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OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Moagem e Moinhos 1 Prof. Boutros Sarrouh Moagem Mecanismos de redução de tamanhos: Quando o Material é sujeito a um impacto brusco, geralmente, o mesmo se partirá originado algumas partículas grandes e outras pequenas, sendo difícil identificar as de tamanho intermediário. Moagem/Mecanismo de redução de tamanhos Se a energia do impacto aumentar, as partículas maiores irão ter um tamanho menor e mais numeroso, contudo acarretará um aumento no número de partículas finas, sem alterar muito o tamanho destas. (Exemplo energia Partículas finas X Partículas Maiores); O tamanho das partículas finas está intimamente ligado à estrutura interna do material. Moagem/Mecanismo de redução de tamanhos Salienta-se que a quebra do material é ineficiente, pois uma grande parte da energia empregada não é utilizada, é perdida. A eficiência do processo de redução de tamanho é muito influenciada pelo modo como a carga é aplicada, pela grandeza e pela natureza da força. Ex.: Força compreesiva, de impacto ou de corte Moagem/Mecanismo de redução de tamanhos Após aplicação da força no material, salienta-se que essa força terá atuação irregular ao longo do mesmo; A medida que é cedida força de deformação à partícula, os locais do material a se romper são onde existem as fendas. Onde tiver a formação da primeira fratura, o ponto de aplicação da força é alterado. Moagem Distribuição de tamanhos de partículas: Após a redução do tamanho, há o encaminhamento do produto para um equipamento (TRITURADOR), que proporcionará uma distribuição de tamanhos distintos, particulares para cada comprador e sua necessidade; Uma vez triturado os produtos, a especificidade (tamanho) deles indicará se será enviado para Sedimentação (partículas menores) ou Peneiração (partículas maiores); Peneiração Também é operação unitária de transferência de quantidade de movimento Além da moagem, trituração, desfibração de sólidos (redução de tamanho) Medição de tamanho de partícula Para calcular a potência dos equipamentos é necessário determinar o tamanho das partícula para isso, se usam peneiras vibratórias. Com os dados experimentais se elaboram gráficos que permitem: - observar a distribuição de tamanho, - calcular o diâmetro médio de partícula (mm) - fazer o gráfico de distribuição acumulativa. Peneira de Laboratório Distribuição das partículas Agitador eletro-magnético e peneiras redondas para análise granulométrica Peneira Peneiras vibratórias de planta piloto ou pequena indústria Peneira vibratória industrial Peneiras Padrão As peneiras padronizadas ASTM possuem numeração que indicam a abertura da malha Quanto maior a numeração da peneira menor será a abertura da tela (malha) Assim, por exemplo, uma peneira no. 6 possui abertura de 3,35 mm (0,132 in), a no. 20 possui abertura de 2,00 mm, e assim por diante A série Tyler (W.S. Tyler) de peneiras é outra maneira muito usada para se referir a peneira Assim como a ASTM, a série Tyler numera as peneiras, mas agora de acordo com a quantidade de aberturas por polegada linear: MESH 13 Série padronizada A menor peneira padronizada é a de 400 mesh Abertura de 0,038 mm, ou seja deixa passar partículas < 38 m Sólidos Grosseiros: abaixo de 4 mesh ( > 4700μm) Finos: 4 mesh a 48 mesh (300-4750 μm) Ultra-finos: 48 a 400 mesh (38-300 μm) Tyler (International Standard Organization - ISO) ASTM / USz Tyler / Mesh Abertura / mm 3,5 3,5 5,613 4 4 4,699 5 5 3,962 6 6 3,327 7 7 2,794 8 8 2,362 10 9 1,981 12 10 1,651 14 12 1,397 16 14 1,168 18 16 0,991 20 20 0,833 25 24 0,701 30 28 0,589 35 32 0,495 40 35 0,417 45 42 0,351 50 48 0,295 60 60 0,248 70 65 0,208 80 80 0,175 100 100 0,147 120 115 0,124 140 150 0,104 170 170 0,088 200 200 0,074 230 230 0,061 