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TÉCNICAS CONSTRUTIVASTÉCNICAS CONSTRUTIVAS
SERVIÇOS PRELIMINARESSERVIÇOS PRELIMINARES
Autor: Me. Kleber Aristides Ribeiro
Revisor : C ícero de Deus Rosa F i lho
IN IC IAR
introdução
Introdução
Olá! Nesta disciplina, iremos analisar e avaliar as condições do terreno e seu entorno, inclusive as
orientações do sol, vento e �uxos de água, pois serão nessas e em outras informações que você,
como futuro(a) engenheiro(a), irá se basear para desenvolver projetos para a construção de uma
edi�cação ou uma obra de arte especial.
Será necessário, ainda, conhecer as principais etapas de uma obra e quais atividades e métodos
utilizados para a execução da infraestrutura e superestrutura de uma construção. Contudo, você
precisa ter conhecimento das principais normas envolvidas em cada etapa, as quais lhe darão
parâmetros de controle de qualidade ao longo do desenvolvimento do projeto, da execução ou do
tipo de material a ser empregado em cada fase da edi�cação e a importância das recomendações
técnicas, como base pro�ssional.
Nesta unidade, veremos os serviços preliminares utilizados para a concepção dos projetos
arquitetônicos, estruturais e legais, além dos projetos de elevações, ventilação e iluminação natural
ou arti�cial. Veremos, também, a importância dos projetos planialtimétricos e do per�l geotécnico
para a movimentação de terra do terreno e, por �m, o planejamento do canteiro de obras e o
controle deste em todas as etapas da construção.
Antes de falarmos propriamente dos serviços preliminares, você deve conhecer as principais fases
de uma construção, ou seja, quais etapas podem ser realizadas desde a concepção da construção
até a sua entrega.
Observe, na Figura 1.1, um exemplo de estrutura analítica de projeto:
Após a análise da estrutura analítica de projetos, podemos perceber que a primeira etapa é utilizada
por incorporadoras, pois, para veri�car a viabilidade técnica/econômica da construção de um
edifício, são necessárias informações acerca do terreno, de sua área (bairro residencial, comercial ou
misto), da avaliação dos atrativos e/ou facilidades – como metrô, linhas de ônibus, hipermercados,
praças, escolas, shopping, entre outros –, e do tipo de legislação do município e de suas possíveis
Serviços PreliminaresServiços Preliminares
Figura 1.1 - Estrutura analítica
Fonte: Elaborada pelo autor.
restrições. No caso da construção de uma casa residencial, essa primeira etapa é de�nida pelo
próprio cliente, entretanto, algumas vezes, é necessário seu auxílio para identi�car o melhor local
para construir.
Visto isso, podemos partir para os serviços preliminares. Para a construção de uma edi�cação, casa
térrea ou de um prédio de 20 andares, você deverá identi�car a situação do terreno, seja no âmbito
legal, em prefeitura e/ou cartórios, ou em relação às condições do terreno.
Na parte destinada à avaliação do terreno, devem-se veri�car os tipos de construções do bairro, os
tipos de vias, frente para via ou frente e fundos para vias principais e secundárias, ou se �ca na
esquina de quarteirão. Antes de iniciar a construção, faz-se necessário, também, veri�car a
existência de vizinhos e as condições de suas edi�cações. No tocante ao âmbito legal, é
imprescindível conhecer ou pesquisar sobre a área onde será realizada a construção, seguindo os
preceitos da legislação federal, estadual e municipal, como o caso do plano diretor da cidade.
A análise das restrições e das normas técnicas para execução do projeto também faz parte dos
serviços preliminares. No Manual de Licenciamento de Projetos (2019), as restrições urbanísticas são
apresentadas como na Figura 1.2 e nos itens que seguem.
Figura 1.2 - Restrições (recuos: frente, lateral e fundos)
Fonte: Adaptada de Manual de... (2019).
Projeto Geométrico ou Planialtimétrico
Após os levantamentos das informações sobre o terreno e com as documentações em ordem, seja
do cliente – pessoa física – ou da incorporadora, deve-se realizar o fechamento do perímetro e a
colocação da placa dos projetistas e do engenheiro responsável pela obra.
Em seguida, deve-se realizar o levantamento planialtimétrico, utilizando-se de alguns aparelhos que
podem ser alugados com seguro, para evitar custos adicionais, ou ser do próprio engenheiro. Dentre
os principais aparelhos usados, pode-se destacar:
Taxa de Ocupação:
Coe�ciente de aproveitamento:
Gabarito:
Recuo:Área computável:
Área não computável:
A.  teodolitos com balizas e/ou réguas estadimétricas “mira”;
B.  nível ótico ou de código de barras que também se utiliza de balizas e/ou régua estadimétricas;
C.    estação total, que utiliza o prisma como referência de pontos, seja para medidas verticais ou
horizontais, reduzindo o tempo de levantamento, porém, com um custo maior.
