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47 Recursos no Processo Civil 6

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· Apelação –
· De toda sentença cabe apelação? NÃO! nós temos sentença que são recorríveis através de recurso inominado, as sentenças proferidas lá no juizado especial, é recorrível por
recurso inominado e não por apelação. Da decisão que decreta a falência cabe agravo de instrumento, temos aqui um exemplo de sentença agravável; da sentença proferida em execução fiscal, a depender do valor dessa sentença, vai caber embargos infringentes e não apelação. Então, da sentença cabe apelação, mas não é de toda sentença que vai caber apelação.
· Vai caber apelação as decisões interlocutórias não agraváveis, que são as decisões que estão fora do rol do ar. 1015 do CPC, essas decisões interlocutórias que não são agraváveis, elas são apeláveis. E quando eu suscito a impugnação a essas decisões? Em sede de preliminar de apelação, então, eu recebi uma interlocutória não agravável, lá no início do processo, e eu só vou poder impugnar essa interlocutória, depois que o processo tramitar, depois que sair a sentença e se eu quiser impugnar essa sentença por meio de apelação, e ai eu interponho essa apelação entra a minha sentença, mas na preliminar da minha apelação, eu realizo a impugnação da decisão interlocutória.
· O que acontece com a preclusão relativa dessa decisão? Ela não preclui, enquanto não sobrevier a oportunidade de apelar. Então, eu recebo uma decisão desfavorável la no início do processo e dela não posso agravar, logo cabe a apelação, então, da data que eu recebi aquela decisão até o momento da apelação, essa decisão não preclui, porque eu tenho a possibilidade, muito tempo depois de suscitar essa decisão em preliminar de apelação, ela só vai precluir, si interpondo recurso de apelação eu deixo de suscitar aquela questão ou ainda se eu deixo de apelar, ai sim a questão preclui.
· A este fenômeno da interlocutória não precluir enquanto eu não tenho a sentença e a oportunidade de apelar, é que se chama de preclusão elástica. Por que preclusão elástica? Porque a oportunidade de se discutir a interlocutória, se eslastece para além do período imediatamente após a sua publicação. É publicada a decisão, mas eu só poderei recorrer dela lá na frente, na preliminar de apelação.
· Se eu Ursulinha, fui vencedor, mas eu recebi uma interlocutória que me foi desfavorável, eu posso apelar. Então, o vencedor, mesmo que os pedidos tenham sido julgados improcedentes, ele pode apelar, caso ele tenha recebido uma interlocutória desfavorável. Logo, é plenamente possível uma apelação, exclusivamente, para discutir uma interlocutória não agravável. A outra alternativa, é que ele pode recorrer da interlocutória no bojo das contrarrazões da apelação, tipo, a parte contraria vai apelar, porque a parte contraria que foi a vencida, e nas contrarrazões da apelação a parte vencedora realiza a impugnação das interlocutórias não agraváveis. Então a parte vencedora não apela, a parte vencida apela, e a parte vencedora recorre nas contrarrazões de apelação, neste caso nós terremos contrarrazões com natureza recursal.
Contrarrazões de contrarrazões - não entendi.
· Peço na apelação erro enudicando ou improcedendo, posso alegar/pedir as duas coisas no meu recurso. É plenamente possível a cumulação de pedidos em sede recursal.
· O recurso de apelação tem o prazo de 15 dias, exceção a apelação que tramita no ECA, o prazo é de 10 dias.
· A petição de interposição de recurso de apelação, é dirigida perante o juízo que proferiu a decisão. Essa interposição pode ser feita por via eletrônico, ou por protocolo físico, via fax e também via correios e etc.
· As contrarrazões dos recursos(isso aqui serve p/qualquer recurso), tem o prazo idêntico a do recurso, então se o recurso de apelação tem o prazo de 15 dias, as contrarrazões vai ser de 15 dias, se for do ECA, que é de 10 dias, as contrarrazões também serão no prazo de 10 dias.
· Sistema Bifásico: você interpõe em um lugar e o julgamento é feito em outro. interposição é feita ao juízo aquo, e o julgamento ao juízo ad quem.
· Na apelação é imprescindível a juntada do comprovante do recolhimento do pré-pago, inclusive porte de remessa e retorno sob pena de decersão, além disso comprovação de feriado local.
- Efeitos da Apelação –
· Efeito devolutivo: falamos lá atrás já.
· Efeito suspensivo: A apelação possui como regra, efeito suspensivo, ou seja, a interposição da apelação suspende a eficácia da decisão recorrida, esse é o chamado efeito suspensivo “op legis” (ñ sei se escreve assim) que é o tipo de efeito suspensivo que decorre de expressa previsão legal.
Exceção: os efeitos da apelação não suspendem a eficácia da decisão, está prevista no paragrafo 1 do art. 1012.
· Hipótese em que a apelação não possui efeito suspensivo:
· Sentença que homologa a demarcação de terras, ela produz seus efeitos imediatamente;
· Condena o pagamento de alimentos, pensão alimentícia;
· Decisão sobre embargos executáveis de improcedência ou de extinção;
· Pedido de instituição de arbitragem;
· Confirma, concede ou revoga tutela de urgência (todos esses produzem efeitos imediatamente)
· Além disso, caso não seja as hipóteses previstas em lei, você pode pleiteia a concessão do efeito suspensivo, quando prevista no §3º e §4º, temos os requisitos para a concessão do efeito suspensivo, que são as probabilidades de provimento do recurso e risco de dano grave ou perigo ao resultado útil do processo.
· Efeito Regressivo:
· Autoriza o órgão aquo a se retratar da decisão
· Quais são as hipóteses em que a interposição da apelação, autoriza a retratação?
