebra da Bolsa de Nova York. No entanto, os padrões de Governança
Corporativa adotados diferem em alguns países.
Desenvolvimento da Governança corporativa
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 Vídeo
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Brasil X Estados Unidos X Europa
Os instrumentos brasileiros de governança têm evoluído fundamentalmente com concentração na relação entre os administradores e os
acionistas, fato que demonstra similaridade com o modelo de governança norte-americano. Já na Europa, o padrão de governança
corporativa é o que expande a relação acionistas-gestores e inclui outros membros do processo empresarial, como: empregados,
fornecedores e clientes.
 Fonte: Shutterstock
Desenvolvimento da Governança corporativa no Brasil
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Atividade
1. A Lei Sarbanes-Oxley foi assinada em 30 de julho de 2002, nos Estados Unidos. As a�rmativas a seguir dizem respeito a ela, à exceção de
uma. Assinale-a.
a) Para supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas à lei, foi criado um conselho de auditores de companhias abertas, com a
missão de estabelecer as normas de auditoria, o controle de qualidade e a ética.
b) Os conselhos de administração são explicitamente responsáveis por estabelecer e monitorar a eficácia dos controles internos em relação aos
relatórios financeiros e à divulgação de informações.
c) As penalidades pelo descumprimento da lei são multas em dinheiro e/ou reclusão.
d) As empresas de auditoria passaram a ter menor independência e menor grau de responsabilidade, atributos que são transferidos para os
diretores das empresas.
e) É aplicada às empresas norte-americanas e estrangeiras, desde que tenham ações registradas nas bolsas de valores dos Estados Unidos.
2. A denominada Lei Sarbanes-Oxley nasceu como fruto dos escândalos ocorridos no mercado de capitais, especialmente após o caso Enron.
Ela é considerada uma lei que regulamenta os controles corporativos para melhorar a governança e tem como princípio fundamental:
a) Percepção
b) Transparência
c) Legalidade
d) Negociação em bolsas de valores
e) Aumento de valor de mercado
MÓDULO3
 Relacionar o conceito de Governança Corporativa com as estratégias empresariais
Conceito de estratégia empresarial
Antes de relacionarmos as práticas de Governança Corporativa com asestratégias empresariais,precisamos entender o conceito de
estratégia. A�nal, um dos principais aspectos da área de Gestão é conhecer os níveis de abrangência existentes para a execução da
estratégia organizacional.
A área da Estratégia é conhecida no campo da Administração como sendo de signi�cativa amplitude de abordagens. A palavra estratégia
tem signi�cados diferentes conforme o contexto em que é tratada:
Corporativo
No ambiente empresarial, podemos conceituar estratégia como:
Planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos da organização ou como o padrão
ou plano que integra as principais metas, políticas e sequências de ação de uma organização em um todo coerente.
Acadêmico
No ambiente acadêmico, o principal expoente em temas vinculados à Administração Estratégica é Michael Porter. A de�nição dele de
estratégia é a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades (PORTER, 1996, p. 68).
Informal
Quando a estratégia é um assunto tratado em uma circunstância comum, podemos entendê-la como sendo "um plano, ou algo
equivalente – uma direção, um guia ou curso de ação para o futuro, um caminho para ir daqui até ali". De forma resumida, e buscando
uni�car os pontos incomuns das diferentes visões, estratégia pode seraquilo que representa um "padrão, isto é, consistência em
comportamento ao longo do tempo" (MINTZBERG; ASHLSTRAND; LAMPEL, 2004, p. 34).
Percebemos que, apesar de perspectivas diversas, a estratégia tem uma abrangência familiar
às nossas atividades diárias. Vimos também que, na maioria das de�nições, há recorrência das
palavras plano e padrão. E isso não é à toa.
Para que as ações desejadas sejam materializadas e alcancem metas, é necessária a utilização de uma ferramenta: o planejamento.  Caso
contrário, a organização – ou as próprias ambições pessoais – estaria fadada ao insucesso. Assim, esse instrumento passa a ter
abrangências diferentes, porém todas devem estar em sintonia estratégica.
Níveis de estratégia das organizações
Os níveis, ou abrangências, veri�cadas nas organizações são:
É do nível estratégico que trataremos com profundidade a partir de agora, pois é nele que acontecem as deliberações para a efetivação da
governança corporativa, como veremos mais adiante.
Governança Corporativa e Planejamento Estratégico
Segundo Maximiano (2012), o planejamento estratégico é o processo de elaborar uma estratégia. Ou seja, é o meio de colocá-la em prática.
Nessa etapa, pensando nas ações de longo prazo, a organização de�ne a missão, a visão e os valores que servirão como bússolas que
orientarão as estratégias para o atingimento dos resultados almejados.
 Fonte: Shutterstock<< /span>
A necessidade de de�nir a missão, a visão e os valores de um negócio independe do tamanho ou �nalidade que ele tenha. Esses conceitos
estratégicos devem ser estabelecidos por qualquer organização que almeje resultados, sejam eles:
Lucro
No caso das empresas privadas de qualquer porte.
De interesse público
No caso dos órgãos públicos em geral.
De interesse social
No caso de organizações sem �ns lucrativos.