270 270 0,053 325 325 0,043 400 400 0,038 15 U.S. MESH INCHES MICRONS MILLIMETERS 3 0.2650 6730 6.730 4 0.1870 4760 4.760 5 0.1570 4000 4.000 6 0.1320 3360 3.360 7 0.1110 2830 2.830 8 0.0937 2380 2.380 10 0.0787 2000 2.000 12 0.0661 1680 1.680 14 0.0555 1410 1.410 16 0.0469 1190 1.190 18 0.0394 1000 1.000 20 0.0331 841 0.841 25 0.0280 707 0.707 30 0.0232 595 0.595 35 0.0197 500 0.500 40 0.0165 400 0.400 45 0.0138 354 0.354 50 0.0117 297 0.297 60 0.0098 250 0.250 70 0.0083 210 0.210 80 0.0070 177 0.177 100 0.0059 149 0.149 120 0.0049 125 0.125 140 0.0041 105 0.105 170 0.0035 88 0.088 200 0.0029 74 0.074 230 0.0024 63 0.063 270 0.0021 53 0.053 325 0.0017 44 0.044 400 0.0015 37 0.037 1. Medida do tamanho da partícula Para calcular a potência dos equipamentos é necessário determinar o tamanho das partículas, e para isso usam- se peneiras vibratórias. Peneiras vibratórias de planta piloto ou pequena indústria Peneiras vibratórias de laboratório 16 Com os dados experimentais se elaboram gráficos que permitem: observar a distribuição de tamanho de partícula; calcular o diâmetro médio de partícula; fazer o gráfico de distribuição acumulativa Nas operações de redução de tamanho, o material sólido particulado heterogêneo é caracterizado pela quantidade que escoa através de uma determinada peneira (“mesh”), diferente de outras operações unitárias que usam o diâmetro médio calculado através da distribuição das frações que ficam retidas nas peneiras. Peneira mesh “Y” 80% de X Diâmetro mesh “Y” “Y” deve ser considerado no cálculo da potência de equipamentos em moagem X ton 20% de X Moinho Outro processo Produto final Matéria prima % geralmente utilizada: 17 Abertura da peneira em mm % retida % acumulada que passa 1.000 0 100 0.500 11 89 0.250 49 40 0.125 28 12 0.063 8 4 0.063 (panela) 4 0 Exemplo: 0 20 40 60 80 100 120 0.000 0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 1.200 Abertura da peneira em mm % acumulada Para materiais heterogêneos, o diâmetro (de projeto) do material que vai ser reduzido de tamanho, geralmente é estabelecido como aquele em que 80% da massa do material passa por uma peneira. No exemplo ao lado, seria uma peneira de 0,43mm, ou seja, um diâmetro de projeto de 0,43mm. 100% do material passou pela peneira de 1,0mm 89% do material passou pela peneira de 0,5mm 18 A que MESH corresponde? Mesh 35 19 A escolha do tipo de moinho dependerá essencialmente das características do produto (composição, tamanho e textura) e da granulometria final do produto. Em geral, produtos com alto teor de fibra, óleo ou umidade, são mais difíceis de serem moídos do que produtos com alto teor de amido e secos. Para moagem de trigo, normalmente utilizam-se moinhos de rolos, ao passo que, para moagem de milho pode-se utilizar tanto moinho de rolos como moinhos de martelo. TIPO DE MOAGEM 20 http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000fid5sgie02wyiv80z4s4 73y1hai57.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000fid5sgie02wyiv80z4s473y1hai57.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000fid5sgie02wyiv80z4s473y1hai57.html 21 Moagem úmida É o procedimento de moagem do milho, na qual se utiliza água para auxiliar na separação de suas partes (película, gérmen, proteína e amido). http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000fid5sgie02wyiv80z4s4 73y1hai57.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000fid5sgie02wyiv80z4s473y1hai57.