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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL TB UNIDADE 2 - COMO SE APLICA A LEGISLAÇA�O AMBIENTAL SOBRE ATIVIDADES ECONO�MICAS? Débora Rodrigues Barbosa Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 1 of 26 09/11/2022 21:28 Introdução No Brasil, a questão ambiental e a preocupação do usufruto dos recursos naturais e seus impactos foram intensi�icados após a Conferência de Estocolmo, na Suécia, em 1972. Nove anos depois, com o apoio da pressão de organismos internacionais, como o Banco Mundial e as Nações Unidas, o Brasil criou a sua primeira efetiva lei de proteção ambiental, a Polı́tica Nacional de Meio Ambiente (BRASIL, 1981) e, posteriormente, com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), consolidou o caminho da observância ambiental. Que elementos essas normativas jurı́dicas oferecem para nortear todo o processo de licenciamento ambiental? As regulamentações do Conselho Nacional de Meio Ambiente, bem como a criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente também foram fundamentais para a elaboração de leis, execução de proteção, gerência e propostas de soluções para o viés ambiental. Dentre as normativas, as Resoluções Conama n. 01, de 23 de janeiro de 1986, e n. 237, de 19 de dezembro de 1997, regulamentam e oferecem as diretrizes básicas para o licenciamento ambiental e a elaboração da Avaliação de Impactos Ambientais (AIA), bem como organizam as competências do processo e determinam os conteúdos dos documentos ambientais (BRASIL, 1986; 1997). Sendo assim, quais os instrumentos dessas regulamentações? Quais os empreendimentos que, obrigatoriamente, precisam de processo de licenciamento ambiental? Além da legislação mencionada anteriormente, neste capı́tulo você conhecerá um exemplo clássico da aplicação da regulamentação ambiental: o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), construı́da e operada pela Samarco S.A. E a partir deste fato, poderá re�letir sobre a questão: quem deve ser responsabilizado pelo acidente ambiental? Neste capı́tulo, você saberá mais sobre a determinação de responsáveis e orientações sobre monitoramento, controle e �iscalização que deveriam ser realizados. Bons estudos! 2.1 Política Nacional do Meio Ambiente As preocupações com a degradação ambiental foram evoluindo a partir da exploração indiscriminada dos recursos naturais existentes no planeta Terra e suas repercussões na saúde e qualidade de vida do ser humano moderno. Mas você sabe o que signi�ica o termo ambiente? De acordo com Barbieri (2011, p. 5), “A palavra ambiente vem do latim, e o pre�ixo ambi dá a idéia de ‘ao redor de algo’ ou de ‘ambos os lados’”. Para atender às demandas da sociedade e de cientistas que apontavam a degradação ambiental como problemas atuais e futuros, as Nações Unidas tomaram a iniciativa de organizar a Conferência de Estocolmo para discutir formas de reduzir o usufruto acelerado dos recursos naturais e maneiras produtivas menos impactantes ao meio ambiente. Após o evento, houve a criação, em 1972, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o estı́mulo à criação de órgãos nacionais e legislação, dedicados à questão de meio ambiente em dezenas de paı́ses. E� dentro desse contexto que se compreende a criação da primeira importante lei de proteção ambiental no Brasil. O Brasil já contava com algumas leis de proteção ambiental, como é o caso do Código das A� guas (1934) e o Código Florestal (1965). Mas a Polı́tica Nacional de Meio Ambiente, de 1981, permitiu a emissão da Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 2 of 26 09/11/2022 21:28 primeira normativa que realmente buscava a preservação do meio ambiente. A lei “visa à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propı́cia à vida, visando assegurar, no Paı́s, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana” (BRASIL, 1981, s. p). Dentre seus objetivos, estão os descritos na �igura a seguir. Veri�ique que a lei incorporou a ideia de desenvolvimento sustentável, quando nem havia a declaração o�icial do conceito, ao informar que é seu objetivo a compatibilização entre desenvolvimento e proteção ambiental. A lei apresentou o seu viés moderno ao entender que as novas tecnologias de manejo ambiental, bem como a divulgação das formas de preservação ambiental para a população são importantes práticas não só de sustentabilidade, como de transparência polı́tica (AMADO, 2016). E� sempre bom lembrar-se de que, em 1981, o Brasil ainda estava vivenciando a Ditadura Militar, e que a transparência polı́tica precisava ser bastante amadurecida. E, por �im, a normativa destaca a discussão sobre a imposição de regras, tributos e obrigações ao agente poluidor ou degradador do ambiente. Mas como atingir esses ambiciosos objetivos? Nesse caso, a lei também esclarece os principais meios, através da divulgação dos seus instrumentos, que você conhecerá na sequência. 2.1.1 Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente A Polı́tica Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1981) informa sobre os padrões de qualidade ambiental, ou seja, são estipulados padrões e critérios técnicos sobre as emissões dos diferentes empreendimentos/atividades, resultante das pesquisas cientı́�icas sobre causas e efeitos no equilı́brio Figura 1 - Objetivos da Polı́tica Nacional do Meio Ambiente. Fonte: Elaborada pela autora, baseado em BRASIL, 1981. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 3 of 26 09/11/2022 21:28 ecológico e na sociedade em geral dessas emissões. Nesse caso, a União, através do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), tem formulado e aplicado normativos e leis que regulamentam os padrões de qualidade das águas, emissão de ruı́dos e de ar, principalmente (BRASIL, 2017). O segundo inciso do artigo aponta para a necessidade de criação do Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil (ZEE) regulado pelo Decreto n. 4.297/2002 (BRASIL, 2002, s. p.), que de�ine o ZEE: [...] instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hı́dricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população. Hoje, não só a criação de ZEE como também a reavaliação desse instrumento precisa ser realizada por todos os entes federativos. Em junho de 2017, o então governador do Acre, Tião Viana, assinou o decreto de revisão e atualização do ZEE daquele estado. Clique no recurso a seguir para conhecer três tipos de instrumentos. VOCÊ SABIA? Dentre os instrumentos está o desenvolvimento do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente (RQMA), documento que deveria ser organizado pelo órgão ambiental da União, que