Buscar

A linguagem possui um certo grau de complexidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A linguagem possui um certo grau de complexidade, razão pela qual é objeto de pesquisa em diversos campos do conhecimento como filosofia, psicologia, sociologia, epistemologia, história, semiótica, linguística, antropologia e assim por diante. A linguagem não se limita a falar ou escrever. O termo "linguagem" tem mais de um significado. É mais comumente usado para se referir a qualquer processo de comunicação, como linguagem animal, linguagem corporal, linguagem artística, linguagem de sinais, linguagem escrita, etc. " (MARTELOTTA et al., 2017). Ao falar em linguagem, ela pode ser definida como uma série de códigos que podem ser difundidos e compreendidos por meio da linguagem, da escrita, da leitura, da arte e do corpo, e existe em toda a esfera cultural e social. A manifestação inicial da linguagem humana se dá por meio dos movimentos corporais, posterior fala e escrita final, com o tempo esses códigos ganham novos significados. Portanto, todas as características da produção humana são uma espécie de cultura e, portanto, devem ser respeitadas e compreendidas. A cultura promove um processo no qual o homem dá sentido às suas ações específicas por meio da transformação de um sistema de símbolos, que é a característica básica da prática de todos. (SILVA & LIMA, 2020). Silva & Lima (2020) afirmam que antes mesmo de se comunicar pela linguagem, o ser humano já se comunicava por meio dos movimentos do corpo, que 5 podem sentir, se expressar e se mover. Portanto, fica claro que o conceito de privilégio da linguagem escrita deve ser repensado e transformado no campo educacional. Em termos leigos, o texto é organizado pelo posicionamento e combinação organizada de letras, acentos, parágrafos e frases. Em outras palavras, existe um conceito de que o texto é cultivado através da escrita, nas expressões faciais, coreografia, esportes, lutas, ginástica e os jogos, são todos feitos de gestos, portanto, é preciso entender que esse tipo de performance física tem texto, porque há comunicação física por meio de gestos. Segundo Ehrenberg (2014), [...] as crianças têm características peculiares no que concerne seus sentimentos e pensamentos. Utilizam as mais variadas formas de linguagens para sua comunicação, criando e recriando significados que irão compor a sua realidade “Esse processo é a mais significante manifestação para a construção do conhecimento na infância”. A educação contemporânea busca o desenvolvimento integral dos alunos, ou seja, o desenvolvimento dos aspectos motores, da cognição e da emoção. Com base na psicologia e princípios de ensino, a escola se esforça para expandir o desenvolvimento do aluno. De acordo com a hipótese behaviorista, o conhecimento é produzido por meio da experiência de vida. O aprendizado ocorre por meio de estímulos, e o ambiente em que o aluno está inserido deve fornecer a resposta e o reforço necessários para o desenvolvimento do aluno. “De acordo com o conceito de behaviorismo, a ocorrência de aprendizagem de linguagem é o resultado da sequência “estímulo > resposta > reforço” (MARTELOTTA et al., 2017). Outra proposição resolvida é o conceito inato, ou seja, entender que o ser humano nasce com amplo conhecimento linguístico e não linguístico. Nessa perspectiva, o aspecto genético é mais importante, pois acredita-se que as crianças nascem com tendência a desenvolver determinados comportamentos e não são muito afetadas pelo meio externo (MARTELOTTA et al., 2017). Para esta proposição, a estimulação ambiental pouco beneficia o desenvolvimento da criança. Acredita-se que ela já passou por aspectos hereditários, tem certos talentos comportamentais em sua vida, e com o amadurecimento biológico tem vontade de desenvolver esses potenciais. Segundo Martelotta et al. (2017), um 6 método amplamente difundido de aprendizagem infantil é o construtivismo, que se baseia na construção do conhecimento por meio da interação do sujeito e do meio em que a criança o afeta e ao mesmo tempo. Por isso, como intermediário entre o conhecimento e os alunos, o professor deve proporcionar aos alunos uma situação para a resolução de problemas, por meio desse método positivo, as crianças terão que agir sobre o seu meio e a experiência resultante. A ação levará ao seu desenvolvimento. Para o desenvolvimento integral dos alunos, os professores desempenham um papel de liderança neste processo. “Parte do trabalho dos educadores é refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e supervisionar uma série de práticas e interações para garantir que a diversidade promova o desenvolvimento geral das crianças ” (BRASIL, 2017). A escola tem muito a ver com a construção cognitiva das crianças, mas para isso, deve proporcionar aos alunos o máximo de experiência possível e compreender que cada aluno é uma existência cultural com subjetividade e construção social próprias. “A criança é um sujeito histórico-social, inserida em uma determinada sociedade e cultura em um determinado momento histórico, e faz parte de uma organização familiar” (EHRENBERG, 2014). Hoje em dia atribuímos grande importância à linguagem oral, que é a língua mais utilizada nas escolas. Os professores muitas vezes ignoram as expressões físicas e gestos que podem causar danos às crianças, visto que a incidência da linguagem é maior nesta faixa etária e usa o corpo como ferramenta de comunicação. Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem (BRASIL, 2017). Na educação, centralidade é o corpo da criança, pois através desse corpo a criança irá experimentar as diferentes sensações essenciais a vida escolar e cotidiana, e o professor deve fazer com que esse aluno use cada vez mais esse corpo 7 e que a criança consiga problematizar e iniciar o processo de pensamento abstrato, o que irá acarretar no acréscimo do seu desenvolvimento integral (BRASIL, 2017).