Ao realizar o levantamento topográ�co, é possível obter as condições do terreno em relação às
medidas horizontais e compará-las com as do cartório de registro de imóveis; assim, pode-se
veri�car se os resultados conferem ou se será necessário alterá-los na escritura. Um exemplo do
levantamento planialtimétrico pode ser veri�cado na Figura 1.3:
Na Figura 1.3, é ilustrado o levantamento planialtimétrico, o que apresenta as diferenças de altura
sempre em relação a algum ponto de referência ou Referencial de Nível ( RN ), que pode ser a
calçada, um poste, a boca de lobo ou a guia da esquina, pois são pontos que di�cilmente serão
alterados ao longo da construção. Quanto mais pontos de referência você tiver, menor será a
probabilidade de perder essa referência; se houver um marco próximo à obra, este será o melhor
ponto de referência da construção (ABNT, 1994).
Uma vez conhecido o RN, podem-se realizar as medições das diferenças de altura do terreno ( H e h
), com o uso de um nível ótico ou nível com código de barra. No caso de levantamento planimétrico,
utiliza-se o teodolito, e, com o auxílio da bússola, é possível referenciar o norte magnético para
de�nir o Azimute à direita ( Az ) do terreno. Após a de�nição do norte magnético ( NM ) e do
azimute, são levantados os ângulos internos ou externos do terreno, à direita ou à esquerda ( ad ),
também com suas devidas distâncias frontais e laterais do terreno ( L e L ).
O levantamento também pode ser realizado utilizando a estação total, pois, por meio dela, você
consegue identi�car os ângulos de azimute, inclusive os ângulos internos e/ou externos ao terreno,
além de seu desnível, apresentando, ao �nal, o levantamento planialtimétrico com maior precisão.
Figura 1.3 - Levantamento planialtimétrico
Fonte: Elaborada pelo autor.
1 2
Para o levantamento altimétrico, é necessário mapear o terreno com piquetes de madeira, ou
material apropriado para o tipo de solo, e estes devem estar espaçados de cinco em cinco metros
para reduzir o tempo de levantamento; também poderá realizar em espaçamentos de metro em
metro, mas o tempo de levantamento será maior, contudo, com maior precisão nas diferenças de
alturas.
Por meio da ilustração da Figura 1.4, é possível obter as informações do mapeamento apresentado
na Figura 1.3, em que L e L = 20 m.
Figura 1.4 - Levantamento altimétrico do terreno
Fonte: Elaborada pelo autor.
Outra forma de se obter o levantamento altimétrico seria pelo uso da mangueira de nível, utilizando-
se de água com corantes para facilitar a visualização de seu nível, e piquetes distribuídos
uniformemente no terreno, da mesma forma de malha, para identi�car as diferenças de nível em
relação ao RN de�nido. Esse é um equipamento rudimentar, porém, se utilizado de forma precisa, é
possível obter os mesmos resultados que com um aparelho de nível, conforme ilustrado na Figura
1.5.
saiba mais
Saiba mais
A topogra�a é muito importante para a construção civil e
deve ter alta precisão. Assista, no YouTube, à reportagem
indicada, sobre o erro que ocorreu em um levantamento
topográ�co.
ASS I ST IR
1 2
Você, como engenheiro(a) de obras, deverá orientar sua equipe em relação a esse tipo de
levantamento, pois,durante as leituras, o bocal da mangueira não deverá estar fechado ou
tampado, pois, caso isso ocorra, as leituras estarão erradas. Para que exista o nivelamento da água
“vasos comunicantes”, quem estiver no ponto de referência (RN) deverá controlar o nível d’água para
que o outro possa marcar no outro ponto; esses pontos podem ser nos pontaletes do fechamento
do perímetro, ou, caso não exista, você poderá instalá-los no dia anterior ao levantamento. Após as
marcações dos níveis nos pontaletes ou no fechamento do perímetro, é possível amarrar arames em
um ponto e esticá-lo até o outro lado e amarrá-lo para que possam ser realizadas medidas desses
arames até a altura do terreno, sempre conferindo com a mangueira de nível se a linha se encontra
em nível com o RN.
Lembrando que o pontalete deve estar �xo a, pelo menos, 1,0 metro de profundidade por
compressão, “cravado” ou escavado (com cavadeira manual), e concretado para sua �xação. Outra
ferramenta muito utilizada é a trena, com a qual é possível identi�car os ângulos internos com as
medidas do perímetro do terreno. Com três medidas – uma frontal (3,0 m), uma lateral (4,0 m) e
uma que liga esses dois pontos – é possível obter a hipotenusa e, consequentemente, seu ângulo.
Com os dados obtidos com o levantamento planialtimétrico (ou seja, com as medidas horizontais e
verticais de um terreno em mãos), estes serão utilizados para a movimentação de terra, pois, com
eles, é possível avaliar o volume para corte e aterro ou, se necessário, o bota fora ou empréstimo de
terra. Contudo, você ainda terá que identi�car as características dos solos desse terreno, para,
assim, saber o quanto esse material irá empolar, aumentar o volume e o que será transportado.
