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Crescimento na Pediatria

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Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
1 
 
CRESCIMENTO NA PEDIATRIA 
 
- CRESCIMENTO: 
 
É o aumento do tamanho corporal. 
A nível histológico/celular: hiperplasia e hipertrofia 
celular. 
 
É um importante indicador de saúde da criança. 
Não se importa muito com a estatura elevada, a não ser 
que esteja dentro de algum contexto (relacionada a 
alguma patologia especifica). 
Uma criança que é baixa e não consegue estar dentro do 
intervalo de normalidade, é considerada baixa estatura e 
deve investigar o porquê. Pode ter alguma doença que a 
impede de crescer, como uma fibrose cística, uma doença 
inflamatória, doença celíaca, familiar (sem doença 
associada), etc. Nem sempre será a desnutrição. 
 
Existe a desnutrição aguda e desnutrição crônica. 
A aguda a criança perde principalmente peso, é a 
primeira coisa que muda. E com o tempo ela perde 
estatura também. É uma causa de baixa estatura. 
 
Pode haver influência de fatores intrínsecos e 
extrínsecos: 
▪ Crianças <5 anos – fatores extrínsecos 
(alimentação, doenças, local que habita) exercem 
mais influencia 
▪ Crianças maiores e adolescentes – genética 
(fator intrínseco) tem mais influencia 
 
A influencia dos fatores no crescimento já começam 
desde a vida intrauterina. 
 
O melhor método de acompanhamento do crescimento 
infantil é o registro periódico do peso, da estatura e do 
IMC nas curvas da OMS na caderneta de saúde da criança. 
 
O período de maior velocidade de crescimento é na vida 
intrauterina – especialmente até a 12ª semana de 
gestação, pois nessa época os principais órgãos estão 
sendo formados, é o período de maior vulnerabilidade a 
fatores externos. No início da gestação, qualquer 
interferência externa pode trazer problemas sérios na 
formação. 
 
Há um pico de velocidade de ganho ponderal (peso) por 
volta da 32ª semana, seguido de desaceleração. 
 
O pico de crescimento na vida extrauterina ocorre no 1º 
ano de vida. 
Na puberdade ocorre o Estirão Puberal – há um aumento 
grande na altura. 
 
- FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO 
INTRAUTERINO: 
 
▪ Tabagismo 
▪ Alcoolismo 
▪ Drogas ilícitas 
▪ Medicações contraindicadas na gestação 
▪ Hipertensão 
▪ Diabetes Gestacional 
▪ Estado nutricional materno 
▪ Idade materna – idades avançadas ou muito 
jovem (abaixo de 18 anos) 
▪ Gestação múltipla – precisa distribuir nutrientes 
para dois bebês 
▪ Anomalias congênitas 
▪ DST’s 
▪ Infecções congênitas 
 
Situações em que uma mãe diabética não tem um bebê 
muito grande, normalmente estão relacionadas quando 
há comprometimento da circulação placentária e a 
criança não consegue crescer. 
 
Déficits consequentes de desnutrição nos dois primeiros 
anos de vida são REVERSÍVEIS. Se passar de 2 anos, não 
tem muito mais o que fazer para reverter. 
 
Alvo genético: 
Pode ou não ser atingido – depende da interação entre 
os fatores externos e o potencial genético. 
Consegue fazer uma previsão de estatura da criança 
baseada na altura dos pais. Se os pais são baixos, a criança 
não vai crescer muito. 
 
- AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO: 
 
▪ Medidas antropométricas – peso, estatura, IMC, 
percentis 
▪ Curvas da OMS de idade e sexo por: 
o Perímetro cefálico – 0-2 anos 
o Peso – 0-2, 2-5, 5-10 anos 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
2 
 
o Estatura – 0-5, 5-19 anos ou por peso 
o IMC – 0-5, 5-19 anos 
 
- ANÁLISE DO PESO: 
 
A analise do peso de criança até 2 anos deve ser feita na 
balança de mesa, deitado. 
Após 2 anos faz na balança em pé. 
 
