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Geologia e Paleontologia Urbanas

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Versão online: http://www.lneg.pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/185 Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial III, 1359-1363 
IX CNG/2º CoGePLiP, Porto 2014 ISSN: 0873-948X; e-ISSN: 1647-581X 
Geologia e Paleontologia Urbanas – potencialidades e 
aplicações em três cidades do Algarve 
 
Urban Geology and Paleontology – potential and applications 
in Algarve cities 
 
L. A. Rodrigues1*, M. Agostinho2, R. Manteigas3 
 
 
 
© 2014 LNEG – Laboratório Nacional de Geologia e Energia IP 
 
Resumo: Com base em três exemplos de visitas e respectivos livros 
de Geologia e Paleontologia Urbanas no Algarve (Faro, Lagos e 
Tavira), é feita a problematização e revisão deste tipo de acções em 
Geociências sendo detalhadas as suas potencialidades com base nos 
casos concretos referidos. É feita uma proposta de classificação para 
as diferentes possibilidades de exploração de comunicação e 
educação destas acções com base em três vértices – Ciência, 
Património e Geoturismo. São ainda apresentadas algumas 
especificidades destas visitas concretas nomeadamente a da 
combinação com outras áreas do conhecimento com a História, Arte 
e Arquitectura. 
Palavras-chave: Geologia Urbana, Paleontologia, Geoturismo, 
Comunicação de Ciência, Património Histórico. 
 
Abstract: Based on three examples of visits and associated books of 
Urban Geology and Paleontology in Algarve cities (Faro, Tavira and 
Lagos), we review and put in context these Geosciences activities as 
well as their potentialities in terms of Science outreach and 
communication. 
We discuss and propose a classification of different possibilities in 
communication and education of these actions based on three 
vertices: Science, Heritage and Geotourism. We also present some 
particularities of these visits including merging Geosciences with 
other areas of knowledge namely history, art and architecture. 
Keywords: Urban Geology, Paleontology, Geoturism, Science 
Communication, Historical Heritage. 
 
1Centro Ciência Viva de Lagos, Rua Dr. Faria e Silva 34, 8600-734 Lagos, 
Portugal. 
2Escola Secundária Gil Eanes, Lagos. 
3Historiadora de Arte/NerveDesign. 
*Autor correspondente / Corresponding author: lrodrigues@cienciaviva.pt 
1. Introdução 
A comunicação e divulgação das Geociências pode ser 
levada a cabo de diversas formas mas utilizar as construções 
urbanas – igrejas, monumentos, edifícios e equipamentos 
urbanos - constitui um excelente ponto de partida para 
histórias geológicas, servindo de motor às visitas de 
Geociências, bem como a sua conjugação com outras áreas 
do conhecimento como a História e a Arquitectura. 
As cidades foram e são grandes consumidoras de 
recursos geológicos, oferecendo assim locais privilegiados 
para a divulgação das Geociências bem como à sua 
interligação ao património histórico edificado. 
2. Problematização e revisão 
São vários os exemplos da divulgação das Geociências em 
contexto urbanos, já com alguma tradição, quer em 
Portugal (exs. Silva & Cachão, 1998; Cachão et al., 1999; 
Caetano et al., 2006), quer no estrangeiro, nomeadamente 
e de forma não exaustiva no Brasil (exs. Stern et al., 2006; 
Barreto et al., 2010), em Espanha (ex. Herrero & 
Salamanca, 2011), no Reino Unido (exs. Robinson, 1993, 
1997) ou na Alemanha (ex. Pätzold, 2002). 
As visitas de Geociências em contexto urbano, 
examinando os materiais de construção e eventuais fósseis 
neles presentes permitem diversas formas de exploração 
dos conteúdos científicos associados. Mas não só a 
vertente científica é alvo de possível detalhe durante estas 
actividades mas outras ainda – Património (histórico, 
arquitectónico ou outro) e de Geoturismo. 
Formalizando algumas das possibilidades de análise 
das visitas de Geologia Urbana num diagrama ternário 
cujos vértices sejam Ciência, Património 
(histórico/arquitectónico) e Geoturismo, são várias as 
aproximações e a definição de vários públicos potenciais. 
A figura 1 apresenta algumas possíveis áreas de 
aprofundamento e respectivos públicos-alvo potenciais 
sendo que a exploração deste diagrama implica a não 
limitação rígida de áreas. 
Área 1 - os temas abordados nas visitas terão um 
desenvolvimento mais dirigido para a educação formal, 
sendo as escolas o principal destinatário embora não 
excluindo outros públicos mas sempre com atenção aos 
conteúdos directamente relacionados com a Geologia e 
Paleontologia. Relativamente à educação formal, estas 
visitas permitem também a aplicação de uma das vertentes 
mais importantes desta área do conhecimento: a 
observação dos materiais naturais fora da sala de aula. Os 
principais conteúdos programáticos abordados são: 
Geologia – rochas e minerais: 
- tipos; 
- ambiente de formação; 
- idade; 
- processos de formação; 
Artigo Curto 
Short Article 
1360 L. A. Rodrigues et al. / Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial III, 1359-1363 
 
