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TÉCNICAS CONSTRUTIVASTÉCNICAS CONSTRUTIVAS SERVIÇOS PRELIMINARESSERVIÇOS PRELIMINARES Autor: Me. Kleber Aristides Ribeiro Revisor : C ícero de Deus Rosa F i lho IN IC IAR introdução Introdução Olá! Nesta disciplina, iremos analisar e avaliar as condições do terreno e seu entorno, inclusive as orientações do sol, vento e �uxos de água, pois serão nessas e em outras informações que você, como futuro(a) engenheiro(a), irá se basear para desenvolver projetos para a construção de uma edi�cação ou uma obra de arte especial. Será necessário, ainda, conhecer as principais etapas de uma obra e quais atividades e métodos utilizados para a execução da infraestrutura e superestrutura de uma construção. Contudo, você precisa ter conhecimento das principais normas envolvidas em cada etapa, as quais lhe darão parâmetros de controle de qualidade ao longo do desenvolvimento do projeto, da execução ou do tipo de material a ser empregado em cada fase da edi�cação e a importância das recomendações técnicas, como base pro�ssional. Nesta unidade, veremos os serviços preliminares utilizados para a concepção dos projetos arquitetônicos, estruturais e legais, além dos projetos de elevações, ventilação e iluminação natural ou arti�cial. Veremos, também, a importância dos projetos planialtimétricos e do per�l geotécnico para a movimentação de terra do terreno e, por �m, o planejamento do canteiro de obras e o controle deste em todas as etapas da construção. Antes de falarmos propriamente dos serviços preliminares, você deve conhecer as principais fases de uma construção, ou seja, quais etapas podem ser realizadas desde a concepção da construção até a sua entrega. Observe, na Figura 1.1, um exemplo de estrutura analítica de projeto: Após a análise da estrutura analítica de projetos, podemos perceber que a primeira etapa é utilizada por incorporadoras, pois, para veri�car a viabilidade técnica/econômica da construção de um edifício, são necessárias informações acerca do terreno, de sua área (bairro residencial, comercial ou misto), da avaliação dos atrativos e/ou facilidades – como metrô, linhas de ônibus, hipermercados, praças, escolas, shopping, entre outros –, e do tipo de legislação do município e de suas possíveis Serviços PreliminaresServiços Preliminares Figura 1.1 - Estrutura analítica Fonte: Elaborada pelo autor. restrições. No caso da construção de uma casa residencial, essa primeira etapa é de�nida pelo próprio cliente, entretanto, algumas vezes, é necessário seu auxílio para identi�car o melhor local para construir. Visto isso, podemos partir para os serviços preliminares. Para a construção de uma edi�cação, casa térrea ou de um prédio de 20 andares, você deverá identi�car a situação do terreno, seja no âmbito legal, em prefeitura e/ou cartórios, ou em relação às condições do terreno. Na parte destinada à avaliação do terreno, devem-se veri�car os tipos de construções do bairro, os tipos de vias, frente para via ou frente e fundos para vias principais e secundárias, ou se �ca na esquina de quarteirão. Antes de iniciar a construção, faz-se necessário, também, veri�car a existência de vizinhos e as condições de suas edi�cações. No tocante ao âmbito legal, é imprescindível conhecer ou pesquisar sobre a área onde será realizada a construção, seguindo os preceitos da legislação federal, estadual e municipal, como o caso do plano diretor da cidade. A análise das restrições e das normas técnicas para execução do projeto também faz parte dos serviços preliminares. No Manual de Licenciamento de Projetos (2019), as restrições urbanísticas são apresentadas como na Figura 1.2 e nos itens que seguem. Figura 1.2 - Restrições (recuos: frente, lateral e fundos) Fonte: Adaptada de Manual de... (2019). Projeto Geométrico ou Planialtimétrico Após os levantamentos das informações sobre o terreno e com as documentações em ordem, seja do cliente – pessoa física – ou da incorporadora, deve-se realizar o fechamento do perímetro e a colocação da placa dos projetistas e do engenheiro responsável pela obra. Em seguida, deve-se realizar o levantamento planialtimétrico, utilizando-se de alguns aparelhos que podem ser alugados com seguro, para evitar custos adicionais, ou ser do próprio engenheiro. Dentre os principais aparelhos usados, pode-se destacar: Taxa de Ocupação: Coe�ciente de aproveitamento: Gabarito: Recuo:Área computável: Área não computável: A. teodolitos com balizas e/ou réguas estadimétricas “mira”; B. nível ótico ou de código de barras que também se utiliza de balizas e/ou régua estadimétricas; C. estação total, que utiliza o prisma como referência de pontos, seja para medidas verticais ou horizontais, reduzindo o tempo de levantamento, porém, com um custo maior. Ao realizar o levantamento topográ�co, é possível obter as condições do terreno em relação às medidas horizontais e compará-las com as do cartório de registro de imóveis; assim, pode-se veri�car se os resultados conferem