Gráfico de peso X Idade – esse gráfico é de acordo com o 
sexo. 
Podem ser utilizados dois tipos de gráfico – p (percentil) 
ou Z (desvio padrão – o mais utilizado) 
 
▪ Peso elevado para idade: > p97 ou > Z +2 
▪ Peso adequado para a idade: 3 ≤ p ≤ 97 ou -2 ≤ Z 
≤ +2 
▪ Baixo peso para a idade: 0,1 ≤ p < 3 ou -3 ≤ Z < -
2 
▪ Muito baixo peso para a idade: p < 0,1 ou Z < -3 
 
 
No gráfico acima: Gráfico destinado às meninas – do 
nascimento aos 5 anos. Escore Z. 
Ex.: criança de dois anos de idade, com 12 kg. Faz a 
interseção das duas retas e acha o ponto em comum. 
O ponto em comum que será o percentil da criança ou o Z 
escore (desvio padrão). 
No caso acima, a criança está dentro do esperado para a 
idade e peso dela. A linha verde corresponde à média de 
todas as crianças estudadas. 
Abaixo da ultima linha de baixo e acima da ultima linha de 
cima está errado, não é ideal. 
A linha rosa é de alerta. 
 
No gráfico acima: Gráfico destinado aos meninos de 5 aos 
10 anos de idade. Escore Z. 
No exemplo acima o menino tinha 7 anos e pesou 40kg. 
Ele está muito acima da ultima linha e ele está com peso 
elevado para a idade. 
 
- ANÁLISE DO COMPRIMENTO E ESTATURA: 
 
Criança com até dois anos se mede deitada, é o valor de 
COMPRIMENTO. Sempre que a criança é medida deitada 
é comprimento. 
Depois que a criança é medida em pé, se fala que é 
ALTURA/ESTATURA. 
 
▪ Comprimento adequado para a idade: 
≥ p3 ou Z ≥ -2 
▪ Comprimento baixo para a idade: 
0,1 ≤ p ≤ 3 ou – 2 ≤ Z ≤ + 2 
▪ Comprimento muito baixo para a idade: 
0,1 < p ou Z < -3 
 
Estatura elevada não tem tanta importância clínica no 
acompanhamento de rotina. 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
3 
 
No gráfico acima: Estatura de meninas dos 5 aos 19 anos. 
Escore Z. 
 
 
No gráfico acima: Comprimento/estatura por idade de 
meninos, do nascimento aos 5 anos. Escore Z. 
 
- ANÁLISE DO IMC: 
 
No IMC que vai ver se a criança está obesa ou não. 
 
▪ Obesidade grave (> 5 anos) / obesidade (< 5 
anos): p > 99,9 e Z > +3 
▪ Obesidade (> 5 anos) / sobrepeso (< 5 anos): 97 
< p < 99,9 e +2 < Z < +3 
▪ Sobrepeso (> 5 anos) / risco de sobrepeso (< 5 
anos): 85 < p < 97 e +1 < Z < +2 
▪ IMC adequado: 3 ≤ p ≤ 85 e -2 < Z < +1 
▪ Magreza: 0,1 ≤ Z < 3 e -3 ≤ Z < -2 
▪ Magreza acentuada: p < 0,1 e Z < -3 
 
Se está acima de 5 anos ou abaixo de 5 anos muda a 
análise. 
Pode acontecer que na criança acima de 5 anos seja 
obesa grave, mas abaixo de 5 anos no gráfico 
corresponde a ela não existe essa classificação de 
obesidade grave, somente obesa. 
 
“O IMC já foi validado em crianças como bom marcador 
de adiposidade e sobrepeso, apresentando estreita 
correlação com outros parâmetros que avaliam a 
porcentagem de gordura corpórea, como as pregas 
cutâneas, a densitometria e a bioimpedância 
eletromagnética.” 
 
