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Recursos em Espécies

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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL 
CIVIL
Dos Recursos em Espécies
Livro Eletrônico
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Anderson Ferreira
Dos Recursos em Espécies
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Recursos em Espécies (Do Agravo Interno; Dos Embargos de Declaração, Do 
Recurso Ordinário, Do Recurso Extraordinário, Do Recurso Especial, Do Agravo em 
Recurso Especial e em Recurso Extraordinário dos Embargos de Divergência) ..............3
Do Agravo Interno ..........................................................................................................3
Embargos de Declaração ............................................................................................... 7
Da Omissão .................................................................................................................... 7
Da Obscuridade ..............................................................................................................8
Da Contradição ...............................................................................................................8
Do Erro Material .............................................................................................................8
Do Princípio da Fungibilidade ..........................................................................................9
Do Princípio da Complementariedade ........................................................................... 10
Do Recurso Ordinário .................................................................................................... 11
Do Recurso Extraordinário (RE) e do Recurso Especial (REsp) ...................................... 14
Das Disposições Gerais ................................................................................................. 14
Do Prequestionamento ................................................................................................. 15
Da Interposição dos Recursos Extraordinário e Especial ...............................................17
Do Recurso Extraordinário ........................................................................................... 21
Da Repercussão Geral ..................................................................................................23
Recurso Especial (REsp) ...............................................................................................26
Do Julgamento dos Recursos Extraordinários e Especial Repetitivos. ......................... 28
Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário .....................................32
Dos Embargos de Divergência ......................................................................................34
Questões de Concurso ..................................................................................................37
Gabarito ....................................................................................................................... 51
Gabarito Comentado .....................................................................................................52
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Dos Recursos em Espécies
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DOS RECURSOS EM ESPÉCIES (DO AGRAVO INTERNO; 
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, DO RECURSO 
ORDINÁRIO, DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DO 
RECURSO ESPECIAL, DO AGRAVO EM RECURSO 
ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO DOS 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA)
Apresentação
Olá, querido(a) amigo(a), é com grande satisfação e enorme entusiasmo que início, junto 
como você, companheiro(a) virtual, mais um encontro. A aula de hoje terá como objeto de 
análise os recursos em espécie, tema abordado, também, no encontro anterior. Então, vamos 
lá! Venha comigo!
Do AgrAvo Interno
Amigo(a), vimos, na aula passada, que o Relator é incumbido de instruir o processo levado 
a ele em sede de recurso e emitir um relatório, que será apreciado pelo colegiado quando do 
julgamento. Vimos, também, que o rol do artigo 932, incisos III a V, elenca uma série de incum-
bências àquele que ocupa a relatoria, como negar provimento a recurso contrário à Sumula do 
Superior Tribunal de Justiça, por exemplo.
Bem, o agravo interno é cabível para atacar as decisões monocráticas proferidas pelo 
Relator. A título exemplificativo, seria possível manejar o aludido recurso, acaso o agravante 
entenda que o processo carreado para reexame, o qual não prosperou, não ofende a súmula 
do Tribunal de Cidadania e, com efeito, atacar a decisão daquele que ocupa a relatoria por 
meio de agravo interno.
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão co-
legiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Veja que interessante!
Prezado(a), nos termos do Código de Processo Civil não há previsão de sustentação oral para 
o agravo interno (art. 937, VII). Por outro lado, a doutrina entende, com base no artigo 1.021 
que o regimento interno do tribunal poderá prever sustentação oral nos agravos internos.
O agravo interno será interposto por meio de petição, na qual o recorrente deverá impug-
nar, de modo específico, os fundamentos da decisão agravada. O agravo será encaminhado 
ao Relator que deverá intimar o agravado para se manifestar em 15 (quinze) dias sobre o re-
curso. Além disso, o agravo Interno possui efeito devolutivo.
O prazo para oferecer o Agravo Interno é de 15 (quinze) dias, mesmo lapso temporal para 
oferecer contrarrazões.
O agravo interno admite retratação pelo Relator, ou seja, ele poderá reconsiderar a decisão 
proferida. No entanto, acaso não haja a aludida reconsideração, o relator levará a questão a 
julgamento pelo órgão colegiado, o qual seria competente para analisar o recurso.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso 
no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julga-
mento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar 
improcedente o agravo interno.
Caso o agravo interno seja considerado inadmissível ou improcedente, em votação unâni-
me do colegiado, o agravante será condenado retirar o escorpião do bolso e pagar uma multa, 
cujo valor irá variar de 1% a 5%, corrigidos, da quantia atribuída à causa, a qual será revertida 
em favor do agravado. Saliento que o agravado só poderá interpor outro recurso se efetuar o 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
depósito do valor da multa (salvo a Fazenda Pública e o beneficiário da gratuidade da justiça, 
os quais pagarão o valor ao final).
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em 
votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,condenará o agravante a pagar ao 
agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da 
multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, 
que farão o pagamento ao final.
Além do exposto, chamo sua atenção para o fato de que é possível o Agravo Interno con-
tra decisões do Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal cujo teor negue o seguimento do 
Recurso Especial ou Recurso Extraordinário.
Veja que interessante!
O agravo interno pode ser interposto em face de qualquer decisão unipessoal proferida em 
tribunal, ainda que do presidente ou vice-presidente do tribunal.
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para 
apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao 
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá
I – negar seguimento:
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal 
não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto 
contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exa-
rado no regime de repercussão geral;
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em confor-
midade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, res-
pectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
(...)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do 
art. 1.021.
Os dispositivos acima foram acrescentados pela Lei n. 13.256 de 2016, ou seja, alterações 
posteriores à Lei n. 13.105 de 2016.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Art. 1.035 (...)
