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20 Gustavo Urzêda Vitória 
R1 DE PSIQUIATRIA 
 
 
 
- Principais psicoterapias: 
 
Fonte: Psicoterapias – abordagens atuais; Aristides Valpato Cordioli, Eugenio 
Horácio Grevet, 2019. 
Introdução: 
• Originalmente chamada de cura pela fala, a psicoterapia tem suas origens 
na medicina antiga, na religião, na filosofia, na cura pela fé e no 
hipnotismo. 
• Século XIX passou a ser usada como método de tratamento dos 
transtornos mentais, com um referencial teórico, uma técnica ou um 
método aplicado por um terapeuta treinado e adepto de um modelo 
definido. 
• Dificuldades eram a longa duração do tratamento e o alto custo → 
inacessíveis ao grande público. 
• Muitos dos seus construtos teóricos eram difíceis de operacionalizar e 
comprovar por meio de pesquisa → ineficazes para muitos transtornos 
mentais no pós-guerra e na segunda metade do século XIX → 
desenvolvimento de novos métodos, mais acessíveis. 
 
 
21 Gustavo Urzêda Vitória 
• Surgiram terapias breves dinâmicas, as terapias cognitivas e cognitivo-
comportamentais, terapias interpessoais, contextuais, de grupo, de casal 
e de família. 
O que é psicoterapia: 
• Movidos pela compaixão, sacerdotes, médiuns, pais e mães de santo, 
curandeiros e xamãs, por meio de orações, rituais religiosos, como a 
imposição de mãos e a invocação de espíritos ou santos, procuravam 
oferecer ajuda, consolar e dar apoio aos que sofriam. 
• A psicoterapia como profissão teve início no final do século XIX e no início 
do século XIX, em seus primórdios, era chamada de terapia pela conversa 
→ comunicação verbal como principal característica. 
• Profissão começou da famosa conferência de Freud em 1909 na Clak 
University → origem das neuroses e seu método para trata-las. 
o Em pouco tempo a psicanálise passou a ser o método 
predominante. 
• Definição geral: método de tratamento que utiliza meios psicológicos, em 
especial a comunicação verbal, mediante os quais um profissional busca 
deliberadamente influenciar um cliente ou paciente, que o procura com a 
finalidade de obter alívio para um sofrimento de natureza psíquica. 
• Distinguem-se quanto a seus objetivos, fundamentos teóricos, frequência 
das sessões, tempo de duração, treinamento exigido dos terapeutas e 
condições pessoais que cada método exige de seus eventuais 
candidatos. 
• Terapeuta: 
o Capacidade de empatia, autenticidade, calor humano, traços 
positivos de caráter (honestidade, interesse genuíno pelo paciente, 
facilidade de comunicação e de se relacionar com outras pessoas), 
competência e conhecimento técnico sobre o problema ou 
transtorno a ser abordado. 
• Paciente: 
o Requer a capacidade de estabelecer uma relação terapêutica, de 
se vincular afetivamente e de se comunicar de forma honesta com 
o terapeuta, bem como de ter confiança e desejo sincero de fazer 
mudanças. 
Eficácia das psicoterapias: 
• São eficazes → mesmo status de evidência de muitas intervenções para 
outras condições de saúde. 
• Apesar de a psicoterapia ser uma intervenção com riscos mínimos e que 
visa ao bem-estar e à qualidade de vida do paciente, a avaliação das 
evidências mostra que muitas críticas feitas à indústria farmacêutica. 
• Resultados de pesquisas podem ter viés → podem aumentar 
artificialmente a eficácia da psicoterapia para um desfecho específico. 
Psicoterapias baseadas na teoria psicanalítica: 
 