 
 
 
- PERÍMETRO CEFÁLICO – MEDIDA E AVALIAÇÃO: 
 
Não pode faltar em uma consulta de puericultura o peso, 
altura e perímetro cefálico, sempre, nos primeiros anos. 
 
Como medir: com auxílio de fita métrica inextensível, 
medir a circunferência que passa pela glabela (bordas 
supraorbitárias) e o ponto mais saliente do osso occipital. 
O valor achado coloca na curva no gráfico a avalia. 
Precisa saber se é macrocefálico, se é microcefálico ou se 
é normal. 
Microcefalia não é necessariamente patológica, pode ser 
simplesmente um achado do exame físico. 
 
▪ Medir a cada consulta durante o 1º ano de vida. 
▪ Observar a cabeça dos pais 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
4 
 
Peso para a idade é somente de 0 a 5 anos. Crianças de 5 
a 10 anos não se usa peso para a idade, única coisa que 
utiliza é o IMC e estatura. 
Adolescente também somente IMC e Estatura para a 
idade. 
 
 
No quadro acima: um resumo do percentil e Z escore tudo 
e qual a interpretação do que foi visto. 
O que mais muda é o peso. 
 
 
 
O crescimento da criança sempre deve ser uma linha 
ASCENDENTE, nunca pode desacelerar e não pode 
estabilizar. Se isso ocorre a criança tem algum problema 
para ser investigado. 
Devido a isso, uma medida isolada não consegue se fazer 
uma análisedo desenvolvimento da criança. 
 
- AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO: 
 
▪ Uma medida isolada tem pouco valor 
▪ Observar as curvas (deve estar sempre 
ascendente) 
▪ Calcular a velocidade de crescimento 
▪ Avaliar antropometria dos pais – vê se os pais são 
altos ou baixos 
▪ Lembrar de calcular a idade corrigida de crianças 
prematuras – ex.: criança nasceu com 40 
semanas e passaram 2 meses, essa criança terá 2 
meses. 
Já uma criança que nasceu com 34 semanas e 
passaram dois meses, essa criança terá 2 meses 
de idade cronológica, entretanto ela nasceu 6 
semanas adiantada, então ela pode desenvolver 
mais devagar. Neste caso essa criança deve 
descontar essas 6 semanas que ela deveria ter 
ficado antes de nascer. Em dois meses tem 8 
semanas, portanto essa criança tem 2 semanas 
de vida (idade corrigida). 
Parâmetro para correção sempre será 40 
semanas. 
▪ Calcular estatura alvo 
 
 
No gráfico acima: A linha verde está sempre ascendente, 
é o ideal e adequado. A linha amarela estava ascendente 
e depois declinou e foi caindo, é inadequado. E o 
vermelho começou ascendente e depois ficou linear, 
também sendo inadequado. 
 
- CRESCIMENTO DO PERÍMETRO CEFÁLICO: 
 
Tem uma previsão de como essas crianças evoluem: 
▪ 1º trimestre: ganho de 2 cm/mês 
▪ 2º trimestre: ganho de 1 cm/mês 
▪ 2º semestre: ganho de ,5 cm/mês 
 
Ex.: Se uma criança no primeiro trimestre cresceu 6 cm 
por mês tem algo errado, como uma hidrocefalia, tumor. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
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- PERÍMETROS CEFÁLICO, TORÁCICO E ABDOMINAL: 
 
O perímetro abdominal acaba que não é muito utilizado. 
Cefálico e torácico são os mais importantes. 
Existe uma relação de como esses perímetros se 
comportam em relação ao outro. 
 
Perímetro Cefálico = PC 
Perímetro Torácico = PT 
Perímetro Abdominal = PA 
 
▪ Até 6 meses: PC maior que PT; a seguir, PT 
levemente maior que PC 
▪ De 6 meses a 2 anos: PT = PC = PA (aprox.); em 
seguida passa a predominar o PT 
▪ PA tem validade questionável (muito variável) 
▪ PT/PC = 1 – Eutrofia (normal – nutrição de boa 
qualidade) 
▪ PT/PC < 1 – Indicativo de desnutrição energético-
proteica 
 
Essa razão entre PT e PC somente é feita até 2 anos. 
 