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que 
exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto 
intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse 
requerimento.
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado 
em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno.
Questão 1 (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) 
Em determinado caso, após a interposição de recurso especial e apresentação das contrarra-
zões, os autos foram conclusos ao presidente do tribunal recorrido, que negou seguimento ao 
recurso sob o fundamento de ele ter sido interposto contra acórdão que estava em conformi-
dade com entendimento do STJ exarado no regime de recursos repetitivos.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta o único recurso ca-
bível contra essa decisão.
a) agravo de instrumento
b) agravo interno
c) agravo em recurso especial
d) recurso extraordinário
e) recurso ordinário
Letra b.
Veja que a alternativa B se harmoniza com o que estabelece o artigo 1.030, I, a, § 2º, da Lei n. 
13.105 de 2015.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
embArgos De DeclArAção
Os embargos de declaração constituem uma espécie de recurso cabível contra decisões 
interlocutórias, sentença, decisões monocráticas e acórdãos, em verdade, são cabíveis para 
atacar qualquer decisão judicial. Esse recurso é oposto para atacar decisões obscuras, omis-
sas, contraditórias ou eivadas de erro material.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a re-
querimento;
III – corrigir erro material.
DA omIssão
Considera-se omissa uma decisão que não aprecia determinada questão relevante so-
bre a qual o Juiz deveria ter se pronunciado. Imagine que Ted proponha uma ação em juízo, 
por meio da qual pede danos emergentes, lucros cessantes e danos morais. Suponha que o 
Julgador analise apenas os danos emergentes e lucros cessantes e não se pronuncie quanto 
aos danos morais. Nesse cenário, a sentença será omissa quanto ao terceiro ponto. Além do 
exposto, haverá omissão quando a decisão não se manifestar sobre tese firmada em casos 
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente 
de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
Além da omissão consignada no inciso acima, a decisão será omissa caso não haja fun-
damentação da decisão judicial, nas seguintes situações, previstas no artigo 489, § 1º, da Lei 
de Ritos: limitar-se a indicar, reproduzir ou parafrasear ato normativo, sem a explicação da 
relação com a questão ou causa decidida; empregar conceitos jurídicos indeterminados sem 
explicar o motivo concreto da incidência ao caso; invocar motivos cujo teor justificaria qual-
quer outra decisão; não enfrentar todos os argumentos acostados ao processo capazes de, 
em abstrato, infirmar a conclusão adotada; se limitar a invocar precedente ou enunciado de 
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súmula sem demonstrar que o caso se amolda àqueles fundamentos; não seguir precedente, 
enunciado de súmula ou jurisprudência invocada pela parte, sem que haja a demonstração da 
existência de diferença entre o caso examinado ou que o entendimento foi superado.
DA obscurIDADe
A obscuridade ocorre quando a decisão proferida não está clara, ou seja, não é compre-
ensível para quem a lê.
DA contrADIção
A contradição pode ser definida pela incoerência de raciocínio. Imagine que Ted proponha 
uma ação de danos morais, danos emergentes e lucros cessantes relativos à cirurgia plástica 
mal sucedida. Suponha que na fundamentação da sentença haja a indicação de que a inter-
venção cirúrgica tenha causado graves transtornos a Ted e que ele tem sofrido muito, perdeu 
a chance de ser modelo de revistas famosas e, quando você está prestes a retirar o lenço do 
bolso para chorar por conta do sofrimento do autor da ação, o dispositivo da sentença nega 
provimento aos pedidos. Percebe que não houve uma coerência entre a fundamentação e a 
decisão? Nesse caso, é cabível embargos de declaração.
Do erro mAterIAl
Trata-se de equívoco relativo à informação constante no processo, como a qualificação 
das partes, por exemplo: ao invés de escrever Bill, escreveu-se Billson. Veja, nesses casos, é 
possível que o Juiz corrija a incorreção de ofício.
Bem, amigo(a) do Gran Cursos Online, o prazo para opor osembargos é de 5 (cinco) dias 
úteis, lapso temporal que é contado em dobro em caso de litisconsórcio com diferentes pro-
curadores de escritórios distintos (com fulcro no artigo 229 da Lei Adjetiva), não aplicável em 
processos eletrônicos.
Veja, os embargos são endereçados no juízo prolator da decisão e devem estar funda-
mentados com a indicação do erro, obscuridade, contradição ou erro material.
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Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com 
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
Os embargos de declaração não se sujeitam ao preparo... Então, o embargante pode manter 
o escorpião no bolso!
Querido(a), o embargado só se manifestará, no prazo de 5 (cinco) dias, em contrarrazões, 
caso os embargos impliquem modificação da decisão embargada (isto é, ocorra o efeito in-
fringente, modificativo), porquanto, do contrário, não há necessidade de manifestação. Con-
forme o artigo 1.024 da Lei n. 13.105 de 2015, o Juiz julgará os embargos no lapso temporal 
de cinco dias.
§ 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre 
os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embar-
gada.