 
22 Gustavo Urzêda Vitória 
• Teoria psicanalítica → psicanálise, a psicoterapia de orientação analítica, 
a psicoterapia breve dinâmica, terapia de grupo e algumas formas de 
terapia familiar. 
Fundamentos teóricos: 
• Início nas experiências de Breuer e Freud ao tratarem pacientes com 
sintomas conversivos por meio de hipnose → desapareciam durante o 
transe hipnótico. 
• Afastamento de impulsos inaceitáveis da consciência, por meio da 
repressão, era o responsável pelo caráter patogênico e que o ato de trazer 
de volta à consciência produziria a perda de tal característica e, por 
conseguinte, o desaparecimento dos sintomas. 
• Freud desenvolveu outras formas de acessar os conteúdos mentais 
inconscientes: a livre associação → também chamada de regra 
fundamental da psicanálise → a interpretação dos sonhos e a análise de 
transferência. 
• Psicologia do ego, o mundo intrapsíquico é caracterizado por conflitos 
entre 3 instâncias: ego, id e superego → manifestando ansiedade que 
mobiliza os mecanismos de defesa do ego. 
o Representam soluções de compromisso entre a expressão plena 
dos impulsos ou sentimentos e sua repressão ou seu manejo pelos 
mecanismos de defesa e moldam o caráter da pessoa. 
• Teoria das relações de objeto → relações são internalizadas muito 
precocemente a partir dos primeiros meses de vida e envolvem as 
representações do self e do objeto e os afetos que ligam essas 
representações. 
o Dissociação e projeção → mecanismos de defase mais utilizados 
nessa fase primitiva. 
• Kohut (psicologia do self) → narcisistas, em vez de conflitos, teriam 
déficits de uma relação empática com a mãe, que os deixaria sob a forma 
de núcleos fragmentados que adquiririam coesão como consequência de 
respostas empáticas dos pais. 
Técnica da psicanálise: 
• Analista adota uma atitude neutra, sentando-se às costas do paciente, 
não havendo, portanto, um contato visual direto. 
• Paciente é orientado a expressar livremente e sem censura seus 
pensamentos, sentimentos, fantasias, sonhos, imagens, assim como as 
associações que ocorrem, sem prejulgar sobre sua relevância ou seu 
significado. 
• Terapeuta atrás do divã, mantém uma atitude curiosa e de ouvinte atento 
→ as vezes interrompe as associações do paciente, fazendo ele observar 
determinadas conexões entre fatos (interpretação), particularmente 
emoções ou fantasias relacionadas com a pessoa do terapeuta 
 
 
23 Gustavo Urzêda Vitória 
(transferência), que passam despercebidas e refletir sobre seu significado 
subjacente (inconsciente). 
• Estabelecida uma regressão e uma relação transferencial por parte do 
paciente, que passa a deslocar para a pessoa do terapeuta pensamentos 
e sentimentos voltados originariamente para indivíduos importantes de 
seu passado → repetindo padrões primitivos de relacionamento → 
neurose de transferência. 
• Paciente pode obter insight sobre quais padrões primitivos e 
desadaptados de relações interpressoais, compreender a origem de 
traços patológicos de seu caráter, reviver emoções perturbadoras 
associadas a figuras do passado (pai, mãe, irmãos), modifica-las e se 
livrar dos sintomas. 
• Princípio básico é a elaboração → interpretação repetitiva, observação, 
confrontação e a verbalização permitem ao paciente elaborar seus 
conflitos e adquirir domínios sobre os conflitos internos e as emoções 
perturbadoras a eles associadas. 
• Terapeuta é neutro, uma vez que evita fazer julgamentos sobre os 
pensamentos, desejos e sentimentos do paciente → evita gratificar os 
desejos transferenciais do paciente. 
o Não revela detalhes de sua vida pessoal ou de sua família. 
• 4 sessões por semana, podendo ser 3-5/semana, que duram 45-50min. 
Técnica da psicoterapia de orientação analítica: 
• Associações não são tão livres como na psicanálise → são dirigidas pelo 
terapeuta para questões-chave da terapia, na busca e interpretação em 
áreas circunscritas ou problemas delimitados. 
• Dentro da área delimitada → paciente é estimulado a explorar seus 
sentimentos, ideias e atitudes em suas relações com figuras importantes 
de sua vida atual, do passado e com o próprio terapeuta, a fim de obter 
insight. 
• Interpretações transferenciais são menos frequentes. 
• É feito uso maior de esclarecimento, assinalamento e técnicas 
comportamentais (reforço). 
• Sem utilização de divã, com um uso menor da associação livre e com 
sessões menos frequentes, a regressão é menor. 
• 1-3 sessões semanais. 
Indicações: 
• Transtornos de personalidade, especialmente do cluster C e borderline.• Traços de personalidade ou caráter disfuncionais. 
• Conflitos não resolvidos nas relações com os pais, que são responsáveis 
por dificuldades nas relações interpessoais, inclusive sexualidade. 
• Atrasos ou lacunas em tarefas evolutivas. 
 
