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UNIVERSIDADE DA AMAZONIA BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO ANDREZA MADUREIRA BARREIRINHAS ANNA CAROLINA ROQUETA MAGALHÃES LUANA SARAIVA TEXEIRA DE LIMA JUCIELLEN NETO REBELO RELATÓRIO DE PESQUISA DE CAMPO Museu de Gemas do Espaço São José Liberto BELÉM 2024 ANDREZA MADUREIRA BARREIRINHAS ANNA CAROLINA ROQUETA MAGALHÃES LUANA SARAIVA TEXEIRA DE LIMA JUCIELLEN NETO REBELO RELATÓRIO DE PESQUISA DE CAMPO Museu de Gemas do Espaço São José Liberto Pesquisa histórica, registro fotográfico e levantamento técnico, do Museu de Gemas do Espaço São José Liberto, em Belém/PA, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade da Amazônia, para obtenção de parte da pontuação referente a 1ª avaliação da disciplina Projeto de Arquitetura e Urbanismo V. Orientadora: Márcia Cristina Nunes BELÉM 2024 1. Introdução Este relatório apresenta os resultados da pesquisa de campo sobre o Museu de Gemas do Estado do Pará, abrigado dentro no Espaço São José Liberto, ocorrida no dia 09 de fevereiro de 2024, em Belém, no Pará. Imagem 01: Fachada Espaço São José Liberto Fonte: Autoral A pesquisa foi motivada por fins educacionais e realizada com o objetivo de fazer levantamento histórico e técnico da edificação, além de registro fotográfico, coleta e avaliação de diversos itens do espaço desta Galeria, para serem apresentados ao curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade da Amazônia (UNAMA), na disciplina de Projeto de Arquitetura e Urbanismo V. 2. Questionário Visando um conhecimento prévio e afim de apresentar o levantamento histórico da edificação onde o Museu de Gemas se encontra abrigado, é necessário saber que, inicialmente em 1794 foi construído pelos frades o como sendo o Mosteiro de São José, onde os Monges passaram cerca de quase 10 anos morando até os jesuítas serem caçados e expulsos do Brasil, a partir daí pelos próximos dois séculos, o mosteiro primeiramente virou um hospital psiquiátrico, depois olaria, quartel e depósito de pólvora, cadeia pública, até se tornar o presidio São José, que passou uma rebelião pesada e posterior foi desativado pelo governo do Estado, mas em 2002 foi totalmente restaurado e ampliado ganhando mais um prédio, anexo à primeira construção, assim "renascendo" como Espaço São José Liberto, também popularmente conhecida como Polo Joalheiro. Deste modo, o espaço hoje abriga a Capela de São José, o Memorial da Cela, o Museu de Gemas, o Jardim da Liberdade, a Casa do Artesão, um polo joalheiro com ourivesaria e lojas de comercialização de joias artesanais, o Anfiteatro Coliseu das Artes, Espaço gourmet e espaço de moda. Imagens 03 e 04: Capela do Espaço São José Liberto Fonte: Autoral Imagem 05: Memorial da Cela Fonte: Google Imagens Imagem 06: Entrada Museu de Gemas Fonte: Autoral Imagens 07 e 08: Jardim da Liberdade Fonte: Autoral Imagens 08 e 09: Fabriqueta e Lojas da Casa do Artesão Fonte: Autoral Imagens 10 e 11: Anf iteatro Coliseu das Artes Fonte: Autoral Imagens 11 e 12: Espaço da Moda Fonte: Autoral Imagem 11 e 12: Espaço gourmet Fonte: Autoral Imagem 13, 14 e 15: Lojas Fonte: Autoral Contudo, cabe ressaltar que a visitação é aberta e gratuita ao público de terça a sábado podendo fazer registros fotográficos, com exceção do Museu de Gemas que é cobrador o valor de 4 reais e é proibido fazer registros fotográficos durante a visita sem ter autorização prévia do órgão responsável, pois além da preservação das peças, lá dentro encontra-se enormes riquezas. Imagem 16: Porta de entrada para o Museu Fonte: Autoral 2.1 Dados da Galeria de Arte O Museu de Gemas, abrigado no Espaço São José Liberto, encontra-se situado na Praça Amazonas, no bairro do Jurunas, em Belém, no Pará. Como dito previamente a edificação foi construída em 1749, porém o museu só está lá a partir de 2002, e hoje funciona sob a gestão articulada, sendo a da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (SEMEDE) o órgão responsável pelo Espaço e a Secretaria de Cultura do Estado do Pará (SECULT) responsável pelo museu de gemas. 