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Resumo Bacia Rio Itaueira atualizado

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BACIA DO RIO ITAUEIRA 
 
 
 
 
 
1 – CARACTERIZAÇÃO DA BACIA 
 
 
O rio Itaueira nasce no município de Guaribas, região sul do Piauí, no limite 
com o Estado da Bahia, seguindo na direção S-N, com declividade média de 1,7 
m/km em um curso de cerca de 250 km. Sua bacia se apresenta bastante alongada, 
com área de 9.655 km², representando 3,8% da área total do Estado. 
 
Na bacia existe somente um posto fluviométrico, apenas com registro de 
nível. Segundo dados do projeto Áridas, o rio Itaueira apresenta vazão média de 
4,90 m³/seg em sua foz, com valores médios variando entre 0,90 m³/seg para o 
período seco e 9,0 m³/seg para o período úmido. 
 
A bacia abrange, total ou parcialmente, 14 municípios, entre os quais, seis 
deles com áreas consideráveis dentro da bacia. São eles: Canto do Buriti, Floriano, 
Itaueira, Nazaré do Piauí, Pavussu e Rio Grande do Piauí. 
 
De um modo geral, os dados climatológicos da região podem ser considerados 
semelhantes aos da bacia do rio Gurguéia, mesmo porque não existem, ou não estão 
com dados disponíveis, estações climatológicas nos municípios da bacia. Somente a 
pluviometria média anual pode ser considerada mais alta, atingindo 1.100 mm/ano. 
Os demais dados são semelhantes. Assim, o trimestre mais chuvoso é entre janeiro 
e março e o mais seco entre junho e agosto. A umidade relativa média anual é de 
cerca de 59,5% e a evapotranspiração potencial é de 1.439,8 mm/ano. 
 
Nestas condições, a bacia pode ser classificada climatologicamente como de 
clima seco a subúmido, megatérmico, com pequeno excesso d’água. 
 
Geologicamente, a bacia é caracterizada pela Bacia Sedimentar do Parnaíba, 
com predomínio de coberturas detríticas de planalto que recobrem principalmente as 
formações Cabeças, Poti e Piauí. Do ponto de vista hidrogeológico, há o predomínio, 
na metade norte da bacia, do aqüífero Poti-Piauí, que apresenta condições medianas 
de explotação. Ao sul, predomina o aqüífero Cabeças e, em menor proporção, o 
Serra Grande, os dois principais aqüíferos da Bacia Sedimentar do Parnaíba 
 
O rio foi barrado no município de Itaueira, dando origem à barragem Poços, 
com capacidade de acumulação de 43.000.000 m³ Recentemente, a Companhia de 
Desenvolvimento do Piauí (COMDEPI) propôs a construção da barragem Vereda 
Grande, no município de Floriano, com capacidade de acumulação de 250.000.000 
m³, retomando uma antiga proposta do DNOCS. 
 
 A população na bacia é estimada em 97.465 pessoas, com densidade 
demográfica em torno de 10 hab/km². 
 
No que se refere ao IDH, os dois municípios com menos de 5.000 habitantes 
considerados no presente estudo (Rio Grande do Piauí e Pavussu) mostraram 
melhoria no referido índice entre 1991 e 2000, como, de modo geral, aconteceu em 
todo o país, 
 
A distribuição da população, nos dois municípios citados, é de 5.603 (55,44%) 
nas áreas urbanas e 4.503 (44,56%) na zona rural. 
 
A tabela abaixo resume os números acima mencionados 
 
Município IDH 1991 IDH 2000 Pop. 
Urbana 
Pop. 
Rural 
Pop. Total 
Pavussu 0,490 0,555 1635 2339 3974 
Rio Grande do Piauí 0,528 0,643 3968 2164 6132 
 5603 4503 10106 
 
 
2) – CONDIÇÕES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NAS SEDES 
MUNICIPAIS COM MENOS DE 5.000 HABITANTES 
 
 
Nas duas cidades com menos de 5.000 habitantes existentes na bacia do rio 
Itaueira, objeto do presente levantamento, o abastecimento de água é realizado com a 
utilização de águas subterrâneas, captadas por meio de poços tubulares. São utilizados 
dois poços em Rio Grande do Piauí e um poço em Pavussu. 
 
Em ambas, o abastecimento está a cargo da AGESPISA. 
 
Disponibilidade de Água - No que se refere a esse item, considerando as 
vazões, o tempo de bombeamento e o número de ligações informadas, ela seria de 
293,81 litros/pessoa/dia em Rio Grande do Piauí e de 210,88 litros/pessoa/dia em 
Pavussu. Vale salientar que a produção poderia ser facilmente aumentada com a maior 
utilização dos poços, pois atualmente o funcionamento é de apenas 15 horas/dia e 11,5 
horas por dia, respectivamente, nas duas cidades. Além disso, pelo menos no caso de 
Rio Grande do Piauí, as bombas utilizadas tem capacidade de produção inferior à vazão 
dos poços, medida em testes de produção. 
 
Sistemas de Tratamento: Não existe tratamento de água no sentido 
convencional. Realiza-se apenas a limpeza e cloração das caixas d´água, seguindo os 
padrões adotados pela FUNASA. No caso de Rio Grande do Piauí, a periodicidade 
recomendada não é obedecida, vez que, segundo informações, a lavagem da caixa é 
efetuada apenas uma vez por ano. 
 
 Classe de Água - Em relação à classe de água, todos os três poços em 
operação, nas duas cidades, produzem água doce, de boa qualidade. 
 
Condições Sanitárias e de Preservação – Observou-se que todos os três 
poços têm tampa, laje de proteção sanitária e perímetro de proteção. Entretanto, todos 
eles apresentam alto risco de contaminação, estando situados muito próximos de fossas: 
no caso de Rio Grande do Piauí, os dois poços estão a distâncias de apenas 10 metros 
dessas fontes de contaminação; e, no caso de Pavussu, essa distância também é 
pequena, de cerca de 30 metros. 
 
Hidrometração: O levantamento realizado em todo o Estado mostrou que a 
colocação de hidrômetros é um ponto crucial para conseguir-se uma melhoria 
significativa nos sistemas. No caso das duas cidades ora consideradas, o índice de 
hidrometração, em relação ao número de ligações totais, é de 62% em Rio Grande do 
Piauí e de 63,27% em Pavussu. Embora não estejam entre os piores do Estado, esses 
números podem e devem ser melhorados, pois o aumento do número de hidrômetros 
instalados é da maior importância para racionalizar o consumo e evitar o desperdício. 
 
Identificação das Condições de Abastecimento de Água por Município: - Os dados 
e informações levantadas em campo são apresentados nas fichas preenchidas para cada 
sede municipal, em anexo.

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