 
24 Gustavo Urzêda Vitória 
Condições exigidas do paciente: 
• Tenha capacidade de introspecção razoável. 
• Tenha motivação necessária para modificar aspectos de sua pessoa e 
interesse em aumentar sua compreensão sobre si mesmo. 
• Seja capaz de experimentar afetos intensos sem os externalizar na 
conduta. 
• Seja capaz de desenvolver um bom vínculo com o terapeuta e uma 
aliança terapêutica e de se comunicar de forma honesta com o terapeuta, 
predominantemente com palavras, e não por meio de ações. 
• Disponha de tempo e condições financeiras para arcar com os custos. 
Contraindicações: 
• No caso de transtornos mentais para os quais existem tratamentos 
efetivos mais breves e de menor custo → fobias, ansiedade social, TAG, 
TEPT, transtornos de humor, transtornos alimentares. 
• Presença de problemas de natureza aguda e que exigem solução urgente 
→ depressão, transtorno de estresse agudo, transtorno de pânico. 
• Ausência de um ego razoavelmente integrado e cooperativo → psicose, 
transtornos de personalidade graves, dependência de substância, 
transtornos mentais de origem cerebral, transtornos neurocognitivos, 
deficiência intelectual. 
• Pacientes impulsivos que não toleram níveis, mesmo que pequenos, de 
frustração → altamente narcisistas e centrados em si mesmos ou 
voluntariosos. 
• Transtornos de personalidade que dificultam o estabelecimento de um 
vínculo → esquizoide, esquizotípica, antissocial. 
• Transtornos psiquiátricos agudos graves → psicose, transtorno do humor 
em crise aguda. 
• Pacientes gravemente comprometidos e sem condições e sem condições 
cognitivas para trabalhar a busca de insight. 
• Comprometidos cognitivamente. 
• Pouca capacidade para introspecção (alexitimia) ou com pouca 
sofisticação psicológica. 
• Ausência de motivação para terapia de insight ou de interesse em um 
trabalho introspectivo. 
• > 50 anos. 
Terapia interpessoal: 
• Psicoterapia de tempo limitado desenvolvida por Gerald Klerman e Myrna 
Weissman, 1970, para o tratamento de depressão. 
• Tiveram a atenção despertada para o fato de que a maioria das 
depressões ocorria em mulheres e de que, além dos fatores de ordem 
biológica, aspectos de ordem interpessoal também interferiam no quadro. 
• Fundamenta-se na teoria do apego de John Bowlby. 
 
 
25 Gustavo Urzêda Vitória 
Fundamentos teóricos: 
• Transtornos psiquiátricos sempre surgem em um contexto social ou 
interpessoal, como mudança em alguma relação interpessoal importante, 
alteração de papéis sociais, perda de uma pessoa muito próxima ou 
morte, isolamento social. 
• Sintomas podem ocorrer particularmente quando há mudança de papéis 
na ausência de apoio social. 
Técnica: 
• Obter alívio dos sintomas pela abordagem de problemas interpessoais 
que possam estar contribuindo para a origem e manutenção dos sintomas 
→ intervir no efeito dos sintomas no ajustamento social e nas relações 
interpessoais, focando os problemas atuais conscientes e pré-
conscientes. 
• Envolvem conflitos com pessoas significativas do presente ou familiares, 
frustrações, ansiedades ou desejos experimentados nas relações 
interpessoais. 
• Ênfase → fazer mudanças e não apenas compreender e aceitar as 
condições de vida atuais. 
• Apesar de reconhecer a importância do inconsciente, ele não é abordado 
aqui. 
• Enfoque no aqui e no agora → sem estabelecer ligações de experiências 
atuais com as do passado. 
• Pode ser realizada em associação com psicofármacos. 
• Apresenta 4 focos: 
o Perdas complicadas (luto). 
o Transições de papéis sociais ou mudanças de vida → casamento, 
formatura, aposentadoria, diagnósticos de doenças, perda de 
status. 
o Disputa por papéis ou conflitos interpessoais. 
o Déficits interpessoais → isolamento, falta de apoio. 
• Avaliação do paciente → levantamento de sintomas e estabelecido o 
diagnóstico do sintoma → identificado problema interpessoais e sua 
possível relação com o quadro depressivo. 
• É feito o contrato psicoterápico → estrutura e duração do tratamento. 
• Fase final, os ganhos são consolidados, a independência é estimulada, 
os riscos de recaídas são discutidos e se necessário é proposta uma 
terapia de manutenção. 
• É uma terapia breve focal de tempo limitado → 12-20 sessões, sendo 
semanais. 
• Terapeuta é ativo e diretivo, usando diversas técnicas como cognitivas, 
comportamentais e psicoeducacionais. 
o Não utiliza interpretações transferenciais. 
 
