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TEMA: MÉTODOS DE ESTUDO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR MÉTODOS DE ESTUDO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR • Os primeiros estudos da célula foram iniciados no séc. XVII com a utilização de microscópios rudimentares de luz , idealizados por Robert Hooke (1635-1703), que foram utilizados para observar as primeiras células vegetais. • O aperfeiçoamento dos sistemas ópticos concorreu para o melhoramento da resolução dos microscópios e para o desenvolvimento dos diversos tipos de microscópios com maior definição. MÉTODOS DE ESTUDO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR • Actualmente, os microscópios ópticos possuem características especificas, que lhes permitem visualizar os mais minuciosos aspectos das particularidades das células. • O aparecimento dos microscópios electrónicos (TEM) e de varrimento (Scanning) com poderes de resolução muito elevados e com sistemas de registo de imagens, inicialmente fotográficos e posteriormente digitais, permitiu um avanço no conhecimento das células e das suas estruturas, bem como a identificação de outras que a microscopia de luz até então, não tinha conseguido visualizar. O Desenvolvimento de técnicas de preparação laboratorial para a visualização dos materiais biológicos permitiu o aparecimento de diversos tipos de microscopia: • Microscopia óptica (200 nm) – Campo claro – Fluorescente – Avançada: • Microscopia Confocal • Microscopia de contraste fases, etc. • Microscopia electrónica (1 nm) – Transmissão (TEM) – Varrimento ou Scanning (SEM) MICROSCOPIA • Microscópio óptico composto • Microscópio de luz ultravioleta • Microscópio de fluorescência • Microscópio petrográfico • Microscópio de campo escuro • Microscópio de contraste de fases • Microscópio de luz polarizada • Microscópio Confocal • Microscópio electrónico TIPOS DE MICROSCÓPIOS • Microscópio electrónico de transmissão • Microscópio electrónico de varrido • Microscópio de iões em campo • Microscópio de sonda • Microscópio de efeito túnel • Microscópio de força atómica • Microscópio virtual • Estéreo Microscópio UNIDADES DE MEDIDA EM CITOLOGIA • Comprimento – μm (micra o micrómetro) = 10 -3 mm • (milésima parte do milímetro) – nm (nanómetro) = 10 -6 mm • (milésima parte do micrómetro) – Ä (Ängstrom) = 10 -7 mm • (décima da milésima parte do micrómetro) Servem para medir as células Servem para pesar as células • Massa: – mg (miligrama) = 10 -3 g – μg (micrograma) = 10 -6 g – ng (nanograma) = 10 -9 g – pg (picograma) = 10 -12 g – Da (dalton) = peso de um átomo de hidrogénio • Ex: H2O = 18 Da – kDa (quilodalton) = 103 Da • Ex: Hemoglobina = 64,5 kDa ou 64 500 Da UNIDADES DE MEDIDA EM CITOLOGIA O MICROSCÓPIO ÓPTICO MICROSCOPIA DE CAMPO CLARO A luz passa através da amostra fazendo com que a área observada seja bem iluminada. O feixe de luz passa através da amostra e é captado pela objectiva. O microscópio usado pela maioria dos estudantes e pesquisadores é o microscópio de campo claro. É usada para o exame de rotina de laminas histológicas, visualização de tecido de células, microrganismos, etc. nos laboratórios de analises clínicas e pesquisa. MICROSCOPIA DE CAMPO ESCURO Alguns raios luminosos incidem na amostra e são captados pela lente objectiva gerando figuras luminosas num campo escuro. É indicada para amostras com pouco contraste. Na pratica clínica o microscópio de campo escuro serve para examinar a existência de cristais nas amostras de urina, como o acido úrico e oxalato e identificar bactérias como Treponema pallidum (Sífilis). Princípios da formação da imagem ao Microscópio Células da mucosa bucal Com coloração fluorescente Com coloração Sem coloração Diferenças de índices de refracção Cores de interferência Campo escuro Microscopia de campo claro e sistema analisador de imagens • Sistema Analisador de Imagens - medidas manuais e automáticas, incluindo filtros de estruturas por forma, tamanho e cor. Preparação do espécime para microscopia de campo claro (cortes) 2001/2002 Prof. Doutor José Cabeda MICRÓTOMO http://www.esacademic.com/pictures/eswiki/50/250px- Plagiomnium_affine_laminazellen.jpeg Exemplo de algumas imagens obtidas com microscopia de campo claro Exemplo de algumas imagens obtidas com microscopia de campo claro Exemplo de algumas imagens obtidas com microscopia de campo claro Exemplo de algumas imagens obtidas com microscopia de campo claro Aplicações da Microscopia de Campo Escuro É empregue para estudos de pequenos materiais: Plâncton Bactérias Cristais Microscopia de campo escuro da bactéria Leptospira spp • Permite a localização de moléculas específicas na célula • Os corantes fluorescentes promovem uma marcação brilhante contra um fundo escuro •O corante pode estar directa ou indirectamente relacionado com a molécula alvo da célula •Podem ser utilizadas em simultâneo vários pigmentos fluorescentes • As células podem estar fixadas ou vivas. MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA • O microscópio de fluorescência usa a capacidade de algumas moléculas em fluorescer sob luz ultravioleta visualizando moléculas