2.2 Que tipos de obras são expostas na galeria de Arte? O Museu de Gemas expõe em seu acervo mais de 4 mil peças, distribuídas em cinco salas, que acolhe turistas nacionais e internacionais e promove visitas monitoradas com fins de educação patrimonial e gemológica. Logo na entrada, causando grande impacto, há uma drusa de quartzo (Dióxido de silício SiO₂) bruta, originada há cerca de 500 mil anos no sul do Pará, pelo ciclo brasiliano, e que pesa 2 toneladas e meia. Imagens 17 e 18: Drusa de Quartzo e Informações Fonte: Autoral Adentrando a exposição, na 1ª sala, reúnem-se diversas cerâmicas arqueológicas marajoaras e tapajônicas, além de muiraquitãs milenares, que permitem com que possa ser compreendido o passado e registra a tecnologia que estas sociedades possuíam, além de servir de fonte de inspiração para os designers e artesãos do Polo Joalheiro, com: vasos com alças estilizadas, vasos funerários, cachimbos, flautas, bancos, tangas, tangos, bules, ponta de flechas, etc. Imagens 19, 20 e 21: Fotos referentes a 1⁰ sala Fonte: Google Imagens Na 2ª sala, encontram-se expostas algumas pedras preciosas mostrando seu processo de lapidação e outras já em forma de gema minerais e orgânicas, como: esmeralda, diamante, quartzito, ametrino, gemas sintéticas, biojoias, sementes, corais, chifres, pérolas, ossos, etc. Imagens 22, 23, 24 e 25: Fotos referentes a 2⁰ sala Fonte: Google Imagens Na 3ª sala, além de algumas pedras preciosas, também se encontra algumas drusas, como: ametista, topázio, citrino, pedra metavulcanica, etc. Imagens 26, 27, 28 e 29: Fotos referentes a 2⁰ sala Fonte: Google Imagens Na 4ª sala, encontram-se expostas pedras de formações naturais, como: Psaronius brasiliensis que é um tronco fossilizado, e calcedônia que é uma pedra oceânica, etc. Imagens 30, 31, 32 e 33: Fotos referentes a 2⁰ sala Fonte: Google Imagens Na 5ª sala, é exposto coleções de joias e peças avulsas que foram doadas ou adquiridas pelo Governo do Pará ao longo dos anos, em prol da preservação do nosso Patrimônio Cultural. Não foram encontradas foram encontradas fotos dessa sala. 2.3 Qual tamanho, organização e objetivo da galeria? Como mencionado no tópico acima, o Museu de Gemas, possuí mais de 4 mil peças distribuídas em apenas cinco salas, acolhendo turistas nacionais e internacionais e promove visitas monitoradas, ou seja, o Museu em si não possui um tamanho tão grande, porém possuí uma coleção específica em termos de conteúdo e de interesse especializado em educação patrimonial e gemológica, que proporciona uma boa e fácil organização por ter um o enredo sequencialmente linear, além atrair um número suficiente de visitantes, de forma a garantir o desenvolvimento de longas exposições, e gerar inspiração para os artesãos do local. 2.4 Análise da tipologia da Galeria de Arte em relação aos conceitos de layout e volumetria: adaptação/ampliação/por adição de bloco/ nova edificação? Consolidada o conjunto de informações obtidas na pesquisa histórica, visita em campo e registro fotográfico, fazendo a análise tipológica arquitetônica do Espaço São José Liberto, é possível perceber a influência da arquitetura colonial europeia: Na simplicidade da edificação, que apesar de ter tido alterações de adição de alguns elementos, como as grades, a pintura e os vidros, ainda apresenta as características originais no prédio principal. Imagens 34, 35 e 36: Exterior do Prédio PrincipalFonte: Autoral Em como a edificação foi construída no limite do terreno, ainda que hoje em dia haja um calçadão ao redor da edificação. Imagens 37, 38 e 39: Calçadas do Prédio Principal Fonte: Autoral Em seu telhado colonial composto por telhas cerâmicas, que se encaixam umas nas outras, criando uma superfície resistente e durável, e que possui várias águas, mas que contornam o prédio principal formando várias estruturas inclinadas em 2 águas. Imagem 40: Vista aérea Prédio Principal e Prédio Anexo Fonte: Google Imagens Em vista disso é possível perceber a diferença arquitetônica entre o prédio principal e o prédio que foi anexado, que cabe ressaltar que o só foi considerado um anexo quando edifício foi restaurado em 2002, porém quando o edifício ainda era uma cadeia pública, esse