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HAU3 - Museu Cais do Sertão e Museu da Memória e dos Direitos Humanos

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Museu e representatividade
Uma breve análise do Museu Cais do Sertão e do Museus da Memória e dos Direitos Humanos
Trabalho desenvolvido para a disciplina de História da Arquitetura e 
Urbanismo 3, ministrada pela professora Solange Schramm.
Museu e representatividade
Uma breve análise do Museu Cais do Sertão e do Museus da Memória e dos Direitos Humanos
Fortaleza, Ceará
2020
Universidade Federal do Ceará
Centro de Tecnologia
Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design
Carolina Elayza | Letícia Sampaio | Sofia Collares
.sumário
INTRODUÇÃO - 4
CAIS DO SERTÃO 
Sobre os arquitetos - 8
Programa - 10
Partido - 11
Implantação - 13
Plantas - 16
Tecnologias - 18
Solução formal - 20
Significados - 21
Compromisso - 22
MUSEU DA MEMÓRIA
Sobre os arquitetos - 24
Programa - 26
Partido - 27
Implantação - 29
Plantas - 32
Tecnologias - 35
Solução formal - 37
Significados - 38
Compromisso - 39
CONCLUSÃO - 40
BIBLIOGRAFIA - 42 e 43.
3
.introdução
Para o presente trabalho elencamos o Museu Cais do Sertão em Recife - Brasil e o Museu da Memória e dos Direitos 
Humanos em Santiago - Chile. Escolhemos essas duas obras por uma representar o reconhecimento e valorização, o 
caso do Museu Cais do Sertão, que valoriza a cultura nordestina, e o Museu da Memória por representar respeito e 
tolerância, ao homenagear pessoas vítimas de genocídios na época do regime militar no Chile.
Os dois museus são objetos pontuais em intervenções urbanísticas de requalificação urbana. E, através da sua 
arquitetura contemporânea, faz-se um símbolo urbano de homenagem a personalidades regionais, reverenciado a dor 
da perda com uma arquitetura memorável e cultuando a diversidade da cultura nordestina. 
Museu Cais do sertão
Av. Alfredo Lisboa, 10 - Recife, PE, 50030-030, Brasil
Arquitetos: Brasil Arquitetura
Área: 5000 m²
Ano de início do projeto: 2014
Ano de conclusão da obra: 2018
Museu da Memória
Matucana 501, Santiago, Región Metropolitana, Chile
Arquitetos: Estúdio América
Área: 10900 m²
Ano de início do projeto: 2008
Ano de conclusão da obra: 2009
4
.introdução
O programa - museus
A partir do século XX, o programa de museus evoluiu 
com novas experimentações formais e espaciais, 
resultantes de novos tipos de concepções museográficas e 
do avanço de tecnologias construtivas.
A ideia de museu passou de salas fechadas com 
exposições fixas para um conceito mais flexível, com salas 
de exposições de longa e curta duração, ateliês, fotografias 
e videoinstalações. A tecnologia e a amplitude do “o que é 
arte” no século XX fizeram com que os museus refletissem 
sobre seus espaços de forma a garantir uma maior 
diversidade de usos.
A partir desse novo conceito de museu e de novas 
possibilidades construtivas com concreto e aço, houve 
experimentações formais e espaciais que marcaram uma 
nova forma de projetar museus no século XX e XXI. Frank 
Lloyd Wright e seu Museu Guggenheim foram marcos de 
como o museu poderia desconstruir o volume de caixa e se
apresentar como elemento escultórico e orgânico, com 
maior destaque arquitetônico e urbano.
Enquanto arquitetos como Wright, Niemeyer e Frank 
Gehry exploravam volumes mais orgânicos, Le Corbusier e 
Mies van der Rohe buscavam a evolução da caixa, sem 
abandonar a linearidade do volume, mas visando uma nova 
forma de projetar a caixa no seu exterior e interior. Com 
Corbusier e Mies, o “museu container” com interior 
compartimentado dilui-se, abrindo possibilidades para 
plantas livres flexíveis e funcionais. 
No Brasil, Affonso Eduardo Reidy e Lina bo Bardi 
exploraram o museu caixa sem isolá-lo do meio urbano, 
criando grandes praças públicas cobertas que se integram 
com o conjunto de museu.