 
26 Gustavo Urzêda Vitória 
Evidências de eficácia: 
• Indicada primariamente para transtornos depressivos, com eficácia 
comprovada em diversos ensaios clínicos → primeira linha em vários 
guidelines. 
• Extrapolações para depressão bipolar, depressão pós-parto, bulimia 
nervosa e compulsão alimentar. 
• Fobia social e TEPT estão sendo estudados. 
Indicações: 
• Evidências consistentes: 
o TDM. 
o Profilaxia para TD recorrente. 
o Depressão em idosos e adolescentes. 
o Depressão em PVHIV. 
o Depressão pré e pós-parto. 
o Bulimia. 
o Transtorno de compulsão alimentar. 
o Adjuvante na depressão bipolar. 
• Evidências incompletas: 
o Transtorno de ansiedade com foco interpessoal claro. 
o TEPT. 
o Distimia. 
• Condições necessárias: 
o Boa capacidade de introspecção. 
o Algum grau de sofisticação psicológica. 
o Motivação para examinar padrões de relacionamentos e 
estabelecer bom vínculo com o terapeuta. 
Contraindicações: 
• Depressivos com sintomas psicóticos ou quando não são identificados 
padrões disfuncionais de relações interpessoais. 
Teoria comportamental: 
Fundamentos teóricos: 
• Baseia-se nas teorias e princípios da aprendizagem para explicar o 
surgimento, a manutenção e a eliminação de sintomas. 
• Condicionamento clássico de Pavlov, o condicionamento operante de 
Skinner, a aprendizagem social de Bandura, a extinção e a habituação. 
• Condicionamento clássico: 
o Estímulos neutros repetitivamente emparelhados com estímulo 
incondicionado, torna-se estímulos condicionados → salivação ao 
toque da sineta ou do metrônomo. 
 
 
27 Gustavo Urzêda Vitória 
▪ Explicar o surgimento de sintomas como as reações de 
medo a estímulos neutros nas fobias específicas, a 
agorafobia em paciente com pânico, particularmente as 
revivescências de sintomas fóbicos e sua generalização no 
TEPT, a fissura em usuários de SPA. 
• Condicionamento operante: 
o As consequências de um comportamento podem determinar o 
aumento ou a diminuição de sua frequência. 
o Esquiva fóbica alivia sintomas de ansiedade → adotada 
sistematicamente. 
• Aprendizagem social: 
o O comportamento pode ser adquirido pela simples observação de 
outros indivíduos → uso de substâncias, aquisição ou perda de 
medos. 
• Habituação: 
o É um fenômeno natural que ocorre → ansiedade ou o desconforto 
ativados por objetos ou situações não nocivos diminuem com o 
passar do tempo se o indivíduo permanece em contato com o 
estímulo pelo período necessário. 
• Exposição: 
o Principal estratégia da TC → resposta condicionada desaparece 
em razão de não existir mais o emparelhamento com o estímulo 
incondicionado. 
• Tendência atual de integrar a TC com a cognitiva → TCC. 
Técnica: 
• Exposição: in vivo ou na imaginação, gradual ou instantânea (inundação) 
e assistida pelo terapeuta ou em grupo. 
• Prevenção de respostas: abster-se de realizar rituais, como verificações. 
• Modelação: demonstração de um comportamento desejável pelo 
terapeuta. 
• Reforço positivo: tornar um evento agradável contingente a um 
comportamento desagradável. 
• Reforço negativo: remoção de algo desagradável como forma de 
estimular o comportamento desejável. 
• Terapia aversiva: pareamento de estímulo aversivo com um 
comportamentoindesejável. 
• Relaxamento muscular e treino da respiração. 
• Biofeedback. 
• Reversão de hábitos. 
• Treino de habilidades sociais. 
• Treino de assertividade. 
Exigências: 
 
 
28 Gustavo Urzêda Vitória 
• Motivação para aderir. 
• Boa capacidade de tolerar aumento de ansiedade e desconforto. 
• Aliança de trabalho para levar adiante as tarefas estabelecidas em acordo 
com o terapeuta. 
Terapia cognitiva e terapia cognitivo-comportamental: 
• Proposta inicialmente desenvolvida por Aaron Beck, 1960, para 
tratamento de depressão → tríade: 
o Visão negativa em relação a si. 
o Visão negativa em relação ao mundo. 
o Visão negativa em relação ao futuro. 
• Posteriormente a terapia cognitiva foi estendida para ansiedade, 
transtornos alimentares, de personalidade, dependência química etc. 
• Seu foco é a atividade mental consciente ou pré-consciente → 
pensamentos automáticos, crenças subjacentes e suas consequências 
(emoções, comportamentos e reações físicas). 
Teoria: 
• Premissa básica de que a maneira como as pessoas interpretam suas 
experiências determina como elas sentem e como se comportam. 
• Existem erros no processamento da informação sob a forma de 
pensamentos disfuncionais, distorções cognitivas responsáveis pelos 
sintomas de diversos transtornos. 
• Determinadas situações ativam pensamentos automáticos negativos ou 
catastróficos coerentes com crenças ou esquemas cognitivos 
disfuncionais subjacentes → consequências → alterações de humor, 
sintomas físicos, mudanças de comportamento. 
• distorções cognitivas: 
o Inferência arbitrária → concluir o contrário das evidencias ou sem 
o necessário suporte de evidências. 
o Abstração seletiva ou o filtro mental → concluir se baseando em 
uma pequena parte dos dados. 
o Magnificação e minimização → avaliar distorcidamente a 
importância relativa dos eventos, de um atributo pessoal ou de uma 
possibilidade futura. 
o Personalização → relacionar eventos externos à própria pessoa, 
quando não há base suficiente para tal. 
o Pensamento dicotômico ou absolutista → classificar as pessoas ou 
a si mesmo em categorias rígidas e estanques. 
o Pensamento catastrófico → prever o pior desfecho possível, 
ignorando as alternativas. 
Técnica: 
• Breve, com duração de 10-20 sessões. 
 