local do anexo era onde foram instaladas uma escola e uma oficina, no qual os presos eram qualificados para realizar serviços públicos. Imagem 41: Prédio Principal e Prédio Anexo Fonte: Google imagens 2.5 Planta da Galeria de Arte Como dito anteriormente, a edificação foi construída em 1749 e em 2002 foi totalmente restaurada e ampliada, ganhando mais um anexo. E durante a visita foi obtida por meio de registro fotográfico, a Planta de layout do Espaço São José Liberto, onde é possível ver o prédio principal já em conjunto com o prédio anexo. Imagem 42: Layout pavimento térreo Espaço São José Liberto Fonte: Autoral Imagem 43: Layout pavimento superior Espaço São José Liberto Fonte: Autoral Á vista disso, para uma melhor representação visual e esclarecimento de em que parte as salas do Museu de Gemas se encontram dentro do Espaço, foi anexado a imagem abaixo com enfoque em apresentam a delimitação das salas. Imagem 44: Layout salas do Museu de Gemas Fonte: Autoral 2.6 Avaliação da arquitetura bioclimática da Galeria de Arte considerando as condições climáticas locais voltadas para o conforto ambiental e eficiência energética na edificação: orientação da edificação (ventos e incidência solar), sombreamento das aberturas, técnicas construtivas Na parte em que o Museu de Gemas fica abrigado, possui abertura de janelas, porém elas são vedadas, tanto para a preservação quanto para a segurança das peças se encontram lá dentro, o que consequentemente não permite a entrada de iluminação ou ventilação nas 5 salas de exposição, em decorrência disso, o ambiente possui baixa eficiência energética, pois o ambiente acabou dependendo de iluminações artificiais e refrigeração por meio máquinas de ar-condicionado, que são instaladas na parte interior da parede; entretanto sua ambientação é confortável. Imagem 45: Sala 1 do Museu de Gemas Fonte: Google Imagens Ademais, quanto ao Espaço São José Liberto: no prédio principal, apesar de possuir o jardim da liberdade trazendo iluminação e ventilação natural para o interior da edificação, que inclusive é um espaço quente por não ter a sua ventilação cruzada, as poucas aberturas de janelas que tem também são vedadas, o que faz com a iluminação natural entre pelas portas de acesso dos demais ambientes, mas que também dependam de algumas iluminações artificiais e refrigeração por meio máquinas de ar-condicionado; já no prédio anexo, apesar de ser fechado e refrigerado por meio de máquinas de ar-condicionado, possui uma claraboia, vários janelões e portas de vidro que possibilitam a entrada da luz natural. Imagem 46: Quadro no hall de entrada do Museu no prédio principal Fonte: Autoral Imagem 47: Anf iteatro Coliseu das Artes no prédio anexo Fonte: Autoral 2.7 Elementos construtivos da Galeria de Arte: Fundações / Estrutura / Fechamentos / Esquadrias / Cobertura O prédio principal do Espaço São José Liberto, onde o Museu hoje é abrigado, como dito anteriormente foi construída pelos frades jesuítas em 1749, em vista disso essa edificação então foi construída utilizando de barro, cal, gordura de peixe e pastilha de barro, sem qualquer tipo de estruturação com ferro ou aço, porém como a edificação passou por diversos tipos de usos, houve algumas alterações e adições de elementos na arquitetura do local. Imagem 48: Parede original no Jardim da Liberdade Fonte: Autoral No período em que estava sendo utilizado como cadeia pública, houve muito provavelmente a adição das grades nas janelas, além de uma ampliação onde foram instaladas uma escola e uma oficina, objetivando a qualificação dos presos para realizar serviços públicos, e onde hoje se encontra o prédio anexo. Imagem 49: Foto antiga do presidio Fonte: Autoral Ainda no período como cadeia pública, devido à condição estrutural do prédio, os presos eram submetidos a situações precárias, com celas pequenas, com pouca iluminação e com infiltrações constantes, inclusive na sala onde se encontra o memorial da cela hoje, percebe-se o enclausuramento do ambiente e também há relatos de que o piso da cela era de cimento com sal, o que atraia a humidade e tornava o local insalubre, além da suspeita