Projeto Geotécnico
O projeto geotécnico é obtido por meio da investigação geológica e geotécnica, a qual se utiliza da
sondagem de simples, reconhecimento com Standard Penetration Test (SPT) ou Teste de Penetração
Padrão. Essa sondagem é de suma importância para a construção, pois ela identi�ca as condições
do solo para que se tenham os parâmetros mínimos para construção, obtendo as seguintes
informações: amostragem de solo por camadas identi�cadas; análise de resistência por camadas e
Figura 1.5 - Levantamento altimétrico por mangueira de nível
Fonte: Elaborada pelo autor.
determinação no Nível da Água no solo. Além do SPT, temos outros métodos como: sondagem a
trado manual, mista e métodos geofísicos para análise do solo local. Aqui será apresentado o mais
utilizado: o método SPT.
reflita
Re�ita
A linha amarela do metrô de São Paulo teve problemas em razão de erros em
sondagens e caracterização do solo. Dessa forma, podemos ver a importância da
investigação geotécnica na construção civil. Re�ita sobre a importância da
sondagem no terreno.
Você sabe como é executado o teste da sondagem com SPT? Esse teste é realizado com
procedimentos e equipamentos padrões que seguem as normas NBR 8036 (ABNT, 1983) e NBR 6484
(ABNT, 2001). Os procedimentos seguem alguns parâmetros: primeiro, deve-se avaliar a quantidade
e localização de furos, porém, a quantidade de sondagens e sua localização em planta irá depender
de:
tipo da estrutura;
características;
condições geotécnicas do subsolo.
A sondagem deve ser su�ciente para fornecer uma provável variação das camadas do subsolo do
terreno. Entretanto, a NBR 8036 indica a quantidade de furos, conforme apresentado no Quadro 1.1:
Quadro 1.1 - Quantidade de furos em relação à área
Fonte: Adaptado ABNT (1983).
Área (m²) Quantidade de furos
Até 200 2
200 a 600 3
600 a 800 4
800 a 1000 5
1000 a 1200 6
1200 a 1600 7
1600 a 2000 8
2000 a 2400 9
Acima de 2400 Critério do Projetista
Para de�nir onde os furos serão realizados, deve-se mapear de forma que um ponto não �que no
mesmo alinhamento longitudinal ou transversal do terreno; porém, caso exista algum ponto com
carga muito elevada, este não seguirá os parâmetros de alinhamento (BUDHU, 2017), como segue
ilustrado na Figura 1.6:
Após de�nirmos a quantidade e localização dos furos, devemos acompanhar a realização da
perfuração e identi�car se o processo está ocorrendo em conformidade com a NBR 8036. Os
equipamentos para execução do processo de sondagem à percussão SPT são:
1. Tripé
2. Haste
3. Tubo de revestimento
4. Reservatório d’água
5. Peso de 65 kg (P)
6. Trépano ou broca de lavagem
7. Barrilete amostrador padrão
8. Conjunto moto-bomba
9. Três pro�ssionais: um sondador e dois ajudantes
A Figura 1.7 ilustra os equipamentos utilizados na sondagem à percussão SPT:
Figura 1.6 - Quantidade e localização dos furos
Fonte: Adaptada de Budhu (2017).
Figura 1.7 - Sondagem à percussão SPT
Fonte: Elaborada pelo autor.
Antes de começar, entretanto, a sondagem, é necessário iniciar o furo com o auxílio de uma
cavadeira e/ou um trado manual. Assim que chegar a um metro de profundidade, já é possível
identi�car o tipo de solo retirado por meio do teste tátil-visual. Após a perfuração manual, iniciam-se
as conexões do amostrador nas tubulações e, a partir desse momento, crava-se o amostrador até
atingir a profundidade de -1,55 m e inicia-se a contagem dos golpes de 15 em 15 centímetros, até
alcançar os -2,00 m.
A cada 15 centímetros é contabilizada a quantidade de golpes; depois, somam-se o primeiro e o
segundo segmento de 15 cm e de�ne-se o primeiro valor de NSPT (número de golpes SPT); depois,
somam-se o segundo e o terceiro segmento de 15 cm para análise da segunda situação de NSPT.
Com os dados obtidos na amostragem tátil-visual dos primeiros 55 centímetros de cada metro, é
possível avaliar o tipo de solo; entretanto, nos últimos 45 centímetros que obtiveram os golpes, o
material é levado a laboratório para caracterização e classi�cação do solo.
Para Budhu (2017), a profundidade a ser de�nida está relacionada a algumas condições do solo. São
elas:
Em argilas, os furos devem penetrar de uma a três vezes a largura da fundação proposta
abaixo da cota de assentamento da fundação, ou até que o acréscimo de tensão seja
inferior a 10% (o que for maior).
Em solos arenosos compactos, os furos devem penetrar 5,0 m a 6,0 m para provar que a
espessura da camada é adequada.
Os furos devem penetrar ao menos 3,0 m em rocha.
Os furos devem penetrar abaixo de quaisquer aterros ou solos muito moles abaixo da
estrutura proposta.
A profundidade mínima dos furos deve ser de 6 m, a menos que se encontre rocha ou um
material muito compacto.
Segundo a NBR 6484 (ABNT, 2001), com a de�nição do tipo de solo que foi coletado, é possível
classi�cá-lo, também, em relação a sua compacidade ou consistência. Em casos de solos como
argilas e siltes, é possível avaliar sua consistência; já no caso de areia, é possível avaliar sua
compacidade, como descrito no Quadro 1.2:
Quadro 1.2 - Compacidade e consistência do material em relação ao NSPT
Fonte: Adaptado de ABNT (2001).