- GANHO PONDERAL: 
 
▪ 1º trimestre: 700 g/mês – 25 a 30 g/dia 
▪ 2º trimestre: 600 g/mês – 20 g/dia 
▪ 3º trimestre: 500 g/mês – 15 g/dia 
▪ 4º trimestre: 300 g/mês – 10 g/dia 
 
Na prática acaba utilizando g/dia. 
No início da vida o bebê ganha muito mais e vai 
diminuindo. 
 
Importante: tranquilizar a mãe quanto ao decréscimo na 
velocidade de ganho de peso, pelo risco de abandono do 
aleitamento materno. 
O leite materno pode variar a composição de acordo com 
o tempo de nascimento da criança, se é prematura ou 
termo, horário do dia, varia durante a mamada. 
O leito do início é o que “mata a sede” e o leite mais do 
final é o que tem mais gordura e faz a criança ganhar 
peso. 
Deve amamentar no mesmo peito até esvaziar para 
conseguir ingerir a gordura e ganhar peso. 
Se o bebê com dois meses está ganhando somente 10g 
por dia, deve investigar que provavelmente pode ser na 
amamentação. 
 
- CÁLCULO DO GANHO PONDERAL DIÁRIO: 
 
▪ Em g/dia: 
(peso atual em g – peso anterior em g) 
÷ tempo em dias 
 
Ex.: Peso atual 3kg, peso na consulta do mês anterior 
2,500kg 
3 kg – 2,5 kg = 500g/30 dias = 16,66 g/dia. 
 
▪ Estimativa do peso pela idade (somente feito de 
3 a 12 meses): 
(idade em meses + 9) ÷ 2 
 
Ex.: 6 meses + 9 = 15/2 = 7,5 kg 
 
- CRESCIMENTO LINEAR – COMPRIMENTO/ESTATURA: 
 
▪ Do nascimento até os 3 meses de vida: aumento 
de 3,5 cm/mês 
▪ 4 a 6 meses: aumento de 2 cm/mês 
▪ 7 a 9 meses: aumento de 1,5 cm/mês 
▪ 10 a 12 meses: aumento de 1,2 cm/mês 
▪ No fim do 1º ano de vida: o lactente deverá ter 
aumentado 50% da estatura de nascimento 
 
Ex.: se o bebê nasceu com 40 cm, com um ano ele deve 
estar com 60 cm (40+20). 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
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- MÉDIA DE CRESCIMENTO POR FAIXA ETÁRIA: 
 
▪ Nascimento – 1 ano = 25 cm/ano 
▪ 1 ano – 3 anos de idade = 12,5 cm/ano 
▪ 3 anos – puberdade = 5 a 7 cm/ano (meninas = 8 a 
10 cm ao ano; meninos = 10 a 12 cm ao ano) 
 
Com 4 anos: 2x tamanho do nascimento 
Com 12 anos: 3x tamanho do nascimento 
 
 
Com 2 meses fetal a cabeça representa 50% e com 5 
meses fetal a cabeça representa 25%. 
 
- OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO 
EXTRAUTERINO: 
 
▪ Nutrição 
▪ Doenças crônicas 
▪ Prática de exercícios 
▪ Sono 
▪ Saúde emocional 
▪ Restrição do crescimento intrauterino 
▪ Crianças pequenas para a idade gestacional 
(pretermo AIG tem melhor desfecho que termo 
PIG) – PIG cresce menos que AIG 
▪ Higiene 
▪ Infecções 
 
- ESTIRÃO PUBERAL: 
 
▪ Sexo Feminino 
o Aceleração nas fases iniciais da puberdade 
(Tanner 2 e 3 para mamas e pelos) 
o Precede a menarca 
o Desaceleração do crescimento no estágio 4 de 
Tanner (próximo à menarca) – por volta de 15 
anos 
 
Menarca será a última coisa que ocorre no estirão 
puberal da menina. O inicio das mamas ocorre antes da 
menarca. 
Depois da menarca a menina ainda cresce no máximo 
mais 2 anos. 
 