de que foi alterado a estrutura desse ambiente e que lá era o deposito de armazenagem das comidas quando a edificação era um mosteiro. Imagem 50: Foto antiga da cela “cinzeiro” Fonte: Google Imagens Em 2001 foram iniciadas as obras de revitalização do antigo presídio, sob coordenação da Secretaria Executiva de Cultura (Secult), o edifício que estava em péssimo estado, teve seus pavimentos e jardim reconstruídos; inclusive a restauração possibilitou encontrar diversos instrumentos e objetos de tortura que faziam parte do antigo presídio e hoje se encontram expostos no memorial da cela. Imagem 51: Objetos expostos no memorial da cela Fonte: Google Imagens A antiga capela do Mosteiro, também foi restaurada e as suas paredes foram mantidas no estado original com pedra aparente, porém foi adicionada a estrutura em vidro que veda a capela e que muito provavelmente era uma entrada; atualmente a capela é utilizada em celebrações religiosas, saraus literários e apresentações musicais. Imagem 52: Parede e teto da Capela do Espaço São José Liberto Fonte: Autoral Imagem 53: Portal Capela do Espaço São José Liberto Fonte: Autoral 2.8 Materiais de acabamento da Galeria de Arte: acabamentos externos e internos como revestimentos de piso, parede e forro A edificação principal conta com técnicas construtivas antigas, que se encontram mantidas em algumas partes, como: na capela em que se destaca as paredes originais de pedra e a pintura de estrelas no teto, no piso cerâmico do edifício, que por baixo da proteção, ainda é original. Imagem 54: Teto da Capela do Espaço São José Liberto Fonte: Autoral Imagem 55: Piso do prédio principal do Espaço São José Liberto Fonte: Autoral No restante as paredes internas e externas são emassadas e pintadas, assim como os tetos/forros, que geralmente são em formatado de abóboda. Imagem 56: Teto/forro hall do Museu de Gemas Fonte: Autoral Já a edificação anexa conta com piso cerâmico, piso de madeiras, portas de entradas em alvenaria utilizando técnicas mais atuais e um estilo conceitual com traços neoclássicos, paredes emassadas e pintadas, colunas com acabamento conceitual com traços neoclássicos, e um teto abobadado estruturado em ferro. Imagem 57: Anf iteatro Coliseu das Artes prédio anexo Fonte: Autoral Imagem 58: Coluna no Anf iteatro Coliseu das Artes Fonte: Autoral 2.9 Iluminação da Galeria de Arte O Museu de Gemas possui uma iluminação bem baixa, devido o fator anteriormente dito sobre as janelas serem vedadas, o que faz com que as salas de exposição contenham apenas iluminações artificias de alguns spots de sobrepor direcionáveis para algumas obras de arte, alguns spots de sobrepor fixados diretamente para o tetodo ambiente, e iluminação embutida dentro dos expositores. Quanto ao restante da edificação do Espaço São José Liberto, como dito anteriormente há a iluminação natural no prédio principal, proveniente do jardim da liberdade, que entra pelas portas de acesso aos ambientes, mas também há algumas iluminações artificiais com spots de sobrepor direcionáveis no teto ou em algum quadro explicativo; já no prédio anexo, possui iluminação natural proveniente da claraboia que há no meio da cobertura, dos vários janelões e portas de vidro nas laterais, porém também conta com algumas iluminações artificias de spots de sobrepor direcionáveis para as peças a venda. 2.10 Acessibilidade aos PcD’s Quando a acessibilidade para pessoas com deficiência (PcD), no prédio principal do Espaço São José Liberto, que é onde o Museu de Gemas está abrigado, conta apenas com a porta de entrada e de algumas portas internas acessíveis, para pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, por meio de adaptação com rampas de acesso metálicas que não alteram a arquitetura do local. Já no prédio anexo, as portas de entrada são acessíveis por meio de rampas em alvenaria adjuntas as escadas, possuí elevador com cabine para o 2º andar e sanitários adaptados com equipamentos e acessórios próprios. Imagens 59, 60, 61 e 62: Portas de Acesso Fonte: Autoral Imagem 63 e 64: Elevador com cabine no prédio anexo Fonte: Autoral Imagem 65: Entrada com rampa adjunta a escada