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43 Recursos no Processo Civil 2

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· Princípios Recursais ◄
· 	Princípio do Duplo grau de jurisdição: não tem Previsão Legal expressa na nossa legislação, nem na legislação infra, e nem na nossa constituição, implicitamente sim, no pacto de São Jose da Costa Rica, ele está implícito pela forma como nosso sistema de justiça é organizado por tribunais, órgãos colegiados e órgãos de cúpula, que exercem a função recursal, e o nosso próprio sistema é recursal. Então a forma como nosso sistema foi concebido, em termos de estrutura e a contemplação dos recursos nas nossas ordens processuais, fazem que eu posso afirmar de forma implícita o princípio do duplo grau foi contemplado. Finalidade, buscar a reforma de uma decisão proferida de maneira equivocada e ainda a manutenção da harmonia do meu ordenamento jurídico, da harmonia das decisões inferiores com as decisões dos Tribunais Superiores. Então, a primeira finalidade, resumindo tudo, é a reforma de decisão judicial e a uniformização jurisprudencial para manter a harmonia do sistema.
Crítica, os autores alegam que isso causa um excesso de morosidade, que isso desprestigia a decisão de primeiro grau, já que você vai poder sempre recorrer.
· Princípio da taxatividade: diz que todos os recursos devem está previsto em lei.
· Previsão legal: nem todo recurso civil está previsto necessariamente no CPC, mas está previsto, necessariamente, em lei. P.ex. da sentença do juizado especial, cabe recurso nominado, não cabe a apelação, no juizado especial o prazo é de 10 dias, no CPC é de 15 dias, no juizado especial o prazo passava em dias corridos e no CPC em dias uteis. Logo, nós temos recursos que são previstos em legislações especiais...
· É possível que as partes negociem; criem o recurso? Pelo princípio da taxatividade, não! só existem e só cabem aqueles recursos que são previstos em lei.
· Princípio da singularidade: unirrecorribilidade; unidade recursal:
· Como regra, só é cabível um recurso por decisão, ou seja, é inadmissível mais de recurso por decisão.
· Exceções: hipóteses de cumulação alternativa ou obrigatória. Quando eu tenho cumulação alternativa? Quando eu tenho dois recursos possíveis, mas eu só posso entrar ou com um ou com outro, mas não com os dois ao mesmo tempo, ou eu entro com os embargos de declaração ou eu entro logo com o recurso. P.ex. sai uma sentença, e essa sentença te condena a pagar 10 mil, essa sentença é contraditória, se ela é contraditória há possibilidade de eu entrar com os embargos de declaração, sanando essa contradição o juiz vai reverter condenação? Na minha cabeça eu pens que não, então os embargos de declaração não terão o cordão de modificar o teor das decisões, só de resolver a contradição. Então eu tenho duas possibilidades, ou eu entro com os embargos de declaração espero ele sanar a contradição, e só então eu entro com a apelação ou eu já entro logo com a apelação, então porque se fala de cumulação alternativa? Porquê eu tenho dois recursos possíveis, para impugnar a mesma decisão e é alternativa porque eu não posso entrar cm os dois, ou eu entro logo com um ou eu entro logo com o outro que é a apelação.
· A Cumulação Obrigatória, é quando eu sou obrigado a entrar com mais de um recurso, sob pena de preclusão. P.ex. especial e extraordinário, só são cabíveis, depois que esgotado todos as outras possibilidades de recurso. Saiu a decisão do Tribunal, ou seja, uma decisão de um órgão colegiado, que foram esgotadas as instancias ordinárias, eu entendo que essa decisão viola a um só tempo, lei Federal- STJ e Constituição- STF, então cabe dois recursos o especial e o extraordinário, tenho a obrigação de ingressar com os dois recursos, então primeiro vai por STJ pra julgar o especial e depois para o STF, pra julgar o extraordinário.
· Princípio da Fungibilidade:
· Eu entro com o recurso, que não seria o recurso mais adequado, e o tribunal recebe como se fosse o recurso correto, então eu entro com a medida impropria e ela é aproveitada como se própria fosse. P.ex. No juizado especial, o recurso da sentença é o recurso inominado, e eu entro lá no recurso inominado com uma apelação, só que a estrutura da apelação e do recurso inominado são praticamente os mesmos, não em prejuízo por parte do tribunal de aceitar aqueles recursos como se inominado fosse.
· Perca de prazo não comporta fungibilidade. P.ex. eu-se-a entro com apelação em vez do recurso inominado, a apelação é de 15 dias e o inominado é de 10, entro com apelação no prazo de 15 dias, ocorrer a preclusão.