Com as informações obtidas pelo laboratório, caracterização e classi�cação das camadas de solo, e
com os valores de NSPT, é possível desenvolver o per�l geotécnico do terreno, como ilustrado na
Figura 1.8.
Os principais dados de um per�l geotécnico são:
Cabeçalho:
•   nome da empresa contratante e contratada;
•   data de início e de término;
•   coordenadas e cota da superfície do furo;
•   localização do terreno;
•   engenheiro responsável.
Profundidade do nível da água
Nível da água
Número de golpes
Somas das camadas e grá�co de resistência
Per�l e interpretação geológica
Descrição e compacidade ou consistência do material
Areias e Siltes Arenosos Argilas e Siltes Argilosos
NSPT Compacidade NSPT Consistência
NSPT < = 4 Fofa(o) NSPT < = 2 Muito mole
5 a 8 Pouco compacta(o) 3 a 5 Mole
9 a 18 Medianamente compacta(o) 6 a 10 Média(o)
19 a 40 Compacta(o) 11 a 19 Rija(o)
NSPT > 40 Muito compacta(o) NSPT > 19 Dura(o)
Agora que você conhece os processos de serviços preliminares e de posse do projeto arquitetônico e
do projeto estrutural, é possível avaliar o volume de terra que poderá ser movimentada,seja para
corte e aterro, corte e bota fora ou empréstimo e aterro.
praticar
Vamos Praticar
Ao iniciar uma obra, o engenheiro responsável precisa realizar os serviços preliminares, os quais são
executados para que se tenha condições de se fazer a construção. Dentre os serviços preliminares, existe a
retirada de vegetação, restos de demolições e entulhos. Sabemos que, dessa forma, é possível levantar as
informações geométricas do terreno, porém, qual ou quais são os tipos de referências utilizadas para
conferências posteriores? Avalie as assertivas e assinale a resposta correta.
I - Norte Marítimo
II - Referencial de Nível
Figura 1.8 - Per�l geotécnico
Fonte: Elaborada pelo autor.
III - Norte Magnético
IV - Referencial Solar
Está correto o que se a�rma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) II e IV, apenas.
A movimentação de terra ou terraplanagem só é possível após o levantamento planialtimétrico e a
sondagem. Em posse e de acordo com o projeto de implantação e com o projeto executivo, podem-
se realizar os cortes, aterros ou ambos no terreno; outras vezes será necessário o bota fora, no caso
de realizar corte e não ter onde aterrar, ou empréstimo, no caso de existir a necessidade de aterrar
e não ter o solo in loco . Outro aspecto muito importante é que, durante a execução da
terraplenagem, somente pessoas autorizadas podem estar no terreno.
Veja, a seguir, algumas considerações que devem ser analisadas e avaliadas em cada situação da
obra:
Depositar os materiais de escavação a uma distância superior à metade da profundidade
do corte.
Os taludes instáveis com mais de 1,30 m de profundidade devem ser estabilizados com
escoramentos.
Estudo da fundação das edi�cações vizinhas e escoramentos dos taludes.
Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas.
Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoas autorizadas.
A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento.
O solo, enquanto estiver natural, sem nenhuma movimentação e compactado naturalmente ao
longo dos anos, reduz muito os vazios, porém, ao ser movimentado e retirado do local onde se
encontra, tem um aumento de volume, em função dos espaços entre os grãos, resultando em um
acréscimo considerável.
Cortes
Para determinar o volume de solo correspondente à área da seção, utiliza-se o cálculo da altura
multiplicada pela área da seção, acrescentando-se um percentual de empolamento. Para realizar o
corte, são necessários alguns tipos de máquinas de corte como: a) Escavação: miniescavadeira ou
retroescavadeira; b) carregamento: pá carregadeira; c) transporte: caminhões.
Para a realização do cálculo, utilizam-se as diferenças de altura, como demonstrado na Figura 1.9:
Movimentação de TerraMovimentação de Terra
A Equação 1, a seguir, mostra a determinação do volume de corte (Vc), a Equação 2, a altura média
do volume (hm) e a Equação 3, o volume de solo empolado:
Vc = Ab.hm - Equação 1
hm = (H+h) / 2 - Equação 2
Vse= Vc.(1+E) - Equação 3
Em que:
Vse = Volume de solo empolado
Vc = Volume de corte
Ab = Área da base
hm = Altura média
E = Coe�ciente de empolamento
H = Altura maior
h = Altura menor
O empolamento é o acréscimo de volume de um solo quando removido de seu estado natural e é
expresso como uma porcentagem do volume no corte, entretanto, para cada tipo de material existe
um empolamento distinto, como apresentado no Quadro 1.3:
Figura 1.9 - Movimentação de terra
Fonte: Elaborada pelo autor.
Tipo de Solo f (%)
Solos argilosos 40
Terra comum seca (argilo-siltosos com areia) 25
Terra comum úmida 25
Solo arenoso seco 12
Quadro 1.3 - Fator ou porcentagem de empolamento
Fonte: Adaptado de Brasil (2010).