Nos próximos tópicos, iremos abordar dois museus 
projetados no século XXI, nos quais podemos notar as 
influências desse novo modo de projetar museus: seus 
programas, plantas livres flexíveis e como a caixa evoluiu 
de acordo com o entorno e seu acervo. 5
.introdução
Figura 1
Museu Nacional de Arte Ocidental, Le Corbusier;
 Fonte: Archdaily
Figura 2
MASP, Lina bo Bardi.
 Fonte: Folha UOL
Figura 3
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Affonso Eduardo Reidy.
 Fonte: Viagem e Turismo
O “museu caixa”
6
Museu 
Cais do Sertão 7
.arquitetos 
Francisco Fanucci,
Um dos idealizadores do 
projeto, nasceu no interior de Minas 
Gerais na cidade de Cambuí, no ano 
de 1952. 
No início da carreira, estagiou 
com o arquiteto Júlio Roberto 
Katinsky, (professor da FAUSP). 
Trabalhou também nos escritórios 
de Joaquim Guedes e Abrahão 
Sanovicz.
Trabalhou com Lina Bo Bardi no 
Concurso Público Nacional de 
Projetos de Reurbanização do Vale 
do Anhangabaú, em São Paulo, onde 
teve experiência com intervenções 
patrimoniais.
Nos anos 90 Lecionou na 
Faculdade de Arquitetura Brás 
Cubas. E leciona até o momento na 
escola da cidade de São Paulo , 
desde o ano de 2002.
E também é sócio fundador do 
escritório Brasil Arquitetura.
Marcelo Ferraz,
Outro idealizador do projeto, 
também nasceu em Minas Gerais, na 
cidade de Carmo de Minas. no ano de 
1955.
Figura 4
Francisco Fanucci 
Fonte: Anual Design
Figura 5
Marcelo Ferraz 
Fonte: Anual Design
8
.arquitetos 
Logo no início da carreira, 
estagiou com a renomada arquiteta 
Lina Bo Bardi, onde realizou o 
projeto do Sesc Pompéia, e assim 
que se formou, realizou uma série 
de projetos com ela até o ano de 
1992, ano da morte da arquiteta.
Ao longo de sua carreira, 
conquistou vários prêmios, e foi 
conselheiro do Instituto Quadrante.
Também coordenou o projeto 
Lina Bo Bardi, que era um livro 
documentário, que também 
acompanhou uma exposição sobre a 
vida da mesma.
Juntamente com Fanucci, 
Abriram a Marcenaria Baraúna, 
onde projetam móveis para atender 
a demanda da época. E também 
fundaram o escritório Brasil 
Arquitetura.
Foi criado no ano de 1978, e o 
escritório é especializado em 
projetos arquitetônicos e 
urbanísticos de recuperação e 
restauro e desenho industrial.
O escritório Brasil arquitetura, 
com equipe formada pelos 
arquitetos Francisco Fanucci e 
Marcelo Carvalho Ferraz, são 
conhecidos mundialmente por 
fazerem intervenções patrimoniais, 
com programas institucionais, como 
museus e complexos culturais. 
Possuem diversos projetos 
premiados no Brasil e Exterior.
As principais obras do 
escritório são: Casa Mantiqueira em 
São José dos Campos-SP, Conjunto 
k.k.k.k. Kaigai Kogyo Kabushiki 
Kaisha em Registro-SP, Praça das 
artes - SP, Requalificação do Bairro 
Amarelo - Berlim.
Figura 5
Logomarca do escritório Brasil Arquitetura
 Fonte: Brasil Arquitetura
9
.programa
O objetivo do governo federal 
era construir um museu em 
homenagem a Luiz Gonzaga. O 
Museu Cais do Sertão surgiu para 
concretizar essa homenagem ao 
grande artista e à cultura 
nordestina, conectando o litoral de 
Recife com o sertão do Nordeste. 
O projeto é concebido seguindo 
um plano urbanístico de 
revitalização do cais de Recife, 
próximo ao Marco Zero e a antigos 
galpões.
O programa consiste no 
conjunto do museu (com salas de 
exposição, biblioteca, salas para 
cursos, auditório para 300 pessoas 
e restaurante) e das suas áreas
públicas de convívio, com vista 
para a água e para o centro histórico 
da cidade.
As áreas livres integram-se ao 
meio urbano, revitalizando o 
entorno e permitindo diversos usos 
ao ar livre, criando um importante 
espaço de encontro e lazer dentro 
de uma região tão importante da 
cidade de Recife.
10
Figura 6
Roupas nordestinas no acervo do Cais do Sertão
 Fonte: Brasil Arquitetura
.partido
O projeto do museu busca trazer o 
sertão para a beira mar, conectar 
estes dois mundos ricos e vastos do 
nordeste.