 
29 Gustavo Urzêda Vitória 
• Descoberta guiado por meio de um trabalho colaborativo entre paciente e 
terapeuta → empiricismo colaborativo. 
• Terapeuta auxilia o paciente a usar os próprios recursos para identificar 
erros de lógica, pensamentos e crenças errôneos ou disfuncionais e 
depois corrigi-los, por meio de exame das evidencias, testes 
comportamentais e geração de pensamentos alternativos. 
• Sessões estruturadas, com uma sequência de tópicos predeterminada → 
tarefas de casa, autoavaliações constantes e os feedbacks do terapeuta 
e do paciente. 
• Paciente é treinado a identificar e registrar seus pensamentos 
automáticos e crenças subjacentes → para utilizar diversas intervenções 
destinadas a corrigi-los. 
o Questionamento socrático. 
o Descatastrofização. 
o Exame das vantagens e desvantagens. 
o Reatribuição ou ressignificação. 
o Geração de pensamento alternativos. 
o Técnicas comportamentais. 
• Psicoeducação com explanações sobre os mecanismos que perpetuam a 
doença, bem como estimula leituras e a busca do conhecimento sobre o 
transtorno que o paciente apresenta. 
• Modelo ABC → uso de caneta, papel, desenhos, esquemas para ilustrar 
o modelo cognitivo e interrelação entre os diferentes elementos cognitivos 
e comportamentais. 
Condições do paciente para TCC: 
• Não tenham problemas categorizados como graves → antissocial, 
borderline, esquizotípica. 
• Tenham estabelecido vínculos afetivos fortes e de confiança com pessoas 
significativas no passado. 
• Curiosos e inquisitivos sobre si mesmos. 
• Boa capacidade de introspecção. 
• Disfunções cognitivas claramente identificadas. 
• Inteligência média ou acima da média. 
• Sem essas características → pode ser flexibilizada e adaptada. 
Eficácia e efetividade da TCC: 
• Modelo de terapia mais estudado atualmente → centenas de metanálises 
de ensaios clínicos que comprovam sua eficácia. 
• Primeira linha para vários transtornos mentais. 
Indicações: 
• TDM. 
• TAB. 
 
 
30 Gustavo Urzêda Vitória 
• TOC. 
• TEPT. 
• Transtornos alimentares, 
• Primeiro episódio psicótico e esquizofrenia. 
• Abuso e dependência de álcool. 
• Cessação de tabagismo. 
• Transtornos somatoformes. 
Contraindicações: 
• Doença mental orgânica que implique em comprometimento cognitivo. 
• Psicose aguda. 
• Níveis de ansiedade muito elevados ou incapacidade de tolerar aumento 
dos níveis de ansiedade. 
• Pacientes com problemas caracterológicos graves, incapazes de 
estabelecer vínculo e de ser honestos com o terapeuta ou de se 
comprometer com tarefas da terapia. 
• Ausência de motivação. 
Dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares: 
• EMDR → modalidade de terapia que nos últimos 15 anos está chamado 
atenção pela técnica peculiar e inúmeros estudos com resultados 
positivos. 
• Reprocessamento de memórias perturbadoras, pensamentos e emoções 
negativos associados aos eventos traumáticos por meio de movimentos 
bilaterais → oculares, auditivos ou táteis. 
• Psicóloga Francine Shapiro, 1987 → eficácia no tratamento de TEPT. 
Fundamentos teóricos e técnica: 
• Assim como outros sistemas do corpo humano, há um sistema de 
processamento de informações que forma nossas experiências e 
memórias → quando um evento traumático acontece, devido aos 
sentimentos negativos intensos ou dissociações que surgem na ocasião, 
o processamento pode se tornar incompleto ou distorcido → dificultando 
a conexão com informações e memórias mais adaptativas que ajudem a 
lidar com o estresse. 
• Memória mal processada seria armazenada e sua lembrança pode 
configurar a revivência do acontecimento → EMDR reprocessaria e 
reconectaria a lembranças adaptativas. 
• Movimentos oculares horizontais facilitados com estímulos visuais, com a 
ponta do dedo ou barra luminosa. 
• 8 fases: 
o Iniciais: identificação dos eventos traumáticos e sessões de 
psicoeducação. 
 