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
Do PrIncíPIo DA FungIbIlIDADe
Bem, na aula anterior, comentei acerca do Princípio da Fungibilidade, que está “fresqui-
nho” na sua memória! Veja, por meio dele, é possível “trocar” um recurso por outro, desde que 
atendidos alguns requisitos. Certo! O artigo 1.024, § 3º, estabelece a aplicação da fungibilida-
de caso o embargante oponha embargos de declaração, mas seja o caso de agravo interno, 
desde que determine a intimação do recorrente para complementar as razões recursais no 
prazo de 5 (cinco) dias. Acompanhe comigo o dispositivo em comento:
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser 
este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo 
de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 
1.021, § 1º.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Do PrIncíPIo DA comPlementArIeDADe
Imagine que Bill ocupe o polo ativo de uma demanda e oponha embargos de declaração 
no quarto dia (lembre-se de que ele possui cinco dias para opor o aludido recurso), porquanto 
fizera dois pedidos e um deles foi deferido e outro não, mas a sentença relativa ao segundo 
pleito fora obscura. Contudo, suponha que Pepe (ocupante do polo passivo da demanda) 
tenha manejado uma apelação no terceiro dia (lembro-te que o ele possui quinze dias para 
apelar). Pense, ainda, que Bill logre êxito quanto ao segundo pedido no julgamento dos em-
bargos de declaração, ou seja, é atribuído aos embargos o efeito modificativo. Nesse caso, 
Pepe poderá complementar a apelação ou alterar as razões nos limites da modificação (na 
situação hipotética, quanto ao segundo pedido, uma vez que a apelação se referiu ao primeiro 
pleito), no prazo de 15 (quinze) dias, contados da intimação dos embargos.
§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embarga-
da, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de 
complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) 
dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
Segundo o § 5º do artigo 1.024 do Novo Código:
Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento an-
terior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de 
declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Os embargos podem ser opostos para fins de pré-questionamento, consoante o artigo 
1.025 da Lei Adjetiva, o que irradia efeitos para o Recurso Especial e Extraordinário. Um pon-
to digno de nota se refere ao fato de que os embargos de declaração em regra não possuem 
efeito suspensivo. Contudo, todavia e entretanto! Os embargos podem ter efeito suspensivo 
quanto à eficácia da decisão monocrática ou colegiada, acaso seja demostrada a probabili-
dade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano 
grave ou de difícil reparação, com base no artigo 1.026, § 1ª, do Novo Código de 2015.
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Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para 
fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeita-
dos, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para 
a interposição de recurso.
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou 
relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamen-
tação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Cumpre destacar que quando os embargos de declaração forem protelatórios (só para “en-
rolar”), poderá o Julgador aplicar a multa de até 2% do valor atualizado da causa. Essa multa 
será elevada para 10 %, caso o embargante reitere a conduta (“enrole” de novo). Porém, a partir 
de então, qualquer outro recurso só será interposto se houver o prévio pagamento da multa, sal-
vo para a Fazenda Pública e beneficiário da justiça gratuita, os quais recolherão o valor ao final.
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em de-
cisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois 
por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada 
a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará 
condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário 
de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
Agora, saliento que se os dois embargos tiverem sido considerados protelatórios, não 
serão admitidos novos embargos, porque aí...haja protelação!
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido 
considerados protelatórios.
Do recurso orDInárIo
Prezado(a) estudante, o Recurso Ordinário é previsto tantona Constituição da Repúbli-
ca quanto no Código de Processo Civil de 2015. Essa espécie de recurso é encaminhada ao 
Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a fim de que sejam 
examinadas decisões proferidas por Tribunais.
O artigo 102, inciso II da Carta Fundante estabelece as hipóteses de cabimento do Recur-
so Ordinário. Acompanhe comigo:
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Além da previsão constitucional, o artigo 1.027 da Lei de Ritos prevê o cabimento do Re-
curso Ordinário para a Suprema Corte quando ocorrer uma decisão denegatória de mandados 
de segurança, habeas data e de mandados de injunção decididos em única instância pelos 
Tribunais Superiores, quando denegatória a decisão.
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
I – pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de 
injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
Ao seguir na leitura da Constituição de 1988, percebe-se que o artigo 105, inciso II, da Car-
ta Fundante também estabelece ser cabível Recurso Ordinário dirigido ao Superior Tribunal de 
Justiça nas seguintes situações:
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Além das disposições constitucionais, o artigo 1.027 da Lei de Adjetiva disciplina o tema 
ao reproduzir, quase na integralidade, o que foi estabelecido pela Carta Fundante.
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
(...)
II – pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pe-
los tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional 
e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
Cumpre destacar que nos casos cujos envolvidos sejam Estado Estrangeiro ou organismo 
internacional em um polo da relação processual, Município ou pessoa residente ou domici-
liada no País no outro polo do processo, acaso haja uma decisão interlocutória, será cabível 
agravo de instrumento dirigido ao Tribunal de Cidadania, além de serem aplicadas as dispo-
sições relativas à apelação conjugadas com o Regimento Interno do STJ no que diz respeito 
aos requisitos de admissibilidade e procedimento do recurso.
Bem, nos casos que versem sobre Mandado de Segurança, Habeas Data e Mandados de 
Injunção a serem julgados pelo Supremo ou Mandado de Segurança de competência do Tri-
bunal de Cidadania, o Recurso Ordinário deverá ser interposto perante o Tribunal de origem e 
compete ao Presidente ou Vice-presidente da Corte determinar a intimação do recorrido para 
presentar contrarrazões no prazo de 15 dias, conforme estatui o artigo 1.028, § 2º, do Novo 
Código. Segundo o § 3º do dispositivo mencionado, após o aludido prazo, os autos serão re-
metidos ao Tribunal Superior, independentemente de juízo de admissibilidade.
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Do recurso extrAorDInárIo (re) e Do recurso esPecIAl (resP)
Amigo(a) leitor (a), o Novo Código consigna, por meio das disposições gerais dos recursos 
mencionados, pontos de convergência entre o Recurso Extraordinário e o Recurso Especial. 
Com base nisso, analisarei, junto com você, os pontos comuns entre as aludidas espécies 
recursais e, depois, falarei sobre as especificidades de cada um. Antes, porém, vamos definir 
nosso objeto de estudo.