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000fid5sgie02wyiv80z4s473y1hai57.html Os sólidos podem ser reduzidos no seu tamanho por vários métodos: A compressão (compactação; esmagamento).Geralmente a redução de tamanho em uma industria exige uma combinação destas operações em uma certa seqüência . O impacto (choque). O atrito superficial (esfregar). O corte por facas (cisalhamento agudo). Os equipamentos usados para reduzir o tamanho de sólidos são chamados de: Esmagadores, Moendas ou Moinhos e Trituradores 22 23 Moinho de Martelo Moinho de Facas Moinhos rotativos (discos, rolos, bolas) A. Moinhos quebradores (partículas grossas e finas) 1. Triturador de maxila 2. Triturador giratório 3. Moinho de rolos B. Trituradores (tamanho intermediário e fino) 1. Moinho de martelos 2. Moinho de rolos de compressão 3. Moinhos de discos de atrito 4. Moinho com tambor e bolas C. Trituradores Ultrafinos 1. Moinho de bolas com classificação interna 2. Moinhos giratórios D. Trituradores de corte 1. Moinho de facas 2. Escova de pinos 3. Principais tipos de redutores de tamanho 24 Consiste num cilindro oco em rotação parcialmente cheio de bolas, com o eixo horizontal fazendo um pequeno ângulo; O material a moer pode ser introduzido numa das extremidades do eixo oco e o produto sai outra extremidade; Esquemático de um moinho de bolas Moinho de Bolas 26 Tipos de Moinhos MOINHO DE BOLAS Moinhos de Bolas A saída do moinho será normalmente coberta com uma peneira pouco aberta, para impedir que as bolas possam escapar. A superfície interior do cilindro é normalmente revestida por um material resistente a abrasão. Ex.: Borracha – Menos desgaste Exemplo de Peneiras Moinho de Bolas Bolas: Normalmente feitas de aço e ocupam entre 30% e 50% do volume do moinho. O diâmetro delas varia entre 1 e 5 polegadas, com diâmetro ótimo ≡ Raiz Quadrada do diâmetro de alimentação do moinho. Figura de exemplo de Bolas dos Moinhos de Bolas Moinho de Bolas Durante a moagem as próprias Bolas se desgastam e são constantemente substituídas por bolas novas, fazendo com que o Moinho contenha várias bolas de várias idades e vários tamanhos. Com isso dentro de um Moinho de Bolas observa-se que as bolas maiores localizam-se na parte superior, próximo a alimentação e as pequenas, responsáveis pela obtenção do produto fino, localizam-se próximo a saída. (Característica Positiva desse Moinho). Moinho de Bolas Fatores que influenciam na dimensão do produto: 1) Velocidade de alimentação: Altas velocidades, propiciam menores tempo de residência do produto no moinho e assim menor redução de tamanhos. 2) Propriedades do material de alimentação: Quanto maior for a alimentação, maior o produto por ser fracionado/quebrado. Moinho de Bolas 3) Peso das Bolas: Uma carga com bolas pesadas produzirá produtos finos. Para aumentar o peso da carga, poderá aumentar a quantidade bolas ou usar um material de densidade maior. Condição ótima: Volume do leito de bolas = 50% do volume do moinho. 4) Diâmetro das Bolas: Bolas pequenas facilitam a produção de material fino, sendo de baixa eficiência para partículas maiores. Moinho de Bolas 5) Inclinação do Moinho: O aumento da inclinação, aumenta a capacidade de processamento, pois diminui o tempo de residência, entretanto origina um produto grosseiro. 6) Liberdade de descarga: Proporcional a inclinação do Moinho. Em alguns moinhos o produto da Moagem é descarregado pelas aberturas do revestimento. Moinho de Bolas 7) Velocidade de rotação do moinho: Velocidade baixa: As bolas limitam-se a rolar umas sobre as outras, obtendo-se pouca ação de moagem. Velocidade alta: As bolas operam a distâncias maiores uma das outras (eficiência maior), porém há um considerável desgaste do revestimento do moinho. Moinho de Bolas 8) Nível do Material no moinho: O consumo de energia é reduzido mantendo um nível baixo para o material no moinho. A melhor maneira de controlar o nível consiste em montar uma barreira de descarga apropriada para o produto. Se o nível do material aumentar, aumenta a ação de amortecimento (Almofada), perdendo energia pela produção excessiva de material muito fino. Vantagens do Moinho de Bolas Pode ser usado com produtos a seco ou úmido, contudo a moagem úmida favorece a remoção do produto. Baixos custos de energia e de instalação. Pode ser usado com uma atmosfera inerte, daí é permitido seu uso com materiais explosivos. O material de Moagem, para esse moinho, tem custo baixo. Próprio para materiais de todos os graus de dureza. Uso em sistemas contínuo ou descontínuo. Utilizado em circuitos aberto ou fechado. 