Seguindo o plano urbanístico do 
Município e do Estado, o projeto 
manteve um dos antigos galpões, 
com 2.500m², e criou um novo 
edifício com 5.000m² e com uma 
conexão ao galpão.
O novo edifício foiidealizado em um 
formato linear e longitudinal, 
seguindo a linearidade das 
construções dos galpões. Além 
disso, ele também cria uma grande 
“varanda urbana”, um pátio coberto 
no térreo que conecta a cidade com 
o mar e garante um espaço público 
amplo, coberto e de livre uso.
O antigo galpão passou a abrigar o 
acervo de longa duração, com 
exposições homenageando Luiz 
Gonzaga e o sertão nordestino.
O novo edifício abriga auditório, 
salas para exposição temporárias e 
cursos, biblioteca e um restaurante 
no jardim da cobertura, com vista 
de um lado para o centro histórico 
de Recife e o mar do outro.
Figura 7
Croqui volumetria e entorno do museu
 Fonte: Brasil Arquitetura 11
.partido
“Se tivéssemos que resumir em poucas palavras o que é o Cais do Sertão Luiz Gonzaga, 
diríamos que é o encontro da técnica com a poética, do hi-tech com o low-tech, do 
rigoroso e rico conteúdo com a possibilidade da livre interpretação e desfrute; enfim, 
lugar para o “gozo estético”. Sertão à beira mar.”
- Brasil Arquitetura
Figura 8
Fachada leste
 Fonte: Folha Uol
12
Figura 9
Implantação do Cais do Sertão na costa litorânea de Recife. 
Fonte: Google Maps
De arborização insuficiente, o 
entorno carece, portanto, de espaços 
sombreados. É nesse contexto que 
surge o museu com seu grande vão, 
que promove um espaço de abrigo 
para os transeuntes, criando um 
percurso coberto e de livre acesso 
aos interessados. O acesso ao museu 
se dá pela av. Alfredo Lisboa, 
estando a edificação recuada em 
torno de 8 metros do fluxo da 
avenida, visto que foi criado um 
acesso local paralelo a ela.
O museu Cais do Sertão encontra-se situado à beira do mar, estando o litoral recifense à leste da edificação. 
Implantado em um contexto urbano repleto de edificações e espaços tombados como patrimônio histórico nacional, o 
museu assume o compromisso de dialogar com o entorno, mais especificamente com os armazéns do antigo porto da 
cidade, visto que, para a sua construção, o governo estadual de Pernambuco cedeu um desses armazéns.
.implantação
Figura 10
Esquema de localização de Recife, Pernambuco, Brasil.
Fonte: Desenvolvido pelas autoras 13
Figura 11: Topografia do entorno do Cais
Fonte: https://pt-br.topographic-map.com/maps/fmdo/Recife/
Figura 13; Diagrama da temperatura durante o ano em Recife
Fonte: Andrew Marsh
Figura 12: Acessos e pátio coberto criado pela edificação
Fonte: Google Maps
Quanto à topografia o terreno de implantação se encontra a 
aproximadamente 13 metros acima do nível do mar, não 
apresentando considerável desnível em relação o seu entorno. 
Já referente às condições climáticas da cidade, vale 
ressaltar que Recife é uma cidade litorânea, com baixa 
amplitude térmica anual, variando entre 23 e 31°C, além de 
apresentar uma ventilação média de 18 km/h, com ventos 
predominante de leste, semelhante à cidade de Fortaleza nesses 
dois últimos aspectos.
.implantação
14
Figura 14: Cais do Sertão e trabalho de vedação
Fonte: Archdaily
A análise dos condicionantes climáticos foi essencial para a criação 
da obra, visto que tirou partido do uso de cobogós, por exemplo, para a 
sua vedação externa, elemento marcante e simbólico para a cidade que 
permite a passagem da ventilação e promove uma proteção à insolação. 
Além disso, os espaços de 
exposição concentram-se no 
centro do bloco, estando 
rodeados por corredores, fator 
que protege ainda mais esses 
espaços da insolação direta, 
visto que necessitam de 
cuidados específicos, como a 
manutenção da temperatura 
interna de seus setores para 
conservação das obras.
Mesmo apresentando 
setores que não fazem uso da 
ventilação natural, o edifício 
não se comporta como uma 
barreira total no litoral de 
Recife, visto que permite que a 
circulação flua pela sua 
volumetria e adentre o centro 
histórico da cidade.