ou se será necessário alterá-los na escritura. Um exemplo do levantamento planialtimétrico pode ser veri�cado na Figura 1.3: Na Figura 1.3, é ilustrado o levantamento planialtimétrico, o que apresenta as diferenças de altura sempre em relação a algum ponto de referência ou Referencial de Nível ( RN ), que pode ser a calçada, um poste, a boca de lobo ou a guia da esquina, pois são pontos que di�cilmente serão alterados ao longo da construção. Quanto mais pontos de referência você tiver, menor será a probabilidade de perder essa referência; se houver um marco próximo à obra, este será o melhor ponto de referência da construção (ABNT, 1994). Uma vez conhecido o RN, podem-se realizar as medições das diferenças de altura do terreno ( H e h ), com o uso de um nível ótico ou nível com código de barra. No caso de levantamento planimétrico, utiliza-se o teodolito, e, com o auxílio da bússola, é possível referenciar o norte magnético para de�nir o Azimute à direita ( Az ) do terreno. Após a de�nição do norte magnético ( NM ) e do azimute, são levantados os ângulos internos ou externos do terreno, à direita ou à esquerda ( ad ), também com suas devidas distâncias frontais e laterais do terreno ( L e L ). O levantamento também pode ser realizado utilizando a estação total, pois, por meio dela, você consegue identi�car os ângulos de azimute, inclusive os ângulos internos e/ou externos ao terreno, além de seu desnível, apresentando, ao �nal, o levantamento planialtimétrico com maior precisão. Figura 1.3 - Levantamento planialtimétrico Fonte: Elaborada pelo autor. 1 2 Para o levantamento altimétrico, é necessário mapear o terreno com piquetes de madeira, ou material apropriado para o tipo de solo, e estes devem estar espaçados de cinco em cinco metros para reduzir o tempo de levantamento; também poderá realizar em espaçamentos de metro em metro, mas o tempo de levantamento será maior, contudo, com maior precisão nas diferenças de alturas. Por meio da ilustração da Figura 1.4, é possível obter as informações do mapeamento apresentado na Figura 1.3, em que L e L = 20 m. Figura 1.4 - Levantamento altimétrico do terreno Fonte: Elaborada pelo autor. Outra forma de se obter o levantamento altimétrico seria pelo uso da mangueira de nível, utilizando- se de água com corantes para facilitar a visualização de seu nível, e piquetes distribuídos uniformemente no terreno, da mesma forma de malha, para identi�car as diferenças de nível em relação ao RN de�nido. Esse é um equipamento rudimentar, porém, se utilizado de forma precisa, é possível obter os mesmos resultados que com um aparelho de nível, conforme ilustrado na Figura 1.5. saiba mais Saiba mais A topogra�a é muito importante para a construção civil e deve ter alta precisão. Assista, no YouTube, à reportagem indicada, sobre o erro que ocorreu em um levantamento topográ�co. ASS I ST IR 1 2 Você, como engenheiro(a) de obras, deverá orientar sua equipe em relação a esse tipo de levantamento, pois,durante as leituras, o bocal da mangueira não deverá estar fechado ou tampado, pois, caso isso ocorra, as leituras estarão erradas. Para que exista o nivelamento da água “vasos comunicantes”, quem estiver no ponto de referência (RN) deverá controlar o nível d’água para que o outro possa marcar no outro ponto; esses pontos podem ser nos pontaletes do fechamento do perímetro, ou, caso não exista, você poderá instalá-los no dia anterior ao levantamento. Após as marcações dos níveis nos pontaletes ou no fechamento do perímetro, é possível amarrar arames em um ponto e esticá-lo até o outro lado e amarrá-lo para que possam ser realizadas medidas desses arames até a altura do terreno, sempre conferindo com a mangueira de nível se a linha se encontra em nível com o RN. Lembrando que o pontalete deve estar �xo a, pelo menos, 1,0 metro de profundidade por compressão, “cravado” ou escavado (com cavadeira manual), e concretado para sua �xação. Outra ferramenta muito utilizada é a trena, com a qual é possível identi�car os ângulos internos com as medidas do perímetro do terreno. Com três medidas – uma frontal (3,0 m), uma lateral (4,0 m) e uma que liga esses dois pontos – é possível obter a hipotenusa e, consequentemente, seu ângulo. Com os dados obtidos com o levantamento planialtimétrico (ou seja, com as medidas horizontais e verticais de um terreno em mãos), estes serão utilizados para a movimentação de terra, pois, com eles, é possível avaliar o volume para corte e aterro ou, se necessário, o bota fora ou empréstimo de terra. Contudo, você ainda terá que identi�car as características dos solos desse terreno, para, assim, saber o quanto esse material irá empolar, aumentar o volume e o que será transportado. Projeto Geotécnico O projeto geotécnico é obtido por meio da investigação geológica e geotécnica, a qual se utiliza da sondagem de simples, reconhecimento com Standard Penetration Test (SPT) ou Teste de Penetração Padrão. Essa sondagem é de suma importância para a construção, pois ela identi�ca