- deformação. 
Paleontologia – fósseis: 
- principais grupos – sistemática e taxonomia; 
- paleobiologia; 
- tafonomia; 
- paleoambientes. 
Esta abordagem em educação formal de Geociências 
poderá ser rentabilizada não só nas disciplinas de Geologia 
ou da Ciências da Terra e da Vida (currículo português) 
mas cruzando-as com outras áreas dos curricula, a saber: 
História, Geografia ou Artes Visuais. 
Área 2 - será dada particular atenção à vertente 
patrimonial, no sentido dos edifícios e equipamentos 
urbanos com reconhecido valor histórico/arquitectónico. É 
importante referir que este tipo de abordagem às litologias 
utilizadas, sobretudo no património edificado histórico 
(igrejas, por exemplo), poderá também servir de ponto de 
partida para uma sistemática identificação e caracterização 
destes materiais. Este trabalho, que poderá ter o ponto de 
partida neste tipo de obras de divulgação, permitirá, 
quando realizado, ter uma base de dados de litologias para 
trabalhos de recuperação/conservação dos monumentos 
que constituem o valioso património histórico – 
possibilidade abordada no projecto “geoRoteiros” mas 
actualmente não disponível (detalhes in Caetano et al., 
2006). 
Área 3 – um tipo de público, prestador de particular 
atenção ao património histórico e artístico, pode ser 
captado para outras acções que promovam a sua literacia 
científica partindo dessa base de interesse inicial. 
Área 4 – estas actividades de Geoturismo (Brilha, 
2005) poderão fomentar o interesse e participação noutras, 
como passeios e visitas a jazidas com interesse 
paleontológico e geológico, Geoparques, ou outras 
similares. Há assim, penetração junto de outros 
intervenientes em acções de promoção das Geociências em 
ambientes urbanos que não os habituais, podendo 
inclusivamente, no caso de rochas utilizadas em edifícios e 
que tenham afloramentos próximos, criarem-se ou 
difundirem-se acções de Turismo de Natureza que 
promovam a Geodiversidade local ou regional. 
Área 5 - do incremento e esclarecimento de questões 
científicas e respectivas consequências, como por exemplo 
a poluição urbana e os seus efeitos sobre o património 
edificado, proporcionarão um conjunto de informações 
sobre a conservação dos materiais geológicos junto dos 
habitantes da cidade. Desta forma, as Geociências servirão 
para uma maior contribuição efectiva dos cidadãos para os 
órgãos locais e regionais de poder, modificando o modo 
como os cidadãos se relacionam e são geradores de 
participação cívica. A exploração do contexto urbano a 
partir dos seus materiais geológicos também permite a 
abordagem das rochas ornamentais sobre a perspectiva da 
sua importância económica, quer para a economia local, 
quer para a compreensão das dinâmicas de importação e 
exportação de materiais geológicos, num contexto global. 
 
