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SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL CONCEITO DA SLU A Sociedade Limitada Unipessoal (anteriormente uma medida provisória), é uma forma jurídica instituída por lei, que permite a constituição/instauração de uma sociedade limitada por apenas um único sócio, seja por uma pessoa física ou jurídica. Na SLU, o titular possui responsabilidade limitada ao capital da empresa, ou seja, seus bens pessoais não se confundem com o da empresa, sendo uma proteção maior contra os possíveis problemas financeiros ou falência, trazendo segurança ao patrimônio pessoal do sócio. EIRELI X SLU Com a publicação da Lei nº 14.195/2021, a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) foi extinta e substituída pela Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que fora instituída através da Lei nº 13.874/2019, que visa a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Ademais, consequentemente as empresas que eram registradas como EIRELI, optaram por migrarem para o registro da SLU, tendo em vista, que ambas possuem quase os mesmos princípios, sendo certo, que a SLU trouxe flexibilidade para as pessoas que desejam entrar no mercado e realizar novos empreendimentos. JURISPRUDÊNCIA: “Apelação. Ação civil pública por improbidade administrativa. Contrato administrativo firmado entre o Município de Mairiporã e empresa de serviços de limpeza urbana. Apuração de descumprimento de cláusulas contratuais. Inércia da administração pública em impor sanções administrativas. Alegação de dano ao erário e enriquecimento ilícito. Sentença de improcedência. Irresignação do Órgão Ministerial. Preliminar de legitimidade passiva da sócia da empresa ré. Pessoa jurídica com que se qualifica como Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) – atual denominação para EIRELI. Tratando-se de Sociedade Limitada Unipessoal, qualquer atividade promovida pela empresa, independentemente da licitude, reverbera diretamente no patrimônio do empresário, de modo que, confirmada a prática de ato de improbidade administrativa, deverá ele responder nos limites de sua participação, em conformidade com o art. 3º, §1º, da Lei de Improbidade Administrativa. Preliminar acolhida para afastar o reconhecimento da ilegitimidade passiva. Mérito. Irregularidades contratuais apuradas pela fiscalização do Tribunal de Contas do Estado. Serviços de limpeza urbana realizados por apenas 2/3 da frota e mão-de-obra contratadas. Nova fiscalização feita pelo TCE que constatou inércia dos requeridos na adoção de medidas necessárias para regularizar a execução do contrato ou aplicar as penalidades previstas, mesmo após específica advertência anterior. Omissão dolosa evidenciada. Circunstâncias do caso concreto que permitem identificar dolo específico voltado a causar dano ao erário para enriquecer a pessoa jurídica e sua respectiva empresária. Configurado ato de improbidade administrativa descrito no art. 10, "caput" e inciso XII, da LIA. Dosimetria balizada pelo art. 12, II, da Lei nº 8.429/92, observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Termo inicial da correção monetária e dos juros incidentes sobre as sanções pecuniárias que deve observar as Súmulas 43 e 54 do Superior Tribunal de Justiça. Hipótese de ilícito extracontratual. Precedentes do STJ e deste Tribunal de Justiça. Sentença reformada para julgar procedente a demanda e condenar os requeridos por atos de improbidade administrativa. Recurso provido.” (TJSP; Apelação Cível 1003358-43.2022.8.26.0338; Relator (a): Jose Eduardo Marcondes Machado; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Público; Foro de Mairiporã - 2ª Vara; Data do Julgamento: 15/03/2024; Data de Registro: 15/03/2024) Tal jurisprudência, nos traz o caso de improbidade administrativa, tendo como objeto o contrato firmado entre a empresa e o Município de Mairiporã, no qual, é constatado uma série de irregularidades contratuais, como por exemplo a realização dos serviços com apenas 2/3 da frota e da mão de obra previsto no contrato. Mesmo com diversas tentativas de resolver amigavelmente tal situação, a empresa se manteve inerte, essa omissão é interpretada como dolosa, com o objetivo de causar dano erário para enriquecer a pessoa jurídica e sua empresária. Diante desta situação, o tribunal entendeu que, mesmo sendo uma SLU, qualquer atividade promovida pela empresa afeta diretamente o patrimônio do empresário, devendo este responder nos limites da sua participação no caso da prática da improbidade administrativa, conforme o art. 3º, inciso 1º da Lei de Improbidade Administrativa. Assim, o Tribunal reformou a sentença julgando procedente a demanda e condenou os requeridos (SLU) por atos de improbidade administrativa, aplicando as sanções previstas na referida Lei. Bibliografia: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/sociedade-limitada-unipessoal- slu/1300365722 https://conube.com.br/blog/o-que-e-slu/
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