Linguagem verbal e não verbal Linguagem verbal e não verbal são duas expressões geralmente utilizadas para lidar com diferentes tipos de linguagens. No entanto, essa visão estruturalista é baseada na simplificação e dualidade da linguagem. A perspectiva pós-estruturalista promove outra possibilidade para um estudo mais amplo do processo de construção de sentido (GOMES; MACIEL & BARBOSA, 2020). Para Rocha e Maciel (2019), a comunicação contemporânea está gravada na história da sociedade de forma dinâmica e complexa, em que as relações sociais “se constituem no tratamento médico de diversos sinais-linguagem, visão, som, sentidos”. Nessa perspectiva, a multimodalidade, principalmente nas últimas duas décadas, vem ganhando posição de destaque no meio acadêmico. A partir da multimodalidade, principalmente sob a influência da orientação etnográfica, os linguistas buscam compreender o processo de construção de significados e abordar diferentes formas de representação e comunicação. Nesse sentido, Adami (2017) apontou que, como fenômeno de comunicação, a multimodalidade é definida como uma “combinação de diferentes recursos ou modalidades de símbolos” (imagens estáticas ou em movimento, voz, escrita, layout, gestos, etc.), texto e em atividades de comunicação. Como campo de pesquisa, o autor chamou a atenção para o fato de que a multimodalidade envolve o desenvolvimento de teorias, ferramentas analíticas e descrições para a pesquisa de caracterização e comunicação, e a consideração da modalidade como princípio organizacional. Embora a multimodalidade possa ser estudada a partir de diferentes perspectivas teóricas, Adami (2017) enfatiza quatro premissas comuns, a saber: 1) Toda comunicação émultimodal; 2) As análises focadas unicamente ou exclusivamente na língua não podem adequadamente representar o sentido; 3) Cada modalidade possui possibilidades (affordances) surgindo de suas materialidades e de suas histórias sociais que moldam seus recursos para suprir determinadas necessidades de comunicação; 8 4) As modalidades se integram, cada uma com um papel especializado para a construção de sentidos. (ADAMI, 2017, p. 451) Com base nesses quatro princípios, podemos dizer que a inter-relação entre os modos é a chave para a compreensão de cada elemento da comunicação. A partir da semiótica social, a equipe da Nova Londres procurou ilustrar como expressar significados combinando cinco modos de representação: linguagem, visão, gesto, espaço e som. Nesse sentido, o texto multimodal é composto por uma combinação de duas ou mais modalidades. Embora o autor Kress (2000, 2010) busque problematizar e estender o processo de construção de sentido por meio de cinco modelos, Barbosa e Maciel (2019) chamam a atenção para o fato de que se limita aos cinco modelos. Além disso, outros modos de significação também podem ser agregados, como olfato, paladar, tato e outros aspectos sensoriais, que também representam a forma de construção de sentido, ampliando assim a compreensão do texto e da linguagem multimodal de nosso conteúdo de design. Portanto, a linguagem deve ser entendida como uma prática social baseada em decisões materiais, ou seja, um estilo de vida baseado em pessoas e / ou grupos, e por meio dela o ser humano representa a realidade. Essa representação da realidade sempre opera por meio da capacidade dos humanos de expressar a realidade por meio de símbolos e compreender esse símbolo como um representante da realidade. Koch (2003) apontou em uma entrevista sobre linguística que a linguagem é a habilidade do ser humano de se expressar por meio de um conjunto de símbolos e qualquer conjunto de símbolos. A autora disse que acredita em uma linguagem de imagem, uma linguagem sonora e uma linguagem falada. A linguagem é toda forma como os seres humanos se expressam por meio de símbolos. A relação entre os sujeitos do contexto cultural é fundamental para a construção da linguagem. Salomão (2003) usa o mesmo roteiro de entrevista de