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TEXTO 1 - Blindagem externa, controles de capital e inserção diferenciada da Ásia e da América Latina na Globalização Financeira (1995-2016) Este documento analisa as diferenças de inserção entre as economias asiáticas e latino-americanas na globalização financeira, de 1995 a 2016, levando em conta o papel da blindagem externa e do controle de capital. De acordo com os autores, essas políticas devem ser empregadas para garantir a competitividade da taxa de câmbio real, além de alcançar um nível de dependência controlado em relação ao capital internacional volátil. O estudo considera se essa abordagem, de fato, contribui para garantir tanto o desenvolvimento econômico quanto a estabilidade financeira, à luz das experiências da Ásia e da América Latina. Segundo Oliveira (2021, v. 25, p. 5) "No atual sistema, os Estados Unidos são reconhecidamente um país com plena autonomia de política econômica." Segundo Oliveira (2021, v. 25, p. 9) capital sem alta ou plena mobilidade global dos demais fatores de produção. Evidentemente, os controles devem se concentrar, principalmente, nos fluxos de capital que são mais voláteis, como os investimentos de portfólio. Segundo Oliveira (2021, v. 25, p. 10) "Na mesma linha, De Gregorio (2014) também apontou para a necessidade do uso de controles de capital por economias emergentes." Segundo Oliveira (2021, v. 25, p. 10) A propósito, Rey (2015) também questiona a tese de 'trindade impossível', defendendo que as economias emergentes adotem controles de capital e medidas macroprudenciais que incidam, especialmente, sobre influxos de crédito externo e de títulos de dívida (debts inflows) no momento de boom do ciclo financeiro global, para elevar o grau de autonomia da política monetária desses países. TEXTO 2 - O pão nosso de cada dia: opções econômicas para sair da crise O documento "Nosso Pão de Cada Dia: Escolhas Econômicas para Sair da Crise" é um exemplo brilhante de um artigo sobre macro e microeconomia. O texto discute como os desafios econômicos, sociais e ambientais contemporâneos são abordados e propõe respostas que podem ajudar a transformar a atual crise. Nessa perspectiva, o autor destaca a necessidade de uma nova gestão econômica, que seja razoável, justa e sustentável tanto para o ambiente quanto para as pessoas. Ele adiciona que a maior importância é a de uma reforma radical; ou seja, uma reavaliação da direção atual na liderança política e econômica nas últimas décadas. Dowbor contrapõe isso com um argumento neoliberal de que as políticas econômicas devem estar em posição de levar à distribuição de riqueza que garantirá ao país fazer um grande investimento social em serviços públicos como um núcleo para o desenvolvimento. Segundo Dowbor (2021, p. 6) "não basta dizer que um outro mundo é possível. Precisamos mostrar que uma outra gestão é possível. O que propomos tem de funcionar." Segundo DOWBOR (2021, p. 14) "Temos de assegurar uma sociedade que seja economicamente viável, mas também socialmente justa e ambientalmente sustentável." Segundo DOWBOR (2021, p. 26) "O mito do neoliberalismo segundo o qual 'os mercados' resolvem tem de ser ultrapassado. É qualificado de 'catastrófico' por Joseph Stiglitz." A citação sublinha e condena especificamente uma das falácias do neoliberalismo, conforme criticada por vários intelectuais proeminentes, e um deles foi Joseph Stiglitz. O inglês descreve a crença de que o mercado pode corrigir tudo sozinho como um mito que deve ser corrigido, uma vez que tal simplificação da realidade pode ser catastrófica. Segundo DOWBOR (2021, p. 26) "Somos hoje sociedades e economias complexas demais para soluções ideológicas simplificadas. Área por área, ou setor por setor, temos de entender os entraves e os potenciais." A declaração estende o argumento de que a sociedade e a economia modernas são muito complexas. Dowbor sustenta que reformas ideológicas de alta escala - que são um dos incentivos do neoliberalismo desmascarado por Stiglitz – são inúteis em tal complexidade. Em vez disso, ele exige uma abordagem mais detalhada, destacando as peculiaridades de uma determinada região ou setor. Isso significa que conceitos únicos devem ser substituídos por estratégias que sejam informadas de dentro, de modo a responder às circunstâncias e necessidades da comunidade. Segundo DOWBOR (2021, p. 189) "Foi, e continua sendo, uma era de poder total dos chamados 'mercados', com a globalização, financeirização e reforço desenfreado da exploração. O Estado foi declarado como sendo 'o problema', e o vale-tudo corporativo levou às deformações que hoje enfrentamos." Segundo DOWBOR (2021, p. 193) "Os desafios são prementes, tanto no plano do desastre ambiental como na desigualdade explosiva, no caos financeiro, na desagregação da democracia e das liberdades individuais." Assim, Dowbor destaca os problemas críticos que a sociedade moderna enfrenta: desastre ambiental, desigualdade explosiva, caos financeiro, desagregação da democracia e erosão das liberdades individuais. Como observa o autor, essas questões são críticas e multidimensionais, o que implica que não podem ser abordadas adequadamente com soluções simplistas ou ideologias promovendo desregulamentada e mercados. Ele, portanto, faz um apelo a uma reflexão profunda e ação concertada para reverter as tendências extremamente perigosas que seu trabalho identificou. Em resumo, Dowbor enfatiza que as crises interconectadas do nosso tempo exigem soluções tão interconectadas e complexas quanto são os problemas que o autor destaca. TEXTO (FILME) 3 - A Bolsa ou a Vida De maneira crítica e analítica, este documentário, "A Bolsa ou a Vida" (2021), não deixa espaço para dúvidas sobre a transformação político-econômica pela qual o capitalismo tem passado. O filme inclui uma série de entrevistas com especialistas de topo: de economistas a sociólogos, de filósofos a ativistas, abordando diferentes nuances deste tópico imensamente complexo. O filme até faz referência a mais falhas do sistema neoliberal, como a concentração de riqueza e poder, desigualdade social ou flexibilidade no trabalho. Ele também investiga profundamente as fontes históricas e ideológicas desse modelo, suas contradições internas e o impacto negativo que produz na sociedade, no ambiente e na democracia. Destaca problemas de governança em termos de crises sistêmicas: entre as mais sérias, há espaço para a crise econômica de 2008, a pandemia de COVID-19 e o aquecimento global. As entrevistas com profissionais detalham como as crises afetam a sociedade, os negócios, o governo e como as crises podem ser adequadamente moldadas na vida organizacional social e nas responsabilidades gerenciais por meio de um conjunto de ferramentas para que possam ser gerenciadas de forma adequada e responsável. Como se pode ver, o filme ilumina exemplos de inovação de entrega real diante dos desafios das crises sistêmicas em negócios, governo e organização social. Esses exemplos mostraram a possibilidade de se realizar um futuro mais justo, sustentável e democrático em tempos de crises. "O abismo entre ricos e pobres se aprofundou. O 1% mais rico da população mundial detém mais de 50% da riqueza global" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). "As crises geram desemprego, pobreza e fome. As pessoas mais pobres são as mais afetadas" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). "O neoliberalismo é um sistema que concentra riqueza e poder nas mãos de poucos, enquanto a maioria da população fica cada vez mais pobre" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). "Precisamos buscar alternativas ao neoliberalismo, que sejam mais justas e igualitárias" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). "A democracia é fundamental para construir um mundo mais justo e sustentável" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). "A participação popular é essencial para a construçãode uma sociedade mais justa e igualitária" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). "Não basta reformar o sistema, precisamos mudá-lo completamente" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). "Precisamos construir um novo sistema econômico que seja baseado na sustentabilidade e na justiça social" (CALIBAN I cinema e conteúdo, 2021). Referências OLIVEIRA, G. C. et. al. Blindagem externa, controles de capital e inserção diferenciada da Ásia e da América Latina na Globalização Financeira (1995-2016). Rev. Econ. Contemp., v. 25, n. 2, 2021, e-212527. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rec/a/wNdtJCXt9QQFTrHjvc9NQpD/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 28 mar. 2024. DOWBOR, Ladislau. O pão nosso de cada dia: opções econômicas para sair da crise. São Paulo: Autonomia Literária, 2021. 202 p. Disponível em: https://dowbor.org/wp-content/uploads/2021/09/paonossodecadadia_comcapa.pdf . Acesso em: 29 mar. 2024. Tendler, Silvio. A Bolsa ou a Vida. YouTube, 24/08/2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=N2ERnOk57Z4. Acesso em: 30 mar. 2024. Tendler, Silvio. A Bolsa ou a Vida. PrimeVídeo, 2021. Disponível em: https://www.primevideo.com/dp/amzn1.dv.gti.0803ee9a-14c0-4ac0-8198- f9d528ee04b8?autoplay=0&ref_=atv_cf_strg_wb. Acesso em: 30 mar. /2024
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