Fig. 1. Diagrama ternário com as diferentes possibilidades de abordagem e exploração em visitas de Geologia e Paleontologia Urbana com base nos 
vértices seleccionados: Ciência (Geologia e Paleontologia), Património (histórico e arquitectónico) e Geoturismo. 
 
Fig. 1. Ternary diagram with different approachand engaging possibilities in Geology and Paleontology Urban visits based on the selected vertices: 
Science (Geology and Paleontology). 
 
 
 
Geologia e Paleontologia Urbanas no Algarve 1361 
 
 
Embora unidos pelo imperativo e pela vontade de 
comunicar as Geociências para diferentes públicos, são 
diversas as metodologias empregues para esse efeito que 
vão da pura inventariação e descrição dos materiais 
geológicos até à relação dos materiais utilizados em 
contexto urbano com contextualização da origem e 
processos de formação desses materiais, do conteúdo 
fossilífero e mesmo do enquadramento da génese das 
várias rochas descritas. Outros trabalhos servem-se das 
visitas de geologia urbana como complemento pontual a 
roteiros de caminhadas e passeios naturais envolvendo a 
Geologia (ex. Herrero & Salamanca, 2011). 
Por outro lado, outros trabalhos aprofundam e detalham os 
tipos de materiais geológicos utilizados em apenas alguns 
dos equipamentos urbanos, nomeadamente os templos 
religiosos. Surge assim uma especificidade de abordagem 
materializada no conceito de Geologia Eclesiástica 
(Sutherland, 2000) que detalha as várias aplicações das 
rochas em edifícios religiosos, esmagadoramente igrejas 
católicas. 
3. Exemplos em três cidades do Algarve – Faro, Lagos e 
Tavira 
Três cidades algarvias foram alvo, durante 2011, 2012 e 
2013, da elaboração e aplicação de três actividades 
distintas de divulgação e promoção das Geociências e do 
Património arquitectónico – Faro (Geo Histórias na Baixa 
de Faro), Lagos (Geologia a Cada Esquina) e Tavira (Do 
Museu Ao Convento). Foram realizadas 11 visitas que 
contaram com 161 participantes – Tavira (3; 61), Faro (1; 
14) e Lagos (7; 86). 
Na sequência da inventariação e da experiência 
adquirida nestas visitas, em Julho de 2014 serão editados 
três livros bilingues (português e inglês), um para cada 
cidade, que servirão de guia e complemento às visitas 
guiadas, quer para um público escolar, quer para o público 
generalista, incluindo-se neste os turistas (Figs 2, 3 e 4). 
Estes livros permitirão a realização de visitas autónomas 
mas também servirão de complemento às visitas guiadas 
que têm sido dinamizadas pelos Centros Ciência Viva 
(CCV) no Algarve. A exploração dos livros será feita de 
forma essencialmente visual e permitirá nestes 
instrumentos o fácil reconhecimento das rochas e fósseis 
detalhados durante as visitas sendo complementada por 
informação histórica e arquitectónica quer das dos locais 
analisados, quer das próprias cidades que integram esses 
locais. 
Para além da sua dimensão natural, os objectos 
analisados apresentam importantes dimensões estéticas, 
históricas ou simbólicas, dado estarem inseridos em 
contextos de património cultural, aliando assim dois níveis 
de leitura das histórias geológicas: o de cariz científico-
natural; o do Património Histórico e Arquitectónico. Os 
livros contextualizam assim também o período histórico 
humano em que foram edificados, com alguma informação 
arquitectónica, permitindo assim o confronto entre duas 
cronologias distintas e por vezes paradoxais: a cronologia 
da História da Terra e a cronologia da História Humana. 
Se por um lado podemos ter rochas procedentes de fases 
iniciais da história do nosso planeta revestindo edifícios 
recentes, também se verifica que estruturas urbanas antigas 
em termos históricos humanos foram edificadas com 
rochas relativamente recentes em termos geológicos. 
Outra das vertentes exploradas nos livros, reflectida a 
partir da análise e identificação de alguns do materiais 
geológicos, é a identificação de relações comerciais 
existentes em séculos passados e que provavelmente ainda 
não foram identificadas. A título de exemplo refira-se a 
presença de uma rocha – “mármore” de Frosterley (Fig. 4), 
presente no púlpito da Igreja de Santa Maria e que tem 
origem provavelmente no Reino Unido. Do confronto do 
material natural presente nesta igreja é possível, com a 
idade e estilo do púlpito, identificar a existência de um 
relacionamento comercial que permitiu a chegada desta 
rocha até à cidade de Tavira. Este exemplo ilustra a 
variedade de leituras e interpretações que as rochas e 
fósseis em contextos urbanos permitem neste tipo de 
visitas. 
Metodologia: 
Na preparação das visitas foram seguidos sobretudo os 
seguintes critérios: diversidade de materiais geológicos 
presentes; existência de vestígios fósseis; variedade de 
edifícios e equipamentos urbanos. Da conjugação destes 
três factores, foram seleccionados em cada cidade um 
conjunto alargado de locais/paragens que permitem 
abordar vários dos temas/conteúdos de Geociências 
anteriormente elencados e que pudessem servir a vários 
tipos de públicos. De cemitérios a praças, de igrejas a 
museus, passando por entradas de edifícios habitacionais e 
ruas pedonais e mesmo muralhas, quase todas as zonas de 
uma cidade que constituíram e constituem a definição 
urbanísticas de uma cidade fazem parte destas visitas e 
livros. 
A identificação e caracterização dos materiais foi feita 
essencialmente pela observação directa e comparação com 
amostras previamente identificadas, seja da bibliografia, 
seja do conhecimento pessoal dos autores, foram ainda 
consultados informalmente alguns especialistas com vista 
à resolução de pequenas inconsistências/dúvidas. Sempre 
que tal não foi possível adoptou-se a estratégia de 
apresentar classificações mais genéricas não sendo 
possível nesses casos enquadrar geográfica e/ou 
cronologicamente os exemplares analisados. 
Dada a natureza essencialmente de divulgação destas 
visitas e livros, bem como a importância patrimonial de 
grande parte dos locais e edifícios que constituem o seu 
cerne, a recolha e posterior análise laboratorial dos 
materiais pétreos não foi efectuada. 
4 Conclusões 
Será incrementado mas já foi realizado trabalho de 
formação junto dos monitores dos CCV no Algarve e que 
deverá ser estendido, num futuro próximo, aos operadores 
turísticos, nomeadamente aos guia-intérprete, vigilantes 
1362 L. A. Rodrigues et al. / Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial III, 1359-1363 
 