Bem, o Recurso Extraordinário é uma espécie de recurso cabível nas hipóteses do artigo 
102, inciso III, alíneas a, b e c da Constituição Federal e 1.029 da Lei de Ritos, cuja competên-
cia para julgamento é do Supremo Tribunal Federal. Noutro giro, o Recurso Especial é cabível 
nas hipóteses estabelecidas no artigo 105, inciso III, da Carta Política e 1.029 da Lei Adjetiva, 
cuja competência para exame é do Superior Tribunal de Justiça.
DAs DIsPosIções gerAIs
Conforme vimos, linhas acima, o RE ou o REsp serão endereçados ao STF e ao STJ, res-
pectivamente, sem embargos de interposição simultânea dos dois recursos (desde que em 
petições separadas, as quais devem estar nos moldes do artigo 1.029, incisos I, II e III da Lei 
de Ritos). Esses recursos deverão ser interpostos ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribu-
nal recorrido, o qual realizará o juízo de admissibilidade.
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Fede-
ral, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições 
distintas que conterão:
I – a exposição do fato e do direito;
II – a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
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Vamos analisar o raciocínio esposado por meio do esquema gráfico abaixo:
Para que os Recursos Extraordinário e Especial sejam admitidos, eles deverão possuir os 
requisitos de admissibilidade mencionados quando do estudo da Teoria Geral (cabimento, 
interesse, legitimidade, tempestividade preparo, além de possuir uma regularidade formal e 
ausência de fatores impeditivos). Saliento que se aplica, outrossim, os custos relativos ao 
porte remessa e retorno, além de todos os aspectos relativos aos artigos 180, 183, 186, 219 e 
229 da Lei Adjetiva.
Um ponto relevante se refere à possibilidade de desconsideração de vício formal ou cor-
reção do RE e REsp quando forem interpostos de modo tempestivo, uma inovação da Lei n. 
13.105 de 2015.
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício for-
mal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.
Do PreQuestIonAmento
Prezado(a), estudante, um requisito específico para os Recursos Extraordinário e Especial 
se refere ao pré-questionamento, o qual restringe o cabimento das aludidas peças recursais 
a causas examinadas em via ordinária.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe:
(...)
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, 
quando a decisão recorrida:
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(...)
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
(...)
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribu-
nais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a 
decisão recorrida:
Súmula n. 356 do STF:
O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, 
não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestiona-
mento.
Uma questão relevante, quanto ao pré-questionamento, se refere à possibilidade de os 
embargos de declaração terem o condão de prequestionar a matéria, ou seja, uma vez inter-
postos com os fins a ele inerentes, considera-se a matéria prequestionada e não há de se fa-
lar de supressão de instância, mesmo que os embargos sejam inadmitidos ou rejeitados, caso 
o Tribunal Superior considere que existe erro, omissão, contradição ou obscuridade, conforme 
assevera o artigo 1.025 do Novo Código.
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para 
fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeita-
dos, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Amigo(a), nos termos do Novo Código de Processo Civil, tem-se admitido a figura do 
pré-questionamento ficto, o qual é configurado pela oposição dos embargos de declaração, 
mesmo que esse recurso não seja admitido. Esse posicionamento supera a posição do Supe-
rior Tribunal de Justiça (Súmula n. 211), o qual inadmitia o prequestionamento mencionado.
O novo Código de processo Civil, por meio do artigo 1.025, permite o pré-questionamento ficto.
Conforme a súmula 356 do Supremo Tribunal Federal, o ponto omisso da decisão sobre o 
qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de Recurso Extraordi-
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nário, por faltar o requisito de prequestionamento. Ademais, a Súmula 98 do Superior Tribunal 
de Justiça consigna os embargos de declaração com nítido objetivo de prequestionamento, 
não serão considerados protelatórios.
DA InterPosIção Dos recursos extrAorDInárIo e esPecIAl
Bem, uma vez que a exordial dos recursos foi interposta, ela será recebida pela secretaria 
do Tribunal, a qual intimará o recorrido para apresentar as contrarrazões em 15 (quinze) dias 
(esse também é o prazo para interpor o RE e REsp). O lapso temporal conferido ao recorrido foi 
inserido pela Lei n. 13.256 de 2016, ou seja, uma alteração posterior à Lei n. 13.105 de 2015.
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para 
apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao 
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
Após o prazo para apresentação de contrarrazões, os autos serão conclusos ao Presiden-
te o ou ao Vice-presidente do Tribunal recorrido e as seguintes posturas (previstas no artigo 
1,030, I, II, III, IV e V da Lei de Ritos) poderão ser adotadas por eles, as quais lhe apresento em 
esquema gráfico:
1ª Postura:
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2ª Postura:
3ªPostura:
4ª Postura:
5ª Postura:
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Se forem adotadas a 1ª e 3ª posturas pelo Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal, elas 
serão atacadas por meio de Agravo Interno (nos moldes do artigo 1.021 da Lei Adjetiva). 
Contudo, se a 5ª postura for adotada, será atacada por Agravo em Recurso Extraordinário e 
Especial (previsto no artigo 1.042 da Lei de Ritos).
Estimado(a) leitor(a), como exposto nesta aula, é possível que os Recursos Extraordinário 
e Especial sejam interpostos de modo simultâneo, em peças vestibulares distintas (petições 
iniciais diferentes). Isso ocorre quando há ofensa, tanto à Constituição Federal como à Lei 
Federal de uma vez só... numa só “paulada”! (como diria meu pai).
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os 
autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
Veja, em caso de interposição de peças simultâneas, os autos serão remetidos ao Su-
perior Tribunal de Justiça para julgamento e depois ao Supremo. Contudo, pode o relator do 
Recurso no Tribunal de Cidadania sobrestar (suspender) o julgamento, em decisão irrecorrí-
vel, porquanto entenda que a questão deve ser apreciada pela Suprema Corte, em razão de 
questão prejudicial. Agora, se o Relator do Recurso Extraordinário rejeitar a prejudicialidade, 
em decisão irrecorrível, devolverá o os autos ao STJ.