Koch, afirmando: “A Linguagem é uma capacidade humana que permite às pessoas representarem e o mundo para si e para outras pessoas, através de uma semiose específica que é, sem dúvida nenhuma, herança da espécie. ” 9 Não há dúvida de que essa capacidade de expressar a realidade por meio de símbolos distingue os humanos de outros animais. É a capacidade do ser humano de representar o mundo por meio de símbolos que o torna um animal cultural, de linguagem e simbólico. Então, a linguagem é a habilidade de se comunicar por meio de símbolos. Portanto, pensar a linguagem significa considerá-la como um processo interativo, que está em um determinado contexto sócio-histórico e cultural, e que tem como base os símbolos. Devemos sempre proceder numa perspetiva holística, porque se trata de um processo que permite o diálogo entre os indivíduos, independentemente da sua natureza. É importante que não tratemos apenas a linguagem como oral (oral ou escrita), mas também como não verbal, o que significa, entre outras formas: música, arquitetura, gestos, artes plásticas, artes gráficas, artes performativas, fotografia, cinema.
A linguagem possui um certo grau de complexidade, razão pela qual é objeto de 
pesquisa em diversos campos do conhecimento como filosofia, psicologia, sociologia, 
epistemologia, história, semiótica, linguística, antropologia e assim por diante. A 
linguagem 
não se limita a falar ou escrever. O termo "linguagem" tem mais de um 
significado. É mais comumente usado para se referir a qualquer processo de 
comunicação, como linguagem animal, linguagem corporal, linguagem artística, 
linguagem de sinais, linguagem esc
rita, etc. " (MARTELOTTA et al., 2017). Ao falar 
em linguagem, ela pode ser definida como uma série de códigos que podem ser 
difundidos e compreendidos por meio da linguagem, da escrita, da leitura, da arte e do 
corpo, e existe em toda a esfera cultural e 
social. A manifestação inicial da linguagem 
humana se dá por meio dos movimentos corporais, posterior fala e escrita final, com o 
tempo esses códigos ganham novos significados. Portanto, todas as características da 
produção humana são uma espécie de cultur
a e, portanto, devem ser respeitadas e 
compreendidas. A cultura promove um processo no qual o homem dá sentido às suas 
ações específicas por meio da transformação de um sistema de símbolos, que é a 
característica básica da prática de todos. (SILVA & LIMA, 
2020). Silva & Lima (2020) 
afirmam que antes mesmo de se comunicar pela linguagem, o ser humano já se 
comunicava por meio dos movimentos do corpo, que 5 podem sentir, se expressar e se 
mover. Portanto, fica claro que o conceito de privilégio da linguagem e
scrita deve ser 
repensado e transformado no campo educacional. Em termos leigos, o texto é 
organizado pelo posicionamento e combinação organizada de letras, acentos, parágrafos 
e frases. Em outras palavras, existe um conceito de que o texto é cultivado atr
avés da 
escrita, nas expressões faciais, coreografia, esportes, lutas, ginástica e os jogos, são 
todos feitos de gestos, portanto, é preciso entender que esse tipo de performance física 
tem texto, porque há comunicação física por meio de gestos. Segundo Eh
renberg 
(2014), [...] as crianças têm características peculiares no que concerne seus sentimentos 
e pensamentos. Utilizam as mais variadas formas de linguagens para sua comunicação, 
criando e recriando significados que irăo compor a sua realidade “Esse pro
cesso é a 
mais significante manifestaçăo para a construçăo do conhecimento na infância”. A 
educaçăo contemporânea busca o desenvolvimento integral dos alunos, ou seja, o 
desenvolvimento dos aspectos motores, da cogniçăo e da emoçăo. Com base na 
psicologia 
e princípios de ensino, a escola se esforça para expandir o desenvolvimento 
do aluno. De acordo com a hipótese behaviorista, o conhecimento é produzido por meio 
da experięncia de vida. O aprendizado ocorre por meio de estímulos, e o ambiente em

Continue navegando