Para exempli�car um cálculo de volume de corte e empolamento, vamos utilizar a Figura 1.10 como
referência de alturas. Considere que o material é terra comum seca, que o terreno �cará na mesma
altura que a calçada 0,00 m e que não utilizaremos terra em nossa construção, dessa forma, será
necessário realizar um bota fora. Entretanto, precisamos saber qual o volume a ser transportado e
quantas viagens serão necessárias a um caminhão com capacidade de transporte 10,0 m³.
Primeiramente, vamos identi�car as alturas médias, depois, a área para o cálculo de volumes de
corte e, na sequência, o volume a ser transportado (volume do solo empolado). Podemos fazer esse
cálculo por partes, com área da base Ab = 10 x 20 = 200 m².
hm1= (0,70 m + 0,05 m)/2 -> hm1 = 0,375 m
Vc = 200 m² . 0,375 m -> Vc = 75 m³ de solo
Vse = 75 m³ . (1 + 0,25) -> Vse = 93,75 m³ a ser transportado
Sabendo que o veículo tem capacidade de transporte de 10 m³ por viagem, serão necessárias 10
viagens. Veremos o porquê:
Viagens Vse / volume caminhão -> Viagens = 93,75 m³ / 10 m³ = 9,375
Figura 1.10 - Altimetria
Fonte: Elaborada pelo autor.
Como não é possível realizar uma viagem de 0,375, pois não chegará ao seu destino, logo, será
necessária uma viagem completa, ou seja, 10 viagens.
Mas está faltando a segunda parte da área: a área de base = 10 m frente + 20,0 m lateral = 200 m².
hm2 = (0,40 m . 0,00 m) / 2 -> hm2 = 0,20 m
Vc = 200 m² . 0,20 m -> Vc = 40 m³ de solo
Vse = 40 m³. (1 + 0,25) -> Vse = 50 m³ a ser transportado
Agora, se somarmos os volumes dos dois lados do terreno, teremos o volume total do solo
empolado de 143,75 m³, sendo necessárias 15 viagens para o bota fora da terra.
Aterro
No caso de aterros, deve-se adotar um volume de solo correspondente à área da seção multiplicada
pela altura média, da mesma forma que utilizamos para o cálculo de volume de corte. Para a
execução dos aterros, são necessários alguns tipos de máquinas como: unidade carregadora: pá
carregadeira; unidade de transporte: caminhões basculantes ou caminhões-pipas; unidade
compactadora: rolo compactadores lisos ou com pé de carneiro.
O aterro também tem suas considerações, ou seja, como realizar a descarga, espalhamento em
camadas de 15 a 20 centímetros, homogeneização com equipamentos apropriados “escari�cadores”,
conveniente umedecimento ou aeração, compactação dos solos selecionados dos cortes ou
empréstimos, ou seja, de solos �nos e coesos, para a construção do corpo do aterro até a cota
correspondente ao greide da terraplenagem.
O grau de compactação (ou fator de contração) está relacionado ao ensaio de compactação em
laboratório e, dependendo do tipo de solo, esse grau de compactação pode variar de 10% a 20%.
Imagine que teríamos de aterrar um terreno em outro endereço do mesmo bairro para a mesma
construtora, a qual necessita de 125 m³ de terra, e que o grau de compactação desse solo é de 15%.
Vamos ver se esse volume de 150 m³ é o necessário para aterrar o outro terreno?
A Equação 4 representa a forma que obtemos o volume do aterro após compactado:
Va = Vse . (1 - grau de compactação) -> Equação 4
Va = 150 m³ . (1 - 0,15) -> Va = 127,5 m³
Para �nalizar a compactação, seria necessário o empréstimo de 2,5 m³ de solos, pois o solo utilizado
da outra obra não foi o su�ciente para o volume de 130 m³ de aterro.
A terraplenagem é de suma importância em uma construção, pois é ela que realiza a preparação do
terreno para as etapas posteriores da obra, seja efetuando somente o corte e fazendo o bota fora,
somente o empréstimo para o aterro, ou até mesmo o corte e aterro no próprio terreno, quando
possível o uso do solo.
praticar
Vamos Praticar
Com a sondagem, é possível obter as características dos solos e, por meio da topogra�a, de�ne-se a
geometria do terreno; com essas informações, é possível projetar a movimentação de terra. Em um terreno
que terá uma garagem subsolo, foi avaliado que seria necessário aprofundar o terreno, com as devidas
contenções, à profundidade de 3,5 m, com uma largura de 5 m e um comprimento de 10 m. Sabe-se que o
solo é uma terra comum seca e que, para o bota fora, será utilizado um caminhão basculante com
capacidade de 9 m³. Qual o volume total empolado e a quantidade deviagens para o bota fora? Avalie as
assertivas e assinale a resposta correta.
a) Volume total empolado de 43,75 m³ e quatro viagens para o bota fora.
b) Volume total de corte mais empolamento de 175 m³ e 24 viagens para o bota fora.
c) Volume total empolado de 218,75 m³ e 24 viagens para o bota fora.
d) Volume total empolado de 175 m³ e 25 viagens para o bota fora.
e) Volume total empolado de 218,75 m³ e 25 viagens para o bota fora.