no prédio anexo Fonte: Autoral Entretanto, pode ser percebido que o Espaço e o museu não conta com a devida acessibilidade para todos os tipos de pcd (física, auditiva, visual, mental ou múltipla), pois no local se faz necessário: a implantação de pisos táteis, recursos em braile ou em letra ampliada, conversão de textos para leitores de tela, instalação de softwares e audiodescrição de imagens, para pessoas cegas e/ou de baixa visão; intérpretes que possam mediar a comunicação em Libras com pessoas surdas; monitoria para caso portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) necessitem; e assim por diante, pois um guia qualificado pode até ajudar mas é necessário trazer autonomia para esse espaço. 2.11 Infraestruturas da Galeria de Arte Conjunto: reservatório de água, redes de águas pluviais e de esgoto, iluminação pública, divisas do terreno, outros Quanto a infraestrutura da edificação, que seria o conjunto de serviços fundamentais para o funcionamento da edificação como um todo, durante a visita não nos foi cedida nenhuma informação, apenas mostrado a entrada da casa de comando das bombas. Entretanto por meio da observação, apenas pode ser identificado: que não há divisa de terreno, que não há sistema de captação de energia por meio de placas solares portanto é utilizada a iluminação pública na edificação, e que não há sistema de captação da água da chuva, logo o sistema de água e esgoto provavelmente é feito pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Imagem 66 e 67: Casa de bombas Fonte: Autoral 2.12 Acessos à Galeria de Arte O Espaço possui 3 pontos de acesso, o 1º e o 2° são pela Praça Amazonas, sendo que o 1° se dá pela entrada do prédio principal e o 2° pela lateral direita já no do prédio anexo, já o 3° se dá pela rua Osvaldo de Caldas Brito, pela lateral esquerda do prédio anexo. Sendo assim, os visitantes podem adentrar o Espaço por qualquer um desses 3 pontos e se deslocar até o Museu de Gemas lá dentro, contando é claro que aquele ponto de acesso esteja aberto no dia. Imagem 68: 1ª entrada pelo prédio principal Fonte: Google Imagens Imagem 69: 2ª entrada pelo prédio anexo Fonte: Autoral Imagem 70: 3ª entrada pelo prédio anexo Fonte: Autoral 2.13 Fluxograma do prédio da Galeria de Arte: administração, serviços, visitantes O fluxograma da edificação se apresenta da seguinte forma: Imagem 71: Fluxos da edif icação Fonte: Autoral 2.14 Espaços de exposição - que tipo de circuito e armazenagem O layout Museu de Gemas apresenta um tipo de circuito sequencial linear, ou seja, é circuito fechado onde o enredo essencialmente linear vai levando o visitante naturalmente entre as salas e exposição. Entretanto cabe ressaltar que o layout do Espaço São José como um todo, apresenta um conceito complexo que combina vários tipos de circuitos para dar conta de relações entre tudo que é abrigado lá dentro 2.15 Como se apresentam os expositores? Que tipos de obras Como dito previamente, dentro do museu encontram-se enormes riquezas, portanto preocupações como a proteção a segurança física de cada peça exposta são fundamentais e podem ser influenciadas por diversos fatores, no caso das peças do Museu de Gemas, as condições de espaço do museu e o número de visitantes que espera que se aproximem da obra, fazem com que sejam necessários expositores que proporcionem essa maior segurança das peças, entretanto diferentes tipos de obras de arte requerem distintos métodos de exposição. Desse modo, os expositores utilizados no Museu de Gemas hoje, são: estojos de parede com as peças cerâmicas arqueológicas marajoaras e tapajônicas, com as coleções de joias, com as mais diversas pedras preciosas já citadas anteriormente, etc.; vitrines expositoras com as pedras preciosas, muiraquitãs, pontas de flechas etc.; vitrines verticais com drusas de pedras preciosas, com ouro, com cerâmica, etc.; e pedestais as drusas, troncos fossilizados, etc. 2.16 Relações da Galeria de Arte com os demais espaços do prédio Dentro da concepção do Espaço São José Liberto como Polo Joalheiro do Pará, o Museu de Gemas expõe um acervo único, que considerado uma fonte de inspiração para