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal 
Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão 
irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a 
prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso 
especial.
Chamo sua atenção para fato de que o Relator pode considerar que o Recurso Especial 
interposto no Tribunal de Cidadania versa acerca de questão constitucional e, com efeito, 
deve ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, será concedido prazo de 15 
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(quinze) dias para que um requisito específico do Recurso Extraordinário seja demostrado, 
qual seja: a repercussão geral (que será tratada em momento próprio da aula). Após o cum-
primento dessa diligência, o Relator do Superior Tribunal de Justiça irá remeter o Recurso à 
Suprema Corte, a qual realizará o juízo de admissibilidade.
Noutro giro, o Supremo também pode remeter os autos ao Superior Tribunal de Justiça em 
razão de considerar como reflexa a ofensa à Carta Fundanteafirmada por Recurso Extraordi-
nário, por pressupor a necessidade de revisão de Lei Federal ou Tratado. Então, perceba que 
as Cortes podem “transitar” com os recursos de acordo com entendimento sobre a matéria a 
ser examinada e com a competência para julgamento.
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirma-
da no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, 
remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou 
o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito.
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, de-
volve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo 
impugnado.
Atento(a) leitor(a), tanto o RE quanto o REsp possuem efeito devolutivo e, em regra, não 
possuem efeito suspensivo. 
Eita! Já sei professor! Lá vem as exceções! Isso mesmo! 
Atente-se para o fato de que o artigo 1.029, § 5º prevê hipóteses em que a suspensão 
pode ser requerida (o dispositivo em comento teve a redação original alterada pela Lei n. 
13.256 de 2016), acompanhe comigo:
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial 
poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de 
admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para 
julgá-lo;
II – ao relator, se já distribuído o recurso;
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III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a 
interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de 
o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.
Do RecuRso extRaoRDináRio
O Recurso Extraordinário possui base legal em dois diplomas normativos, a saber: A Cons-
tituição de 1988 e na Lei n. 13.105 de 2015. Veja, esse é um recuso extremo que levará uma 
questão ao Tribunal de Superposição, qual seja: ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Porém, há de se ressaltar que não são todos os assuntos que serão analisados pela Corte 
Suprema, cuja insigne missão é a de defender a Constituição Federal quando houver contra-
riedade à Carta Cidadã, seja quanto a aplicação dos dispositivos constitucionais, como na 
interpretação daquilo que nela está positivado. Diante do exposto, o cabimento do Recurso 
Extraordinário está previsto nas hipóteses do artigo 102, inciso III, alíneas a, b, c e d, que tra-
tam acerca da competência do Supremo para julgar as causas decididas em única ou última 
instância.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe:
(...)
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, 
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
Conforme consignado em linhas acima, caberá o RE, quando ocorrer contrariedade à Car-
ta Política, como a impossibilidade de ampla defesa, por exemplo.
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Nesse caso, será cabível a análise pelo Supremo, o que não ocorrerá acaso a inconstitu-
cionalidade verse sobre lei local ou municipal. Nesse sentido, veja o teor da Súmula 280 da 
Suprema Corte:
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Súmula n. 280 do STF: Por ofensa ao direito local não cabe recurso extraordinário.
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
É cabível o Recurso Extraordinário se a for julgada válida uma lei local ou ato de governo 
contestado em face da Constituição, ou seja, é necessário avaliar se ocorreu desconformida-
de com a Carta Política.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Essa é a última hipótese de cabimento do Recuso Extraordinário, prevista pela Emenda 
Constitucional n. 45 de 2004. Veja, estimado(a) leitor(a), quando se julga válida uma lei lo-
cal contestada em face de lei federal, de modo reflexo estar-se-á discutindo a Carta Magna 
(competência legislativa dos entes federados), haja vista que, em uma perspectiva oriunda de 
Hans Kelsen, a aludida legislação deve estar em consonância com a Constituição.
Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal – REsp.
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal – RE.
Chamo sua atenção para o fato de que aquilo que é levado ao Supremo deverá versar so-
bre matéria de direito e não de fato. 
Como assim, professor? 
Vou explicar com mais vagar logo abaixo:
• Matéria de direito: quando me refiro à matéria de direito, estou diante de uma divergên-
cia jurídica. A título de exemplo, imagine que Pepe Nouglas alugue sapatos de boliche 
para uma partida decisiva no campeonato internacional da modalidade. Porém, após 
o contrato de locação, percebe que as cores utilizadas não são permitidas na compe-
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tição. Ao retornar ao estabelecimento, a fim de trocar os calçados, percebe que seu 
contrato não permite a troca, mas o de outros clientes admite (em flagrante falta de 
isonomia), além de outras cláusulas abusivas relativas à relação contratual. Veja, essa 
é uma questão de direito, jurídica, pois a discussão versará sobre aspectos jurídicos.
• Matéria de fato: são discussões acerca da divergência de fatos. Suponha que Pepe es-
teja dirigindo seu veículo e venha a colidir no carro de Bill. Bill alega que Pepe ultrapas-
sou o sinal vermelho, mas Pepe nega. Perceba, querido(a) amigo(a), que a discussão se 
refere a fatos e necessita de provas para que a responsabilidade civil seja imputada a 
alguém. Saliento que as matérias de fato serão analisadas em segunda instância e não 
pelos Tribunais Superiores.
As matérias de fato serão analisadas em segunda instância e não pelos Tribunais Superiores, 
os quais examinam matéria de direito.