Figura 15: Implantação do museu em Recife
Fonte: Archdaily, editado pelas autoras
Legenda
Implantação do Cais do Sertão Ventos de leste
.implantação
15
.plantas
Figura 16: Planta baixa do pavimento térreo do Cais do Sertão
Fonte: Archdaily
Figura 17: Planta baixa do primeiro pavimento do Cais do Sertão
Fonte: Archdaily 16
.plantas
Figura 18: Planta baixa do segundo pavimento do Cais do Sertão
Fonte: Archdaily
Figura 19: Planta baixa do terceiro pavimento do Cais do Sertão
Fonte: Archdaily 17
.tecnologias
O edifício é uma caixa de concreto apoiada em 
alvenaria estrutural, envolvida por uma pele de 
cobogós. 
Em um vão de 65 metros, de concreto armado 
pigmentado e com concreto aparente. Com o 
objetivo de mostrar a verdadeira estrutura e 
demonstrar a simplicidade do sertão mesmo 
com tecnologias mais rebuscadas, em um 
edifício com grande vão e suspenso. Esse 
grande bloco visava permitir que as pessoas 
que estivessem no exterior do edifício 
desfrutassem de uma boa sombra, 
acompanhada da brisa do mar.
Para a proteção solar, foram projetados 
cobogós, e utilizados nas fachadas com maior 
insolação. 2,2 mil cobogós foram usados, e a 
geometria usada foi inspirada nas sombras dos 
galhos secos dentro do sertão.
Figura 20
Volumetria vista do lado oeste. 
Fonte: Archdaily
Figura 21 
Relação das instalações e o edifício.
Fonte: Archdaily
Figura 22 
Relação das instalações e o edifício.
Fonte: Nelson Kon 18
.tecnologias
Usou a estrutura de treliças metálicas provenientes 
da antiga edificação, para a cobertura, para trazer 
esse sentimento de saudosismo a estrutura antiga.
Nas paredes internas, o revestimento usado foi 
discreto para que os objetos expostos pudessem 
ter mais importância na visão do visitante do 
museu. 
Os arquitetos optaram por deixar aparente todas 
as instalações, para que a verdade arquitetônica 
fosse revelada para os visitantes.
 Além disso, usaram também terraços jardins nas 
coberturas para diminuir o impacto da temperatura 
interna do edifício.
Figura 23 e Figura 24
Vista interna com treliças metálicas - 
Terraço Jardim
Fonte: Nelson Kon 19
.solução formal
O projeto do novo edifício possui uma volumetria mais 
longitudinal inspirado nos antigos galpões que seriam 
mantidos, a fim de garantir uma continuidade nos volumes.
Aspectos locais e culturais também foram apropriados nas 
soluções das fachadas e materiais utilizados. Exemplos claros 
são: a estrutura aparente de concreto armado pigmentado 
em amarelo ocre inspirado no calor do Nordeste; o grande 
vão livre criado pelo novo edifício no térreo que gera uma 
grande varanda coberta, espaço muito valorizado na 
arquitetura nordestina; o círculo vazio na laje que conecta 
dois galpões, dando protagonismo ao juazeiro, árvore típica 
do semiárido; e, por fim, os grandes cobogós brancos na 
fachada, inspirados no sertão nordestino, que podem ser 
interpretados como o desenho dos galhos secos do sertão, o 
solo argiloso rachado da seca projetado pela luz solar ou 
como uma grande renda branca protegendo todo o edifício.
Os cobogós, além de todas as suas possíveis interpretações, 
também possuem um caráter simbólico de serem elementos 
criados na região. 
Figura 25 e Figura 26
Fachada oeste e laje conexão entre galpões com o juazeiro e a sombra
Fonte: Nelson Kon 20
.significados
A sensibilidade que permeia o 
projeto pode ser percebida através 
dos cuidados com os sentidos e com 
as experiências no percorrer da 
obra, a qual cria uma história em 
suas formas, cores, texturas, cheios e 
vazios. O cuidado em compreender a 
cultura local e a narrativa contada 
nas músicas do mestre lua, Luiz 
Gonzaga, faz do museu um elemento 
que dialoga ativamente com o seu 
entorno físico, o centro histórico de 
Recife, e o simbólico, o sertão. 