A locação da edi�cação é uma etapa da obra que deve ser tratada com muita cautela, pois é a fase
que de�ne a posição e as características de uma construção, seja ela uma residência térrea, um
prédio de 30 andares ou uma obra de arte especial. Esse processo colocará em prática as seguintes
informações do projeto:
1. Arquitetônicas
•   área da construção;
•   recuos da área construída;
•   centros e faces dos pilares;
•   centros e faces das fundações super�ciais ou profundas;
•   centros e faces internas e externas das paredes;
•   centros e faces de eixos longitudinais e transversais.
2. Estruturais
•   infraestrutura;
•   superestrutura.
A locação de uma edi�cação ou obra de arte especial pode ser realizada com:
cavalete;
tábua corrida.
Essa etapa deve ser realizada após a fase de movimentação de terra, pois não se pode movimentar
ou deslocar os cavaletes e gabarito; caso isso ocorra, será necessário realizar a veri�cação da
locação novamente.
Processo de Locação com Cavaletes
O processo de locação de cavaletes ocorre por meio da cravação de dois pontaletes e um sarrafo na
superfície. Esse processo serve como pontos referenciais para alinhamento da construção, porém,
esse método pode ser melhor referenciado com o auxílio da topogra�a.
De forma paralela à cravação dos pontaletes, faz-se a �xação com pregos do sarrafo na superfície
destes e as marcações de paredes, centro de fundações e, com o auxílio do prego, estica-se um
arame de um lado ao outro para o alinhamento e direcionamento dos �os de prumos para
Locação de GabaritoLocação de Gabarito
identi�cação do centro ou faces. Todo esse processo pode ser realizado com trenas e/ou
referenciamento com teodolitos ou estações totais. Para �car mais claro, observe a Figura 1.11:
Figura 1.11 - Processo de locação com cavalete
Fonte: Elaborada pelo autor.
Processo de Locação com Tábua Corrida
O processo de tábua corrida é executado cravando-se pontaletes, porém, com uma altura diferente
e uma tábua corrida ligando esses pontaletes no entorno da área a ser construída, levando-se em
consideração algumas condições:
1. Cravação no solo com pontaletes, aprofundando-os de 50 a 60 cm ou eucalipto a uma
distância de 1,50 m entre si.
2. Distância do perímetro da construção (paredes externas) de 1,20 m.
3. Após a cravação dos pontaletes, serão pregadas tábuas (tabeiras) ao redor de toda a
construção, em nível de, aproximadamente, 1,00 m do terreno.
4. Os pregos �xados nas tabeiras com distâncias entre os eixos da construção.
5. Os pregos devem ser identi�cados com letras e algarismos, respectivamente, pintados na
face vertical determinando os alinhamentos.
6. Nos pregos, são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome
interligado ao de mesmo nome da tábua oposta.
7. Em cada linha ou arame, está materializado um eixo da construção.
Após a instalação do gabarito, são veri�cados todos os alinhamentos e as indicações de referência;
caso a tinta apague, deve-se identi�car novamente. Na Figura 1.12 é ilustrado o gabarito com tábua
corrida.
Aqui pudemos ver quais são os tipos de gabaritos utilizados para alinhamento e identi�cação de
centros e faces de pilares, estacas e paredes, seja para escavação das infraestruturas ou elevações
de superestruturas.
praticar
Vamos Praticar
Uma das etapas mais importantes para o posicionamento de uma edi�cação ou obra de arte é a locação
com gabarito. Entretanto, quando não se tem referências próximas, como residências vizinhas, ou em casos
de loteamento e sem referenciação, como referenciar essa locação?
Logo, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I - A topogra�a utiliza-se do georreferenciamento e pode oferecer as coordenadas dos principais pontos do
perímetro da edi�cação auxiliando a locação do gabarito no terreno.
Pois:
II - A sondagem serve para identi�car se serão necessárias estacas de aço ou de madeira para a construção
do gabarito.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a primeira asserção está correta, e a segunda não é justi�cativa da primeira.
b) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda justi�ca a primeira.
Figura 1.12 - Locação com tábua corrida
Fonte: Elaborada pelo autor.
c) As duas asserções estão corretas, porém, a segunda não justi�ca a primeira.
d) As duas asserções estão corretas, e a segunda justi�ca a primeira.
e) As duas asserções são falsas, e a segunda justi�ca a primeira.
Todo canteiro de obras deve estar com a disponibilidade de redes de água, esgoto, águas pluviais,
energia elétrica e telefonia. No caso de não necessitar da terraplenagem (a limpeza do terreno), seja
para a demolição de edi�cações velhas ou entulhos, até mesmo a retirada de vegetação, estes são
concebidos também como serviços preliminares e ocorrem antes da implementação do canteiro de
obras (MENDONÇA; DAIBERT, 2014).