▪ Sexo Masculino 
o Aceleração nos estágios 3 e 4 de genitais 
o Velocidade de crescimento maior do que no sexo 
feminino 
o Velocidade máxima do crescimento no estágio 5 
de Tanner – por volta de 17-18 anos 
 
As meninas entram antes que os meninos na puberdade, 
param antes e em uma menor velocidade. 
Meninos começam depois, e tem uma velocidade mais 
rápida. 
Meninos crescem no máximo ate 18 anos e meninas 
crescem até 15 anos (dependendo da menarca). 
 
Avalia se a criança entrou na puberdade comprando as 
fotos que são parâmetros. 
 
 
Na imagem acima: Estadiamento Puberal de Tanner no 
menino. 
G – genitária. P – pelificação. 
Criança que é G1 é pré púbere e não tem pelo. 
G2 tem aumento do testículo com aumento do saco 
escrotal (>4cm3), é o primeiro sinal de puberdade. Tem 
uma pelugem. 
G3 testículo aumenta ainda mais e o pênis aumenta em 
comprimento (pênis primeiro aumenta em comprimento 
e depois em diâmetro). Aumento dos pelos, mas ainda 
não é igual de adulto. 
G4 há um aumento a mais do pênis, aumento da 
espessura. Pelificação com aspecto de adulto, mas 
somente na região da virilha. 
G5 já é adulto. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
7 
 
 
Na imagem acima: Estadiamento Puberal de Tanner nas 
meninas. 
M – mama. P – pelificação. 
M2 – é o primeiro sinal de puberdade que é o inicio do 
crescimento das mamas. Pouca glândula debaixo da 
aureola, delimitado na aureola. 
M3 – começa a ter pouca glândula fora da aureola. 
M4 – já tem um contorno mais definido e mais volume. O 
mamilo ainda é mais destacado em relação à mama (é 
mais alto). 
M5 – mama adulta. Mama maior e pendente. 
Em relação ao pelo, começa um pelo mais penugem e 
começa a ficar mais evidente. 
 
- DADOS BRASILEIROS (2006): 
 
▪ Prevalência de baixa estatura: 7% 
o Maior frequência de baixa estatura: região 
Norte (15%) 
o Pouca variação entre as demais regiões em 
relação a baixa estatura (SE, CO e NE – 6% / S 
– 8%) 
▪ Déficit de peso em relação à altura (desnutrição 
aguda): 1,5% em menores de 5 anos; não 
ultrapassou 2% em nenhuma região do país ou 
estrato social da população 
▪ Interpretação: existe um equilíbrio adequado 
entre acúmulo de massa corporal e crescimento 
linear das crianças (controle da desnutrição 
aguda?) 
▪ Excesso de peso em relação à altura: 7% das 
crianças brasileiras < 5 anos (6% na região Norte 
a 9% na região Sul) 
 
No Brasil hoje tem mais crianças ficando gordas do que 
desnutridas. 
 
 
- BAIXA ESTATURA: 
 
Avaliar a baixa estatura é mais importante do que alta 
estatura. Sempre importanteavaliar a criança que não 
está crescendo direito. Entretanto existe uma ampla 
variação dentro da normalidade e que não tem alguma 
patologia. 
Cuidado com a comparação com outras crianças 
 
Casos verdadeiros: tratamento importante para evitar 
repercussões psicológicas e sociais 
 
DEFINIÇÃO DE BAIXA ESTATURA: estatura abaixo do p3 
ou do Z-2 na curva de estatura x idade 
Se paciente > 1 desvio-padrão abaixo do esperado em 
relação à estatura dos pais – ESTATURA INADEQUADA 
 
 
 
