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Segundo o crítico Maurice Serullaz, esse estilo: É um sistema de pintura que consiste em exprimir pura e simplesmente a impressão tal como foi experimentada materialmente; o artista impressionista é o pintor que se propõe representar os objetos segundo suas impressões pessoais, sem se preocupar com as regras geralmente admitidas. [...] O desenho-contorno que precisa a forma e sugere o volume é banido. A perspectiva não é mais baseada nas regras da geometria mas é realizada, do primeiro plano para a linha do horizonte, pela degradação das tintas e dos tons, que marca assim o espaço e o volume. (SERULLAZ, 1965, p.7, 9) O estilo buscava romper com as técnicas convencionais do Realismo, focando-se nas impressões causadas pela luminosidade em cores e paisagens, ao longo do dia, em movimentos livres de pinceladas para criar efeitos óticos mais sugestivos, ou seja, buscando reproduzir as “ilusões” que as mudanças na luminosidade provocavam nas cores, objetos e sombras, enfim, na paisagem geral. Impressão, Sol Nascente - Claude Monet [30] O Impressionismo também está presente na literatura, conforme explica Afrânio Coutinho (1990, p. 223) sobre sua gênese: [...] como fenômeno literário, dá-se no seio do Realismo- Naturalismo, de que ele é um produto. Em verdade, o Impressionismo é uma forma do Realismo, resultante de sua transformação por efeito das variações estéticas e culturais do fim do século e da reação idealista. É o produto da fusão de elementos simbolistas e realístico-naturalistas. A reprodução da realidade, de maneira impessoal, objetiva, exata, minuciosa, constituía a norma realista; para o impressionista, a realidade ainda persiste como foco 111
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