as condições do solo para que se tenham os parâmetros mínimos para construção, obtendo as seguintes informações: amostragem de solo por camadas identi�cadas; análise de resistência por camadas e Figura 1.5 - Levantamento altimétrico por mangueira de nível Fonte: Elaborada pelo autor. determinação no Nível da Água no solo. Além do SPT, temos outros métodos como: sondagem a trado manual, mista e métodos geofísicos para análise do solo local. Aqui será apresentado o mais utilizado: o método SPT. reflita Re�ita A linha amarela do metrô de São Paulo teve problemas em razão de erros em sondagens e caracterização do solo. Dessa forma, podemos ver a importância da investigação geotécnica na construção civil. Re�ita sobre a importância da sondagem no terreno. Você sabe como é executado o teste da sondagem com SPT? Esse teste é realizado com procedimentos e equipamentos padrões que seguem as normas NBR 8036 (ABNT, 1983) e NBR 6484 (ABNT, 2001). Os procedimentos seguem alguns parâmetros: primeiro, deve-se avaliar a quantidade e localização de furos, porém, a quantidade de sondagens e sua localização em planta irá depender de: tipo da estrutura; características; condições geotécnicas do subsolo. A sondagem deve ser su�ciente para fornecer uma provável variação das camadas do subsolo do terreno. Entretanto, a NBR 8036 indica a quantidade de furos, conforme apresentado no Quadro 1.1: Quadro 1.1 - Quantidade de furos em relação à área Fonte: Adaptado ABNT (1983). Área (m²) Quantidade de furos Até 200 2 200 a 600 3 600 a 800 4 800 a 1000 5 1000 a 1200 6 1200 a 1600 7 1600 a 2000 8 2000 a 2400 9 Acima de 2400 Critério do Projetista Para de�nir onde os furos serão realizados, deve-se mapear de forma que um ponto não �que no mesmo alinhamento longitudinal ou transversal do terreno; porém, caso exista algum ponto com carga muito elevada, este não seguirá os parâmetros de alinhamento (BUDHU, 2017), como segue ilustrado na Figura 1.6: Após de�nirmos a quantidade e localização dos furos, devemos acompanhar a realização da perfuração e identi�car se o processo está ocorrendo em conformidade com a NBR 8036. Os equipamentos para execução do processo de sondagem à percussão SPT são: 1. Tripé 2. Haste 3. Tubo de revestimento 4. Reservatório d’água 5. Peso de 65 kg (P) 6. Trépano ou broca de lavagem 7. Barrilete amostrador padrão 8. Conjunto moto-bomba 9. Três pro�ssionais: um sondador e dois ajudantes A Figura 1.7 ilustra os equipamentos utilizados na sondagem à percussão SPT: Figura 1.6 - Quantidade e localização dos furos Fonte: Adaptada de Budhu (2017). Figura 1.7 - Sondagem à percussão SPT Fonte: Elaborada pelo autor. Antes de começar, entretanto, a sondagem, é necessário iniciar o furo com o auxílio de uma cavadeira e/ou um trado manual. Assim que chegar a um metro de profundidade, já é possível identi�car o tipo de solo retirado por meio do teste tátil-visual. Após a perfuração manual, iniciam-se as conexões do amostrador nas tubulações e, a partir desse momento, crava-se o amostrador até atingir a profundidade de -1,55 m e inicia-se a contagem dos golpes de 15 em 15 centímetros, até alcançar os -2,00 m. A cada 15 centímetros é contabilizada a quantidade de golpes; depois, somam-se o primeiro e o segundo segmento de 15 cm e de�ne-se o primeiro valor de NSPT (número de golpes SPT); depois, somam-se o segundo e o terceiro segmento de 15 cm para análise da segunda situação de NSPT. Com os dados obtidos na amostragem tátil-visual dos primeiros 55 centímetros de cada metro, é possível avaliar o tipo de solo; entretanto, nos últimos 45 centímetros que obtiveram os golpes, o material é levado a laboratório para caracterização e classi�cação do solo. Para Budhu (2017), a profundidade a ser de�nida está relacionada a algumas condições do solo. São elas: Em argilas, os furos devem penetrar de uma a três vezes a largura da fundação proposta abaixo da cota de assentamento da fundação, ou até que o acréscimo de tensão seja inferior a 10% (o que for maior). Em solos arenosos compactos, os furos devem penetrar 5,0 m a 6,0 m para provar que a espessura da camada é adequada. Os furos devem penetrar ao menos 3,0 m em rocha. Os furos devem penetrar abaixo de quaisquer aterros ou solos muito moles abaixo da estrutura proposta. A profundidade mínima dos furos deve ser de 6 m, a menos que se encontre rocha ou um material muito compacto. Segundo a NBR 6484 (ABNT, 2001), com a de�nição do tipo de solo que foi coletado, é possível classi�cá-lo, também, em relação a sua compacidade ou consistência. Em casos de solos como argilas e siltes, é possível avaliar sua consistência; já no caso de areia, é possível avaliar sua compacidade, como descrito no Quadro 1.2: Quadro 1.2 - Compacidade e consistência do material em relação ao NSPT Fonte: Adaptado de ABNT (2001). Com as informações obtidas pelo laboratório, caracterização e classi�cação das camadas de solo, e com os valores de NSPT, é possível desenvolver o per�l geotécnico do terreno, como ilustrado