 
31 Gustavo Urzêda Vitória 
o Intermediárias: movimentos bilaterais concomitantes a estímulos 
de lembranças de imagens vívidas do evento traumático, as 
cognições negativas acerca de si mesmo e as emoções e 
sensações corporais associadas. 
o Finais: registro da semana, para relembrar a técnica e o feedback, 
enfatizando a presença de sintomas residuais e a avaliação da 
manutenção dos efeitos positivos do tratamento. 
Indicações: 
• TEPT → primeira linha. 
• Ainda não há evidencias completas de eficácia em outras condições. 
Terapias contextuais-comportamentais: mindfulness, dialética, de aceitação e 
compromisso: 
Baseadas no mindfulness: 
• Atenção plena → 1970, Jon Kabat-Zinn. 
• Inicialmente para tratamento de pacientes com dor crônica. 
• Abordagens psicoterapêuticas baseadas nos princípios da técnica de 
mindfulness e do contextualismo. 
• Fundamentos teóricos: 
o Envolve um estado de atenção, uma consciência profunda e não 
julgadora sobre o que acontece no momento presente → cultivo 
dessa habilidade → ser menos reativo às experiências, sejam elas 
agradáveis ou não. 
o 3 elementos: consciência, momento presente e aceitação. 
o Objetivo é observar tudo o que acontece sem reagir, com a 
intenção de notar as experiências de forma acolhedora, com a 
abertura de quem está vendo o que ocorre pela primeira vez. 
o Requer a percepção de que as sensações, emoções e 
pensamentos vêm e vão → permitir esse movimento fluido, mesmo 
se forem coisas desagradáveis. 
o Quando se tenta lutar contra elas o sofrimento aumenta. 
o Fusão cognitiva → diante de algo que causa sofrimento, a tentativa 
de evitar ou de resolver ganha força. 
• Terapia cognitiva baseada em mindfulness (MBCT): 
o Zindel Segal, MarkWilliams e John Teasdale, 1990. 
o Fundamentado na premissa de que a mente humana apresenta 
diferentes modos de recepção e processamento de informação → 
principais são o modo de ser e o modo de fazer. 
▪ Ser: ações de contemplar, sentir e estar. 
▪ Fazer: ações de analisar, organizar e sintetizar. 
o Manutenção de saúde mental ocorre por meio do equilíbrio entre 
ser e fazer. 
 
 
32 Gustavo Urzêda Vitória 
o Combina TCC + mindfulness → lidar melhor com sintomas 
depressivos e evitar a espiral depressiva (experimentar novamente 
uma tristeza decorrente de determinada situação da vida, remonta 
lembranças e pensamentos negativos do passado e preocupação 
com o futuro). 
o Encontros semanais, em grupo, ao longo de oito semanas → cada 
sessão com 2h e envolve a realização de tarefas de casa diárias 
por cerca de 45min. 
Dialética (DBT): 
• É uma TCC desenvolvida de validada por Marsha Linehan oara borderline 
e com comportamentos de risco. 
• Estruturada nos conceitos de midfulness → manter o equilíbrio entre 
aceitação e mudança, reconhecendo a tensão dialética que se estabelece 
entre esses dois polos. 
• Modelo teórico biossocial adotado para a compressão da desregulação 
emocional parte do pressuposto de que existe uma interação entre uma 
disposição biológica do sujeito para vulnerabilidade emocional associada 
a um ambiente invalidante → ocasionando aprendizagem deficiente para 
lidar com as situações. 
• Ensinar novas estratégias para que o paciente consiga responder de 
maneira mais habilidosa. 
• Inclui: mindfulness, regulação emocional, tolerância ao mal-estar e 
aceitação. 
• Abordagem individual: trabalhados os objetivos do paciente de forma 
hierarquizada → primeiro os relacionados com a manutenção da vida, 
depois os que impactam na condução da terapia e influenciam 
negativamente a qualidade de vida do paciente. 
• Objetivo maior é engajar o paciente a se direcionar para uma vida valiosa, 
consciente do que ocorre e mantendo o equilíbrio dialético. 
De aceitação e compromisso ACT): 
• Teoria dos quadros relacionais → associada ao campo de pesquisa da 
cognição e linguagem humanas e como elas condicionam o 
comportamento, pois as habilidades racionais utilizadas pela mente 
humana para resolver problemas podem ser ineficazes para auxiliar as 
pessoas a lidar com a dor psicológica. 
• Objetivo geral de proporcionar flexibilidade psicológica, aceitando que 
sentimentos, pensamentos, memórias e sensações desagradáveis 
acontecem e podemos aprender maneiras diferentes de viver de forma 
saudável e valiosa. 
• Compreende: tentativa de controle de situações e experiências pessoais 
julgadas negativas (eventos privados), esquiva experiencial e a fusão 
cognitiva (pessoa se identifica com o que pensa e sente, acreditando ser 
o que pensa em termos de self). 
 