Súmula n. 279 do STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
DA rePercussão gerAl
Bem, um ponto digno de nota para a interposição do Recurso Extraordinário, versa sobre 
a necessidade de que o recorrente comprove a Repercussão Geral, ou seja, demonstre que 
o assunto carreado à Suprema Corte supere os interesses individuais das partes, ou seja, a 
questão traspassa os limites subjetivos dos litigantes. Saliento que a controvérsia deve ser 
relevante para a sociedade, porquanto há uma importância do ponto de vista econômico; so-
cial; jurídico e político.
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível,não conhecerá do recurso extra-
ordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos 
deste artigo.
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§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes 
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos 
do processo.
A Repercussão Geral foi introduzida no ordenamento jurídico pátrio por meio da Emenda 
Constitucional n. 45 de 2004. Esse pressuposto recursal específico funciona como filtro no 
que se refere a carrear questões para o Supremo, como a famosa briga entre vizinhos por 
conta de um papagaio que foi parar na Suprema Corte!
Amigo(a), a demonstração da Repercussão Geral compete aquele que recorre e deverá ser 
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal. A Suprema Corte decidirá se há ou não a incidência 
e, com efeito, se é ou não cabível o Recurso Extraordinário.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva 
pelo Supremo Tribunal Federal.
O Código de Processo Civil prevê, por meio do artigo 1.035, § 3º, incisos I e III, que haverá 
repercussão geral quando o recurso impugnar acórdão que contrarie à Súmula ou jurispru-
dência dominante do Tribunal de Superposição ou que tenha reconhecido a inconstituciona-
lidade de Tratado ou Lei Federal nos moldes do artigo 97 da Carta Fundante.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I – contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II – (Revogado);
O inciso II foi revogado pela Lei n. 13.256 de 2016, uma alteração posterior à Lei n. 13.105 
de 2015.
III – tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 
da Constituição Federal.
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Segundo o artigo 987 do NCPC:
Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso. 
§ 1 O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional 
eventualmente discutida.
Veja, estimado(a) estudante, como a Repercussão Geral ultrapassa os limites subjetivos 
dos interessados, é possível que o Relator do Recurso admita a participação de terceiros (uma 
instituição renomada na área de conhecimento discutido, por exemplo). Além disso, uma vez 
reconhecida a repercussão, o Ministro que irá emitir o relatório determinará a suspensão de 
todos os processos pendentes, sejam individuais ou coletivos, que tratem da mesma questão 
em todo Brasil.
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subs-
crita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a sus-
pensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem 
sobre a questão e tramitem no território nacional.
Conforme o artigo 1.035, § 9º, os recursos, cuja repercussão geral for reconhecida, deve-
rão ser jugados no prazo de até um ano, com preferência sobre os demais feitos, exceto casos 
relativos a réu preso e pedidos de Habeas Corpus.
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano 
e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de 
habeas corpus.
Chamo sua atenção para o fato de que a Constituição Federal estabelece que o Recurso 
Extraordinário não será admitido se a Repercussão geral for afastada por dois terços dos Mi-
nistros do Supremo Tribunal Federal (oito dos onze).
Art. 102 (...)
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§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões 
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão 
do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
recurso esPecIAl (resP)
Conforme comentei, em momento anterior desta aula, o Recurso Especial se presta a exa-
minar matéria de direito quando ocorrer afronta à Lei Federal, cuja competência é atribuída ao 
Superior Tribunal de Justiça, guardião das Leis Federais. Bem, o artigo 105, III, da Constituição 
elenca as hipóteses de cabimento do REsp.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
(...)
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribu-
nais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a 
decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
Compete ao Superior Tribunal de Justiça examinar a contrariedade a Tratado ou Lei 
Federal.
Segundo a Súmula n. 518 do Tribunal de Cidadania:
Para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, não é cabível recurso especial fun-
dado em alegada violação de enunciado de súmula.
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
O julgamento recairá sobre a invalidade de ato de governo local.
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
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Amigo(a), é importante que as decisões conflitantes entre Tribunais sejam sanadas, até 
para que não haja aplicações diferentes entre Tribunais de locais diferentes, ou seja, uma 
mesma situação jurídica com provimento favorável no Tribunal do Rio Grande do Sul e des-
favorável no Rio Grande do Norte. Nesse sentido, poderá ser interposto recurso com prova 
da divergência e menção as circunstâncias em que se identifiquem ou assemelhem casos 
semelhantes, com fulcro no artigo 1.029, § 1º.
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da diver-
gência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, 
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a 
reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva 
fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou asseme-
lhem os casos confrontados.
Segundo a Súmula n. 13 do Superior Tribunal de Justiça:
A divergência de julgados no mesmo tribunalnão enseja recurso especial.
Quanto aos requisitos gerais aplicáveis aos recursos, eles são aplicados ao Recurso Es-
pecial, no qual é preciso pré-questionamento. O prazo para interposição do REsp é de 15 
(quinze) dias e deverão ser considerados os artigos 180, 183, 219 e 229 da Lei de Ritos.
Conforme analisado na interposição do Recurso Extraordinário, o Recurso Especial deve 
ser interposto por petição na qual deverão ser acostados os seguintes requisitos:
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Fede-
ral, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições 
distintas que conterão:
I – a exposição do fato e do direito;
II – a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da diver-
gência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, 
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a 
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reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva 
fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou asseme-
lhem os casos confrontados.
O Recurso Especial (assim como o Extraordinário) será endereçado ao Tribunal e, após 
os autos conclusos, interpostos ao Presidente ou Vice-Presidente para exame de admissi-
bilidade.