é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e no qual haveria a divulgação de dados ambientais do paı́s como um todo. No entanto, ainda não foi implementado. • Avaliação de Impactos Ambientais Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 4 of 26 09/11/2022 21:28 Não menos importante é o instrumento denominado Avaliação de Impactos Ambientais (AIA), entendido como um conjunto de estudos ambientais contendo diagnóstico, previsão de impactos e soluções propostas para potencializar os impactos positivos e mitigar e/ou compensaros impactos negativos. A Resolução Conama n. 01/1986 estabeleceu as de�inições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da AIA (BRASIL, 1986). Outro instrumento fundamental para a conservação do equilı́brio ecológico é o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, regulamentados pela Resolução Conama n. 237/1997, que “estabelece o conjunto de procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, bem como determina os instrumentos de gestão ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e de�ine critério para exercı́cio da competência para o licenciamento” (BRASIL, 1997, p. 1). A União entende que os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental também funcionam como importante instrumento ambiental. E� sempre bom destacar que os centros técnicos e universitários, bem como pesquisadores e empresas, têm se aliado na proposta de desenvolvimento de tecnologias consideradas limpas, como é o caso da redução de emissão de gases estufa de veı́culos automotores e de poluentes pelas chaminés industriais, ou o uso de energia solar. • • Licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras Produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 5 of 26 09/11/2022 21:28 Outro instrumento fundamental é a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelos diferentes entes federativos, regulamentados pela Lei n. 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (BRASIL, 2000). Essas unidades brasileiras estão organizadas não só para conservar e proteger, mas também para recuperar os ambientes degradados por meio de re�lorestamento. Figura 2 - O desenvolvimento de tecnologias limpas, como a energia solar, está entre os objetivos da Polı́tica Nacional do Meio Ambiente. Fonte: Federico Rostagno, Shutterstock. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 6 of 26 09/11/2022 21:28 Por sua vez, o instrumento denominado Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sisnima) é plataforma conceitual baseada na integração e compartilhamento de informações entre os diversos sistemas existentes (BRASIL, 2009). Outro exemplo extremamente importante é o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, uma vez que busca registrar, em um sistema, as pessoas jurı́dicas e fı́sicas que realizam atividades passıv́eis de controle ambiental. Associado a esse instrumento há o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais, reunindo empreendimentos nas áreas de mineração, metalurgia, turismo, transporte, dentre outras. Figura 3 - A Amazônia é um dos biomas mais preservados no Brasil. Fonte: Dr Morley Read, Shutterstock. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 7 of 26 09/11/2022 21:28 A Polı́tica Nacional de Meio Ambiente também buscou estabelecer regras e limites para aqueles que não atendem às premissas ambientais ao impor penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. Atualmente, a Lei de Crimes Ambientais (BRASIL, 1998) dispõe sobre as sanções derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Outro instrumento fundamental é a garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes. Essa normativa foi incluı́da pela Lei n. 7.804, de 18 de julho de 1989, e busca garantir que a União, estados e municı́pios tomem a responsabilidade de produção de documentos ambientais em sua área de atuação (BRASIL, 1989). Por �im, os instrumentos econômicos, incluı́dos pela Lei n. 11.284, de 2 de março de 2006, foram entendidos como elementos adequados para se alcançar a proteção ambiental, a exemplo de concessão �lorestal, servidão ambiental e seguro ambiental, entre outros (BRASIL, 2006). De acordo com Barbieri (2011, p. 75): “[...] instrumentos econômicos procuram in�luenciar o comportamento das pessoas e das organizações em relação ao meio ambiente, utilizando medidas que representem benefı́cios ou custos adicionais para elas”. São muitos os instrumentos possıv́eis de serem utilizados pelo homem, empresas ou organizações. Pense um pouco e busque aquele instrumento que esteja mais acessıv́el à sua empresa ou organização social. 2.1.2 Conama O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é a entidade consultiva e deliberativa do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e foi criado pela Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981 (BRASIL, 1981) e regulamentada pelo Decreto n. 99.274, de 6 de junho de 1990 (BRASIL, 1990). O Conama é composto por representantes de órgãos dos três entes federativos, bem como pessoas do setor empresarial e da sociedade civil. O órgão tem inúmeras atribuições, e na sequência você conhecerá VOCÊ QUER LER? O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras de Recursos Ambientais é fundamental para o controle ambiental. Para acessar a tabela com as atividades obrigatórias visite o endereço:<http://www.ibama.gov.br /phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras /tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf (http://www.ibama.gov.br /phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras /tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf)>. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 8 of 26 09/11/2022 21:28 http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-2015.pdf algumas de suas competências.Após propositura do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e demais órgãos do Sisnama, o Conama tem a função de planejar e organizar normativas, diretrizes e critérios para o licenciamento ambiental e a Resolução Conama n. 237 de 19 de dezembro de 1997 (BRASIL, 1997) é um exemplo. Também é função do Conama decretar a elaboração de estudos das alternativas para empreendimentos efetivamente degradadores do meio ambiente, bem como solicitar estudos sobre possıv́eis consequências da implantação de empreendimentos públicos ou privados usufruidores de recursos naturais, como exempli�ica a Resolução Conama n. 01 de 23 de janeiro de 1986 (BRASIL, 1986). No caso de o órgão executor determinar que um cidadão ou empresa cometeu crime ambiental, poderá a pessoa recorrer judicialmente, e essa determinação passar por