Exemplo
A Natura, uma empresa brasileira que atua no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos e no segmento da venda direta desde
1969. Para ela, a razão de ser (a missão) é: "Contribuir positivamente para o desenvolvimento humano e social de nossa rede de relações e
fomentar ações de educação e empreendedorismo por meio de plataformas colaborativas" (NATURA, 2014, p. 23).
No planejamento estratégico da empresa, confeccionado em novembro de 2014 e vigente até 2020, a visão é: "ampliar a visibilidade e
transparência das práticas de condução de nossos negócios e reportar de forma integrada nossos resultados e impactos" (NATURA, 2014,
p. 79).
Os valores defendidos pela organização são "a promoção do desenvolvimento sustentável, a criação de produtos e conceitos que
promovam o bemestarbem e a forte conexão que a Natura mantém com sua rede de relações" (NATURA, 2014, p. 5).
Quando uma organização declara a missão, esta também deve incorporar as demandas dos stakeholders no processo de tomada de
decisões estratégicas da empresa. Dado que os objetivos deles tendem a ser con�itantes, ao expor a razão pela qual ela existe, tornará
pública a prioridade da alta direção e, consequentemente, �cará próxima do grupo que julga ter prioridade em relação aos demais.
Para minimizar os con�itos que resultarão da postura adotada pela organização, uma das possibilidades é estabelecer a representação dos
diferentes grupos na estratégia da empresa. Temos, assim, a governança corporativa interagindo com o planejamento estratégico, uma
vez que, para garantir que os representantes ajam de maneira convergente com os interesses dos representados, o planejamento deve
prever mecanismos de governança.
Um exemplo de mecanismo bastante conhecido é o conselho de
administração.
As cinco forças de Porter
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Análise SWOT
As de�nições da organização sustentarão a base das ações seguintes do planejamento estratégico, que também precisarão incluir a análise
do ambiente no qual a empresa está inserida. O mapeamento dos cenários deve levar em consideração tanto o âmbito interno quanto o
âmbito externo.
Essa análise é conhecida pela sigla em inglês:
Em português, as iniciais dos mesmos aspectos citados resultam na
sigla FOFA.
Essas siglas (SWOT e FOFA) representam dados importantes mapeados pela organização, a saber:
Forças
Elementos de excelência da instituição, quando esta se compara com os concorrentes.
Fraquezas
Desvantagens competitivas identi�cadas após a comparação com as demais organizações.
Oportunidades
Aspectos favoráveis que podem tornar a empresa vantajosa. Ou seja, tudo que, apesar de não ter sido gerado pela empresa, pode contribuir
potencialmente para o crescimento dela.
Ameaças
Cenários alheios à organização que podem trazer algum tipo de risco ou dano para ela.
Quando o mapeamento desses elementos é realizado, a efetivação da análise SWOT se dá ao cruzar as informações em quadrantes (cada
um representando um item), resultando no delineamento das estratégias que devem ser adotadas pela instituição, tal como demonstrado a
seguir:
 Modelo de matriz SWOT. Fonte: Christensen e Bower (1695).