os designers e artesãos do Polo Joalheiro, por reunir iconografias dos povos originários, o fascínio provocado no homem pelos metais preciosos como o ouro e as gemas, além da curiosidade despertada por formações milenares da natureza. Portanto o Museu de Gemas está conectado diretamente com todo o contexto da atual utilização do Espaço São José Liberto, que pode ser observado nos demais ambientes. No átrio da edificação ainda do prédio principal, fica abrigado o Jardim da Liberdade, o único gemológico do país, que foi projetado pela Paisagista Rosa Kliass, esse Jardim causa surpresa e encantamento ao reunir os principais elementos da natureza, com a água do lago e da fonte central proporcionando conexão com a natureza, seja de maneira sensorial, seja visual ou auditiva, com as árvores, planta de forração e grama renovando o ar, com os cristais, ametistas e citrinos que energizam o ambiente, e com três grandes quartzos presentes na fonte central, que dão uma pequena mostra da imensa riqueza mineral que repousa no subsolo amazônico. Em torno do jardim, também no prédio principal, encontra-se as 6 lojas de comercialização de joias, onde são oferecidas peças criadas e confeccionadas sob a inspiração da diversidade cultural da Amazônia, além de ter uma loja só para joias antigas. Adentrando o prédio anexo, temos as fabriquetas em ilhas de Ourivesaria e Lapidação, onde os visitantes podem parar e ficar observando os/as artesãs trabalhando na criação de peças/joias; logo em seguida temos a Casa do Artesão, Espaço de Moda e Gourmet, onde são apresentadas 7 tipologias de artesanato que exemplificam a diversidade de matéria prima e o talento dos inúmeros artistas espalhados pelo imenso território paraense, além da comercialização dos artesanatos. E por último temos o Anfiteatro Coliseu das Artes, que recebe espetáculos de teatro, dança, música, grupos folclóricos e os mais diversos tipos de arte popular e erudita, um espaço só para exposições, e também um mezanino destinado a atividades de capacitação e a outros eventos. 2.17 Relações da Galeria de Arte com os equipamentos do mesmoQuanto aos equipamentos de preservação e conservação dentro do Museu de Gemas, que seriam sensores eletrônicos de temperatura, desumidificador de ar, caixa anoxia, esterilizador, etc., durante a visita não nos foi cedida nenhuma informação, porém foi notada a presença das máquinas de ar-condicionado refrigerando o ambiente e as vitrines expositoras, que estão na categoria de equipamentos de preservação e conservação de Museus. 2.18 Área de estacionamento Nem o Museu de Gemas e nem o Espaço São José Liberto possuem estacionamento próprio dentro da edificação, porém há o estacionamento rotativo de veículos nas ruas que cercam o Espaço e na praça, identificadas pela faixa branca junto à guia da calçada ou no meio-fio, que indica que qualquer condutor pode estacionar se tiver vaga disponível, desde que também respeite as normas de estacionamento do artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Imagem 72: Vista aérea Espaço São José Liberto Fonte: Google Imagens 2.19 Estado de manutenção da Galeria de Arte (exemplos mais expressivos) Passados 22 anos da última reforma e remodelação da edificação, tanto o Museu de Gemas quanto o Espaço São José Liberto encontram-se em um bom estado de conservação, por não estar extremamente deteriorados e nem pichados depois de 22 anos, porém estão necessitando de uma revitalização, para analisar possíveis danos ou patologias como sujidades, infiltrações, acúmulo de agentes biológicos e oxidações devido a exposição a intempéries, para diagnosticar e descrever quais ações devem ser tomadas, e para que seja realizada ações de limpeza, pintura e recuperação do piso da edificação para que se mantenha conservado esse patrimônio arquitetônico que é o Espaço São José Liberto como um todo. 3. Referencias GAMA, Aldirene. São José Liberto é referência cultural, turística e do patrimônio arquitetônico de Belém. Agência Pará, 2023. 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Acesso em 12 de fevereiro de 2024.
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