dos monumentos ou outros. A edição dos três livros 
bilingues despertará ou consolidará a valência da 
informação em Geociências junto destes profissionais do 
Turismo. 
Haverá, assim, uma penetração das Geociências junto 
dos operadores turísticos permitindo não só um maior 
valor acrescentado aos serviços prestados mas, sobretudo, 
uma diversificação desses mesmos serviços. 
Por último, e baseado numa pequena amostra de inquéritos 
realizados a participantes nas visitas, foi possível identificar 
como principal modificação na atitude dos participantes, a sua 
forma de olhar os monumentos, particularmente o olhar sobre 
os materiais rochosos que os constituem. 
As visitas, acções e publicações de Geologia e 
Paleontologia Urbanas são valiosos instrumentos de que as 
Geociências se podem valer para divulgar e promover um 
incremento na literacia científica bem como podem 
constituir importante contributo destas áreas científicas 
para a diversificação e aumento do valor acrescentado da 
oferta turística em regiões onde esta actividade é vital. 
Estas publicações e visitas contribuirão, ainda que de 
forma indirecta, para aumentar a forma como o grande 
público olha para as Geociências diminuindo aquilo que é 
referido como “um manto de invisibilidade” (Brilha, 2004) 
no que às Geologia e aos geólogos diz respeito. 
 
Fig. 2. A Igreja do Carmo (Faro); B Liós com bivalves rudistas; C mármore negro; D Capela lateral de Nossa Senhora dos Prazeres - Sé Catedral (Faro); E 
pormenor da Capela lateral - brecha, mármore negro e calcário; F decoração da Capela lateral com diversas litologias. 
 