Atenção
A análise SWOT é uma ferramenta de gestão fundamental para a realização da análise ambiental, sendo a base do planejamento
estratégico das organizações. Esse instrumento simples tem como objetivo de�nir o posicionamento estratégico da instituição no ambiente
(interno e externo) em que ela atua.
Matriz de Ansoff
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Valor Público
A estruturação do planejamento estratégico cabe (e deve ser realizada) por organizações com diferentes �nalidades: públicas, privadas, sem
�ns lucrativos, independentemente do porte e da quantidade de recursos disponíveis.
Nas organizações públicas, o órgão deve imprimir esforço na obtenção do chamado valor público. Esse conceito está presente na obra de
Moore (2002), sendo, de forma resumida, o valor que determinado serviço público gerará nos indivíduos e cidadãos-clientes. Esse valor é
gerado por meio de "produção ou prestação e�ciente de um serviço e distribuição igualitária de privilégios e encargos" (TEIXEIRA, 2012, p.
11). Tais objetivos devem estar presentes na estratégia dos órgãos públicos, pois todos os dias essas organizações utilizam recursos
(públicos) que devem produzir consequências objetivas e concretas para a sociedade.
 Fonte: Shutterstock
A comprovação dos resultados é fundamental para que a legitimidade e
a liderança das ações dos gerentes públicos estejam asseguradas,
assim como as da própria organização governamental.
Esses resultados não podem se limitar ao método de execução do trabalho, cabendo ao gestor, que busca acrescentar valor público ao
órgão, utilizar a imaginação gerencial para potencializar e produzir novos produtos para a sociedade. Nesse sentido, Teixeira a�rma que:
"O fato é que o valor da organização não se limita ao valor
operacional do trabalho, pois tanto a capacidade de adaptar
métodos como de produzir novos produtos são
potencialmente valiosos para a sociedade. Assim, uma
organização terá mais valor a partir da observação do seu
desempenho à medida que explora oportunidades de
executar a missão com mais eficiência ou mais equidade,
que se adapta às mudanças e que aproveita a sua
competência para criar produtos de valor para os cidadãos.
Essa adaptabilidade determina o valor no longo prazo da
organização."
- TEIXEIRA, 2012, p. 12
É nítida a necessidade de o gestor público, além de buscar o atingimento dos resultados gerenciais e esperados para o órgão, defender a
ideia de produzir valor para as organizações que estão sob o seu comando.
Como exemplo de acréscimo de valor público aos órgãos governamentais, podemos citar o Tribunal de Contas da União (TCU), que atua
auxiliando o Congresso Nacional no controle externo das atividades �nanceiras e operacionais da União. Por ser um órgão de auditoria, a
sociedade espera ações pautadas em moralidade, pro�ssionalismo e excelência pública.Por conseguinte, almeja-se que o resultado das
ações do TCU contribua para a redução das desigualdades sociais, a melhoria dos serviços e a ampliação da transparência e da efetividade
dos serviços públicos.
Os objetivos estratégicos de�nidos para o TCU são:
Coibir desvios e fraudes, condenando efetiva e tempestivamente os responsáveis por irregularidades.
Contribuir para a transparência e a melhoria da gestão e do desempenho da administração pública.
O valor público das ações do TCU se pauta em resultados voltados para a prevenção, a detecção, a correção e a punição de falhas e
irregularidades, de�nindo e concretizando projetos inovadores que contribuam para o aperfeiçoamento da Administração Pública. Como
resposta do resultado desse trabalho, citamos o indicador que aponta para o benefício �nanceiro veri�cado no ano de 2011 que demonstrou
que a cada R$1,00 investido nos custos de �scalização do órgão, R$1,50 foi devolvido para a sociedade sob forma de economia aos cofres
públicos e aplicação efetiva e imparcial dos recursos.
 Sede do Tribunal de Contas da União.
Ferramentas de planejamento estratégico
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Atividade
1. A estratégia de uma organização pode ser apresentada com os seguintes conceitos, à exceção de um. Assinale-o:
a) São os planos da alta administração para atingir resultados consistentes com as missões e objetivos da organização.