36 Moinho Raymond Moinhos Raymond A matéria-prima é triturada no britador de mandíbula no tamanho requerido. Os materiais são elevados até o funil de carga de onde o material é transportado através de um alimentador vibratório eletro-magnético, uniforme e continuamente para dentro da câmara de moagem para o processamento do pó. Os rolos oscilam de dentro para fora para pressionar o anel, porque a força centrífuga e a pá retira os materiais e os transfere para o meio entre o anel e o rolo para moagem. Daí, o material moído é carregado pelo ar do soprador para as peneiras. Moinhos Raymond O materiais finos são soprados para dentro do coletor de ciclone e são despejados para fora através da válvula de saída de pó, como produtos finais enquanto o material grosso, que sobra na peneira retornará para câmara de moagem para remoagem. O sistema de fluxo de ar do equipamento é bem vedado e o ar circula em condições de pressão das mais adversas possíveis. Ciclone Moinho Raymond Moinhos Raymond Salienta-se que as cabeças de moagem e o anel forte são facilmente substituíveis. Principais usos: Preparação de carvão pulverizado, fabricação de cimento, artigos de cerâmicos, indústrias que demandem produtos finos Vantagens do Moinho Raymond Econômico no funcionamento; Origina um produto bem fino e uniforme. Consumo de energia e custo de manutenção pequenos. Desvantagens do Moinho Raymond Funciona com alta velocidade, não sendo próprio para uso com materiais abrasivos. Há desgaste se o material trabalhar sem alimentação, porque não há folga entre os níveis da cabeça de moagem e o anel forte. 2. Potência necessária para a redução de tamanho Precisa-se de energia para vencer a resistência interna do material e fragmentá-lo. 42 A energia necessária para gerar uma fenda (corte ou fratura) no sólido depende do tipo de material (tamanho, dureza, umidade, plasticidade, etc.) e do tipo de equipamento de redução de tamanho. Os parâmetros no cálculo de redução de tamanho são: a) a quantidade de energia usada b) o tamanho inicial da partícula c) o tamanho da nova partícula formada Existe um modelo geral para explicar o fenômeno da redução de tamanho. A partir desse modelo, vários pesquisadores desenvolveram leis para predizer a potência requerida pelos moinhos, entre eles: Rittinger, Kick e Bond. A escolha do modelo geral ou da lei particular depende de ensaios práticos. Existem vários modelos teóricos para predizer o valor da energia necessária para reduzir o tamanho de partículas sólidas ... porém não são muito confiáveis e tem que ser feitos testes práticos para escolher o modelo adequado. 43 Supõe-se que a energia necessária (E) para produzir uma modificação dX em uma partícula de tamanho X, é uma função de X elevado a uma certa potência n. nX C dX dE Onde X é o diâmetro da partícula, n e C são constantes que dependem do tipo de material e do tipo de equipamento de redução de tamanho. (1) 2.1. Modelo geral A quebra de um material cria umnovo tamanho (X). 44 (2) 1 1 1 2 11 1 nn XXn C E Onde: X1 é o diâmetro médio da matéria-prima X2 é o diâmetro médio do produto. Integrando (1) 2 10 X X n E X dX CdE Obtém-se a expressão do modelo geral: 45 (3) Kick assume, devido a observações experimentais, que a energia necessária para reduzir o tamanho do material é diretamente proporcional à taxa de redução do tamanho n = 1. Substituindo na equação do modelo geral (1) tem-se: 2 1 2 1 logln X X K X X CE K onde KK é uma constante. Neste caso a energia requerida para reduzir um material de 100 a 50 mm é a mesma para reduzir o mesmo material de 50 mm a 25 mm. X dX CdE 2.2. Modelo de Kick (1) nX C dX dE 46 (2) Então com n = 2 obtem-se a equação de Rittinger: (4) KR é uma constante. 