Fig. 2. A Carmo Church (Faro); B Lioz with rudist bivalves; C black marble; D Lateral Chapel of Nossa Senhora dos Prazeres – Sé Cathedral (Faro); E 
Detail of the Lateral Chapel – breccia, balck marble and limestone; F Lateral Chapel ornamentation with distinctlithologies. 
 
Fig. 3. A Praça Gil Eanes (Lagos); B Calçada portuguesa – blocos de calcário branco e negro; C Rodapé de edifício – vários tipos de calcário; D Ombreira 
de porta – sienito nefelínico polido; E Monumento ao Rei D. Sebastião de João Cutileiro – diferentes tipos de mármores. 
 
Fig. 3. A Gil Eanes square (Lagos); B Calçada Portuguesa – white and black limestones; C building façade – diverse limestones; D Doorpost – polished 
nepheline syenite; E Statue of King D. Sebastião – various types of marble. 
Geologia e Paleontologia Urbanas no Algarve 1363 
 
 
 
Agradecimentos 
Os autores gostariam de agradecer: 
− Agência Nacional Ciência Viva principal contribuidor 
para a edição; 
− Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (Portimão) 
pelo apoio à edição; 
− Padres Flávio Martins (Igreja de Santa Maria, Tavira), 
Pedro Manuel (Sé Catedral, Faro), Armando Filhó 
(Igreja de São Sebastião, Lagos), Miguel Neto 
(Pastoral do Turismo, Diocese do Algarve); 
− Dr. Jorge Queiroz (Museu Municipal de Tavira) pelo 
apoio desde a primeira fase deste projecto; 
− Doutor Jorge Carvalho (Laboratório Nacional de 
Energia e Geologia) pelo incansável apoio na 
identificação de amostras; 
− Professores Doutores Mário Cachão 
(FCUL/Universidade de Lisboa) pelo apoio na 
identificação e descrição de amostras; 
− Professor Doutor Carlos Marques da Silva 
(FCUL/Universidade de Lisboa) pelo apoio na 
identificação e descrição de algumas amostras e a 
cedência de ilustrações; 
− Sr. Rui Salve Rainha (Igreja e Cemitério do Carmo, 
Tavira). 
Referências 
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Rochas ornamentais na geologia urbana: Uma das sete maravilhas 
portuguesas no mundo. VIII Congresso Nacional de Geologia, 15, 
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Brilha, J., 2004. A Geologia, os Geólogos e o Manto da 
Invisibilidade. Comunicação e Sociedade, 6, 257-265. 
Brilha, J., 2005. Património geológico e geoconservação: a 
conservação da natureza na sua vertente geológica. Palimage 
Editores, Viseu, 190 p. ISBN: 972-8575-90-4. 
Cachão, M., Freitas, M.C., Silva, C.M., 1999. Geologia Augusta: 
Património, Geologia urbana e Cultura. Comunicações I 
Seminário Património Geológico Português, Lisboa, 10 p. 
Caetano, P.S., Verdial, P.H., Lamberto, V., Gomes, A., Freire, R.V. 
2006. Geologia eclesiástica na cidade de Lisboa. O exemplo da 
Igreja do Convento dos Cardaes. Livro Resumos VII Congresso 
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Herrero, A.D., Salamanca, J.V., 2011. De roca a roca, descubre el 
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Segovia, Concejalía de Turismo, Segovia. ISBN: 978-84-938461-
1-4. 
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University Press, Oxford, 292-295. 
Fig. 4. A Púlpito da Igreja de Santa Maria (Tavira); B «Calcário fétido» de S. Pedro 
(mármore); C Calcário indeterminado; D Brecha da Arrábida; E Calcário de Frosterley 
com secções de corais; F Madeira decorada com motivos pétreos. 
 
Fig. 4. A Pulpit of Santa Maria Church (Tavira); B "Fetid limestone" of São Pedro 
(marble); C Undetermined limestone; D Arrábida breccia; E Frosterley marble with coral 
sections; F Decorated wood with rock motifs.

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