ENCONTRO DA
técnica
COM A
poética
A proposta de criação de um 
espaço a beira mar que narra a 
vivência do sertão nordestino faz 
morada no Museu Cais do Sertão, 
que propõe o encontro desses dois 
ambientes tão fortes no nosso 
imaginário do Nordeste. Um pontode destaque dessa conexão se dá 
através dos cobogós, que, para os 
que estão no interior do edifício e 
direcionam o seu olhar para a litoral 
de Recife, percebem a paisagem 
litorânea emoldurada em um 
desenho que remete à aridez.
21
.compromissos
Figura 27
Fabricação dos cobogós do museu.
 Fonte: Cais do Sertão
Figura 28
Museu Cais do Sertão e o centro histórico de Recife.
 Fonte: Archdaily
De fato, o museu apresenta sua arquitetura alinhada com a cultura local e com o seu contexto urbano, tomando-se um 
edifício público que vem para somar com o espaço preexistente a ele. O cuidado com o condicionamento ambiental merece 
destaque, seja pelo uso de cobogós ou mesmo pela adoção de terraço jardim, assim como a expressividade formal da obra. Um 
museu, portanto, criado sobre o sertão e para o sertão, o qual também cumpre os parâmetros de acessibilidade ganha as 
margens do litoral recifense. 
22
Museu da Memória e 
dos Direitos Humanos 23
.arquitetos
Projetado pelo escritório Estúdio 
América com equipe formada pelos 
arquitetos Lucas Fehr , Carlos Dias 
e Mario Figueroa.
Lucas Fehr
Graduado na Universidade de São 
Paulo 1987; e doutor na mesma 
Universidade em 2010, e sócio do 
escritório Estúdio América. 
Em 2005 se tornou docente na 
Universidade de Presbiteriana 
Mackenzie, e coordena o Mosaico 
Escritório Modelo de Arquitetura e 
Urbanismo e integra o grupo de 
pesquisa Cultura e Sociedade. 
E trabalha lá até o momento.
Tornou-se membro co - fundador do 
escritório de arquitetura Estúdio 
América. E nesse Escritório venceu 
o concurso para o Projeto do Museu 
da memória no Chile.
Em 2015 se tornou o patrono do 
curso de arquitetura e urbanismo 
da Universidade de Universidade 
Presbiteriana Mackenzie.
Mario Figueroa
Arquiteto nascido no ano de 1966, 
no Chile. É formado pela PUC de 
Campinas. E doutor na FAUSP 
2013. E trabalha como docente em 
várias instituições internacionais na 
América latina e Europa. 
 Figura 29
Lucas Fehr. Fonte : Universidade Presbiteriana Mackenzie 
Figura 30
Mario Figueroa, Fonte: figueroa.arq
24
.arquitetos
Participou de vários concursos de 
arquitetura e bienais. 
Foi sócio co - fundador do Estúdio 
América nos anos 2007- 2011. 
Em 2007 ganhou junto com Lucas 
Fehr e Carlos dias, o Concurso 
internacional para o Museu da 
memória e o Centro Mutucama em 
Santiago no Chile.
E no ano de 2012 criou o escritório 
Figueroa Arquitetura.
Carlos Dias 
Carlos Dias nasceu em Angola no 
ano de 1961 
Formado pela Faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo de São 
Paulo. 
Foi membro co - fundador do 
Estúdio América. 
Faleceu no ano de 2014. 
Figura 31
Carlos Dias, Lito
Foto divulgação
25
.programa
O programa se divide em dois grupos: o Museu da Memória 
(composto pelo museu e pela Praça da Memória, indicados da 
figura 32 ao lado) e o Centro Matucana (bloco ao lado da praça 
que contém o Jardim dos Desejos e um edifício de uso comercial e 
de serviços).
O jardim se integra com o volume que contém comércio, bares e 
restaurantes, criando um ambiente de encontro e vivência. No 
outro lado, a praça proporciona um espaço amplo de acesso ao 
Museu da Memória e dos Direitos Humanos, que divide seu 
programa em dois setores: acervo museográfico e setor 
administrativo e de apoio museológico.
Figura 33
Diagrama corte da divisão do programa no edifício do Museu. Fonte: Archdaily
Figura 32
Diagrama da implantação do programa do Museu da Memória.
 Fonte: Archdaily
26
.partido
O partido da obra é composto por dois elementos principais: 
a barra e a base. A barra, o elevado, o leve, o elemento que 
carrega a história e a informação, onde encontra-se o acervo, 
as exposições e galerias. A base, sólida, profunda, enterrada, 
o que sustenta, onde estão os setores de apoio, serviços e 
administrativo, que compõem o bloco de pesquisa, extensão 
e estudo que sustenta a história e memória da cidade.