b) É o padrão ou plano que integra as principais metas, políticas e sequências de ação de uma organização em um todo coerente.
c) É a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades.
d) É um padrão, isto é, uma consistência de comportamentos ao longo do tempo.
e) É a condução para que a organização aja de modo ético, com respeito aos postulados e instrumentos legais e mantendo uma relação de
valores morais com todos os envolvidos nos diversos ambientes que a cercam.
2. Quando tratamos de planejamento estratégico, missão, visão, valores, análise de forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, assim como o
que signi�ca valor público, quais são as convergências com a temática de Governança Corporativa?
a) A implementação de políticas de Governança, por meio da estratégia adotada pela organização, influencia o registro de regras formais e
informais que delinearão as relações de poder e a alocação dos recursos.
b) Quando a empresa delimita corretamente sua missão, visão e valores, a implementação da Governança não se faz necessária.
c) O papel da Governança no plano estratégico é a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades.
d) A implementação da Governança nos planos estratégicos tem como único objetivo o aumento dos lucros obtido pela organização.
e) Não há convergência. A Governança não interfere no planejamento estratégico e vice-versa.
MÓDULO4
 Relacionar o conceito de Governança Corporativa com o conceito de ética empresarial
Ética e moral na construção da Governança
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Conceito de Ética Empresarial
Você sabe o que é Ética?
Segundo Hill e Jones (2013), o termo ética está vinculado aos princípios reconhecidos pela sociedade como aquilo que é certo para o
comportamento humano, no momento em que os indivíduos se relacionam com a coletividade. Também estão inseridos no conceito os
comportamentos esperados para os membros de uma categoria pro�ssional, assim como para as ações de uma organização.
Nas organizações, o conceito de ética abrange os princípios que moldam a conduta das pessoas nos negócios. Ela é um elemento de
conduta tão essencial que nenhuma ação coletiva pode se esquivar de realizá-la, sem prejuízo à imagem e à credibilidade pública que se
deseja atingir. Alves Filho (2006) a�rma que ela é uma dimensão que se caracteriza como ponto de partida para a consolidação da boa
governança.
Para Dupont (2010, p. 19), a ética tem seu objeto próprio, suas próprias leis e métodos. O objeto da ética é a moral, tendo como parte
integrante o comportamento humano.
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A Prática da Ética nas Organizações
A ética empresarial elabora, divulga e torna institucional os valores desejados pela organização, os quais deverão estar re�etidos
nas atitudes, nos comportamentos e nas práticas dos atores envolvidos com a corporação. De acordo com Oliveira (2003), esses
valores in�uenciarão as relações da empresa com todos os atores envolvidos no negócio.
 Esta marca d'água se aplica a fundos escuros
A discussão de assuntos vinculados à ética nas organizações tem sido alvo de interesse e de valorização crescente, sendo uma
tendência mundial a exigência de organizações que se posicionem com base em princípios éticos nos mercados em que atuam.
Por isso, segundo Camargo et al. (2014) o estudo da ética nas organizações e no ambiente acadêmico tornou-se uma
consequência natural.
De acordo com Bateman e Snell (2006), o principal objetivo de praticar a
ética nas organizações é identificar quais são as regras que devem
guiar o comportamento das pessoas, além de valorizar as boas práticas
a serem buscadas.
O clima ético em uma empresa ocorre no processo de se avaliar as decisões que precisam ser tomadas, utilizando como base o que é certo
ou errado.
No aspecto coletivo, agir de forma ética é orientar-se para que os atos praticados não inter�ram no bem-estar do outro, garantindo assim, a
ordem e o respeito mútuos. Para que essa experiência seja possível, a ética deve estar implícita entre todos os envolvidos da organização, e
deve ser a base que ordena os limites das ações.
Muitas vezes, a ausência de padrões éticos não viola as leis. Nesse sentido, as legislações não delimitam, necessariamente, quais
comportamentos éticos devem ser perseguidos pelas empresas.