na Figura 1.8. Os principais dados de um per�l geotécnico são: Cabeçalho: • nome da empresa contratante e contratada; • data de início e de término; • coordenadas e cota da superfície do furo; • localização do terreno; • engenheiro responsável. Profundidade do nível da água Nível da água Número de golpes Somas das camadas e grá�co de resistência Per�l e interpretação geológica Descrição e compacidade ou consistência do material Areias e Siltes Arenosos Argilas e Siltes Argilosos NSPT Compacidade NSPT Consistência NSPT < = 4 Fofa(o) NSPT < = 2 Muito mole 5 a 8 Pouco compacta(o) 3 a 5 Mole 9 a 18 Medianamente compacta(o) 6 a 10 Média(o) 19 a 40 Compacta(o) 11 a 19 Rija(o) NSPT > 40 Muito compacta(o) NSPT > 19 Dura(o) Agora que você conhece os processos de serviços preliminares e de posse do projeto arquitetônico e do projeto estrutural, é possível avaliar o volume de terra que poderá ser movimentada,seja para corte e aterro, corte e bota fora ou empréstimo e aterro. praticar Vamos Praticar Ao iniciar uma obra, o engenheiro responsável precisa realizar os serviços preliminares, os quais são executados para que se tenha condições de se fazer a construção. Dentre os serviços preliminares, existe a retirada de vegetação, restos de demolições e entulhos. Sabemos que, dessa forma, é possível levantar as informações geométricas do terreno, porém, qual ou quais são os tipos de referências utilizadas para conferências posteriores? Avalie as assertivas e assinale a resposta correta. I - Norte Marítimo II - Referencial de Nível Figura 1.8 - Per�l geotécnico Fonte: Elaborada pelo autor. III - Norte Magnético IV - Referencial Solar Está correto o que se a�rma em: a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I e III, apenas. d) I e IV, apenas. e) II e IV, apenas. A movimentação de terra ou terraplanagem só é possível após o levantamento planialtimétrico e a sondagem. Em posse e de acordo com o projeto de implantação e com o projeto executivo, podem- se realizar os cortes, aterros ou ambos no terreno; outras vezes será necessário o bota fora, no caso de realizar corte e não ter onde aterrar, ou empréstimo, no caso de existir a necessidade de aterrar e não ter o solo in loco . Outro aspecto muito importante é que, durante a execução da terraplenagem, somente pessoas autorizadas podem estar no terreno. Veja, a seguir, algumas considerações que devem ser analisadas e avaliadas em cada situação da obra: Depositar os materiais de escavação a uma distância superior à metade da profundidade do corte. Os taludes instáveis com mais de 1,30 m de profundidade devem ser estabilizados com escoramentos. Estudo da fundação das edi�cações vizinhas e escoramentos dos taludes. Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas. Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoas autorizadas. A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento. O solo, enquanto estiver natural, sem nenhuma movimentação e compactado naturalmente ao longo dos anos, reduz muito os vazios, porém, ao ser movimentado e retirado do local onde se encontra, tem um aumento de volume, em função dos espaços entre os grãos, resultando em um acréscimo considerável. Cortes Para determinar o volume de solo correspondente à área da seção, utiliza-se o cálculo da altura multiplicada pela área da seção, acrescentando-se um percentual de empolamento. Para realizar o corte, são necessários alguns tipos de máquinas de corte como: a) Escavação: miniescavadeira ou retroescavadeira; b) carregamento: pá carregadeira; c) transporte: caminhões. Para a realização do cálculo, utilizam-se as diferenças de altura, como demonstrado na Figura 1.9: Movimentação de TerraMovimentação de Terra A Equação 1, a seguir, mostra a determinação do volume de corte (Vc), a Equação 2, a altura média do volume (hm) e a Equação 3, o volume de solo empolado: Vc = Ab.hm - Equação 1 hm = (H+h) / 2 - Equação 2 Vse= Vc.(1+E) - Equação 3 Em que: Vse = Volume de solo empolado Vc = Volume de corte Ab = Área da base hm = Altura média E = Coe�ciente de empolamento H = Altura maior h = Altura menor O empolamento é o acréscimo de volume de um solo quando removido de seu estado natural e é expresso como uma porcentagem do volume no corte, entretanto, para cada tipo de material existe um empolamento distinto, como apresentado no Quadro 1.3: Figura 1.9 - Movimentação de terra Fonte: Elaborada pelo autor. Tipo de Solo f (%) Solos argilosos 40 Terra comum seca (argilo-siltosos com areia) 25 Terra comum úmida 25 Solo arenoso seco 12 Quadro 1.3 - Fator ou porcentagem de empolamento Fonte: Adaptado de Brasil (2010). Para exempli�car um cálculo de volume de corte e empolamento, vamos utilizar a Figura 1.10 como referência de alturas. Considere que o material é terra comum seca, que o terreno �cará na mesma altura que a calçada 0,00 m e que não utilizaremos terra em nossa construção, dessa forma, será necessário realizar um bota fora. Entretanto, precisamos saber qual o volume a ser transportado e quantas viagens serão necessárias a um caminhão com capacidade de transporte 10,0 m³. Primeiramente, vamos identi�car as alturas médias, depois, a área para o cálculo de volumes de corte e, na sequência, o volume a ser transportado (volume do solo empolado). Podemos fazer esse cálculo por partes, com área da base Ab = 10 x 20 = 200 m². hm1= (0,70 m + 0,05 m)/2 -> hm1 = 0,375 m Vc = 200 m² . 