O museu busca trazer luz e leveza para seu interior que 
abriga registros fortes dos anos de chumbo da ditadura 
chilena, expressando abertura e flexibilidade para um 
período sem dor e angústia.
O interior do museu foi pensado como caixas suspensas que 
carregassem fragmentos da história, onde as pessoas 
pudessem caminhar livremente entre elas. 
Figura 34
Vista da fachada sul, destacando rampa de acesso, volume da barra e base.
 Fonte: Archdaily
A BARRA
A BASE
27
.partido
“Um país singular, entre a cordilheira e o mar. Um museu que deseja ocupar esta franja, 
reverenciando a través de uma mirada simbólica estes dois elementos determinantes da 
geografia chilena, marcados na alma do seu povo. A memória evidenciada, emergente, 
que flutua, suavemente elevada. Uma arca, onde se pode depositar todas as 
reminiscências da história chilena.” 
- Estúdio América
Figura 35
Fachada Sul
 Fonte: Civitatis
28
Situado no centro histórico de 
Santiago, capital do Chile, o edifício se 
insere em um contexto urbano bem 
arborizado e assume o compromisso 
de respeitar e de somar com os 
espaços públicos do seu entorno, visto 
que também se caracteriza como um. 
Sabendo que a responsabilidade 
urbana e também humana é essencial 
principalmente diante da criação de 
um museu que trata da memória de 
um povo, observa-se que essa questão 
foi levada em consideração para a 
concepção da obra. Ao analisar sua 
inserção no centro de Santiago, é 
possível visualizar, de fato, o diálogo 
ativo que existe entre o museu e a 
cidade, onde um se incorpora ao outro. 
Vale ressaltar que essa relação amistosa 
entre obra e meio repercute de modo 
positivo também no modo de transitar pela 
cidade, visto que permite que os percursos 
tornem-se múltiplos no momento em que as 
edificações não se comportam como 
barreiras urbanas. Mais uma vez, constata-se 
essa relação urbana no contexto de 
implantação do Museu da Memória.
Figura 36
Localização do projeto. Fonte: Free Vector Maps
Figura 37
Contexto urbano do Museu da Memória. Fonte: Google Earth
.implantação
29
Figura 39
Fluidez urbana e seu múltiplos percursos. Fonte: Google Earth, editado pelas autoras
Tratando-se das condições climáticas de Santiago, observa-se 
que a cidade apresenta grande amplitude térmica, variando entre 
3 e 30 graus durante o ano, o que influencia, principalmente, nas 
estratégias para o ideal condicionamento ambiental da obra. 
Durante a maior parte do ano, os ventos predominantes, com 
velocidade média de 9km/h, vem da direção leste, com exceção 
dos meses de janeiro e de dezembro, os quais possuem o oeste 
como sendo a direção dominante da sua ventilação. Diante 
desses condicionantes climáticos, juntamente com as 
especificações de seus setores, os quais necessitam de um maior 
controle da temperatura na sua parte interna, optou-se por 
grandes panos de vidro como vedação principal, criando um 
espaço climatizado artificialmente no seu interior. Figura 38
Diagrama da temperatura anual em Santiago, Chile
Fonte: Andrew Marsh
.implantação
30
Quanto à topografia do local, o edifício se encontra a aproximadamente 538 metros acima do nível do mar, sendo o seu 
terreno de implantação e as quadras mais circundantes a ele não apresentando grandes variações de altitude entre si, o que 
ressalta a horizontalidade da edificação. Mesmo assim, foi necessário fazer o tratamento da circulação vertical para viabilizar o 
acesso à praça.
Figura 41
Topografia do entorno do Museu da Memória
Fonte: OpenStreetMap
Figura 40
Perspectiva da implantação do edifício e sua relação com a topografia
Fonte: Archdaily
.implantação
31
.plantas
Figura 41
Planta baixa nível 1.70 do Museu da Memória
Fonte: Archdaily
32
.plantas
Figura 42
Planta baixa nível 6.46 do Museu da Memória
Fonte: Archdaily
33
.plantas
Figura 43
Planta baixa do nível 11.22 do Museu da Memória
Fonte: Archdaily
34
.tecnologias
O Museu da memória é uma barra apoiada em 4 apoios de 
concreto , issose deu para trazer leveza ao edifício. 