várias instâncias deliberativas. O Conama é a última instância administrativa, em grau de recurso, sobre as penalidades decretadas pelo Instituto Chico Mendes ou pelo Ibama (BRASIL, 1997). O órgão também determina parâmetros e normativas de controle e emissão de poluição causada por automóveis, caminhões, ônibus e demais veı́culos automotores, bem como aviões e embarcações. Dentro desse contexto, foram criados o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veı́culos Automotores (Proconve) e o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – o Pronar (BRASIL, 1997). Além de fazer constante avaliação sobre a implementação e a execução das polı́ticas ambientais publicadas, cabe ao Conama deliberar sobre os benefı́cios �iscais concedidos pelo Poder Público que estão condicionados aos resultados ambientais dos empreendimentos públicos e privados potencialmente degradadores do ambiente. Também deverá determinar, caso seja comprovado o crime ambiental, a perda ou suspensão de participação em linhas de �inanciamento em estabelecimentos o�iciais de crédito (BRASIL, 1997). VOCÊ QUER LER? O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) é um órgão subordinado ao Ministério do Meio Ambiente e está sediado em Brası́lia. Para conhecer detalhadamente as atribuições do Conama, consulte o livro digital Curso de Direito Ambiental, de Sidney Guerra e Sérgio Guerra (2014), disponıv́el no endereço: <https://A�nimabrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN /homeMinhaBiblioteca (https://A�nimabrasil.blackboard.com/webapps/ga- bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca)>. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 9 of 26 09/11/2022 21:28 https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca O Conama é um órgão extremamente importante para o Sisnama, e único a deliberar sobre as diferentes normativas ambientais. Muitas ações governamentais são criadas e fundamentadas pelas resoluções da entidade. 2.1.3 Sisnama De acordo com Guerra e Guerra (2014), o Sisnama é integrado por um conjunto de órgãos e entidades da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municı́pios, conforme descritos na sequência, em que você poderá ver, clicando nas abas a seguir. Além desses órgãos, em nıv́el federal, também devemos considerar os órgãos dos diferentes entes federativos. Os órgãos seccionais são representados pelas instituições e entidades ambientais em nıv́el estadual e têm a função de executar projetos, controlar e �iscalizar atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente (GUERRA; GUERRA, 2014). Órgão superior O órgão superior é o elemento principal na hierarquia ambiental e serve como um conselheiro do Presidente da República. Formado por especialistas e servidores públicos, tem a função de auxiliar o chefe da Nação na formulação de diretrizes e polı́ticas de proteção ambiental. As Polı́ticas Nacionais de Recursos Hı́dricos e de Resı́duos Sólidos foram construı́das e avaliadas por este conselho. Órgão consultivo O órgão consultivo e deliberativo é representado pelo Conama e tem como principal função criar diretrizes de polı́ticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais. Contudo, essas diretrizes e polı́ticas só se tornam leis efetivamente após passarem pelo órgão superior, e o presidente assentir, com sua assinatura. Órgão central Por sua vez, o órgão central é representado pela Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República e, como o nome indica, visa secretariar o presidente, auxiliando no planejamento, coordenação, supervisão e controle das polı́ticas, normativas e diretrizes governamentais sobre o meio ambiente, em nıv́el federal. Órgãos executores Os órgãos executores têm a principal função de executar o que está descrito em leis, normativas e diretrizes ambientais. E� constituı́do pelo Ibama e Instituto Chico Mendes. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 10 of 26 09/11/2022 21:28 Em nıv́el municipal, há os órgãos locais, que têm a obrigação de controlar e �iscalizar as atividades consideradas degradadoras do ambiente. Complemente seus estudos pesquisando os órgãos ambientais do seu municı́pio e estado e atente para os diferentes processos de licenciamento ambiental em curso na sua localidade. VOCÊ SABIA? No Brasil, todos os Estados conseguiram implantar os seus próprios órgãos ambientais competentes, e o Instituto Brası́lia Ambiental (Ibram), criado em 2007 no Distrito Federal, é um dos mais recentes. Os órgãos mais antigos estão localizados nas Regiões Sudeste e Sul. 2.2 Artigos ambientais da Constituição Federal A Constituição Federal é considerada um divisor de águas das polı́ticas ambientais, porque dedica um capı́tulo inteiro – o 55 – ao Meio Ambiente. Nesse capı́tulo, consta o artigo 225, que contém sete incisos, descritos na �igura a seguir, e seis parágrafos. Observe: Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 11 of 26 09/11/2022 21:28 O Decreto-lei n. 227, de 28 de fevereiro de 1967, buscava regulamentar os recursos minerais, a indústria de produção mineral e a distribuição, o comércio e o consumo de produtos minerais (BRASIL, 1967). Veri�ique que era uma forma de organizar a exploração dos minerais, um dos elementos do meio ambiente. 2.2.1 Artigo 225 da Constituição Federal O artigo 225 informa que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1998, p. 75).Observe a �igura a seguir, que demonstra uma análise dos principais termos do artigo. Figura 4 - Incisos do artigo 225 da Constituição Federal. Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 1988. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 12 of 26 09/11/2022 21:28 Os legisladores certi�icaram-se de que esse direito seria efetivado incumbindo, ao poder público, um conjunto de ações necessárias em diferentes parágrafos da normativa 225. O poder público, portanto, deverá “Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas” (BRASIL, 1988, p. 75). Lembre-se de que os conceitos de preservar e restaurar têm signi�icados distintos. Preservar é manter aquilo que já está bom, enquanto que restaurar é colocar em situação semelhante à de antes da degradação. Então, restaurar não é só re�lorestar um espaço outrora desmatado, mas re�lorestar com espécies nativas daquela localidade. A forma encontrada para regulamentar esse importante inciso (I) foi publicar a Lei n. 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (BRASIL, 2000). Também incumbe ao poder público “preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e �iscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético” (BRASIL, 1988, p. 75). Observe que, nesse caso, os legisladores estavam interessados em controlar e Figura 5 - Interpretação do artigo 225 da CF 1988. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 13 of 26 09/11/2022 21:28 �iscalizar a manipulação de organismos geneticamente modi�icados. Além do SNUC, a Lei n. 11.105/2005 cria preceitos de segurança e formas de �iscalização dessa área especı́�ica do mercado. A moderna Lei n. 13.123/2015 não só trata do acesso ao patrimônio genético brasileiro, mas também ao conhecimento tradicional, como saberes de receitas naturais de povos ancestrais, como ı́ndios e quilombolas. Havia o claro interesse na proteção aos casos de biopirataria internacional (BRASIL, 2005; 2015). Repetindo os auspı́cios da Polı́tica Nacional de Meio Ambiente, quiseram os legisladores incumbir, ao poder público, a obrigatoriedade de “de�inir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos” (BRASIL, 1988, p. 75). A exclusão ou alteração de determinado espaço resguardado só pode ser realizada através de lei. Esse inciso do Artigo 225 foi regulamentado pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação. De acordo com a Constituição Federal de 1988, incumbe ao poder público “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de signi�icativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade” (BRASIL, 1988, p. 75). E� uma obrigatoriedade também copiada da Polı́tica Nacional de Meio Ambiente e impõe a necessidade de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). E mais: o Artigo 225 determina que “as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas �ísicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados” (BRASIL, 1988, p. 75). E� o que dita a Trı́plice Responsabilidade descrita na �igura a seguir. VOCÊ O CONHECE? Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como o seringueiro Chico Mendes, foi um importante ativista polı́tico e ambientalista com área de atuação na Amazônia brasileira. Pobre e analfabeto, lutava a favor da preservação da �loresta e do uso racional dos seus recursos, e propôs, pela primeira vez, a criação de reservas extrativistas no lugar. Foi morto em 1988, no mesmo ano da Carta Magna, por fazendeiros interessados na proteção dos latifúndios amazônicos. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 14 of 26 09/11/2022 21:28 Outra importante obrigatoriedade dos diferentes entes federativos é “controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente” (BRASIL, 1988, p. 75). Esse dispositivo autoriza a interferência do poder público nas atividades econômicas degradadoras do meio ambiente e/ou da saúde do homem. Há um claro incentivo ao uso de tecnologias e técnicas menos impactantes – também chamadas de tecnologias limpas –, como a utilização de energias alternativas (solar e eólica, por Figura 6 - Trı́plice Responsabilidade. Fonte: Elaborada pela autora, baseada em AMADO, 2016. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 15 of 26 09/11/2022 21:28 exemplo) ou equipamentos de controle e emissão de poluentes na atmosfera. Esse inciso é regulamentado principalmente pela Lei n. 11.105/2005, que vimos anteriormente (BRASIL, 2005). Ainda de acordo com o artigo 225, compete ao poder público viabilizar conscientização ambiental pública e a educação ambiental nos diferentes nıv́eis de ensino. Em 1999, a União publicou a Polı́tica Nacional de Educação Ambiental, que deixa clara a necessidade de se estudar o meio ambiente, em todos os nıv́eis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (BRASIL, 1999). Então, pode-se ter educação ambiental não só dentro das escolas, mas no seu condomı́nio, na associação de moradores e até mesmo na praça ou no horto �lorestal da sua cidade. Assim, como já vinha amadurecendo as proposições ambientais, a Carga Magna também obriga o poder público “proteger a fauna e a �lora” (BRASIL, 1988, p. 75) e impedir que diferentes espécies possam sofrer extinção ou atos de crueldade, como as práticas de caça e o transporte de animais em caçambas e locais sem ventilação adequada (BRASIL, 1988). Embora o Brasil seja reconhecido pela sua abundante biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente trabalha com uma extensa lista de animais em extinção, como é o caso da baleia franca e do mico-leão-dourado. Ainda nos anos 1960, o paı́s já tinha a Lei de Proteção da Fauna (Lei n. 5.197/1967), que regulamenta a proteção aos animais. E atualmente, a Lei de Crimes Ambientais (BRASIL, 1998) cumpre o papel de penalizar aqueles que vão contra os regulamentos judicialmente construı́dos. Dentro do Artigo 225, há um conjunto de parágrafos que complementam as incumbências do poder público, como é o caso da obrigação de recuperação de ambientes degradados por conta da exploração de recursos minerais. O Brasil tem uma longa história de exploração mineral, que data do século XVIII, com o avanço econômico em direção ao que hoje conhecemos como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, para a retirada de ouro e diamante, que eram remetidos para a metrópole portuguesa. Mesmo no século XXI, é ainda crescente o usufruto de minério de ferro em extensas jazidas minerais, como aqueles que presentes na Serra dos Carajás (PA), no Quadrilátero Ferrı́fero (MG) e no Maciço do Urucum (MS). Dessa forma, é fundamental o respeito às normais ambientais de ativação, produção e descomissionamento das minas, com contı́nuo monitoramento de seus impactos ambientais em cada uma das etapas produtivas. O artigo 225 também determina que alguns tipos de ecorregiões devem ser protegidos dentro do território brasileiro: Mata Atlântica, Serra do Mar, Pantanal Mato-grossense, Floresta Amazônica e Zona Costeira, consideradospatrimônios nacionais, mas que podem ser usufruı́dos de forma racional, ou seja, “dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente” (BRASIL, 1988, p. 75). Destaca-se que nas décadas de 1970 e 1980, biomas como a Mata Atlântica, Campos Gerais e a Caatinga já tinham sofrido forte degradação ambiental, causada pelo avanço de práticas produtivas, do desmatamento e pela expansão de cidades costeiras. A Mata Atlântica e o Pantanal eram alvos de apelos internacionais para a sua preservação. Por outro lado, o Cerrado sofria amplo desmatamento, servindo de área de expansão para a soja. Nesse cenário, talvez pelas grandes divisas geradas ao paı́s pelo agronegócio, o Cerrado não foi inserido no grande projeto de preservação de patrimônio nacional da Carta Magna. Por sua vez, a grande Amazônia ainda era praticamente inexplorada, com vastas áreas sem ocupação e com a �loresta intacta. Não sofria a expansão, muito presente atualmente, da agropecuária. Desde 1534, quando o rei de