 
33 Gustavo Urzêda Vitória 
• Utiliza técnicas de mindfulness, aceitação e metáforas → visando o 
aumento da flexibilidade psicológica, que é a habilidade de experienciar 
plena e conscientemente o momento presente e mudar ou persistir no 
comportamento que melhor direcione a pessoa no sentido de seus valores 
de vida. 
Evidencias de eficácia: 
• MBCT: 
o Primeira linha para prevenção de recaídas da depressão. 
o Segunda linha para depressão aguda. 
Indicações: 
• MBCT: 
o Prevenção de recaída de paciente eutímicos que sofreram diversos 
episódios de depressão maior. 
• DBT: 
o Dor crônica. 
o Depressão. 
o Ansiedade. 
o TOC. 
o Transtornos alimentares. 
• ACT: 
o Transtorno de personalidade borderline. 
o Prevenção de suicídio. 
o Depressão. 
o Abuso de substâncias. 
o Condutas autolesivas sem intencionalidade suicida. 
Terapia familiar e de casal: 
Fundamentos teóricos: 
• Nasceu da insatisfação de muitos clínicos com a evolução muito lenta de 
pacientes quando tratados individualmente ou da frustração com o fato de 
que, muitas vezes, os progressos terapêuticos eram neutralizados por 
outros membros da família. 
• Família como o foco para compreender o surgimento e a manutenção da 
psicopatologia → maneira como cada membro influencia e é influenciado 
pelos demais. 
o Podendo reforçar e criar círculos viciosos 
• Atenção a estrutura familiar e seus processos (como se adapta e evolui). 
• Fundamentos na teoria da comunicação, dos pequenos grupos, 
psicodinâmica e TCC. 
• Sistema → conjunto de elementos, direta ou indiretamente relacionados, 
que funcionam como uma unidade em determinado ambiente → família 
 
 
34 Gustavo Urzêda Vitória 
pode ser considerada um sistema parcialmente aberto, que interage com 
seu ambiente biológico e sociocultural. 
• Ackerman, 1950 → terapia familiar predominantemente psicodinâmico 
com ênfase nos mecanismos de defesa grupais (projeção, identificação 
projetiva, dissociação) e nos conceitos da teoria das relações de objeto. 
o Objetivo era a obtenção de insight ou a abordagem de conflitos 
transgeracionais (Bowen) ou experiencial (Satir, Whitaker). 
o Outros foram sendo propostos: estrutural/sistêmico (Minuchin; 
jovens delinquentes de famílias hierarquicamente 
desorganizadas), estratégico (Haley, Ackerman; problemas 
decorrentes dos arranjos hierárquicos e dos papéis, além das 
reações em suas mudanças), comportamental (Patterson, 
Margolin; problemas podem ser mantidos ou estimulados pelas 
atitudes da família), psicoeducacional (Anderson, Goldstein; 
manejo de doenças crônicas, redução do estresse e administração 
de crises), cognitivo-comportamental. 
• Sessões semanais, com todos os membros ou com parte deles → depois 
quinzenais ou mensais. 
• Melhora a comunicação entre os membros, desenvolver a autonomia e a 
individualização dos membros, descentralizar e tornar mais flexível os 
padrões de lidação e tomada de decisão, reduzir conflitos interpessoais, 
minimizar os sintomas. 
• Casal: considera que existem possibilidades e vantagens de se resolver 
de forma mais rápida os conflitos que surgem na vida de um casal na 
abordagem conjunta do que na individual separada. 
o Baseia na psicodinâmica, teoria da comunicação e na teoria dos 
contatos conjugais. 
Indicações: 
• Não costumam apresentar indicações tão categóricas. 
Grandes áreas de atuação: 
• Transtornos da conduta de um dos familiares. 
• Abuso de substâncias. 
• Psicoeducação para doenças mentais. 
• Problemas conjugais, inclusive insatisfação e disfunções sexuais. 
• Alcoolismo. 
• Educação de relacionamento. 
• Depressão em um dos membros da família. 
• Transtornos de crianças e adolescentes. 
• Doença crônica de algum familiar. 
• Violência interpessoal. 
Contraindicações: 
 