Inicialmente, essas junções do pilares seriam flexíveis para 
absorver as vibrações entre as placas tectônicas, pois o 
Chile está localizado numa região de encontro com essas 
placas, porém as normas chilenas exigem estruturas 
totalmente rígidas, e após estudos constataram que o 
maior risco de ferimentos nos tremores não seriam a 
queda de estruturas e sim da queda de objetos . Como 
resposta estrutural aos tremores, a peças foram maior 
dimensionadas para atender a essa questão.
Com uma cobertura treliçada vencendo esse grande vão, 
que pelas dimensões largura e profundidade, se 
transformam em um grande túnel, onde são acopladas as 
caixas de vidro para as exposições, afastadas das quinas 
para um melhor controle da iluminação. A paginação dos 
pisos integram a relação interno - externo, para causar o 
efeito de continuidade do espaço, já que o museu é objeto 
dentro da intervenção urbana que fizeram. Figura 44
Esquema construtivo.
Fonte: Estúdio América de Arquitetura, Acervo 35
.tecnologias
A obra utiliza materiais tradicionais, tanto para valorizar o 
país, quanto como estratégia de barateamento do custo da 
obra, ocasionado pela facilidade da tecnologia ser 
produzida. Pela tradição chilena mineira, utilizaram o cobre 
para fazer a pele que recobre o edifício e utilizando ele como 
estratégia de conforto ambiental, porque esse material 
protege da radiação solar. Adotaram então chapas 
perfuradas e estiradas e onduladas. O cobre quando oxigena 
cria uma proteção chamada pátina, e os arquitetos previam 
esse fenômeno como estratégia de projeto, pois a pátina 
representaria simbolicamente a memória. Porém na 
execução, precisaram aplicar a pátina já de início.
Apesar do museu querer homenagear o passado, ele 
também se preocupa com questões futuras, como a 
sustentabilidade. Desse modo, a luz solar é captada por 
placas fotovoltaicas. A iluminação natural é aproveitada de 
maneira satisfatória nos espaços interiores.
Figura 45
Chapa de cobre perfurada da 
fachada
Foto: Mario Figueroa
Figura 46
Sombra em parede de concreto
Foto: Mario Figueroa
36
.solução formal
A poética volumétrica da barra e da base surgiu com a 
definição do programa e do conceito: uma arca que flutua, 
abrigando as memórias chilenas, uma obra com 
responsabilidade urbana e humana.
A grande rampa de acesso cria o desnível que eleva o 
edifício e também uma grande praça pública, integrando o 
museu ao urbano.
Grandes panos de vidro protegidos garantem ambientes 
internos bem iluminados, a luz penetrando na história, 
gerando efeitos diferentes de acordo com o percorrer do 
usuário.
Os materiais utilizados também retiram simbologias e 
inspirações locais: o piso do volume da Barra é coberto por 
um mosaico das terras chilenas e o cobre verde na fachada 
faz referência à história dos mineradores chilenos.
Figura 47 e 48
Vistas externas do museu
 Fonte: Galeria da Arquitetura
37
“Um espaço dedicado à memória pode 
não só transmitir informações, mas 
também provocar a reflexão 
sobre as recordações 
e os desejos.”
Estúdio América
O Museu da Memória e dos Direitos Humanos mostra-se como uma 
arquitetura sensível a sua causa, a história de luta e resistência do povo chileno, 
o qual enfrentou momentos de opressão durante seus anos de ditadura e, hoje, 
tem a oportunidade de dialogar e trazer as memórias de sua história.
É através desse olhar de respeito pela trajetória de um povo que o museu 
abre espaço para uma reflexão sobre os dias atuais, e, assim, incentiva o aflorar 
dos desejos de uma população que busca pela sua voz e pelos seus direitos.
Figura 49 
Perspectiva Museu da Memória
 Fonte: Archdaily
.significados
38
De fato, o Museu da Memória apresenta um forte 
comprometimento com a proposta de retratar as 
recordações do povo chileno, tirando partido disso em 
diversos elementos de sua arquitetura, como a alusão 
entre a pátina, camada de cobre oxidado, e a memória. 
Além disso, o compromisso em respeitar o passado 
também está presente na sua implantação, a qual 
estimula um constante diálogo entre o centro histórico de 
Santiago e a edificação. Desde modo, a obra não se torna 
uma barreira física à fluidez de sentidos e memórias que o 
seu entorno apresenta, mas sim um canal de comunicação, 
que incentiva a troca de experiências. Ressalta-se que os 
percursos foram pensados para serem acessíveis e de fácil 
percurso para todos.