12 11 XX KE R 1 1 1 2 11 1 nn XXn C E Considera que a quantidade de energia (“E”) para reduzir um material de 100 mm a 50 mm é diferente da requerida para reduzir de 50 a 25 mm. “E” seria equivalente a redução do material de 50 mm a 33.3 mm. Rittinger assume que o trabalho é proporcional à nova superfície criada, e como a área é proporcional ao quadrado do comprimento, um valor de n = 2 é assumido. De (2): 2.3. Modelo de Rittinger (2) 47 Experimentos recentes de Bond sugerem que o trabalho necessário para moer partículas de tamanho grande é proporcional à raiz quadrada da razão da área por volume do produto. Isto corresponde a n = 1.5 na Eq. (1): 12 11 XX KE B (5) Onde o KB é uma constante. 2/3X dX CdE Resolvendo-se: 2.4. Modelo de Bond nX C dX dE (1) 48 Posteriormente, Bond modificou a sua lei para incluir “Ei” (“índice de trabalho”), para representar o trabalho necessário para reduzir as partículas alimentadas com diâmetro DF a um produto com diâmetro de partícula Dp. Partículas aproximadamente com a mesma forma geométrica Fp i DD E T P 11 46.1 P é a potência requerida em [hp]; T é a taxa de alimentação ao moinho, em [toneladas/min]; KB = 1,46 Ei Ei é denominado índice de trabalho, em [kWh/ton] DF é o diâmetro característico das partículas alimentadas [ft]; Dp é o diâmetro característico das partículas do produto [ft]. Os valores de Ei (para mineração) podem ser encontrados no Manual do Engenheiro Químico (Perry e Green) e nos textos de Bond. A equação prática, em unidades inglesas, é: (6) 49 50 O modelo de Bond também poderá ser expressado pela equação a seguir. Isso dependerá do sistema de unidade utilizado (sendo W = E, Wi = Ei). O valores de Wi (Ei) para alimentos duros (grãos e açúcar) poderão variar de 10 a 20 Kwh/ton Para moagem a seco, deve-se multiplicar o Ei por 1,33, já que consome mais energia que moagem úmida. Material Densidade, g/cm3 Índice de Trabalho, Ei (kWh/ton) Bauxita 2,20 8,78 Cimento clinquer 3,15 13,45 Cimento bruto 2,67 10,51 Argila 2,51 6,30 Carvão 1,40 13,00 Coque 1,31 15,13 Granito 2,66 15,13 Gesso 2,69 6,73 Minério de ferro 3,53 12,84 Calcário 2,66 12,74 Rocha fosfática 2,74 9,92 Quartzo 2,65 13,57 Trigo 1,1 4,35 Tabela. “Índice de trabalho” para moagem a úmido. Há uma carência de valores de Ei para alimentos! 51 EXEMPLO 1. Moendo cana-de-açúcar Açúcar é obtido da moagem de cristais. Após passar por uma moagem primária, para a caracterização do produto é aceitável que 80% da massa inicial passe por uma peneira de 500 µm. Esse produto é reduzido de tamanho novamente através de um moedor de rolos, onde agora 80% do produto final passa em uma peneira de 88 µm. Para a segunda moagem, um motor de 5HP é utilizado. Considerando agora, que 80% do produto final passe em uma peneira de 125 µm, mas com uma taxa de moagem (vazão mássica) 50% maior que a anterior, verifique se o motor instalado possui potência suficiente para operar o moedor? Considere a equação de Bond nos cálculos. ftft E m HP DD E T P i Fp i 34 10.64,1 1 10.88,2 1 46,1 511 46,1 ftft E m P i 34 10.64,1 1 10.10,4 1 46,1 5,1 Processo #1: Processo #2: Dividindo #2 por #1 tem-se: HPP P 4,5721,0 5*5,1 Assim, o motor possui potência insuficiente para passar a um aumento de 50% na taxa de carga (vazão mássica), mesmo aumentando o diâmetro final do produto para 125µm. [Verifique que se a taxa fosse aumentada em 38%, o motor de 5HP seria suficiente para executar o trabalho.] 52
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