Portugal D. João III dividiu o Brasil em Capitanias Hereditárias e, posteriormente, distribuiu sesmarias para que seus parceiros e protegidos pudessem produzir mercadorias que atendessem ao mercado internacional e gerassem lucros para a coroa, havia grandes porções de terras ainda disponıv́eis. Muitas pessoas de baixo poder aquisitivo tomavam pequenos trechos destas terras para o desenvolvimento de atividades produtivas, desde que as mesmas não estivessem localizadas em áreas valorizadas pelo capital. A Lei de Terras de 1850 (Lei n. 601/1850) foi a primeira tentativa de organizar a propriedade de terras no Brasil, estabelecendo que o acesso à terra só poderia acontecer por meio de compra ou doação do Estado, inviabilizando, portanto, a posse para os menos favorecidos da população. Todas as terras que não tinham donos declarados seriam consideradas do Estado e, a partir de 1988, a Constituição Federal determinou que essas glebas seriam indisponıv́eis para quaisquer atividades (como a Reforma Agrária), e que seriam “necessárias à proteção dos Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 16 of 26 09/11/2022 21:28 ecossistemas naturais” (BRASIL, 1988, p. 75). Por �im, a Constituição de 1988 indica a necessidade de melhor regulamentação das atividades nucleares, exatamente por conta do alto nıv́el de perigo, conforme informação que consta em seu parágrafo 6o: “[...] usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização de�inida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas” (BRASIL, 1988, p. 75). O Brasil conta com três unidades nucleares concentradas no municı́pio �luminense de Angra dos Reis. Reparou na grande quantidade de instrumentos que podem proteger o meio ambiente no Brasil? Tanto a Polı́tica Nacional de Meio Ambiente, quanto a Constituição Federal de 1988 são normativas fundamentais. Que tal conhecer um pouco mais sobre a legislação do seu Estado? 2.3 Processo de Licenciamento Ambiental Você já sabe que a Conferência de Estocolmo (1972) e a Rio-92 (1992) foram elementos fundadores da polı́tica de proteção ambiental nacional e internacional. Até a década de 1970, a atuação pública dentro do Brasil tinha um caráter mais corretivo, controlando a qualidade ambiental sobretudo dos grandes centros urbanos e/ou industriais. Clique no recurso a seguir para entender melhor os acontecimentos. O Rio de Janeiro foi o primeiro Estado a tornar “obrigatória a prévia autorização para operação ou funcionamento de instalação ou atividades real ou potencialmente poluidoras”, de acordo com o Decreto- Década de 1934 O Código Florestal teve uma primeira versão em 1934, quando Getúlio Vargas elaborou uma normativa limitando a ocupação do uso do solo e usufruto dos recursos naturais. Mas o Código, como é conhecido hoje, teve suas linhas �irmadas pelo ex-presidente Castello Branco, por meio da Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965, que estabeleceu limites de uso da propriedade, principalmente rural, onde os donos de terras deveriam respeitar a vegetação existente, em seus limites (BRASIL, 1965). Em 2012, o Código Florestal foi atualizado, e as possibilidades de desmatamento para uso agrı́cola ampliadas, conforme a Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012 (BRASIL, 2012). Década de 1964 Em 1964, o governo brasileiro criou o Estatuto da Terra para regular “os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os �ins de execução da Reforma Agrária e promoção da Polı́tica Agrı́cola” (BRASIL, 1964, p. 1). Era um meio de começar a normatizar o uso do solo no meio rural. Década de 1967 Em 28 de fevereiro de 1967, o Governo publicou o Decreto-lei n. 221, estabelecendo a proteção e estı́mulos à atividade pesqueira, regulando as empresas de extração do recurso natural, bem como regulando a captura e processamento dos pescados em território nacional. Na mesma data, o Decreto- lei n. 227, o Código das Minas, regulava a administração dos recursos minerais, da indústria de produção mineral e da distribuição, do comércio e do consumo de produtos minerais (BRASIL, 1967). Década de 1970 Observe que a maior parte das leis e normas buscava organizar a exploração dos recursos naturais disponıv́eis, sem considerar o cuidado com a proteção ambiental. Somente a partir da década de 1970, é que os organismos nacionais, in�luenciados pela onda ambientalista da Suécia, planejaram e desenvolveram uma polı́tica nacional ambiental, assumindo um caráter mais preventivo. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 17 of 26 09/11/2022 21:28 lei n. 134 de junho de 1975 (RIO DE JANEIRO, 1975, p. 1). No �inal do mesmo ano, foi a vez de São Paulo que, com a Lei n. 898 de dezembro de 1975 (SA�O PAULO, 1975), disciplinou o uso do solo, protegendo reservatórios, cursos d’água e mananciais. No ano seguinte, o governo paulista delimitou as áreas de proteção dos mesmos corpos hı́dricos que tinha protegido com a Lei n. 898/1975 (SA�O PAULO, 1975). De acordo com Valentim (2007, p. 71), havia a necessidade de “compatibilizar o desenvolvimento industrial com a melhoria de condição de vida da população e com a preservação do meio ambiente”. Para controlar a poluição do meio ambiente causada por atividades industriais, a União publicou o Decreto-lei n. 1.413, de 31 de julho de 1975, obrigando as indústrias a adotarem medidas preventivas e corretivas quanto as suas intensas emissões de poluentes de ordem atmosférica e hı́drica, principalmente. Pouco depois, o governo brasileiro criou o Decreto n. 76.389, de 3 de outubro de 1975, regulando as medidas de prevenção e controle da poluição industrial da lei anterior (BRASIL, 1975). No �inal dos anos 1970, a Lei Federal n. 6.766/1979 (BRASIL, 1979) regulou o parcelamento do solo urbano no Brasil, e sua assemelhada paulista, Lei n. 6.803/1980, regulou o uso do solo no Estado de São Paulo, �ixando diretrizes para o zoneamento industrial nas áreas crı́ticas de poluição. Nessa data, foi mencionada, pela primeira vez, a avaliação de impacto ambiental no âmbito brasileiro. E� desse perı́odo, o surgimento dos órgãos com Sistemas de Licenciamento Ambiental em âmbito estadual, como é o caso da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), no Rio de Janeiro. Observe que havia a necessidade de criação de normas especı́�icas para restringir espacialmente e temporalmente a poluição nos estados mais atingidos pelo crescimento urbano-industrial, e era precisopenalizar os infratores para a consolidação da polı́tica ambiental. Mas, �ique atento! No século XX, os grandes empreendimentos instalados ou sendo construı́dos, como rodovias federais, usinas hidrelétricas, projetos minerais, como a Usina de Tucuruı́, Transamazônica e Projeto Carajás, escapavam do controle ambiental de organismos federais como a secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) e/ou das entidades estaduais de meio ambiente. E mais! O crivo ambiental volta- se mais para os empreendimentos privados, como se apenas os mesmos pudessem causar prejuı́zos ao meio ambiente. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2009), essas ações tinham mais foco no controle reativo da poluição industrial do que na proteção do ambiente em si. Esses problemas eram basicamente centrados na aplicação a porções restritas do território (apenas zonas urbanas) e na ausência de mecanismos para garantir a participação pública na formulação dos planos de uso do solo. Em nıv́el internacional, havia uma pressão das Nações Unidas e dos organismos de fomento econômico para a realização das avaliações ambientais de grandes empreendimentos. Por isso, foram elaborados Estudos de Avaliação Ambiental (EAA) para grandes obras de infraestrutura do governo, exigidos pelo Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na implantação das usinas hidrelétricas de Sobradinho, na Bahia, e de Tucuruı́, no Pará; e para o terminal porto-ferroviário Ponta da Madeira, no Maranhão, ponto de exportação do minério extraı́do pela Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD), na Serra do Carajás. No entanto, não havia o crivo efetivo (sistemático) do controle ambiental (BRASIL, 2009). O licenciamento ambiental, tal como conhecemos hoje, foi imposto aos empreendedores, públicos e privados, pela Lei n. 6.938/1981 e pelo Artigo 225 da Constituição Federal (BRASIL, 1981; 1988). A regulamentação iniciou com a Resolução Conama n. 01/1986 e, nesse normativo, há uma verdadeira lista positiva de quais atividades modi�icadoras do meio ambiente dependerão de elaboração do estudo de impacto ambiental (EIA) e do respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA) para o licenciamento (para ver a lista completa, acesse o endereço: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86 /res0186.html (http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html)>). Nos anos 1990, uma nova lei buscou detalhar o licenciamento ambiental. A Resolução Conama n. 237/1997 estabelece o conjunto de procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, bem como determina os instrumentos de gestão ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 18 of 26 09/11/2022 21:28 http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html de�ine critério para exercı́cio da competência para o licenciamento. A Usina Hidrelétrica de Belo Monte tem o objetivo gerar energia elétrica (11MW), mas apresenta um conjunto de impactos ambientais que vão além do Estado onde se localiza – o Pará–, por isso, o órgão ambiental competente para acompanhar o processo de licenciamento foi o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de abrangência regional (BRASIL, 2002). O licenciamento ocorrerá em três fases independentes, nas quais uma será conseguinte à outra, sendo elas: Fases da Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Há outros tipos de licença, que variam de acordo com a atividade a ser licenciada. Contudo, de modo geral, para a instalação de uma atividade potencialmente poluidora e de signi�icativo impacto ao ambiente, trataremos aqui os estudos ambientais a partir desse enfoque, conforme apresentamos na �igura a seguir: Ao observar a �igura, você deve ter percebido que, além dos requerimentos de estudos ambientais como o EIA e o RIMA, há o Relatório de Controle Ambiental (RCA). Trata-se de um documento que subsidia informações de caracterização ambiental do empreendimento a ser licenciado. E� importante ressaltar que o processo administrativo se tornou obrigatório desde 1981, para todas as empresas efetiva ou potencialmente poluidoras, mesmo aquelas instaladas antes de 1981. Para proceder com o licenciamento corretivo, o órgão competente exigirá estudos ambientais que comprovem a não degradação do meio ambiente e das medidas mitigadoras de seus impactos. Portanto, o processo de licenciamento ambiental poderá ser concluı́do, e a licença de operação ser adquirida, desde que as empresas façam o devido ajuste ambiental. Figura 7 - Tipos de Licenças Ambientais. 2.4 Licenciamento Ambiental da Barragem de Rejeitos de Fundão (Samarco Mineração S.A.) A Samarco Mineração S.A. foi fundada no �inal da década de 1970 e sempre atuou no setor de mineração. Seus produtos (pelotas de minério de ferro) são destinados para as indústrias siderúrgicas localizadas nas Américas, na A� sia e Europa, principalmente. Seus maiores acionistas são as mineradoras BHP Billiton (australiana) e Vale SA (brasileira), que possuem cada uma 50% de participação na empresa (SAMARCO, 2017). Atuando predominantemente no território brasileiro, a Samarco tem representações principalmente em Minas Gerais e Espı́rito Santo. Na Unidade de Germano (Mariana-MG), são extraı́dos os recursos minerais que são transportados para a Unidade de Ubu (Anchieta-ES), onde são transformados em pelotas e exportados, através de terminal marı́timo próprio (SAMARCO, 2017). Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 19 of 26 09/11/2022 21:28 Em Mariana (MG), onde estão localizadas as minas de extração, há barragens que funcionam como contenção e armazenamento dos rejeitos oriundos do material extraı́do. Esses e�luentes são constituı́dos principalmente de partı́culas de óxidos de ferro, água e sı́lica. Na teoria, o material grosseiro decanta no fundo da barragem, e a água segue o seu curso, sofrendo tratamento quı́mico para limpeza e retorno ao processo produtivo (SAMARCO, 2017). Foi nesse municı́pio que aconteceu um grande acidente, iniciado na barragem de Fundão. Em 2015, a barragem de Fundão rompeu-se, provocando o vazamento de aproximadamente 62 milhões de m3 de rejeitos de minério, causando a morte de 19 pessoas. Seu �luxo rápido pela superfı́cie acabou por destruir imóveis na localidade de Bento Rodrigues, deixando milhares de pessoas desabrigadas (BRANCO; PONSO, 2016). Diante do tamanho da catástrofe, é normal o questionamento sobre o processo de licenciamento e monitoramento das atividades minerárias do empreendimento. O rompimento de fundão acabou por comprometer a contenção que estava à jusante (a de Santarém, cujo último relato era de ter 14,5 milhões de metros cúbicos), que também rompeu, liberando mais de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Uma quantidade além da relatada e que certamente pode ter contribuı́do para o estouro da contenção e a liberação de �luidos e lama pelo curso �luvial