Além disso, vale ressaltar que, por mais que a temática 
do museu seja referente ao passado, ele não nega o seu 
tempo presente e ainda lança olhares para o futuro, visto 
que reconhece o seu papel de novo espaço público de 
Santiago, buscando se integrar ao meio urbano de hoje da 
cidade e ainda acolhe soluções sustentáveis em seu 
projeto, como de fazer uso de placas fotovoltaicas.
.compromissos
Figura 50 
Perspectiva Museu da Memória. Fonte: Archdaily 39
.conclusão
Figura 51 
Ilustração Museu da Memória e dos Direitos Humanos e Museu Cais do Sertão. 
Fonte: Desenvolvido pelas autoras
40
Observando as soluções formais e espaciais dos dois 
casos aprofundados, é possível notar alguns pontos de 
convergência com o conceito de "museu caixa" de 
Corbusier, Mies, Lina e Reidy. Ambos os projetos buscam 
manter a linearidade e horizontalidade de seus volumes, 
trabalhando as plantas livres e flexíveis para abrigar o 
acervo (físico e digital, permanente e temporário).
As plantas livres também garantem liberdade para o 
usuário explorar e ter diferentes experiências e 
perspectivas do conjunto da obra, onde arquitetura se 
funde com a história que abriga.
Suas estruturas são monumentais pelas dimensões, mas 
não precisamente significa que sejam arquiteturas do 
espetáculo, pois carregam o peso da cultura regional em 
sua materialidade. Usando os materiais locais, não apenas 
pelo fator financeiro, mas apoiando a valorização desses 
materiais, marcam as fachadas dos edifícios com o seu 
regionalismo. O uso do cobre, no Museu da Memória, como 
elemento que envolve suas principais fachadas, tornando-o 
essencial para a identidade do edifício. Já o uso dos 
cobogós no Cais do Sertão tem essa mesma função, 
apropriando-se na sua geometria de simbologias típicas do 
nordeste. Os dois edifícios não teriam a mesma marca 
regional sem esses elementos.
A função primordial do museu é guardar memórias, seja de 
um povo ou de uma pessoa. O edifício, por sua vez, é uma 
ponte que associa o novo com o velho, aproximando 
presente do passado, um monumento que une 
temporalidades diferentes.
Os acervos cultivam objetos simples, de pessoas comuns 
dentro da sociedade. O Cais do Sertão homenageia um 
grande artista, que viveu sua infância de maneira muito 
simples, e ao mesmo tempo abriga objetos de pessoas de 
todo o nordeste brasileiro, tanto de antigamente, quanto 
do atual sertão. 
.conclusão
Figura 51 
Ilustração Museu da Memória e dos Direitos Humanos e Museu Cais do Sertão. 
Fonte: Desenvolvido pelas autoras
41
O Museu da Memória homenageia também pessoas 
simples, mas pessoas que tiveram suas vidas ceifadas por 
um regime ditatorial. Mas apesar de serem homenagens 
de certa forma diferentes, se assemelham na sua 
formalidade arquitetônica, pois aplicaram a leveza como 
elemento de projeto, um simbolizando a alegria do 
nordestino no cenário de dificuldades, outro com o 
objetivo de amenizar a grande dor da lembrança de um 
povo que viveu momentos de terror, mas não querem 
esquecer o ocorrido para que, em situações semelhantes, 
eles tenham a memória como recurso para combater e 
evitar o tão fim trágico.
Outra característica marcante dos dois projetos, é a sua 
importância urbanística. E assim como nos projetos das 
referências clássicas de arquitetura dos museus, as 
edificações são implantadas em um contexto urbano 
preexistente e processado. Em ambos os casos, os 
objetos são empregadoscomo ferramentas de 
revitalização do meio onde foram implantados. 
E as estratégias, como o uso de grandes vãos, os vazios no 
térreo com fácil acesso às edificações, se abrem para a 
cidade democraticamente. Rampas permitem o acesso livre 
de pessoas de todas as idades e condições, inclusive, os 
espaços atraem as pessoas para eventos e usos diversos. 
Tornando o lugar convidativo pela sombra e proteção 
contra intempéries, bem como pela vista privilegiada. 
Os museus se integram plenamente ao meio preexistente, 
com praças que interligam determinados pontos da cidade 
e revitalizam uma área central urbana. 
Ambos os projetos valorizam o humano como agente 
principal das suas arquiteturas e destacam suas raízes, 
rejeitando uma arquitetura fria e neutra, sem história e 
sem identidade.
.bibliografia
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