auto fluorescentes como a vitamina A. • A excitação e a emissão de luz das moléculas fluorescentes são reguladas por filtros para promover cor e contraste. • É utilizada na deteção de antígenos ou anticorpos nos procedimentos de coloração imunocitoquímicos. • As moléculas fluorescentes também podem ser injectadas em animais ou em células para serem usadas como rastreadores. Tais métodos são usados para estudar as junções intercelulares, rastrear fibras nervosas e detectar marcadores de crescimento em tecidos mineralizados. O MICROSCÓPIO DE FLUORESCÊNCIA TÉCNICAS AVANÇADAS DE MICROSCOPIA E FERTILIZAÇÃO • Num estudo publicado na Scientific Reports, investigadores da Northwestern descobriram que quando o óvulo humano é activado por uma enzima do espermatozoide, ocorre uma explosão de faíscas de zinco. • O tamanho da erupção está directamente relacionada com a saúde do ovo e a sua capacidade de se transformar num embrião viável. • Para entender o mecanismo molecular da centelha de zinco os investigadores podem recorrer a quatro abordagens físicas que resolvem distribuições de zinco em células individuais: – uma sonda química para imagens de fluorescência de células vivas dinâmicas – uma combinação de microscopia electrónica de transmissão com espectroscopia de energia dispersiva, – microscopia de fluorescência de raios -X – tomografia elementar tridimensional para o mapeamento elementar de alta resolução. Espermatozoides humanos corados com laranja de acridina. Observação microscópica de fluorescência para avaliar os danos do ADN. Cabeças dos espermatozoides corados de verde possuem ADN normal, enquanto que a coloração laranja indica alteração do ADN. Células epiteliais em cultura, com coloração vermelha para a queratina e verde para o DNA. Foram utilizados três fluoróforos: • DAPI (emite luz azul) para marcar cromossomas • GFP (proteína verde fluorescente intracelular que emite luz verde) • rodamina (luz vermelha) para marcar os microtúbulos. Cada fluorocromo justifica a utilização de filtros específicos, dependendo do comprimento de onda necessário para excitação (indicado em cima e do lado esquerdo) escala expressa em nm. Micrografias de células em divisão celular, tiradas com um microscópio de fluorescência MICROSCÓPIO CONFOCAL MICROSCÓPIO CONFOCAL Microscopia óptica de objectos 3D Microscopia de varrimento Confocal – Gera imagens 3D de células vivas – Remove imagens fora de foco seccionamento óptico – Pode se fazer observações no interior de espécimes espessos (ovos, embriões, tecidos) Microscópio Confocal de Raios Laser Cianobactéria filamentosa Microcoleus encontradas em solos de terras áridas em todo o mundo Aplicações da Microscopia Confocal a Laser Células em prófase Células em apoptose: condrócitos Protozoário Macrófago Aplicações da Microscopia Confocal a Laser Aplicações da Microscopia Confocal a Laser Divisão celular / Fuso mitótico Grãos de Pólen • Permite a observação de células vivas transparentes • Os desvios de fase induzidas pela luz através do espécime são utilizados para gerar contraste. – Contraste de fase (luz refractada e não refractada) – Contraste de interferência diferencial (dois feixes de luz) MICROSCOPIA ÓPTICA AVANÇADA MICROSCOPIA DE CONTRASTE INTERFERENCIAL MICROSCOPIA DE CONTRASTE INTERFERENCIAL Os prismas modificam a fase da onda luminosa Contraste com o meio em que se encontra o material a ser analisado Aplicações da Microscopia de Contraste Interferencial Observação de materiais biológicos sem coloração: 1. Parasitologia: Interpretação de estruturas e apêndices dos parasitas (taxonomia) 2. Análise de massa seca celular – organização e compactação de material biológico 3. Monitorização de culturas celulares Escamas Algas APLICAÇÕES DA MICROSCOPIA DE CONTRASTE INTERFERENCIAL Cultura Celular: macrófago Ácaro O microscópio de polimerização é uma modificação simples do microscópio óptico e possui 2 Filtros ou Prismas: 1º Polarizador → Entre a fonte de luz e o espécime 2º Analisador → Entre a objectiva e a ocular Promovem a seleção de apenas um plano de direcção de vibração das ondas luminosas. Plano da luz polarizada (PLP) Filtros: Observação: Microscopia de luz comum → feixe de ondas luminosas → direção de vibração em todos os planos MICROSCOPIA DE POLARIZAÇÃO MICROSCOPIA DE POLARIZAÇÃO 2º 1º APLICAÇÕES DA MICROSCOPIA DE POLARIZAÇÃO 1. Análise de macromoléculas que apresentam graus ordenados de agregação: DNA, colágenos fibrilares, celulose, tubulina 2. Análise de células que apresentem organização interna de suas macromoléculas altamente cristalinas: célula muscular esquelética, espermatozoides (ordem molecular). 3. Análise de tecidos biológicos com ordem molecular nos arranjos de macromoléculas: tecidos ósseos, cartilagens, etc 4. Análise de componentes cristalinos dos minerais 5. Outros: parede celular; amido. Tecido ósseo Grãos de Amido Aplicações da Microscopia de Polarização Aplicações da Microscopia de Polarização Tecido ósseo : sistema de Havers ou ósteon / fibras colágenas Tecido ósseo: osso esponjoso / fibras colágenas Coloração: Picro-sirius / Luz polarizada
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