Art.331.
· Sentença que indefere a petição inicial, eu apelo dela, o juiz pode se retratar para deferir a inicial, se deferi a inicial quando ela é inepta, falta requisitos. Eu posso apelar e o juiz pode voltar atrás.
· Julgamento liminar de improcedência- art.332. contraria de sumula, julgamento de recurso repetitivo, seja questão unicamente de direito. O juiz dispensa a citação e julga improcedente o pedido imediatamente.
· Sentenças terminativas- são aquelas que extingue o processo sem resolução de mérito, o juiz também pode se retratar.
· Sentenças proferidas no ECA.
- Procedimento da Apelação-
· Como se dar o procedimento do recurso de apelação: primeiro a interposição perante o juízo aquo, nos termos do art.1010, depois de interposto o recurso, o juiz intima a parte contraria para apresentar as contrarrazões, verifica a possibilidade de abrir contrarrazões de contrarrazões, recurso adesivo, aquela coisa toda, não sendo o caso, o juízo aquo remete para o órgão ad quem. Chegando no órgão ad quem, vai se sortear um relator para este recurso, caso não seja a hipóteses de sorteio do relator, vai se distribuir para um relator pré-vento (caso o relator já tenha conhecido desse recurso em algum processo).
· Chegou o processo na mão do relator, o relator agora vai imediatamente realizar um juizo de admissibilidade, esse relator faz um juízo prévio de admissibilidade, mas quando o processo for levado ao colegiado, o colegiado pode reanalisar a admissibilidade do recurso. Então, relator fez a analise da admissibilidade, admitiu o recurso, ele agora vai analisar algumas questões previas antes de propriamente passar o mérito recursal, primeiro, analisar se é o caso de concessão de beneficio da justiça gratuita, isso porque eu posso pleitear a justiça gratuita a qualquer momento do processo, inclusive na interposição do recurso. Também é possível a produção de provas em sede recursal, caso o relator entenda que a matéria demande produção probatória, ele pode converter o julgamento em diligências e determinar a produção das provas. E além disso, verificar a presença de vício sanável, para aplicar o art.932.
· Ler o art. 932 dos incisos III a V–Decisões monocráticas- HIPOTESES. Colegiado/934
· Não sendo a hipóteses de decisão monocrática, o relator vai levar o processo para o julgamento do colegiado, ai chegando lá no colegiado, nós vamos ter 3 julgadores, e um deles será o relator, ai o relator apresenta o relatório que é o resumo do processo, ai se passa a palavra para o MP sefor a hipótese, depois para o recorrente recorrível( sustentação oral), e em seguida o relator vai proferir o seu voto, depois que o relator vota os demais julgadores votam do recurso, depois vai ver o apuramento dos votos se dar ou não provimento, se esse julgamento for não unanime, ai nós temos a complementação do corúm, o julgamento procede com mais dois julgadores que irão votar naquele recurso, ai depois desse julgamento se encerra o julgamento da apelação. Depois do resultado do julgamento, quem vai formular o acordum é o relator, que nada mais é do que o resumo do processo, e as divergências dos votos devem estar aí no acordum. Entendimento do STJ sobre o art. 942. Leiam.
· Julgamento mediato do mérito pelo tribunal:
· É possível quando o julgamento do recurso de apelação, que novas questões de fato, sejam apreciadas pelo tribunal, aqui temos que fazer uma distinção entre fatos novos e fatos superveniente
· Fatos novos – são aqueles fatos que por alguma eventualidade a parte não pode levar o processo em momento oportuno. Então fato novo, não é aquele que aconteceu depois, é aquele que você não tinha levado ao processo ainda. E o que justificar você não ter levado ainda esse fato ao processo? Alguma excepcionalidade, você não tinha conhecimento desse fato, você não tinha documento que comprovasse o fato, enfim, qualquer motivo que possa justificar a ausência desse fato.
· Fatos supervenientes – são aqueles fatos que acontecem depois.
· Tanto o fato novo como o fato superveniente, podem ser lavados ao conhecimento do tribunal, quanto ao julgamento do recurso de apelação.
· Art.1014 – Questões não suscitada em primeiro grau, podem ser trazidas em sede de apelação se a parte demonstrar que não fez por força maior.
· Art. 933, caput – se o julgador constatar a ocorrência de fatos supervenientes, ou fato posterior a interposição do recurso, ou ainda a presença de questões que ele deva apreciar de oficio, o relator deve intimar as partes parasse manifestarem no prazo de 5 dias, e em seguida vai decidir sobre aquilo.
· Possibilidades de o tribunal julgar imediatamente o mérito da causa quanto o julgamento do recurso de apelação: quando o tribunal ao julgar a apelação se viria diante da possibilidade de julgar o mérito da causa? P.ex. O juiz extingue o processo sem resolução do mérito por suposto abandono da causa, este processo já estava instruído já tinha todas as provas não tinha nada a ser feito, a autora apela dizendo que não abandou a causa, que não havia mais nenhuma prova a produzir e por esse motivo não tinha o porquê de ser manifestado, essa apelação chega ao tribunal, o tribunal pode reformar a sentença e dar prosseguimento ao processo para que o juiz der a sentença com resolução do mérito , mas também ele pode reformar a sentença dando conta que o juiz errou, mas ele também ao mesmo tempo que reformar julgar o mérito da causa, para ser mais rápido. Isso é chamado de teoria da causa madura: quando o julgamento do recurso analisar o mérito da causa.
· Artigo 1013, §3º, inciso do I ao IV – possibilidade do tribunal logo de cara julgar o mérito quando for formular a decisão.

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