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A diferença entre a abordagem humanista-existencial e a abordagem 
fenomenológica: 
 
A abordagem humanista-existencial e a abordagem fenomenológica são duas 
correntes da psicologia que compartilham semelhanças em suas ênfases na 
experiência subjetiva, na autenticidade e no potencial humano, mas diferem em 
suas origens filosóficas e abordagens específicas. 
 
A abordagem humanista-existencial, que combina elementos das tradições 
humanista e existencialista, enfatiza a importância do indivíduo como um ser 
único, com a capacidade de fazer escolhas significativas em sua vida. Ela se 
concentra na busca pela autenticidade, liberdade e responsabilidade pessoal. 
 
Por outro lado, a abordagem fenomenológica é uma corrente da psicologia que se 
baseia na filosofia fenomenológica, especialmente no trabalho de Edmund 
Husserl. Ela enfatiza a compreensão da experiência subjetiva em si mesma, sem 
pressuposições ou interpretações prévias. A fenomenologia busca capturar a 
essência das experiências vividas e a maneira como as pessoas dão significado ao 
mundo ao seu redor. 
 
Uma das principais diferenças entre as duas abordagens está na maneira como 
cada uma concebe a natureza da realidade e da existência humana. A abordagem 
humanista-existencial enfatiza a liberdade e a capacidade do indivíduo de criar 
significado em sua vida por meio de escolhas autênticas. Ela sugere que os seres 
humanos têm um potencial inato para o crescimento e a autorrealização, desde 
que as condições certas sejam fornecidas. 
 
Por outro lado, a abordagem fenomenológica busca explorar a experiência 
subjetiva em si mesma, sem fazer suposições sobre a realidade objetiva. Ela se 
concentra na compreensão das estruturas da consciência e da maneira como as 
pessoas percebem e interpretam o mundo ao seu redor. A fenomenologia está 
interessada na descrição detalhada das experiências vividas, sem julgamentos ou 
interpretações externas. 
 
Outra diferença importante está na abordagem terapêutica. A abordagem 
humanista-existencial, especialmente na terapia centrada no cliente de Carl 
Rogers, enfatiza a importância da relação terapêutica, do apoio empático do 
terapeuta e da criação de um ambiente seguro e não julgador para o cliente 
explorar seus pensamentos, sentimentos e experiências. O foco está na 
promoção da autorrealização e do crescimento pessoal do cliente. 
 
Por outro lado, a abordagem fenomenológica na terapia se concentra na 
exploração cuidadosa e detalhada das experiências subjetivas do cliente. O 
terapeuta busca compreender como o cliente dá significado às suas experiências 
e como esses significados podem estar contribuindo para seus problemas ou 
dificuldades. O objetivo é ajudar o cliente a ganhar uma compreensão mais clara 
de suas próprias experiências e a encontrar maneiras mais adaptativas de lidar 
com elas. 
 
Em relação à visão da pessoa como um todo, a abordagem humanista-existencial 
enfatiza a unidade da pessoa, integrando aspectos físicos, emocionais, mentais e 
espirituais. Ela reconhece a importância da busca por um sentido de identidade e 
propósito na vida. Por outro lado, a abordagem fenomenológica concentra-se na 
descrição e análise das diferentes partes e processos da experiência subjetiva, 
sem necessariamente integrá-las em uma unidade. 
 
Em resumo, a abordagem humanista-existencial e a abordagem fenomenológica 
compartilham uma ênfase na experiência subjetiva, na autenticidade e no 
potencial humano. No entanto, a abordagem humanista-existencial se concentra 
na busca pela autorrealização, liberdade e responsabilidade pessoal, enquanto a 
abordagem fenomenológica está mais interessada na compreensão detalhada 
das experiências vividas e na maneira como as pessoas dão significado ao mundo 
ao seu redor, sem fazer suposições sobre a realidade objetiva. Ambas as 
abordagens oferecem valiosas perspectivas sobre a natureza da existência 
humana e têm contribuído significativamente para o campo da psicologia.

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