0,375 m -> Vc = 75 m³ de solo Vse = 75 m³ . (1 + 0,25) -> Vse = 93,75 m³ a ser transportado Sabendo que o veículo tem capacidade de transporte de 10 m³ por viagem, serão necessárias 10 viagens. Veremos o porquê: Viagens Vse / volume caminhão -> Viagens = 93,75 m³ / 10 m³ = 9,375 Figura 1.10 - Altimetria Fonte: Elaborada pelo autor. Como não é possível realizar uma viagem de 0,375, pois não chegará ao seu destino, logo, será necessária uma viagem completa, ou seja, 10 viagens. Mas está faltando a segunda parte da área: a área de base = 10 m frente + 20,0 m lateral = 200 m². hm2 = (0,40 m . 0,00 m) / 2 -> hm2 = 0,20 m Vc = 200 m² . 0,20 m -> Vc = 40 m³ de solo Vse = 40 m³. (1 + 0,25) -> Vse = 50 m³ a ser transportado Agora, se somarmos os volumes dos dois lados do terreno, teremos o volume total do solo empolado de 143,75 m³, sendo necessárias 15 viagens para o bota fora da terra. Aterro No caso de aterros, deve-se adotar um volume de solo correspondente à área da seção multiplicada pela altura média, da mesma forma que utilizamos para o cálculo de volume de corte. Para a execução dos aterros, são necessários alguns tipos de máquinas como: unidade carregadora: pá carregadeira; unidade de transporte: caminhões basculantes ou caminhões-pipas; unidade compactadora: rolo compactadores lisos ou com pé de carneiro. O aterro também tem suas considerações, ou seja, como realizar a descarga, espalhamento em camadas de 15 a 20 centímetros, homogeneização com equipamentos apropriados “escari�cadores”, conveniente umedecimento ou aeração, compactação dos solos selecionados dos cortes ou empréstimos, ou seja, de solos �nos e coesos, para a construção do corpo do aterro até a cota correspondente ao greide da terraplenagem. O grau de compactação (ou fator de contração) está relacionado ao ensaio de compactação em laboratório e, dependendo do tipo de solo, esse grau de compactação pode variar de 10% a 20%. Imagine que teríamos de aterrar um terreno em outro endereço do mesmo bairro para a mesma construtora, a qual necessita de 125 m³ de terra, e que o grau de compactação desse solo é de 15%. Vamos ver se esse volume de 150 m³ é o necessário para aterrar o outro terreno? A Equação 4 representa a forma que obtemos o volume do aterro após compactado: Va = Vse . (1 - grau de compactação) -> Equação 4 Va = 150 m³ . (1 - 0,15) -> Va = 127,5 m³ Para �nalizar a compactação, seria necessário o empréstimo de 2,5 m³ de solos, pois o solo utilizado da outra obra não foi o su�ciente para o volume de 130 m³ de aterro. A terraplenagem é de suma importância em uma construção, pois é ela que realiza a preparação do terreno para as etapas posteriores da obra, seja efetuando somente o corte e fazendo o bota fora, somente o empréstimo para o aterro, ou até mesmo o corte e aterro no próprio terreno, quando possível o uso do solo. praticar Vamos Praticar Com a sondagem, é possível obter as características dos solos e, por meio da topogra�a, de�ne-se a geometria do terreno; com essas informações, é possível projetar a movimentação de terra. Em um terreno que terá uma garagem subsolo, foi avaliado que seria necessário aprofundar o terreno, com as devidas contenções, à profundidade de 3,5 m, com uma largura de 5 m e um comprimento de 10 m. Sabe-se que o solo é uma terra comum seca e que, para o bota fora, será utilizado um caminhão basculante com capacidade de 9 m³. Qual o volume total empolado e a quantidade deviagens para o bota fora? Avalie as assertivas e assinale a resposta correta. a) Volume total empolado de 43,75 m³ e quatro viagens para o bota fora. b) Volume total de corte mais empolamento de 175 m³ e 24 viagens para o bota fora. c) Volume total empolado de 218,75 m³ e 24 viagens para o bota fora. d) Volume total empolado de 175 m³ e 25 viagens para o bota fora. e) Volume total empolado de 218,75 m³ e 25 viagens para o bota fora. A locação da edi�cação é uma etapa da obra que deve ser tratada com muita cautela, pois é a fase que de�ne a posição e as características de uma construção, seja ela uma residência térrea, um prédio de 30 andares ou uma obra de arte especial. Esse processo colocará em prática as seguintes informações do projeto: 1. Arquitetônicas • área da construção; • recuos da área construída; • centros e faces dos pilares; • centros e faces das fundações super�ciais ou profundas; • centros e faces internas e externas das paredes; • centros e faces de eixos longitudinais e transversais. 