· É necessário que eu esteja diante de um erro escusável, não é possível a aplicação da fungibilidade diante de erro grosseiro. (IMPORT).
· Princípio da Dialeticidade:
· Está relacionado com a fundamentação dos recursos, a fundamentação recursal deve ser pertinente, atual e específica, ou seja, você tem por meio do recurso que realizar a impugnação específica dos pontos da decisão dos quais você escolhe. Resumindo, você tem por meio do recurso que realizar a impugnação específica dos pontos da decisão, dos quais você discorda, ou seja, não é permitido a fundamentação genérica dos recursos.
· O que acontece é que o sujeito entra com uma determinada ação, traz a petição inicial dele, na sentença os pedidos são julgados improcedentes, ao interpor o recurso de apelação o cara cópia exatamente os fundamentos da petição inicial, é essa a finalidade do recurso é essa forma que se deve elaborar uma peça recursal? Não! O objetivo do recurso é a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de uma decisão judicial, então, se eu estou buscando a reforma de uma decisão judicia, p.ex. eu não posso repetir o que estava na petição inicial, eu tenho que trazer fundamentações especificas, atuais e pertinentes, de modo a demonstra que essa decisão judicial merece reforma ou invalidação. Também não posso simplesmente argumentar de forma genérica que a decisão tomada pelo magistrado é incorreta, eu tenho que argumentar, fundamentar e impugnar especificamente os pontos que alegam que mereçam correção.
· Princípio da Voluntariedade:
· Recurso é um ônus da parte, ou seja, recorrer é um ato voluntario em que a parte deve recorrer de modo a reverter uma determinada situação processual. E por ser voluntario a aparte pode desistir ou renunciar o direito de recorrer.
· Princípio da Complementariedade:
· É possível, em determinadas situações, a complementação do recurso (você interpõe o recurso, mas está faltando algo, aí você vai e complementar o mesmo) de modo a possibilitar o julgamento do seu mérito. P.ex. meu recurso tem como requisito na lei, a juntada de alguns documentos e eu esqueço de juntar alguns deles, o relator não inadmite o meu recurso de uma vez, ele me oportuniza a juntada desses documentos em momento posterior, assinala o prazo para que eu junte o documento, e assim ele supere esse pequeno obstáculo formal, para possibilitar o julgamento do mérito recursal (art.932, parágrafo único/ CPC).
· Princípio da Consumação:
· O ato de recorrer se consumação, a partir do momento em que você interpõe o seu recurso, então ressalvado os casos previstos em lei, essa é a regra.
· Preclusão consumativa (art. 200 CPC/15).
· A partir do momento em que ela interpõe o recurso, aquilo ali já produz efeitos imediatamente, a eventual complementação somente nas hipóteses tratadas por nossa lei.
· Princípio da proibição da reformatio in pejus:
· Esse princípio diz que a parte não pode ser prejudicada, pelo ato de recorrer. Então, se eu recebo parte daquilo que eu pedir na PI, eu tenho a possibilidade de recorrer, então eu interpõe o meu recurso, o tribunal não pode me dar menos do que tinha me dado na
sentença, ou ainda eu recebo uma condenação na sentença, recorrer e o Tribunal agrava a minha condenação, isso NÃO É POSSIVEL GALERINHA. P.ex. eu interponho o recurso, a não ser que eu esteja diante de recurso das duas partes, aí não se fala desse princípio, porquê eu não estou sendo prejudicado pelo ato de recorrer, mas estou recebendo uma decisão contraria em virtude da parte contraria ter recorrido.
· Nós temos algumas hipótesesem que, em virtude do recurso da parte ela recebe uma decisão desfavorável, sem que isso gere uma violação desse princípio. P.ex. sucumbência recursal, o juiz fixa as verbas honorarias em 10%, eu recorro para o tribunal, se o meu recurso foi negado o juiz aumenta para 20%, isso aqui é uma consequência do ato de recorrer.
OBS- questões de ordem publica não podem se dobrar as questões de ordem privada, logo se prepondera as questões de ordem pública, inconstitucionalidade da lei, apelação de sentença terminativa (é uma sentença que não analisa o mérito da causa) art.485, CPC/ 15, despesas processuais ( art. 82,§2º, CPC/15) – Casos em que não vai ocorrer o princípio acima mencionado, que o juiz tipo pode majora a sentença quando a pessoa interpõe o recurso, mas não se configura o princípio acima mencionado.

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