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Aula_Estruturas de Contenções_Parte 1

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CONTENÇÕES
Mecânica dos Solos 2 
CONTENÇÕES
Parte 1
Profª Dra. Stela Fucale
Universidade de Pernambuco
Contenções
Introdução, Muros, Muro de Gravidade, Muro de Flexão, Cortinas Atirantadas
Soluções com Aplicação de Reforços, Solo Grampeado, 
Muro em Terra Armada, Muro em Solo Reforçado com Geossintético
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Introdução
Pressões Atuantes no Terreno Tipos de Empuxos
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Gusmão (2006)
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Definição
� São obras civis construídas com a finalidade de prover estabilidade
contra a ruptura de maciços de terra ou rocha.
� São estruturas que fornecem suporte a estes maciços e evitam o
escorregamento causado pelo seu peso próprio ou por carregamentos
externos.
Introdução
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Manual Técnico Obras de Contenção (Maccaferri)
externos.
Domingues (1997)
Romanini (2018)
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Introdução
Tipos de Estruturas de Contenções
� Muros (gravidade e flexão)
� Cortinas atirantadas
� Paredes de Diafragma
� Solo Grampeado
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� Solo Grampeado
� Terra Armada
� Muros reforçado com Geossintéticos
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Muros
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http://diprotecgeo.com.br/blog/muros-de-contencao-a-gravidade/
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Muros
Definição
- São estruturas corridas de contenção
constituídas de parede vertical ou quase
vertical apoiada numa fundação rasa ou
profunda.
A contenção se dá pelo peso próprio da
estrutura.
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- Os muros podem ser construídos em:
A) seção plena (muros de peso e gravidade)
B) seção mais esbelta (muros a flexão)
� Vários tipos de materiais: alvenarias (tijolos ou
pedras), concreto (simples ou armado), gabiões, sacos de
solo-cimento ou pneus, dentre outros
Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
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Muro de Gravidade
Características
- São estruturas corridas que se opõem aos empuxos horizontais por meio de seu
peso próprio.
- Geralmente utilizados em locais onde o solo apresenta boa capacidade de
suporte, assim como para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a
cerca de 5m. A base deve ser embutida no terreno (mínimo de 50 cm) para
evitar eventual descalçamento por erosão.
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evitar eventual descalçamento por erosão.
- Não deve apresentar tensões de tração e deve garantir a resistência contra as
ações laterais, oriundas do atrito entre as camadas de interface do solo com o
muro.
A - Materiais: alvenaria (tijolos ou pedras), concreto ciclópico, solo-cimento
ensacado, pneus, etc.
- Há 3 perfis básicos: retangular, trapezoidal e escalonado.
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Muro de Gravidade
Características
Perfis básicos: (i) retangular, (ii) trapezoidal e (iii) escalonado
Inclinação 1:10 ou 1:15
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Moliterno (1980))
(i)
(ii)
(iii)
Obs: Econômico até h = 2m
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Muro de Gravidade
Muro de Alvenaria de Pedra
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- Muro de pedras arrumadas manualmente, a resistência resulta unicamente do
embricamento dos blocos de pedras.
- Contenção de taludes com alturas de até 2m: uso sem argamassa.
- Contenção de taludes de maior altura (cerca de uns 3m), deve-se empregar argamassa de
cimento e areia. Implementar os dispositivos usuais de drenagem de muros impermeáveis.
Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
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Muro de Gravidade
Muro de Concreto Ciclópico
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- São em geral economicamente viáveis apenas quando a altura não é superior a
cerca de 4 metros.
- Muro impermeável, necessitando de sistema de drenagem.
- A sessão transversal é usualmente trapezoidal, com largura da base da ordem de
50% da altura do muro.
Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
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Muro de Gabiões
Muro de Gravidade
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- Constituídos por gaiolas metálicas preenchidas com pedras arrumadas manualmente e
construídas com fios de aço galvanizado em malha hexagonal com dupla torção.
- As dimensões usuais dos gabiões são: comprimento de 2m e seção transversal quadrada
com 1m de aresta.
- As principais características dos muros de gabiões são a flexibilidade, que permite que a
estrutura se acomode a recalques diferenciais e a permeabilidade.
Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
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Muro em Fogueira (Crib wall)
Muro de Gravidade
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- São estruturas formadas por elementos
pré-moldados de concreto armado,
madeira ou aço, que são montados no
local, em forma de “fogueiras” justapostas
e interligadas longitudinalmente. Bastante
deformável.
- O espaço interno é preenchido com
material granular graúdo.
Citado por Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
Romanini (2018)
Domingues (1997)
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Muro de sacos solo-cimento
Muro de Gravidade
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- São constituídos por camadas formadas por sacos de poliéster ou similares, preenchidos
por uma mistura cimento-solo da ordem de 1:10 a 1:15 (em volume).
- O solo utilizado é inicialmente submetido a um peneiramento em uma malha de 9 mm,
para a retirada dos pedregulhos.
- Proteção superficial de argamassa de concreto magro nas faces externas do muro
(prevenção contra a ação erosiva de ventos e águas superficiais).
Citado por Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
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Muro de Pneus
Muro de Gravidade
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- São construídos a partir do lançamento de camadas horizontais de pneus, amarrados
entre si com corda ou arame e preenchidos com solo compactado
- Estão limitados a alturas inferiores a 5m e à disponibilidade de espaço para a construção
de uma base com largura da ordem de 40 a 60% da altura do muro.
- A face externa do muro de pneus deve ser revestida, por exemplo, alvenaria em blocos
de concreto, concreto projetado sobre tela metálica, placas pré-moldadas ou vegetação.
Citado por Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
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Características
Muro de Flexão
- São estruturas mais esbeltas com seção
transversal em forma de “L” que resistem aos
empuxos por flexão, utilizando parte do peso
próprio do maciço, que se apóia sobre a base
do “L”, para manter-se em equilíbrio.
- Construídos geralmente em concreto
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- Construídos geralmente em concreto
armado, tornando-se anti-econômicos para
alturas acima de 5 a 7m.
Romanini (2018)
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Muro de Flexão
Muro sem contraforte (perfil clássico) Muro sem contraforte (perfil L)
-H ≤ 2m
- Dente de ancoragem
aumenta a resistência ao
escorregamento (maior
ancoragem not erreno)
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H – 2m a 4m
Muro sem contraforte (perfis especiais)
- 2m ≤ H ≤ 4m
- Lajes intermediárias (alívio
de empuxo de terra)
Domingues (1997)
Muro atirantado
- 4m ≤ H ≤ 6m
- dependente do material
na fundação (rocha sã ou
alterada)
Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
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Muro de Flexão
Muro em concreto armado com contraforte
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- 6m ≤ H ≤ 9m
- Laje vertical: recebe a ação das pressões do terreno (Empuxo total)
- Contrafortes: elementos estruturais que transmitem as ações provenientes da laje vertical à sapata
Muro com contrafortes e vigas intermediárias
- Comportamento semelhante ao muro com
contraforte,acrescendo-se as vigas intermediárias
- Vigas intermediárias: vigas horizontais, apoiadas nos
contrafortes
Domingues (1997)
Domingues (1997)
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Efeitos da água por
deficiência de drenagem
Influência da Água
- Empuxo de água atuando no tardoz
- Redução da resistência ao cisalhamento
do maciço, quer pela redução de σefetiva
(solo saturado), quer pela redução de
caparente (solo não saturado)
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Sistemas de drenagem
- Superficiais: canaletas transversais,
canaletas longitudinais de descida (escada),
caixas coletoras, etc
- Subsuperficiais: drenos horizontais,
trincheiras drenantes longitudinais, drenos
internos de estruturas de contenção, filtros
granulares e geodrenos
Sistemas de drenagem – dreno inclinado (1) e vertical (2). Fonte: GeoRio (2000).
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Influência da Água
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Drenagem de muro com barbacãs
Redes de fluxo em: (A e B) muro de gravidade com dreno vertical; (C e D) muro 
cantiléver com dreno inclinado
Gerscovich, Danziger e Saramago (2016)
Domingues (1997)
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Muro em Solo Reforçado com Geossintéticos
Mecanismos de Ruptura
Verificação da integridade estrutural do 
maciço reforçado:
Ruptura do reforço e arrancamento do reforço 
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Mecanismo de ruptura externa
Mecanismo de ruptura interna
Considera-se o comportamento similar 
ao de um muro de peso
Mecânica dos Solos 2 
Obrigada pela atenção!
Prof.ª Dra. Stela Fucale
Universidade de Pernambuco
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