Canteiro é a área de trabalho �xa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e
execução de uma obra. Os canteiros de obras, durante as execuções de movimentação de terra, até
mesmo das fundações, e com espaço físico disponível reduzido (muitas das vezes, terá apenas um
container e um banheiro químico). Após a preparação do terreno e a chegada das equipes de
serviço, inicia-se a implantação do canteiro de obras. Para isso, necessitamos conhecer algumas
Normas Regulamentadoras que impactam na engenharia de segurança do trabalho, como:
NR 6: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
NR 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR 26: Sinalização de segurança
NR 35: Trabalho em Altura
O canteiro de obras é o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria
da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência, segundo a NBR 12284 (ABNT,
1991), que trata das áreas de vivência em canteiros de obra. Essa norma �xa critérios mínimos para
permanência de trabalhadores nos canteiros de obras.
Devemos avaliar as condições dos espaços disponíveis do início ao término de todas as etapas da
construção, pois o canteiro deve ser dinâmico e oferecer disponibilidade de materiais, ferramentas e
máquinas para as operações não pararem. Na Figura 1.13 é possível estruturar o arranjo físico do
canteiro de obras, analisando e avaliando as condições do momento:
Canteiro de ObrasCanteiro de Obras
Para estruturar o canteiro de obras, deve-se realizar a modernização organizacional e gerencial da
execução de obras, elaborar o projeto do canteiro de obras em cada etapa, racionalizar o transporte
no momento correto, treinar os operadores para o manuseio e armazenamento de materiais,
racionalizar o uso de equipamentos e ferramentas e melhorar as condições de trabalho. No caso da
organização, deve-se avaliar o controle de qualidade e produtividade no canteiro, conformidade dos
serviços executados, prazos preestabelecidos e cumpridos, analisar as inovações tecnológicas de
equipamentos, realizar melhorias das condições de trabalho e segurança.
A NR 18 é a norma que trata as condições e meio ambiente do trabalho na Indústria da Construção.
Essa norma estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que
objetivam a implantação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos
e condições no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. E informa que o canteirode
obra deve dispor dos seguintes ambientes:
Instalações sanitárias
○ lavatório, vaso sanitário e mictório – 1 conjunto a cada 20 operários;
○ vestiário
•    Chuveiro – 1 a cada 10 operários.
Local de refeições;
Cozinha, quando houver preparo de refeições;
Alojamento (*);
Lavanderia (*);
Figura 1.13 - De�nição do arranjo físico do canteiro de obras
Fonte: Elaborada pelo autor.
Área de lazer (*);
Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais trabalhadores.
(*) Quando houver a necessidade dos trabalhadores residirem na obra por não terem fácil acesso a
cidades ou à sua própria residência (exemplo: construção de estradas distantes das cidades, de
difícil acesso).
As diretrizes dessas normas devem servir de referência quanto à concepção do canteiro de obras.
Cada parte que compõe um canteiro de obras é denominado elemento do canteiro. Cada vez que
você for planejar um canteiro de obras, deve ser observada, servindo de referência, uma listagem de
todas as partes que se tem de inserir no canteiro a ser concebido. Nem sempre será possível ter
todos os elementos no canteiro, desse modo, pode-se utilizar um canteiro central e trabalhar com
ferramentas como o Just in Time, Kanban, 5S, Kaizen, Mapa de Fluxo de Valor e 5W2H.
Além das áreas de vivência que fazem parte dos elementos de um canteiro de obras, existem os
elementos de apoio técnico administrativo, ilustrados na Figura 1.14, os de operações, ilustrados na
Figura 1.15, e os de produção, na Figura 1.16:
Figura 1.14 - Elementos do apoio técnico administrativo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 1.15 - Elemento de operações
Fonte: Elaborada pelo autor.
Cada elemento possui uma área mínima para execução de serviços ou armazenagem e,
dependendo da construção, eles devem ser controlados constantemente, pois alguns produtos são
perecíveis, como o cimento, que tem validade de 3 meses, ou a argamassa colante “AC-1; AC-2; AC-
3”, que tem 8 meses de validade. Um bom método de controlar o estoque de cimento é o “primeiro a
entrar deve ser o primeiro a sair”, o mesmo para argamassas.
A Figura 1.17 ilustra alguns elementos do canteiro de obra; nesse caso, os colaboradores trabalham
durante o período comercial e retornam às suas residências e, por isso, não é necessária a
instalação de alojamento, área de lazer e lavanderia. Conforme vai se alterando a construção,
também serão necessárias mudanças do arranjo físico do canteiro de obras.
Figura 1.16 - Elementos de produção
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ao realizar movimentação de terras ou fundações, deve-se entrar em contato com o controlador de
tráfego das vias da cidade, pois com o cronograma em mãos é possível deixar avisado sobre a
mobilização de máquinas de pequeno ou grande porte, pois estes ocuparão faixas transitáveis
ocasionando congestionamento local, impactando em horários restritos. Outra medida preventiva
que se deve ter em mente é, durante as saídas dos veículos da construção, há a necessidade de um
local para limpeza dos pneus, para que estes não deixem resíduos nas calçadas e ruas.