 
Diagnóstico de Baixa Estatura – pelo gráfico 
A maioria dos casos de baixa estatura representa uma 
variação da normalidade. 
Anamnese – sempre perguntar 
 
- ANAMNESE: 
 
▪ Desde quando a criança é pequena (ou teve seu 
crescimento desacelerado)? – pode ser PIG desde 
que nasceu ou nasceu normal e passou a ser 
pequena 
▪ História de traumatismo cranioencefálico 
▪ História de infecção do sistema nervoso central 
(ex.: meningite) 
▪ Ocorrência de desmaios 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
8 
 
▪ Presença de alteração do desenvolvimento 
neuropsicomotor 
▪ História de consanguinidade – pensando em 
síndromes genéticas 
▪ Uso de medicações – corticoide atrasa o 
crescimento da criança por fechar 
prematuramente as epífises de crescimento 
▪ Idade da mernarca materna (mais importante em 
meninas) 
▪ História do estirão puberal paterno (mais 
importante para meninos) 
▪ Peso/estatura /idade gestacional no nascimento 
▪ Estatura familiar para cálculo da estatura alvo 
 
- ESTATURA ALVO: 
 
O número que obtém no resultado é uma média. 
 
▪ Meninas 
Altura da mãe (cm) + (Altura do Pai (cm) – 13) 
2 ± 5 cm 
 
Ex.: 160 + (180 – 13) = 327 / 2 = 163,5 ± 5 cm 
A média de altura dessa menina será 1,63 com uma 
margem de erro de mais ou menos 5, podendo variar 
entre 1,58 a 1,68. 
Se ela medir 1,59, estará dentro do padrão da família. 
 
▪ Meninos 
Altura da Mãe (cm) + (Altura do Pai (cm) + 13) 
2 ± 5 cm 
 
Ex.: 160 + (180+13) / 2 = 176,5 ± 5 cm 
A média de altura desse menino será 1,76 com uma 
margem de erro de mais ou menos 5, podendo variar 
entre 1,71 a 1,81. 
 
 
2 ± 5 cm – é uma margem de erro (desvio padrão) de mais 
ou menos 5. 
 
- VELOCIDADE DE CRESCIMENTO: 
 
É o quanto uma criança cresce em determinado período 
(cm/ano). 
 
O cálculo da velocidade de crescimento é efetuado com 
duas medidas 
Não é necessário esperar o ano todo passar para calcular 
a velocidade de crescimento, precisa de no mínimo 4 a 6 
meses para fazer o cálculo. 
 
Ex.: crescer 2,5 cm em quatro meses equivale dizer que a 
criança vai crescer 7,5 cm ao ano, caso o ritmo de 
crescimento seja mantido. 
4 meses x 3 = 12 meses (1 ano) 
2,5 cm X 3 = 7,5 cm no ano 
 
6 meses x 2 = 12 meses 
3 cm x 2 = 6 cm em 1 ano 
 
- SITUAÇÕES EM BAIXA ESTATURA: 
 
Acentuada diminuição da Velocidade de Crescimento ou 
afastamento progressivo da altura na curva de referência: 
provavelmente há doença de base. 
 
 
 
Crescimento paralelo e próximo à linha inferior da curva, 
sempre ascendente, com boa VC: variação da 
normalidade. 
 
 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
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- IDADE ÓSSEA: 
 
Avalia para ver o quanto a criança ainda pode crescer. 
Uma criança que tem 5 anos e tem idade óssea de 7, 
significa que ela está atrasada e vai crescer menos. Não é 
bom ter idade óssea acima da idade cronológica. Igual é 
OK. 
Se a idade óssea é menor do que a idade cronológica, 
ainda tem um espaço para crescimento. Neste caso é uma 
criança que pode ser utilizada hormônio GH, por 
exemplo. 
 