Exemplo
Um exemplo mundialmente conhecido é o caso da empresa multinacional Nike:
A gigante na área de esportes, buscando o aumento da lucratividade dos negócios nos anos 1990, fez um contrato transferindo a produção
de calçados esportivos para fábricas instaladas em países em desenvolvimento.
O caso do Vietnã teve repercussão internacional, pois as condições de trabalho eram tão ruins que foram consideradas desumanas para a
garantia mínima de sobrevivência local. O salário oferecido aos trabalhadores era de US$0,20 por hora, com turnos de seis dias por semana,
sob exposição a materiais tóxicos. Note que as condições mínimas para a sobrevivência no país demandavam um pagamento de, pelo
menos, US$3,00 por hora.
A Nike não violava a legislação trabalhista do Vietnã, porém, os limites éticos para a obtenção da lucratividade almejada �caram expostos e
a marca foi alvo de uma onda de protestos e boicotes por parte dos consumidores (GREENHOUSE, 1997).
Comportamentos éticos
Segundo Hill e Jones (2013), podemos exempli�car os comportamentos éticos nos negócios por meio das seguintes práticas:

Envio de informações regulares e precisas sobre os investimentos dos acionistas.

Disponibilização integral de informações acerca dos produtos e serviços que os consumidores estão adquirindo.

Oferta de trabalho em condições adequadas de segurança para os colaboradores, assim como salário justo para as tarefas que estes
desempenham, além de tratamento adequado por parte dos gestores.

Em relação aos fornecedores, respeito aos contratos �rmados, não se valendo de vantagens advindas de desequilíbrio de poder entre as
partes.

Atendimento às regras de concorrência e não violação das legislações que regulam a concorrência do mercado em que atuam.

Não violação das expectativas básicas da sociedade perante as instituições.
A busca de ações pautadas na ética deve ser do interesse dos próprios gestores, pois reconhecer e respeitar os direitos dos stakeholders vai
garantir o apoio e a legitimidadede suas ações, o que, em última instância, bene�cia a empresa e eles mesmos. Caso contrário, as ações
antiéticas podem causar danos aos interessados e, consequentemente, para a organização que não se resguardar eticamente.
Para facilitar o entendimento do que é agir eticamente, podemos destacar que, em muitos casos, é simplesmente agir em direção ao que é
certo, isolando:

A busca de atender a interesses pessoais dos gestores.

A interferência negativa nos objetivos da organização.

A manipulação das informações.

Os comportamentos anticompetitivos.

A oferta de preços acima do mercado para relações comerciais com órgãos públicos.

A exploração oportunista de outros agentes vinculados à instituição.

O descarte inadequado e proposital de resíduos que contaminam o ambiente.

A corrupção.
Veja a diferença entre pro�ssionais que se comportam de forma antiética e os que agem de forma ética:
Exemplos comuns dessas práticas antiéticas podem ser vistos quando os administradores:
Conduta antiética
– Valem-se de algum recurso disponível na organização para benefício próprio (buscando com isso vantagens pessoais).
– Utilizam o controle que têm sobre os dados corporativos para esconder ou distorcer as informações, resultando em exposição
daquilo que melhor convém, seja �nanceiro ou não.
– Pagam (ou recebem) suborno para ter acesso ou fazer parte de contratos lucrativos, desviando a igualdade das condições dos
concorrentes (corrupção).

Conduta ética
– Agir conforme os princípios éticos em todos os relacionamentos mantidos pela organização.
– Garantir a adoção de práticas gerenciais, comerciais e empresariais institucionalmente pautadas em valores éticos.
– Respeitar os indivíduos em todas as formas de interação com eles.
Ética X Lucratividade
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Códigos de ética
Uma das formas de valorizar a normatização de comportamentos éticos é por meio de códigos de ética. Muito comum de serem
encontrados nas categorias pro�ssionais, também podem (e é muito recomendável) ser utilizados em âmbito organizacional,
personalizados conforme a área de atuação da instituição.
Na esfera pública, os órgãos governamentais são obrigados a observar as normas estabelecidas para o serviço público federal, que estão
de�nidas no Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994. Nesse normativo, �cou estabelecido que "a dignidade, o decoro, o zelo, a e�cácia e
a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público" (BRASIL, 1994, Inciso I).
 Fonte: Shutterstock.
Como princípios éticos definidos pelo governo federal, a Administração
Pública não deve se limitar apenas à distinção entre o bem e o mal, mas
também agir segundo a ideia de que todas as suas ações devem ter
como resultado o bem comum (BRASIL, 1994, Inciso III).
Os códigos de ética de cada categoria pro�ssional devem ser observados concomitantemente com aqueles estabelecidos para cada
organização. Assim, o colaborador cuja pro�ssão seja regulada por conselhos pro�ssionais deve observar as condutas éticas esperadas
para o exercício de sua função, assim como as que orientam a instituição como um todo.
As organizações precisam agir para que sejam resguardados os comportamentos éticos, mantendo-se atentas aos feedbacks dos
interessados, nos casos em que atos inesperados e indesejados sejam veri�cados. A manutenção de um diálogo aberto associado a meios
de comunicação diretos com os gestores auxilia no processo de melhoria contínua.