O treinamento dos operários na questão de segurança é vital para o bom andamento das etapas da
construção, inclusive a instalação dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e o uso constante e
manutenção dos equipamentos de proteção individual (EPIs). O treinamento faz parte da
responsabilidade do engenheiro de obras, engenheiro e técnico em segurança do trabalho. Esses
treinamentos reduzem os incidentes, acidentes e perdas de materiais e equipamentos (BARBOSA
FILHO, 2015).
praticar
Vamos Praticar
Figura 1.17 - Elementos do canteiro de obras
Fonte: Elaborada pelo autor.
O canteiro de obras é uma fábrica de construção civil e nem sempre é possível a sua instalação em terrenos
com espaço su�ciente para a instalação de seus elementos, sendo necessárias negociações com
fornecedores próximos à construção para entregas de materiais e, algumas vezes, equipamentos para obra.
Quando estamos nessas condições quais ferramentas logísticas e administrativas podem auxiliar nesse
processo? Avalie as a�rmativas e assinale a resposta correta.
I. Turnos 24/7.
II. Kanban.
III. Just in Time.
IV. Kaizen.
V. 5S.
Está correto o que se a�rma em:
a) I, II e III, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e V, apenas.
d) II, III, IV e V, apenas.
e) I, II, III e IV, apenas.
indicações
Material Complementar
LIVRO
Cidades Inteligentes e Sustentáveis
Editora : Manole
Autores : Tatiana Tucunduva P. Cortese, Terezinha C. Kniess e Emerson
Antônio Maccari
ISBN : 9788520455760
Comentário : esse livro aborda as principais informações para criação
de cidades inteligentes e sustentáveis, além da mobilidade urbana,
e�ciência energética, a importância do Plano Diretor nas cidades e a
obrigação desse documento nos Municípios.
FILME
Arranha-céu - coragem sem Limite
Ano : 2018
Comentário : esse �lme apresenta um edifício de 240 andares misto
(residencial e comercial) e um canteiro de obras ao lado, com elementos
de transporte vertical e outros. Veja a importância de manter os
projetos arquitetônicos, estruturais e executivos de uma construção.
TRA ILER
conclusão
Conclusão
Nesta unidade, acompanhamos a necessidade da realização dos serviços preliminares, desde o
fechamento do perímetro, com a indicação dos responsáveis do projeto e da obra, à importância do
levantamento topográ�co e da sondagem, pois, por meio destes, é possível desenvolver os projetos
de fundação e outros que abordaremos nas próximas unidades.
Também foi possível perceber que, na movimentação de terra, ao retirar o solo do estado natural,
ao deformá-lo, há um acréscimo de volume em razão de o material estar no estado solto, e que para
cada tipo de material existe uma porcentagem a considerar para o transporte, caso seja necessário
realizar o bota fora. Já no caso dos aterros, temos um fator de contração que deve ser utilizado para
saber se o volume empolado será necessário para a compactação e preenchimento de todo volume
para o aterro; caso este não seja su�ciente, deve-se solicitar o empréstimo, sempre sabendo que,
para aterrar, necessitamos de um material �no e coeso, como argilas e siltes. É importante lembrar,
também, que se formos retirar solo para construção de garagens, será necessária a contenção do
solo, para evitar patologias nas estruturas vizinhas.
Outra coisa importantíssima é a estruturação do canteiro de obras. Quando este está localizado
dentro do terreno da obra, pode-se a�rmar que é a única produção em que o produto �ca e a
fábrica sai, uma vez que, com a obra pronta, o canteiro de obra é desmontado, dando lugar
propriamente ao produto �nal, ou seja, à edi�cação construída. Entretanto, como visto, nem sempre
é possível ter o canteiro dentro do terreno (espaço insu�ciente para todos os elementos) e, nesse
caso, será necessário alugar um espaço ao lado, ter um canteiro central, ou mesmo utilizar as
ferramentas Just in Time e Kanban para conseguir realizar a construção.
referências
Referências Bibliográ�cas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8036 : programação de sondagens de simples
reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. Rio de Janeiro, 1983.
______. NBR 12284 : áreas de Vivência em canteiros de obras. Rio de Janeiro, 1991.
______. NBR 13133 : execução de levantamento topográ�co. Rio de Janeiro, 1994.
______. NBR 6484 : solo: sondagem de simples reconhecimento com SPT: método de Ensaio. Rio de
Janeiro, 2001.
BARBOSA FILHO, A. N. Segurança do trabalho na construção civil . São Paulo: Atlas, 2015.
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de
Pesquisas Rodoviárias. Manual de implantação básica de rodovia . 3. ed. Rio de Janeiro, 2010.
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-
manuais/manuais/documentos/742_manual_de_implantacao_basica.pdf . Acesso em: 31 out. 2019.
______. Ministério da Economia. NR 18 Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústriada
Construção . 2015. Disponível em: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-
ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao . Acesso em: 31 out. 2019.
BUDHU, M. Fundações e estruturas de contenção . Rio de Janeiro: LTC, 2017.
MENDONÇA, A. V. R. M.; DAIBERT, J. D. Equipamentos e instalações para construção civil . São
Paulo: Érica, 2014.
SÃO PAULO. Manual de licenciamento de projetos . 2019. Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/planejamento/arquivos/manual%20de%20licenciament
. Acesso em: 31 out. 2019.
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/planejamento/arquivos/manual%20de%20licenciamento%20de%20projetos.pdf

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