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TORQUEAMENTO

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INSTRUÇÃO DE TRABALHO 
IT 5030-00349 - TORQUEAMENTO DE PARAFUSOS 
Nº Revisão: 2.1| Data: 12/07/2018
Nº Revisão: 2.1| Data: 12/07/2018
1
1.	OBJETIVO	2
2.	ABRANGÊNCIA	2
3.	REFERÊNCIAS	2
4.	ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES	2
5.	INSTRUÇÕES	2
5.1	Escolha e verificação dos parafusos	2
5.2	Verificação das forças atuantes na união flangeada	3
5.3	Relações do flange com o parafuso	3
5.4	Instalação e aperto dos parafusos	3
5.4.1	Lubrificação	4
5.4.2	Especificação do lubrificante utilizado	4
5.5	Aferições dos equipamentos de torque	5
5.6	Torqueamento dos parafusos	5
5.7	Procedimento de aperto	5
5.8	Etiqueta de controle	6
6.	Disposições GERAIS	6
DEFINIÇÕES	7
Anexos	8
Informações de Controle	14
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 5030-00349 - TORQUEAMENTO DE PARAFUSOS
1. OBJETIVO
Esta Instrução Técnica tem o objetivo de estabelecer um controle para a tarefa de torqueamento em parafusos de equipamentos, tubulações, estruturas metálicas, válvulas e outros. 
2. ABRANGÊNCIA
Manutenção Q4 DCX, PE9 DCX, PP5 DCX.
3. REFERÊNCIAS
· ASME B31.3 Code for Process Piping.
· ASME PCC-1 Guidelines for Pressure Boundary Bolted Flange Joint Assembly.
4. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
Manutenção/Execução 
· Executar o Torqueamento dos Parafusos seguindo os parâmetros contidos nesta IT.
5. INSTRUÇÕES
Antes do início dos trabalhos de manutenção deve ser obtida uma Permissão de Trabalho conforme a norma da Braskem, onde são definidos os requisitos de segurança para a execução das atividades.
EPI’s específicos devem ser selecionados em função da natureza dos serviços.
Certificar-se da existência, no local de trabalho, do procedimento de sua execução.
5.1 Escolha e verificação dos parafusos
Assegurar a conformidade dos parafusos a serem aplicados em relação aos especificados no projeto;
Verificar por amostragem em cada lote, as seguintes características de acordo com o projeto e especificações adotadas: identificação dos parafusos na face superior da cabeça hexagonal, das porcas e das arruelas, conforme simbologia e especificações da ASTM; dimensões; estado geral (amassamentos de roscas, empenamento, trincas, corrosão, etc) e existência de certificado de qualidade;
As superfícies devem estar isentas de imperfeições ou materiais estranhos para assegurar perfeito contato.
5.2 Verificação das forças atuantes na união flangeada
1. Força Radial
É originada pela pressão interna e tende a expulsar a junta. 
2. Força de Separação
Também é originada pela pressão interna e tende a separar os flanges.
3. Força dos Parafusos 
É a força total exercida pelo aperto dos parafusos. Está força têm como objetivo, esmagar a junta, compensar a força de separação causada pela pressão interna e ser suficiente para manter uma pressão residual sobre a junta, evitando o vazamento do fluido. 
4. Pressão Residual
Do ponto de vista prático, a pressão residual deve ser “N” vezes a pressão interna, de modo a manter a vedação. Este valor de “N” é conhecido como fator “m” no Código ASME e varia em função do tipo de junta. O valor de “m” é a razão entre a pressão residual (força dos parafusos menos a força de separação) sobre a junta e a pressão interna do sistema. Quanto maior o valor de “m”, maior será a segurança do sistema contra vazamento.
5. Carga do Flange
É a força que comprime os flanges contra a junta. Inicialmente é igual à força dos parafusos, após a pressurização do sistema é igual à dos parafusos menos a força de separação. 
Segue em anexo a figura de todas as forças atuantes.
5.3 Relações do flange com o parafuso
Antes de colocar os parafusos, deve-se observar as tabelas em anexo, onde é relacionado o número de parafusos, o diâmetro nominal dos parafusos e o diâmetro nominal dos flanges relativos à tubulação conforme a norma ANSI/ASME B.16.5.
5.4 Instalação e aperto dos parafusos 
No aperto dos parafusos distingue-se o aperto inicial e o aperto residual. O aperto inicial tem por finalidade fazer com que a junta se adapte o mais perfeitamente possível às faces dos flanges, amoldando-se a todas as imperfeições e irregularidades que possam existir. Esse aperto, que deverá ser suficiente para causar o escoamento do material das juntas, será tanto mais forte (mas de forma controlada) quanto maior for a resistência a deformação do material da junta. Já o aperto residual tem por objetivo combater o efeito da pressão interna no tubo, que tende a separar os flanges. Esse aperto terá que ser tanto mais forte quanto maior for a pressão interna (tubulação). 
Proceder com um aperto inicial de encosto utilizando chaves manuais. Não utilizar cabo de força improvisado ou outros recursos que possam provocar acidentes ou apertos excessivos;