Exemplo
Prêmio Ética nos Negócios
Para conhecermos bons exemplos de valorização pública de empresas que se destacam em comportamentos éticos, citamos o Prêmio
Ética nos Negócios, conduzido anualmente pelo Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios, em que são premiadas empresas nas seguintes
categorias:
Um caso corporativo que podemos relembrar é o da multinacional Walmart, que responde por diversos processos judiciais na área
trabalhista, nos quais constam reclamações dos funcionários acerca de prática de discriminação contra mulheres (em relação à prática de
salários mais baixos que os dos homens nas mesmas funções) e não pagamento de horas extras (a partir do impedimento de registro da
carga horária realizada acima do acordo formal).
Para minimizar o desdobramento de novos processos, assim como para melhorar a imagem perante os clientes, a empresa estabeleceu
mudanças nessas práticas ao instituir uma diretoria de diversidade, reestruturação dos procedimentos de remuneração (visando à garantia
de pagamento de salários iguais, independentemente do gênero do funcionário) e confeccionando políticas que impedissem a realização de
horas extras não pagas. Assim, foi possível perceber que a instituição agiu no sentido de se aprimorar após as críticas recebidas.
Responsabilidade Social;
Meio Ambiente;
Ética e Compliance;
Comunicação e Transparência;
Sustentabilidade;
Agronegócio;
Voluntariado;
Cadeia Produtiva.
Por meio das categorias premiadas, os gestores das organizações de diferentes ramos de negócio podem conhecer quais parâmetros são
valorizados pelos mercados em que atuam e, com isso, incentivar e institucionalizar o amadurecimento dos comportamentos éticos,
visando ao reconhecido das práticas da própria organização.
Questões como oportunidades iguais, controle da poluição, conservação dos recursos naturais e da energia e proteção aos consumidores e
aos trabalhados estão igualmente vinculadas tanto à ética das organizações quanto à responsabilidade social da empresa. Esses dois
conceitos estão intimamente ligados, sendo a responsabilidade social uma das formas de se efetivar comportamentos éticos de�nidos pela
instituição.
Responsabilidade Social Corporativa
Você sabe o que é responsabilidade social corporativa?
A obrigação assumida pela organização perante a sociedade, por meio da escolha de
maximizar os benefícios que ela pode trazer e minimizar os efeitos negativos que resultam da
prática do seu negócio.
Segundo Bateman e Snell (2006), as responsabilidades sociais assumidas pela instituição têm abrangências diferentes e se desdobram nas
seguintes esferas:
Responsabilidades econômicas
Aquelas que devem garantir que o negócio seja lucrativo. Por lucrativo entende-se como estar voltado para a missão de�nida para a
organização. Buscar resultados positivos dentro daquilo que foi proposto para o negócio.
Responsabilidades legais
Obrigações assumidas para a observância dos normativos legais, sendo as leis o código formal entendido pela sociedade sobre o que é
certo e errado, assim como quais são as regras do jogo de cada ambiente.
Responsabilidades éticas
Obrigação de se evitar o dano a qualquer parte interessada e fazer o que é certo, justo e razoável.
Responsabilidades voluntárias
Ações tomadas para a melhoria da qualidade de vida da comunidade na qual a organização está inserida, por meio dos recursos
disponibilizados pela empresa.
Ética Empresarial e Governança Corporativa
A partir do que foi abordado até aqui, é possível perceber o quanto a Ética está intrinsicamente relacionada à Governança Corporativa.
"Não podemos falar em um dos assuntos sem que o outro
esteja associado, pois sem a ética não há como se efetivar
ações de governança."
- (ALVES FILHO, 2006, p. 149)
Os princípios da governança corporativa somente são possíveis de serem legitimados se forem pautados em comportamentos éticos.
Torna-se natural a necessidade da inclusão dos princípios éticos e da responsabilidade social no conceito de Governança Corporativa, uma
vez que todos eles possuem os mesmos interesses quando da sua utilização (seja de cunho social, ambiental ou nacional).