▪ RX de mão e punho esquerdos 
▪ Avalia quanto tempo resta para crescimento, 
compara o raio X da criança com as fotos do atlas 
▪ Aos 18 anos: fechamento das epífises, término do 
crescimento 
▪ Atlas de Greulich e Pyle 
 
 
Nas menores idades terão muito mais espaços pretos do 
que mais velhos, o que significa que mais cedo tem mais 
cartilagens. 
A primeira imagem é uma criança de 8 meses. 
 
Fatores que alteram a Idade Óssea – ACELERAM: 
▪ Fatores genéticos são importantíssimos na 
determinação do potencial de estatura final 
(cerca de 80% da estatura é definida pela altura 
dos pais) – criança que cresce pouco, ossifica 
mais rápido. 
▪ Alterações hormonais 
o Obesidade 
o Puberdade precoce 
o Hiperplasia adrenal congênita 
o Hipertireoidismo 
 
 
 
Fatores que alteram a Idade Óssea – DESACELERAM: 
▪ Alterações hormonais 
o Deficiência de hormônio de crescimento 
o Hipotireoidismo 
o Atraso puberal 
o Uso crônico de glicocorticoides 
 
Em algumas situações é possível evitar e mexer, como o 
uso de medicamentos (corticoide). 
 
A definição da idade óssea é importante no 
acompanhamento de distúrbios do crescimento 
 
- VARIAÇÕES NORMAIS DO CRESCIMENTO: 
 
▪ 80% das crianças cujo crescimento segue um 
canal abaixo do limite inferior da normalidade 
não apresentam doença 
o Padrão de crescimento variantes do normal, 
com Velocidade de Crescimento normal 
▪ Baixa estatura familiar e (genética) e atraso 
constitucional do crescimento 
 
- BAIXA ESTATURA FAMILIAR: 
 
 
Criança estará abaixo, mas sempre paralela à curva. 
 
▪ Baixa estatura (BE) 
▪ Velocidade de Crescimento normal 
▪ Idade óssea (IO) compatível com a idade 
cronológica (IC) 
▪ Desenvolvimento puberal normal – não pode ter 
problema hormonal 
▪ Padrão familiar de baixa estatura na maioria das 
vezes 
▪ Altura da criança é compatível com a altura dos 
pais 
▪ Atenção: se estatura < 2,5 DP, mesmo com 
história familiar de BE, cabe investigação inicial 
para outras causas de BE 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Set. 2022 
10 
 
- RETARDO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO: 
 
 
Crescimento sempre abaixo do P3, mas sempre subindo. 
Quando chega mais para frente ele fica acima do P3 e não 
é mais considerado baixa estatura. 
Geralmente essa criança tem uma puberdade mais 
atrasada e por isso consegue crescer mais. 
 
▪ Crescimento lento 
▪ Padrão variante do normal 
▪ Idade óssea atrasada em relação à idade 
cronológica 
▪ Canal de crescimento paralelo à curva 
▪ Maturação sexual mais tardia 
▪ Período de crescimento mais longo 
▪ Estatura final pode ser normal 
▪ Nascem com estatura normal, desaceleram por 
volta do 3º a 9º mês, e depois voltam a crescer 
com velocidade de crescimento normal 
▪ Após início do desenvolvimento puberal, 
velocidade de crescimento aumenta – provável 
recuperação da curva 
▪ Pode associar-se ao retardo constitucional da 
puberdade 
 
“Catch-up” é o fenômeno que descreve o aumento da 
velocidade no processo de recuperação do crescimento 
dos RN que sofreram algum tipo de restrição do 
crescimento intrauterino (RCIU). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- BAIXA ESTATURA PATOLÓGICA: 
 
▪ Velocidade de crescimento anormal 
▪ Desnutrição crônica 
▪ Retardo do crescimento intrauterino 
▪ PIG 
▪ Más condições do ambiente físico 
▪ Carência psicossocial 
▪ Exposição solar – absorção de vitamina D 
▪ Doenças crônicas – ex.: lúpus 
▪ Deficiência de GH e outras endocrinopatias (ex.: 
hipotireoidismo)

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