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Poderes da Administração

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Poderes da Administração
Poder normativo ou Poder regulamentar
· A autoridade pode fixar regras que têm efeitos gerais e abstratos. Estas normas apenas explicitam ou complementam as leis.
· Poder que cabe ao Chefe do Executivo editar atos normativos que explicitam ou complementam as leis, para sua fiel execução.
· Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República 
IV: sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
Possibilidade aceitas de alteração de lei por regulamento
· art. 84, VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;(Red. EC. nº 32/ 2001) 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
· Resoluções, portarias, deliberações, instruções - são feitas para a execução de lei, decretos ou regulamentos. 
· Regimentos - ato normativo editado por ou para órgãos colegiados estabelecendo normas para funcionamento interno. 
Poder Disciplinar
· Este Poder cabe à administração pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa (exemplo: contratados em licitação). 
· Existe certa margem de discricionariedade da autoridade, no caso concreto, para definir expressões como "procedimento irregular" ou “ineficiência no serviço". 
· No entanto, cabe lembrar que antes da aplicação de qualquer sanção deve-se garantir o contraditório e a ampla defesa.
Poder Hierárquico
· Para que haja harmonia e unidade de direção dentre os vários órgãos, cargos e funções, a lei estabelece uma relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos que integram a Administração Pública, ou seja, estabelece a hierarquia. 
· Hierarquia – Mário Masagão: “O vínculo que coordena e subordina uns aos outros os órgãos públicos da Administração Pública, graduando a autoridade de cada um.” 
· Deste Poder decorrem: 
· O de editar atos normativos (resoluções, portarias, instruções) para ordenar a atuação dos órgãos subordinados; 
· O de dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência dos últimos, salvo para ordens manifestamente ilegais; 
· O de controlar atividades dos órgãos inferiores, para verificar a legalidade e o cumprimento das obrigações dos agentes públicos. Assim, o superior hierárquico pode anular atos ilegais ou revogar atos inconvenientes ou inoportunos. Isso, ex officio (iniciativa própria) ou mediante provocação dos interessados; 
· Aplicar sanções em caso de infrações disciplinares; 
· O de avocar atribuições, desde que estas sejam de competência exclusiva do órgão subordinado; 
· O de delegar atribuições que não lhe sejam privativas
Poder de polícia 
concepções
· CONCEITO 
Polícia administrativa é a atividade administrativa, exercida sob previsão legal, com fundamento na supremacia geral da Administração, e que tem por objeto ou reconhecer os confins dos direitos, através de um processo, meramente interpretativo, quando derivada de uma competência vinculada, ou delinear os contornos dos direitos, assegurados no sistema normativo, quando resultante de uma competência discricionária, a fim de adeqüá-los aos demais valores albergados no mesmo sistema, impondo aos administrados uma obrigação de não fazer.
· FINALIDADE
Pode-se definir a polícia administrativa como a atividade da Administração Pública, expressa em atos normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na forma de lei, a liberdade e a propriedade dos indivíduos, mediante ação ora fiscalizadora, ora preventiva, ora repressiva, impondo coercitivamente aos particulares um dever de abstenção (“non facere”) a fim de conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais consagrados no sistema normativo.
· O poder de polícia administrativa é a competência administrativa de disciplinar o exercício da autonomia privada para a realização de direitos fundamentais e da democracia, segundo os princípios da legalidade e proporcionalidade.
· Atributos do Poder de Polícia
Discricionariedade (definição do quantum da sanção) 
Coercibilidade (imperatividade da decisão) 
Autoexecutoriedade (desnecessidade de tutela judicial e possibilidade do uso da força necessária para fazer cumprir a determinação) 
Exceção à autoexecutoriedade: cobrança de sanção pecuniária – multa – precisa de ação judicial (execução fiscal) para cobrança em caso de inadimplemento 
· Meios de Atuação do Poder de Polícia
PREVENTIVO x REPRESSIVO
1) PREVENTIVO – antes da ocorrência de ilícitos – Autorização – caráter provisório, pode ser revogado a qualquer tempo, pode ser revogado sem indenização – Licença – caráter definitivo, geralmente decorre de ato discricionário, pode gerar direito adquirido; não pode ser revogado sem indenização. – O instrumento (documento) que demonstra a existência de licença ou autorização é o ALVARÁ.
2) REPRESSIVO – durante ou após a ocorrência de ilícitos 
– Há a efetiva verificação da situação fática por FISCALIZAÇÃO 
– Em caso de existência de ilícitos, há a aplicação de SANÇÃO 
· REMUNERAÇÃO
A atividade privada lícita ou ilícita precisa ser verificada em face do texto legal. Necessária a existência de um corpo de fiscais. Ou seja, há custo ao estado decorrente da atividade privada. 
A Constituição e o CTN prevê como possível remuneração do particular ao Estado a criação de TAXA DECORRENTE DO PODER DE POLÍCIA. 
A taxa pode ser cobrada só quando há a fiscalização, hipótese do controle preventivo; ou de todos os que se submetem à fiscalização
· TAXA
Doutrina tributarista sustenta que só caberia a cobrança da taxa repressiva em caso de efetiva fiscalização. 
A taxa sempre depende de lei da entidade federativa com competência para efetivar a fiscalização. Na prática, esta lei define a o regramento da taxa aplicável ao caso. Há atividades que não possuem taxa, só haveria cobrança em caso de sanção por ilícito.

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