 
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• Família que nega que estejam ocorrendo problemas familiares. 
• Um dos membros é paranoide, psicótico, agressivo ou agitado. 
• Situações nas quais membros importantes da família não podem estar 
presentes. 
• Tendência irreversível à ruptura familiar. 
• Crenças religiosas ou culturais muito fortes que impedem intervenções 
externas na família. 
• A intervenção familiar não teria qualquer efeito no problema atual. 
• O equilíbrio familiar é tão precário que a terapia pode provocar a 
descompensação de um ou mais membros. 
• Problemas conjugais são egossintônicos. 
• A individuação de um ou mais membros ficaria comprometida com a 
terapia ou exige tratamento separado. 
• Existem problemas individuais que necessitam previamente de outros 
tratamentos. 
• A terapia familiar é usada para encobrir responsabilidades individuais. 
• Situações nas quais um ou ambos ou cônjuges não são honestos, 
mentem, têm segredos que se revelados acarretariam em ruptura 
imediata da família. 
• Um dos cônjuges tem transtorno do caráter grave, especialmente se for 
conduta antissocial ou desvio sexual. 
Psicoterapia de grupo: 
• Necessidade de se estender as possibilidades de atendimento 
psicoterapêutico a um número maior de pessoas. 
• Pratt reunia de 20-30 pacientes com tuberculosee palestrava para eles 
de 1-2x/semana. 
• Addler, Bion, Foulkes e Moreno se destacaram no estudo dos grupos. 
• Durante a Segunda Guerra Mundial → grande desenvolvimento dessa 
técnica. 
Fatores terapêuticos: 
• Yalom → 11 fatores: 
o Instilação da esperança. 
o Universalidade do problema. 
o Compartilhamento de informações. 
o Altruísmo. 
o Socialização. 
o Comportamento imitativo. 
o Catarse. 
o Recapitulação corretiva. 
o Fatores existenciais. 
o Coesão grupal. 
o Aprendizagem interpessoal. 
 
 
36 Gustavo Urzêda Vitória 
Técnica: 
• Podem se distinguir quanto ao setting → composto por pacientes internos 
ou externos a uma clínica, duração limitada ou aberta e permanente, 
vários objetivos possíveis. 
o Orientação teórica pode ser psicodinâmica, TCC etc. 
• Orientação psicanalítica: 
o Psicanalista trabalha de forma muito semelhante à psicanálise 
individual, focando os fenômenos transferenciais e os mecanismos 
de defesa, ou como o grupo se comporta. 
o Grupo é visto como um todo e são trabalhados os supostos básicos 
de Bion: dependência, luta e fuga e acasalamento. 
o Enfoca em comunicação inconsciente ou consciente, verbal ou não 
verbal. 
• Orientação cognitivo-comportamental: 
o Semelhante as terapias individuais e voltadas para o tratamento de 
determinados problemas ou sintomas ou para o manejo de 
situações médicas específicas. 
o Verificação inicial do humor ou dos sintomas, revisão de tarefas de 
casa, utilização de psicoeducação, proposta de exercícios e tarefas 
para casa, estimulação de registro e automonitoramento, além de 
aprendizagem social por meio de troca de experiências e 
depoimentos. 
o Sessões semanais, quinzenais ou mensais. 
• Grupos de autoajuda: 
o Prestar auxílio psicológico a pacientes ou seus familiares que têm 
um problema ou uma situação em comum, bem como oferecer 
apoio mútuo para superar sentimentos de angústia, depressão e 
desadaptações provocadas pela doença. 
o Diversas técnicas para enfatizar e difundir informações sobre 
cuidados gerais e alternativas para lidar com limitações ou 
complicações decorrentes da doença ou situação. 
Indicações: 
• Orientação dinâmica: 
o Padrões de relacionamento interpessoal desadaptativo. 
o Aspectos do caráter desadaptativos. 
• Cognitivo-comportamentais: 
o Ansiedade ou fobia social. 
o TOC. 
o TAG. 
o Insônia. 
o Transtorno do pânico (terapia complementar). 
o Fobias específicas. 
o TEPT. 
o Dor crônica. 
 
 
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o Síndrome do intestino irritável. 
• Autoajuda: 
o Internados em hospitais psiquiátricos → preparação de alta, uso de 
medicamentos, acompanhamento de egressos. 
o Usuários de álcool. 
o Situações de crise, estresse agudo ou pós-traumático. 
o Manejo de doenças ou problemas médicos. 
o Em situações de conflito institucionais. 
Contraindicações: 
• Incompatibilidade com as normas do grupo. 
• Pacientes que não toleram o setting grupal (fobia social). 
• Incompatibilidade grave com um ou mais membros do grupo. 
• Tendência a assumir papel desviante dos demais membros do grupo. 
• Ausência de controle de comportamentos agressivos, fortes tendências 
destrutivas e de expressar na conduta suas ansiedades. 
• Ansiedade, depressão ou sintomas psicóticos graves. 
• Dificuldades graves para ter empatia em relação aos demais membros ou 
de se expor. 
• Incapacidade de estabelecer relação honesta e laços afetivos e de 
lealdade com o grupo.

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