Utilizar arruelas nos locais especificados conforme o projeto. Onde nele deverão prever arruelas endurecidas sob o elemento que gira durante o aperto, devendo ser usadas arruelas biseladas endurecidas para compensação de falta de paralelismo quando uma das faces externas das partes aparafusadas tiver mais de 1:20 de inclinação em relação ao plano normal ao eixo do parafuso. 
5.4.1 Lubrificação 
O uso de lubrificante é muito importante, estudos mostram que o Fator de aperto (K) pode apresentar grandes variações dependendo do tipo de lubrificante utilizado. É visto que há uma perda de 80% do torque aplicado quando são usados parafusos corroídos ou sem lubrificação. Utilizar apenas lubrificante compatível com a aplicação. Segue abaixo passos importantes para a aplicação ideal.
1- Remover o estojo para uma inspeção, e verificar se o mesmo pode ser reutilizado.
2- Escovar o estojo retirando toda camada de oxido. 
3- Aplicar lubrificante em quantidade necessária e uniformemente na rosca e nas superfícies de aperto dos parafusos, porcas e arruelas. 
4- Assegurar de que o lubrificante não contamine a junta ou superfície de contato do flange. 
5.4.2 Especificação do lubrificante utilizado
GRAXA; GRAU: NLGI 1; MATERIAL: NÃO APLICÁVEL; COMPOSIÇÃO: DISSULFETO DE MOLIBDÊNIO E GRAFITE SINTÉTICO; FUNÇÃO: LUBRIFICÇÃO; ADITIVO: NÃO APLICÁVEL; CARACTERÍSTICAS: ALTA TEMPERERATURA 1315 GRAUS CELSIUS; EMBALAGEM: BALDE DE 10 KG; REFERÊNCIA: 550 EXTREME; FABRICANTE: JET-LUBE.
5.5 Aferições dos equipamentos de torque
Aferir diariamente os equipamentos de torque para cada diâmetro de parafuso a torquear, utilizando dispositivo mecânico ou hidráulico de aferição ou aferir contra torquímetro padrão calibrado e certificado reservado para este fim. Assegurar a aplicação do torque adequado. 
5.6 Torqueamento dos parafusos
Utilizar os equipamentos de torque (ver Itens em anexo) aferidos de modo a estabelecer uma tensão prévia 5% acima da tensão mínima especificada para cada tipo de parafuso, onde a tensão mínima corresponde a aproximadamente 70% da resistência mínima a tração. Assegurar a aplicação de força de pré-tensão, porém sem chegar aos níveis de deformação permanente ou colapso do parafuso. Para um bom torqueamento, devemos seguir uma determinada sequência, que está relacionada com o número de parafusos a serem torqueados (ver Item em anexo). 
Existem dois métodos de torqueamento a serem utilizados neste procedimento:
O primeiro diz respeito ao torqueamento de parafusos localizados em secções de equipamentos, onde o torque a ser aplicado, deve ser calculado previamente pelo corpo de engenharia e projeto da Braskem. 
O segundo diz respeito ao torqueamento de parafusos localizados em uniões flangeadas de tubulações, onde serão utilizadas as Tabelas (ver Item em anexo), para uniões flangeadas de acordo com a Norma ANSI/ASME B.16.5.
5.7 Procedimento de aperto
Instalação: Dar um primeiro aperto em todas as porcas manualmente, e nunca ultrapassar 20% do torque final. Parafusos muito grandes podem requerer a utilização de uma pequena ferramenta manual.
1°passo: Apertar cada porca até aproximadamente 30% do torque final especificado, seguindo a sequência cruzada. Assegurar que os flanges mantenham o paralelismo em cada etapa do aperto.
2°passo: Apertar cada porca até aproximadamente 60% do torquefinal especificado, seguindo a sequência cruzada.
3°passo: Apertar cada porca até atingir o torque final especificado, seguindo a sequência cruzada.
4°passo: Aplicar o torque final em todas as porcas no sentido horário até que não haja mais rotação das porcas.
5°passo: Repetir o 4° passo pelo menos 4 horas após a instalação antes de energizar o sistema.
5.8 Etiqueta de controle
Utilizar a etiqueta, para obter um controle do serviço executado e a verificação da quantidade do torque aplicado. 
6. DISPOSIÇÕES GERAIS
Diante de dificuldades ou dúvidas para a realização correta da tarefa, o executante deverá solicitar uma orientação para os técnicos, supervisor e/ou responsável do setor. Qualquer não conformidade referente a este documento deverá ser relatada no relatório de manutenção para que se possam tomar as ações corretivas necessárias. O integrante não poderá se omitir e deverá procurar esclarecimento junto à área responsável pela emissão do documento.
Jefferson Monteiro de Paula Dias
Coordenador de Confiabilidade
DEFINIÇÕES
Torquímetro: O torquímetro é uma ferramenta especial destinada a medir o torque (ou aperto) dos parafusos conforme a especificação do fabricante e do equipamento. Ver alguns tipos de torquímetros nos (itens em anexo).
Os mais utilizados são:
Torquímetro manual: Utilizado para parafusos de pequeno diâmetro. Devido a sua facilidade de manuseio e precisão é muito rápido e prático.
Torquímetro hidráulico: Utilizado para toque e parafusos de maiores diâmetros. Exige operador treinado para a sua operação, que é mais lenta que o torque manual.
Arruelas biseladas: Arruelas que tiveram os seus cantos biselados, ou seja, retirada dos cantos vivos, fornecendo a eles um pequeno raio de curvatura.
EPI: Equipamento de Proteção Individual.
IT: Instrução Técnica.
SAP: Software de Gestão da Manutenção da Braskem.
 