local, o Rio Gualaxo (PARREIRA, 2015). Relatórios de especialistas reunidos em vários documentos, inclusive oriundos da empresa de consultoria VogBR (entre 2013 e 2015), demonstravam que a Samarco tinha conhecimentosobre problemas em suas barragens, como trincamento de canaletas, defeitos nos canos de escoamento hı́drico e no complexo de drenagem em superfı́cie (ARPINI, 2016). A partir dessas informações, certamente você quer saber: como ocorreu o processo de licenciamento? Na Mina do Germano, há as barragens de Fundão e Santarém, e a primeira recebeu a Licença Prévia, em 2007, pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), órgão competente mineiro. A interpretação principal é que os impactos ambientais do empreendimento estariam circunscritos à bacia hidrográ�ica do Rio Galaxo (a�luente do Rio Doce), de gestão estadual. Por isso, a autorização para o seu usufruto (outorga por recepção de dejetos do processo produtivo) foi concedida pelo Instituto Mineiro de Gestão das A� guas (IGAM). A questão é que o Ministério Público tem a�irmado que o processo de licenciamento foi irregular, porque a mineradora não apresentou o projeto executivo, elemento essencial para o processo como um todo, uma vez que incorpora informações sobre as intervenções no empreendimento (G1, 2016). As licenças ambientais (Prévia, Instalação e de Operação) foram fornecidas pelo Instituto Mineiro de Gestão das A� guas, sem grandes entraves jurı́dicos. Em qualquer processo de licenciamento, após a liberação da Licença de Operação, há a necessidade de constante e efeito monitoramento ambiental e, no caso da Samarco, a �iscalização é de responsabilidade do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Normalmente, os relatórios de �iscalização são elaborados a cada visita (que varia, de acordo com o empreendimento, mas é comum que seja feita anualmente) e devem ser realizados constantemente, embora o último dado que apresenta o volume de rejeitos de Fundão data de 2013. No relatório, constava que o sistema de contenção da barragem acomodava 2,65 milhões de metros cúbicos de areia, lama e detritos de minério (PARREIRA, 2015). A quantidade de rejeitos estancados pela barragem deve ser controlada pelo empreendedor e é regulado por normativas ambientais. A determinação de volume e altura das barragens são elementos importantes para determinar o tipo e nıv́el de risco que as estruturas apresentam. Essa quantidade é regulamentada pela Lei n. 12.334, de 20 de setembro de 2010; pela Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hı́dricos n. 143, de 10 de julho de 2012, e pela lei estadual Deliberação Normativa Copam n. 62, de 17 de dezembro de 2002 (BRASIL, 2010; MINAS GERAIS, 2002). Repare que o órgão ambiental competente para esse licenciamento foi o estadual mineiro, mas os impactos ambientais ultrapassaram as linhas delimitadas para Minas Gerais: a lama liberada �luiu em Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 20 of 26 09/11/2022 21:28 direção ao Rio Doce, cortando o estado do Espı́rito Santo e chegando até o Oceano Atlântico, onde os resı́duos alcançaram o extenso litoral entre o Norte capixaba e o Sul da Bahia, atingindo importantes Unidades de Conservação, entre as quais o Arquipélago de Abrolhos. Diante deste cenário, você deve estar se perguntando: de quem é a culpa? Fique atento, pois na legislação ambiental, procura-se o responsável, e não o culpado. A culpa até pode ser da própria natureza (chuva e tremores de terra), mas quem é responsável pelo empreendimento? Quem deveria ter previsto os problemas de instabilidade das barragens? A Samarco. Por isso, a empresa recebeu cerca de 70 autos de infração. De acordo com Bedinelli (2017), as multas para a Samarco totalizam R$ 552 milhões, considerando aquelas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelos governos de Minas Gerais e Espı́rito Santo. En�im, no caso de efetivada a culpa (a não observância dos relatórios técnicos), a Lei de Crimes Ambientais prevê não somente penalidades à pessoa jurı́dica – nesse caso, a Samarco S.A. e suas acionistas (Vale e BHP Billiton), bem como pessoas fı́sicas responsáveis pelo dano ambiental. Em 2016, foram indiciados Ricardo Vescovi (diretor-presidente da Samarco), bem como responsáveis por inúmeros cargos, como gerentes de geotecnia, de operações e geral de projetos, coordenadores de monitoramento das barragens e os responsáveis técnicos da contenção que sofreu o rompimento original. VOCÊ QUER VER? Em dezembro de 2015 foi lançado o documentário A Esperança de Mariana, relato �ilmado em 360 graus, que apresenta o verdadeiro tsunami de lama da Samarco S.A., em Mariana (MG). Usando tecnologia de realidade virtual, todo o documentário foi gravado em seis câmeras Go Pro. Para conferir o resultado, assista ao vı́deo no endereço: <https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c (https://www.youtube.com /watch?v=LAAcneKwS8c)>. Síntese O avanço da normatização ambiental no Brasil passou por várias etapas que vão desde a determinação de conceitos técnico-ambientais, até o estabelecimento de medidas, regulamentos e orientações sobre a melhor forma de proteger os diferentes biomas existentes no paı́s. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 21 of 26 09/11/2022 21:28 https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c https://www.youtube.com/watch?v=LAAcneKwS8c • Identificar os objetivos e principais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente; • Compreender a importância do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, bem como as principais incumbências do poder público na matéria ambiental; • Analisar as principais etapas do Processo de Licenciamento Ambiental, bem como as competências dos órgãos dos diferentes entes federativos; • Identificar as principais Licenças Ambientais, seus decisivos documentos componentes e datas de validade; • Compreender o falho processo de licenciamento ambiental da Barragem de Fundão e o consequente dano ambiental provocado pela Samarco S.A. • • • • • Bibliografia AMADO, Frederico. Direito Ambiental esquematizado. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2016. ARPINI, Naiara. Polı́cia Federal lista falhas da Samarco com barragem rompida. G1, 22 jun. 2016. Disponıv́el em: <http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06 /pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html (http://g1.globo.com/espirito- santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da- samarco-romper.html)>. Acesso em: 10/08/2017. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) é um órgão subordinado ao Ministério do Meio Ambiente e está sediado em Brası́lia. Para conhecer detalhadamente as atribuições do Conama, consulte o livro digital Curso de Direito Ambiental, de Sidney Guerra e Sérgio Guerra (2014), disponıv́el no endereço: <https://A�nimabrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN /homeMinhaBiblioteca (https://A�nimabrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN /homeMinhaBiblioteca)>. BEDINELLI, Talita. Samarco pagou só 1% do valor de multas ambientais por tragédia de Mariana. El Paı́s Brasil, 9 ago. 2017. Disponıv́el em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/08/politica /1502229456_738687.html (https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/08/politica/1502229456_738687.html)>. Acesso em: 10/08/2017. BRANCO, Marina; PONSO, Fabio. Maior desastre ambiental do Brasil, tragédia de Mariana deixou 19 mortos. Acervo O Globo, globo.com, 17 out. 2016. Disponıv́el em: <http://acervo.oglobo.globo.com/em- destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 22 of 26 09/11/2022 21:28 https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/unidade_2/ebook/index.html# https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/unidade_2/ebook/index.html# http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/pf-lista-falhas-que-levaram-barragem-da-samarco-romper.html https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca 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Acesso em: 10/08/2017. BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de energia elétrica do Brasil. Brası́lia: ANEEL, 2002. ______. Presidência da República. Casa Civil. Decreto n. 4.297 de 10 de julho de 2002. Regulamenta o art. 9o, inciso II, da Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelecendo critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil – ZEE, e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4297.htm (http://<http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/decreto/2002/d4297.htm)>. Acesso em: 10/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Polı́tica Nacional do Meio Ambiente, seus �ins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponıv́el em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm (http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/leis/L6938.htm)>. Acesso em: 07/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Decreto n. 99.274 de 6 de junho de 1990. Regulamenta a Lei n. 6.902 de 27 de abril de 1981, e a Lei n. 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e A� reas de Proteção Ambiental e sobre a Polı́tica Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto /antigos/d99274.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm)>. Acesso em: 10/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Decreto no 99.274 de 6 de junho de 1990. Regulamenta a Lei n. 6.902 de 27 de abril de 1981, e a Lei n. 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e A� reas de Proteção Ambiental e sobre a Polı́tica Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto /antigos/d99274.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm)>. Acesso em: 10/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 11.105 de 24 de março de 2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de �iscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modi�icados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Polı́tica Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei n. 8.974 de 5 de janeiro de 1995,a Medida Provisória n. 2.191-9 de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei n. 10.814 de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm)>. Acesso em: 10/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 11.284 de 2 de março de 2006. Dispõe sobre a gestão de �lorestas públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF; altera as Leis n. 10.683 de 28 de maio de 2003, n. 5.868 de 12 de dezembro de 1972, n. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, n. 4.771 de 15 de setembro de 1965, n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, e n. 6.015 de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.mma.gov.br/port/conama /legiabre.cfm?codlegi=485 (http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485)>. Acesso em: 10/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 12.334 de 20 de setembro de 2010. Estabelece a Polı́tica Nacional de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição �inal ou temporária de rejeitos e à acumulação de resı́duos industriais, cria o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens e altera a redação do art. 35 da Lei n. 9.433 de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4o da Lei n. 9.984 de 17 de julho de 2000. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010 /2010/lei/l12334.htm)>. Acesso em: 10/08/201. Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni... 23 of 26 09/11/2022 21:28 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-deixou-19-mortos-20208009 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=485 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm ______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 13.123 de 20 de maio de 2015. Regulamenta o inciso II do § 1o e o § 4o do art. 225 da Constituição Federal, o Artigo 1, a alı́nea j do Artigo 8, a alı́nea c do Artigo 10, o Artigo 15 e os §§ 3o e 4o do Artigo 16 da Convenção sobre Diversidade Biológica, promulgada pelo Decreto no 2.519 de 16 de março de 1998; dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefı́cios para conservação e uso sustentável da biodiversidade; revoga a Medida Provisória n. 2.186-16 de 23 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03 /_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018 /2015/Lei/L13123.htm)>. Acesso em: 10/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 5.197 de 3 de janeiro de 1967. Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências. 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Lei n. 7.804 de 18 de julho de 1989. Altera a Lei n. 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Polı́tica Nacional do Meio Ambiente, seus �ins e mecanismos de formulação e aplicação, a Lei n. 7.735 de 22 de fevereiro de 1989, a Lei n. 6.803 de 2 de julho de 1980, e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm)>. Acesso em: 10/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm)>. Acesso em: 07/08/2017. ______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 4.504 de 30 de novembro de 1964. Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03 /leis/L4504.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4504.htm)>. 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