As matérias de fato serão analisadas em segunda instância e não pelos Tribunais Superiores, 
os quais examinam matéria de direito.
Do JulgAmento Dos recursos extrAorDInárIos e esPecIAl rePetItIvos.
Amigo(a), quando diversos recursos (Extraordinários ou Especiais) que versam sobre a 
mesma controvérsia jurídica são carreados ao Poder Judiciário, o Presidente ou Vice Pre-
sidente do Tribunal, além do Relator da Corte superior, podem destacar dois ou mais casos 
com fundamentação jurídica idêntica (paradigmas) para serem analisados pelo Supremo ou 
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Tribunal de Cidadania com mais vagar, de maneira mais exauriente e, com isso, analisar uma 
questão jurídica, a qual teria que ser examinada repetidas vezes seja discutida uma vez e tor-
ná-la dotada de repercussão em relação aos demais recursos posteriores os quais possuam 
a mesma fundamentação. A decisão emanada pelas aludidas Cortes possuirá efeito vincu-
lante em relação aos demais processos que tramitam acerca do mesmo tema, os quais fica-
rão sobrestados (suspensos) até a manifestação sobre a causa, o que ocorrerá em relação a 
todos os processos que tramitem em Território Nacional, os quais se encartem na situação 
mencionada.
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com funda-
mento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposi-
ções desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e 
no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal sele-
cionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao 
Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a 
suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no 
Estado ou na região, conforme o caso.
(...)
§ 5º O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos represen-
tativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do 
presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem.
§ 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumen-
tação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Veja, como haverá eficácia vinculante em relação aos demais processos é necessária uma 
argumentação e discussão abrangentes acerca da questão a ser decidida.
Conforme o artigo 1.036, §§ 2º e 3º, da Lei Adjetiva, o interessado poderá requerer a ex-
clusão da decisão de sobrestamento e inadmissão do REsp ou RE quando tiverem sido inter-
postos de modo intempestivo. O recorrente terá o lapso temporal de 5 (cinco) dias para se 
manifestar. Se não for afastado o sobrestamento, será cabível agravo interno ao Tribunal.
Art. 1.036 (...)
2º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de 
sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto 
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intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse 
requerimento.
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno.
(...)
Veja, uma vez selecionados os recursos, o Relator proferirá uma decisão inicial (com iden-
tificação da questão a ser submetida a julgamento e suspensão dos processos coletivos e 
individuais os quais versem sobre a mesma questão). Segundo o artigo 1.037 da Lei de Ritos, 
uma vez selecionados os recursos, no Tribunal Superior, constatando a presença do pressu-
posto no artigo 1.036 (caput), proferirá a decisão de afetação na qual:
I – identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento;
II – determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou 
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional;
III – poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tri-
bunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia.
§ 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de tribunal 
de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior, 
comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revo-
gada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1º .
Chamo sua atenção para o fato de que os recursos afetados serão julgados em até um 
ano, com precedência sobre os demais, salvo nos casos em que há réu preso ou Habeas Cor-
pus. Certo, professor! E se não houver o julgamento em até um ano? Bem, nesse caso, não 
acontece nada, não existe uma previsão de consequência prevista em legislação! O § 5º esta-
belecia o fim da suspensão dos processos após esse lapso temporal, contudo a Lei n. 13.256 
de 2016 revogou esse dispositivo, aliás,é significativa a quantidade de alterações posteriores 
no que se refere ao RE e REsp.
Além do exposto, o Relator poderá adotar as seguintes providências, previstas no artigo 
1.038 da Lei Adjetiva:
Art. 1.038. O relator poderá:
I – solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvér-
sia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno;
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Veja que é possível a participação do amicus curiae.
II – fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhe-
cimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento;
Nesse caso, podem ser ouvidas pessoas com experiência e conhecimento acerca da ma-
téria, com o objetivo de instruir o procedimento.
III – requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a dili-
gência, intimará o Ministério Público para manifestar-se.
A parte final do inciso supracitado, estabelece a obrigatoriedade da participação do Mi-
nistério Público como fiscal da ordem jurídica nos julgamentos de casos repetitivos.
§ 1º No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão praticados, 
sempre que possível, por meio eletrônico.
Cumpre destacar que aqueles que tiveram os processos sobrestados serão intimados 
acerca do sobrestamento e podem demostrar que a questão a ser examinada no RE ou REsp é 
diferente do processo em que se é parte e requerer o prosseguimento da demanda, consoante 
o § 9º do artigo 1.037 da Lei de Ritos, e dessa decisão que resolver esse requerimento caberá 
agravo de instrumento (caso o processo esteja no primeiro grau de Jurisdição) e agravo in-
terno (se a decisão for do Relator) .
§ 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida 
pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o inciso II do caput.
§ 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada 
no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu 
processo.
Consoante o artigo 1.039 da Lei n. 13.105 de 2015, uma vez decididos os recursos afe-
tados, os órgãos colegiados declararão prejudicados os outros recursos que versem sobre 
idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese firmada. Segundo o parágrafo único do 
dispositivo em comento: “Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário 
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afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo 
processamento tenha sido sobrestado”.
Conforme o artigo 1.040, publicado o acordão paradigma:
I – o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos espe-
ciais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a orientação 
do tribunal superior;
II – o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência 
originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido con-
trariar a orientação do tribunal superior;
III – os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso para 
julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior;
IV – se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de con-
cessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente 
ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes 
sujeitos a regulação, da tese adotada.
§ 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a 
sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da con-
trovérsia.
§ 2º Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do pagamento 
de custas e de honorários de sucumbência.
§ 3º A desistência apresentada nos termos do § 1º independe de consentimento do réu, ainda que 
apresentada contestação.
Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordi-
nário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 1º .
§ 1º Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se 
for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou neces-
sário em decorrência da alteração.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras 
questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame 
pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de 
admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais 
questões. (Redação dada pela Lei n. 13.256, de 2016)
Do AgrAvo em recurso esPecIAl e em recurso extrAorDInárIo
Vimos que o Juízo prévio de admissibilidade do REsp e RE compete ao Presidente ou Vice 
do Tribunal de origem. Bem, caso o recurso seja indeferido por eles, será cabível o manejo 
do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário em desfavor da decisão a qual 
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inadmitir o processamento dos aludidos recursos em razão da ausência dos requisitos de 
admissibilidade.
O Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário poderá ser manejado se o REsp 
ou RE não forem admitidos em razão da ausência dos requisitos de admissibilidade, tratados 
no decorrer dessa aula, exceto quando fundada na aplicação de entendimento firmado em re-
gime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos (consoante a parte final 
do artigo 1.042).
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido 
que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de 
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
O prazo para interposição do agravo mencionado é de 15 (quinze) dias, lapso temporal no 
qual o agravante deverá comprovar o cabimento do recurso. A petição da aludida peça recur-
sal será encaminhada ao Presidente ou Vice-presidente do Tribunal de origem e o agravado 
terá o prazo de 15 (quinze) dias para oferecer contrarrazões. Encerrado o prazo para resposta, 
se não ocorrer o juízo deretratação, o agravo será encaminhado ao Tribunal competente a 
fim de ser examinado. Saliento que não é necessário o recolhimento de custas e despesas 
postais, ou seja, pode manter o escorpião no bolso ou na bolsa!
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e 
independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercus-
são geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo 
de retratação.
Essa redação foi determinada pela Lei n. 13.256 de 2016, ou seja, uma alteração posterior 
ao Novo Código de 2015.
§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior 
competente.
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§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou 
extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no re-
gimento interno do tribunal respectivo.
Caso haja a interposição conjunta de REsp e RE, o agravante deverá interpor um agravo 
para cada um dos recursos não admitidos, consoante o parágrafo 6º do artigo 1.042 da Lei de 
Ritos. Quando houver apenas um agravo, o recurso será remetido ao Tribunal competente e, 
em caso de interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Tribunal de Cidadania.
§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deve-
rá interpor um agravo para cada recurso não admitido.
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo inter-
posição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso 
especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal 
para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado.
Dos embArgos De DIvergêncIA
Esse tema me faz lembrar dos tempos da academia, quando eu e outros amigos de fa-
culdade discutíamos (em conflito de ideias saudável) acerca de controvérsias jurídicas... é... 
elas são muitas. Veja, estimado(a) estudante, o Supremo Tribunal Federal é composto por 11 
Ministros e possui turmas e Plenário, já o Superior Tribunal de Justiça possui 33 Ministros, os 
quais compõem as turmas, seções (cujo número total é fracionado), com base nos regimen-
tos internos das aludidas Cortes.
Bem, nessa esteira de raciocínio, quando um Recurso Extraordinário ou Especial é exami-
nado pelo Supremo Tribunal ou Superior Tribunal, respectivamente, e existir uma divergência 
entre órgãos dos próprios Tribunais, é cabível o manejo dos Embargos de Divergência, nas 
hipóteses previstas nos incisos I e III do artigo 1.043 do Novo Código, o qual teve os incisos II 
e IV revogados pela Lei n. 13.256 de 2016.
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que:
I – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro 
órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
(...)
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III – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro 
órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, 
embora tenha apreciado a controvérsia;
As divergências entre os órgãos fracionários, as quais autorizam a interposição de em-
bargos de divergência, podem versar sobre a aplicação de Direito Material ou Processual. Em 
regra, o aludido recurso será manejado quando divergirem os órgãos fracionários. Contudo, é 
possível manejá-los quando o acordão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão 
embargada, desde que a composição dela tenha sido alterada em mais da metade de seus 
membros, conforme estabelece o artigo 1.043, § 3º, da Lei Adjetiva.
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que pro-
feriu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade 
de seus membros.
Cabem Embargos de Divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que pro-
feriu a decisão embargada, consoante o § 3º do artigo 1.043.
Conforme o artigo 1.043, § 4º, da Lei de Ritos, o recorrente deverá provar a divergência por 
meio de cópias, com certidão ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudên-
cia, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodu-
ção de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e 
mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados.
O prazo para a interposição de Embargos de Divergência será de 15 (quinze) dias e o re-
curso mencionado observará os ditames dos regimentos internos da Suprema Corte e Tribu-
nal de Cidadania. Uma vez interpostos os embargos no Superior Tribunal de Justiça, o prazo 
para interposição do Recurso Extraordinário será interrompido.
Art. 1.044. No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido 
no regimento interno do respectivo tribunal superior.
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§ 1º A interposição de embargos de divergência no Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo 
para interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes.
§ 2º Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a conclusão do julgamen-
to anterior, o recurso extraordinário interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento 
dos embargos de divergência será processado e julgado independentemente de ratificação.
Acompanhe comigo as Súmulas n. 168 e n. 316 do Superior Tribunal de Justiça acerca dos 
Embargos de Divergência:
Súmula n. 168:
Não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do tribunal se firmou no 
mesmo sentido do acórdão embargado.
Súmula n. 316:
Cabem embargos de divergência contra acórdão que, em agravo regimental, decide 
recurso especial.
Bem, estimado(a) amigo(a), após essas considerações acerca do tema abordado, vamos 
à nossa bateria habitual de exercícios a fim de verificar como o assunto trabalhado é cobrado 
em prova.
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