ANEXOS
ANEXO 1 - FIGURA DAS FORÇAS ATUANTES NA UNIÃO FLANGEADA
ANEXO 2 -TABELAS DA RELAÇÃO DOS PARAFUSOS COM OS FLANGES E O TORQUE RECOMENDADO PARA UNIÕES FLANGEADOS DE TUBULAÇÕES (CLASSES DE PRESSÃO 150# A 2500#)
	
 
 
ANEXO 3 - FIGURA DO TORQUIMETRO MANUAL
ANEXO 4 - FIGURAS DE MÁQUINA DE TORQUE HIDRÁULICA
ANEXO 5 - SEQUÊNCIA DE TORQUEAMENTO PARA FLANGES COM 8, 12, 16, 20, 24 PARAFUSOS
ANEXO 6 - ETIQUETA DE CONTROLE
INFORMAÇÕES DE CONTROLE
Controle de alterações:
	Data
	Versão
	Integrante de Apoio
	Alteração feita
	12/07/2018
	2.0
	Nathalia Nobre
	Alteração de conteúdo e layout
	01/06/2020
	2.1
	Nathalia Nobre
	Alteração de conteúdo
	
	
	
	
Idiomas:
	Idioma(s):
	Idioma Principal:
	|_| Inglês |_| Alemão |X| Português |_| Espanhol
	Outro(s) Idioma(s):
	|_| Inglês |_| Alemão |_| Português |_| Espanhol
Áreas / Regiões envolvidas no desenvolvimento desta Instrução de Trabalho:
	Deveres
	Nome
	Área / Região
	Data de aprovação
	Integrante de apoio
	Nathalia Nobre
	Manutenção DCX
	12/07/2018
	Revisor:
	Nathalia Nobre
	Manutenção DCX
	12/07/2018
	Revisor:
	
	
	
	Responsável:
	Jefferson Monteiro de Paula Dias
	Manutenção DCX
	12/07/2018
	Deveres
	Nome
	Data de Aprovação
	Revisor de Controles Internos
	
	
image1.png
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image7.png
image8.emf
N.mKgf.mLb.ft
1/21/2446534
3/41/2446534
11/2477857
1 1/41/2492968
1 1/21/2492968
25/8418419136
2 1/25/8418419136
35/8418419136
45/8818419136
53/4830731227
63/4830731227
83/4830731227
107/81249250363
127/81249250363
1411276878567
1611676878567
181 1/8161091111805
201 1/8201091111805
241 1/42015371571133
K = 0,17
150 psi
DNBolt DiameterNb
Torque
image9.emf
N.mKgf.mLb.ft
1/21/2446534
3/45/8461645
15/841081179
1 1/45/8415416113
1 1/23/4423024170
25/8816116119
2 1/23/4821522159
33/4826927198
43/4830731227
53/4830731227
63/41230731227
87/81249250363
1011676878567
121 1/8161091111805
141 1/82095397703
161 1/4201345137992
181 1/42415371571133
201 1/42415371571133
241 1/22421512191587
300 psi
DNBolt DiameterNb
K = 0,17
Torque
image10.emf
N.mKgf.mLb.ft
1/21/2446534
3/45/8485962
15/841311396
1 1/45/841311396
1 1/23/4424625181
25/881311396
2 1/23/4818419136
33/4827728204
47/8846147340
51869171510
611269171510
81 1/81295397703
101 1/4161345137992
121 1/4201345137992
141 1/82018291861349
161 1/22021512191587
181 5/82029202982153
201 5/82429202982153
241 7/82453785483967
600 psi
DNBolt DiameterNb
K = 0,17
Torque
image11.emf
N.mKgf.mLb.ft
1/23/4492968
3/43/4492968
17/8415416113
1 1/47/8422323164
1 1/21438439283
27/8826127193
2 1/21842343312
37/8838439283
41 1/8869171510
51 1/481291132952
61 1/81279981589
81 3/8121291132952
101 3/8161291132952
121 1/22015211551122
141 1/22019672011451
161 5/82024122461779
181 7/82039804062935
2022043794473230
242 1/22071457295270
900 psi
K = 0,17
DNBolt DiameterNb
Torque
image12.emf
N.mKgf.mLb.ft
1/23/441081179
3/43/441081179
17/8416917125
1 1/41433034244
1 1/21 1/8446147340
21830731227
2 1/21 1/8840041295
31 1/4869171510
41 1/281152118850
51 3/4819511991439
62828732932119
821228732932119
102 1/21247174813479
122 3/41276067765610
14
16
18
20
24
K = 0,17
2500 psi
DNBolt DiameterNb
Torque
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