Praticar a gestão voltada para a governança corporativa demandará ações que garantam a transparência, a equidade, a prestação de contas
e o cumprimento das leis. Tudo isso deve estar envolto de ética na condução da empresa, órgão público ou entidade sem �ns lucrativos.A ética empresarial, apesar de não ser um dos princípios reconhecidos para a governança corporativa, é a base que sustenta a sua prática
no âmbito das organizações.
Atividade
1. Como a ética se relaciona com o conceito de Governança Corporativa?
a) Os princípios da governança corporativa somente são possíveis de serem legitimados se forem pautados em comportamentos éticos.
b) O objeto da ética é a moral, tendo como parte integrante o comportamento humano.
c) A relação Governança e ética consiste na obrigação das empresas de adotarem práticas que contribuam para o bem-estar social, quando as
mesmas se alinharem aos interesses da organização.
d) A ética confunde-se com a Governança como um dos parâmetros para a avaliação do grau de desenvolvimento das empresas.
e) A ética refere-se às situações particulares e quotidianas que direcionam a prática das pessoas, não se misturando com valores institucionais.
2. Com base no que foi estudado sobre ética, marque a alternativa que não se vincula necessariamente ao esperado como comportamento
ético.
a) O objeto da ética é a moral, tendo como parte integrante o comportamento humano.
b) A organização deve agir segundo as determinações legais, observando as regras definidas por lei.
c) São os princípios reconhecidos pela sociedade como aquilo que é certo ou errado para o comportamento humano.
d) Identifica-se as regras que devem guiar o comportamento das pessoas, além de valorizar as boas práticas a serem buscadas.
e) Orientar-se para que os atos praticados não interfiram no bem-estar do outro, garantindo, assim, a ordem e o respeito mútuo.
Considerações finais
Considerações finais
A adoção de práticas de Governança Corporativa é um importante mecanismo para a atração de investidores, pois estes requerem
transparência e con�abilidade nas informações prestadas, além de uma política de gestão que zele pela exatidão e pela autenticidade dos
dados �nanceiros expostos pelas empresas. Com isso, as decisões de investimento buscarão uni�car o interesse de maximização dos
resultados e o atendimento das expectativas dos stakeholders.
Além disso, a Governança conduz a instituição a agir de modo ético, com respeito aos postulados e instrumentos legais e mantendo uma
relação de valores morais com todos os envolvidos nos diversos ambientes que a cercam (dos internos, como a política de gestão de
pessoas, ao externo, como o cuidado com o meio ambiente e com as comunidades existentes no entorno da produção/prestação de
serviço).
Entendeu o conceito de Governança Corporativa
Identi�cou as regras e critérios da Lei Sarbanes-Oxley
Relacionou o conceito de Governança Corporativa com as estratégias empresariais.
Relacionou o conceito de Governança Corporativa com o conceito de ética empresarial
Referências
AKABANE, G. K. Gestão estratégica da tecnologia da informação: conceitos, metodologias, planejamento e avaliações. São Paulo: Atlas,
2012.
ALMEIDA, M. A.;SANTOS, J. F.;FERREIRA, L. F. V. M.;TORRES, F. J. V. Evolução da qualidade das práticas de governança corporativa: um
estudo das empresas brasileiras de capital aberto não listadas em bolsa. In: RAC – Revista de Administração Contemporânea, v. 14, p. 907-
924, 2010. Disponível em: //www.scielo.br/pdf/rac/v14n5/v14n5a09. Acesso em: 22 out. 2019.
ALVES FILHO, F. D. Uma década de governança corporativa: história do IBGC, marcos e lições da experiência. São Paulo: Saint Paul: Saraiva,
2006.
ANDRADE, A.; ROSSETTI, J. P. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. São Paulo: Atlas, 2004.
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: novo cenário competitivo. São Paulo: Atlas, 2006.
BRASIL. Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001. Altera e acrescenta dispositivos na Lei no6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dispõe
sobre as Sociedades por Ações. Brasília, 2001. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm. Acesso em: 22
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