2. Estruturais • infraestrutura; • superestrutura. A locação de uma edi�cação ou obra de arte especial pode ser realizada com: cavalete; tábua corrida. Essa etapa deve ser realizada após a fase de movimentação de terra, pois não se pode movimentar ou deslocar os cavaletes e gabarito; caso isso ocorra, será necessário realizar a veri�cação da locação novamente. Processo de Locação com Cavaletes O processo de locação de cavaletes ocorre por meio da cravação de dois pontaletes e um sarrafo na superfície. Esse processo serve como pontos referenciais para alinhamento da construção, porém, esse método pode ser melhor referenciado com o auxílio da topogra�a. De forma paralela à cravação dos pontaletes, faz-se a �xação com pregos do sarrafo na superfície destes e as marcações de paredes, centro de fundações e, com o auxílio do prego, estica-se um arame de um lado ao outro para o alinhamento e direcionamento dos �os de prumos para Locação de GabaritoLocação de Gabarito identi�cação do centro ou faces. Todo esse processo pode ser realizado com trenas e/ou referenciamento com teodolitos ou estações totais. Para �car mais claro, observe a Figura 1.11: Figura 1.11 - Processo de locação com cavalete Fonte: Elaborada pelo autor. Processo de Locação com Tábua Corrida O processo de tábua corrida é executado cravando-se pontaletes, porém, com uma altura diferente e uma tábua corrida ligando esses pontaletes no entorno da área a ser construída, levando-se em consideração algumas condições: 1. Cravação no solo com pontaletes, aprofundando-os de 50 a 60 cm ou eucalipto a uma distância de 1,50 m entre si. 2. Distância do perímetro da construção (paredes externas) de 1,20 m. 3. Após a cravação dos pontaletes, serão pregadas tábuas (tabeiras) ao redor de toda a construção, em nível de, aproximadamente, 1,00 m do terreno. 4. Os pregos �xados nas tabeiras com distâncias entre os eixos da construção. 5. Os pregos devem ser identi�cados com letras e algarismos, respectivamente, pintados na face vertical determinando os alinhamentos. 6. Nos pregos, são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao de mesmo nome da tábua oposta. 7. Em cada linha ou arame, está materializado um eixo da construção. Após a instalação do gabarito, são veri�cados todos os alinhamentos e as indicações de referência; caso a tinta apague, deve-se identi�car novamente. Na Figura 1.12 é ilustrado o gabarito com tábua corrida. Aqui pudemos ver quais são os tipos de gabaritos utilizados para alinhamento e identi�cação de centros e faces de pilares, estacas e paredes, seja para escavação das infraestruturas ou elevações de superestruturas. praticar Vamos Praticar Uma das etapas mais importantes para o posicionamento de uma edi�cação ou obra de arte é a locação com gabarito. Entretanto, quando não se tem referências próximas, como residências vizinhas, ou em casos de loteamento e sem referenciação, como referenciar essa locação? Logo, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I - A topogra�a utiliza-se do georreferenciamento e pode oferecer as coordenadas dos principais pontos do perímetro da edi�cação auxiliando a locação do gabarito no terreno. Pois: II - A sondagem serve para identi�car se serão necessárias estacas de aço ou de madeira para a construção do gabarito. Assinale a alternativa correta: a) Somente a primeira asserção está correta, e a segunda não é justi�cativa da primeira. b) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda justi�ca a primeira. Figura 1.12 - Locação com tábua corrida Fonte: Elaborada pelo autor. c) As duas asserções estão corretas, porém, a segunda não justi�ca a primeira. d) As duas asserções estão corretas, e a segunda justi�ca a primeira. e) As duas asserções são falsas, e a segunda justi�ca a primeira. Todo canteiro de obras deve estar com a disponibilidade de redes de água, esgoto, águas pluviais, energia elétrica e telefonia. No caso de não necessitar da terraplenagem (a limpeza do terreno), seja para a demolição de edi�cações velhas ou entulhos, até mesmo a retirada de vegetação, estes são concebidos também como serviços preliminares e ocorrem antes da implementação do canteiro de obras (MENDONÇA; DAIBERT, 2014). Canteiro é a área de trabalho �xa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Os canteiros de obras, durante as execuções de movimentação de terra, até mesmo das fundações, e com espaço físico disponível reduzido (muitas das vezes, terá apenas um container e um banheiro químico). Após a preparação do terreno e a chegada das equipes de serviço, inicia-se a implantação do canteiro de obras. Para isso, necessitamos conhecer algumas Normas Regulamentadoras que impactam na engenharia de segurança do trabalho, como: NR 6: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) NR 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR 26: Sinalização de segurança NR 35: Trabalho em Altura O canteiro de obras é o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência, segundo a NBR 12284 (ABNT, 1991), que trata das áreas de vivência em canteiros de obra. Essa norma �xa critérios mínimos para permanência de trabalhadores nos canteiros de obras. Devemos avaliar as condições dos espaços disponíveis do início ao término de todas as etapas da construção, pois o canteiro deve ser dinâmico e oferecer disponibilidade de materiais, ferramentas e máquinas para as operações não pararem. Na Figura 1.13 é possível estruturar o arranjo físico do canteiro de obras, analisando e avaliando as condições do momento: Canteiro de ObrasCanteiro de Obras Para estruturar o canteiro de obras, deve-se realizar a modernização organizacional e gerencial da execução de obras, elaborar o projeto do canteiro de obras em cada etapa, racionalizar o transporte no momento correto, treinar os operadores para o manuseio e armazenamento de materiais, racionalizar o uso de equipamentos e ferramentas e melhorar as condições de trabalho. No caso da organização, deve-se avaliar o controle de qualidade e produtividade no canteiro, conformidade dos serviços executados, prazos preestabelecidos e cumpridos, analisar as inovações tecnológicas de equipamentos, realizar melhorias das condições de trabalho e segurança. A NR 18 é a norma que trata as condições e meio ambiente do trabalho na Indústria da Construção. Essa norma estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implantação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos e condições no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. E informa que o canteirode obra deve dispor dos seguintes ambientes: Instalações sanitárias ○ lavatório, vaso sanitário e mictório – 1 conjunto a cada 20 operários; ○ vestiário • Chuveiro – 1 a cada 10 operários. Local de refeições; Cozinha, quando houver preparo de refeições; Alojamento (*); Lavanderia (*); Figura 1.13 - De�nição do arranjo físico do canteiro de obras Fonte: Elaborada pelo autor. Área de lazer (*); Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais trabalhadores. (*) Quando houver a necessidade dos trabalhadores residirem na obra por não terem fácil acesso a cidades ou à sua própria residência (exemplo: construção de estradas distantes das cidades, de difícil acesso). As diretrizes dessas normas devem servir de referência quanto à concepção do canteiro de obras. Cada parte que compõe um canteiro de obras é denominado elemento do canteiro. Cada vez que você for planejar um canteiro de obras, deve ser observada, servindo de referência, uma listagem de todas as partes que se tem de inserir no canteiro a ser concebido. Nem sempre será possível ter todos os elementos no canteiro, desse modo, pode-se utilizar um canteiro central e trabalhar com ferramentas como o Just in Time, Kanban, 5S, Kaizen, Mapa de Fluxo de Valor e 5W2H. Além das áreas de vivência que fazem parte dos elementos de um canteiro de obras, existem os elementos de apoio técnico administrativo, ilustrados na Figura 1.14, os de operações, ilustrados na Figura 1.15, e os de produção, na Figura 1.16: Figura 1.14 - Elementos do apoio técnico administrativo Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 1.15 - Elemento de operações Fonte: Elaborada pelo autor. Cada elemento possui uma área mínima para execução de serviços ou armazenagem e, dependendo da construção, eles devem ser controlados constantemente, pois alguns produtos são perecíveis, como o cimento, que tem validade de 3 meses, ou a argamassa colante “AC-1; AC-2; AC- 3”, que tem 8 meses de validade. Um bom método de controlar o estoque de cimento é o “primeiro a entrar deve ser o primeiro a sair”, o mesmo para argamassas. A Figura 1.17 ilustra alguns elementos do canteiro de obra; nesse caso, os colaboradores trabalham durante o período comercial e retornam às suas residências e, por isso, não é necessária a instalação de alojamento, área de lazer e lavanderia. Conforme vai se alterando a construção, também serão necessárias mudanças do arranjo físico do canteiro de obras. Figura 1.16 - Elementos de produção Fonte: Elaborada pelo autor. Ao realizar movimentação de terras ou fundações, deve-se entrar em contato com o controlador de tráfego das vias da cidade, pois com o cronograma em mãos é possível deixar avisado sobre a mobilização de máquinas de pequeno ou grande porte, pois estes ocuparão faixas transitáveis ocasionando congestionamento local, impactando em horários restritos. Outra medida preventiva que se deve ter em mente é, durante as saídas dos veículos da construção, há a necessidade de um local para limpeza dos pneus, para que estes não deixem resíduos nas calçadas e ruas. O treinamento dos operários na questão de segurança é vital para o bom andamento das etapas da construção, inclusive a instalação dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e o uso constante e manutenção dos equipamentos de proteção individual (EPIs). O treinamento faz parte da responsabilidade do engenheiro de obras, engenheiro e técnico em segurança do trabalho. Esses treinamentos reduzem os incidentes, acidentes e perdas de materiais e equipamentos (BARBOSA FILHO, 2015). praticar Vamos Praticar Figura 1.17 - Elementos do canteiro de obras Fonte: Elaborada pelo autor. O canteiro de obras é uma fábrica de construção civil e nem sempre é possível a sua instalação em terrenos com espaço su�ciente para a instalação de seus elementos, sendo necessárias negociações com fornecedores próximos à construção para entregas de materiais e, algumas vezes, equipamentos para obra. Quando estamos nessas condições quais ferramentas logísticas e administrativas podem auxiliar nesse processo? Avalie as a�rmativas e assinale a resposta correta. I. Turnos 24/7. II. Kanban. III. Just in Time. IV. Kaizen. V. 5S. Está correto o que se a�rma em: a) I, II e III, apenas. b) I, III e IV, apenas. c) I, II e V, apenas. d) II, III, IV e V, apenas. e) I, II, III e IV, apenas. indicações Material Complementar LIVRO Cidades Inteligentes e Sustentáveis Editora : Manole Autores : Tatiana Tucunduva P. Cortese, Terezinha C. Kniess e Emerson Antônio Maccari ISBN : 9788520455760 Comentário : esse livro aborda as principais informações para criação de cidades inteligentes e sustentáveis, além da mobilidade urbana, e�ciência energética, a importância do Plano Diretor nas cidades e a obrigação desse documento nos Municípios. FILME Arranha-céu - coragem sem Limite Ano : 2018 Comentário : esse �lme apresenta um edifício de 240 andares misto (residencial e comercial) e um canteiro de obras ao lado, com elementos de transporte vertical e outros. Veja a importância de manter os projetos arquitetônicos, estruturais e executivos de uma construção. TRA ILER conclusão Conclusão Nesta unidade, acompanhamos a necessidade da realização dos serviços preliminares, desde o fechamento do perímetro, com a indicação dos responsáveis do projeto e da obra, à importância do levantamento topográ�co e da sondagem, pois, por meio destes, é possível desenvolver os projetos de fundação e outros que abordaremos nas próximas unidades. Também foi possível perceber que, na movimentação de terra, ao retirar o solo do estado natural, ao deformá-lo, há um acréscimo de volume em razão de o material estar no estado solto, e que para cada tipo de material existe uma porcentagem a considerar para o transporte, caso seja necessário realizar o bota fora. Já no caso dos aterros, temos um fator de contração que deve ser utilizado para saber se o volume empolado será necessário para a compactação e preenchimento de todo volume para o aterro; caso este não seja su�ciente, deve-se solicitar o empréstimo, sempre sabendo que, para aterrar, necessitamos de um material �no e coeso, como argilas e siltes. É importante lembrar, também, que se formos retirar solo para construção de garagens, será necessária a contenção do solo, para evitar patologias nas estruturas vizinhas. Outra coisa importantíssima é a estruturação do canteiro de obras. Quando este está localizado dentro do terreno da obra, pode-se a�rmar que é a única produção em que o produto �ca e a fábrica sai, uma vez que, com a obra pronta, o canteiro de obra é desmontado, dando lugar propriamente ao produto �nal, ou seja, à edi�cação construída. Entretanto, como visto, nem sempre é possível ter o canteiro dentro do terreno (espaço insu�ciente para todos os elementos) e, nesse caso, será necessário alugar um espaço ao lado, ter um canteiro central, ou mesmo utilizar as ferramentas Just in Time e Kanban para conseguir realizar a construção. referências Referências Bibliográ�cas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8036 : programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. Rio de Janeiro, 1983. ______. NBR 12284 : áreas de Vivência em canteiros de obras. Rio de Janeiro, 1991. ______. NBR 13133 : execução de levantamento topográ�co. Rio de Janeiro, 1994. ______. NBR 6484 : solo: sondagem de simples reconhecimento com SPT: método de Ensaio. Rio de Janeiro, 2001. BARBOSA FILHO, A. N. Segurança do trabalho na construção civil . São Paulo: Atlas, 2015. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de implantação básica de rodovia . 3. ed. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas-e- manuais/manuais/documentos/742_manual_de_implantacao_basica.pdf . Acesso em: 31 out. 2019. ______. Ministério da Economia. NR 18 Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústriada Construção . 2015. Disponível em: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no- trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio- ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao . Acesso em: 31 out. 2019. BUDHU, M. Fundações e estruturas de contenção . Rio de Janeiro: LTC, 2017. MENDONÇA, A. V. R. M.; DAIBERT, J. D. Equipamentos e instalações para construção civil . São Paulo: Érica, 2014. SÃO PAULO. Manual de licenciamento de projetos . 2019. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/planejamento/arquivos/manual%20de%20licenciament . Acesso em: 31 out. 2019. http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/planejamento/arquivos/manual%20de%20licenciamento%20de%20projetos.pdf
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