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AUDITORIA ASSUSNTOS COM QUESTÕES DO INTEGRESS

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· 
· MÓDULO 1: Descrever a relação entre estratégia e seu desdobramento em planos organizacionais com as atividades de auditoria para controle de gestão
· A ESTRATÉGIA DE UMA ORGANIZAÇÃO
Apresentaremos brevemente a Estratégia da organização e sua operacionalização, para melhor compreensão do contexto de gestão em que se insere a Auditoria.
· Origem do termo “estratégia”
Esta terminologia é proveniente da língua grega, a partir da junção dos termos stratos e agos, que significam multidão e chefia, respectivamente.
	Saiba mais
 Originalmente, estratégia era um conceito relacionado à liderança de um grupo de pessoas envolvidas em uma batalha, que seguiam as determinações de seu comandante. A partir dessa origem histórica, seu significado ampliou-se, contemplando, atualmente, em suas diversas abordagens, métodos ou ações planejadas e executadas para alcançar resultados.
Esse conceito é usado nas organizações públicas e privadas para maior eficiência na aplicação de recursos e para atender aos objetivos organizacionais.
· Definição de estratégia
A estratégia define diretrizes para formulação de iniciativas e processos organizacionais que contribuem para que a empresa atenda à sua missão, que é a finalidade de sua existência, com foco no alcance do cenário definido na visão de futuro, ou seja, aonde a organização quer chegar em um cenário de médio e longo prazo.
Vamos contextualizar esses conceitos por meio de um exemplo prático, conforme observamos a figura a seguir:
Figura 1 – Estratégia da Empresa Tokyo.
A Estratégia dessa organização, para atender sua missão e visão, poderia comportar as seguintes diretrizes:
· Aprimoramento da cadeia de suprimentos;
· Contratações e aquisições diretas com o fornecedor de matéria-prima;
· Promoção de práticas sustentáveis;
· Operacionalização da estratégia
A operacionalização da estratégia de uma organização é efetivada por meio de gerenciamento de projetos e processos de trabalho que entregam produtos e serviços aos seus clientes, conforme observamos na figura a seguir.
Figura 2 – Operacionalização da estratégia.
Vamos entender alguns conceitos:
	PROJETOS
 Referem-se a um conjunto de atividades interligadas entre si, com início e término definido, como, por exemplo, a campanha publicitária de divulgação de um novo perfume ou a implementação de um sistema de informação dentro da organização.
	
· 
	PROCESSOS DE TRABALHO
 Tratam de atividades desenvolvidas para entrega de produtos e serviços repetitivos. A venda de calçados em uma loja de departamentos é um exemplo de processo. Outro exemplo é o cadastramento de clientes de uma empresa financeira.
PLANEJAMENTO E CONTROLE ORGANIZACIONAL
O planejamento organizacional é um conjunto de atividades desenvolvidas por todos os membros de uma organização para que sejam alcançados seus objetivos, com maior eficiência na aplicação de recursos.
A eficácia de resultados depende de um monitoramento contínuo e de ações corretivas para que se modifique o curso da ação em caso de falha de planejamento ou de execução.
O planejamento organizacional é composto e classificado de três formas, conforme observamos a seguir:
 Figura 3 – Planejamento Organizacional.
Agora, vamos entender melhor o papel de cada um dentro de uma organização:
	PLANEJAMENTO OPERACIONAL
 Por fim, o planejamento operacional trata da execução de processos organizacionais, com base no que foi estipulado no plano tático, contribuindo, dessa forma, para o alinhamento de ações às diretrizes estratégicas. Tem como entrega o plano operacional.
	PLANEJAMENTO TÁTICO
O planejamento tático, por sua vez, define normas, procedimentos e regras de negócios, que conjugadas com a alocação de recursos técnicos, materiais e financeiros, dentre outros, oferece condições para que seja operacionalizado o que foi definido no plano estratégico. Sua principal entrega é o plano tático.
	PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Por fim, o planejamento operacional trata da execução de processos organizacionais, com base no que foi estipulado no plano tático, contribuindo, dessa forma, para o alinhamento de ações às diretrizes estratégicas. Tem como entrega o plano operacional.
O planejamento organizacional é composto de atividades do plano estratégico, do plano tático e plano operacional, que, por sua vez, compõem o ciclo estratégico de uma organização.
Para que as atividades de planejamento e execução sejam bem-sucedidas, com entrega de produtos e serviços de acordo com os requisitos definidos, dentro do prazo, a organização deve desenvolver atividades de controle e monitoramento para que possíveis falhas de planejamento ou execução sejam corrigidas.
Nesse contexto, o controle de gestão contempla a execução de atividades de controle e monitoramento nas três formas de planejamento apresentadas. Portanto, uma organização pode efetuar mudanças de rumo no nível estratégico, tático ou operacional, caso seja necessário.
O conjunto de etapas compostas por atividades de planejamento, execução, monitoramento e ação corretiva ficou conhecido como ciclo PDCA, graças aos esforços de pesquisas e disseminação empreendidos por Edward Deming, pesquisador norte-americano considerado referência na área de qualidade. Esse instrumento foi aplicado, inicialmente, na melhoria da qualidade de produtos, mas pode ser aplicado em todas as formas de planejamento organizacional.
Figura 4 – Ciclo Estratégico – PDCA
O ciclo estratégico, composto pelas fases de formulação do plano estratégico, desdobramento em gerenciamento de projetos e processos organizacionais, controle de gestão e ações de melhorias encontra-se representado na figura.
Vamos entender essas fases:
	Definição da estratégia
É a etapa em que é desenvolvido o plano estratégico da organização.
	Desdobramento da estratégia
Consiste no planejamento e execução de projetos e processos organizacionais que estejam alinhados à estratégia.
	Controle de gestão
Nesta etapa, são monitorados o planejamento e execução dos projetos e processos, para fins de correção de ações durante a execução. De modo complementar, a auditoria, de forma sistemática e permanente, avalia os resultados dos projetos e processos para apresentar recomendações.
	Melhorias
Com base nas recomendações da auditoria e dos resultados alcançados, os gestores desenvolvem iniciativas de melhorias.
· VALOR AGREGADO E DESEMPENHO COM FOCO NO CLIENTE
O planejamento organizacional tem como objetivo a entrega de produtos e serviços que atendam às necessidades e expectativas dos clientes. Com base nesse planejamento, a organização apresenta resultados com valor agregado, que podem ter valor percebido diferente.
Quais seriam as diferenças dessas duas abordagens de valor?
	VALOR AGREGADO
	 Este conceito remete aos gastos decorrentes de custos e despesas na linha de produção, benefícios oferecidos, acrescidos da margem de lucro do fornecedor de produtos e serviços. Dessa forma, a organização planeja estabelecer um patamar de valor agregado a partir do conjunto de gastos que o cliente terá para dispor daquele produto ou serviço que, todavia, pode não corresponder às expectativas do cliente.
 Em diversas situações, ponderamos que um produto é muito caro, isto é, não vale a pena pagar aquela quantia. Ou nos deparamos com um produto com preço muito abaixo do que esperávamos. Nas duas situações, em tese, o valor agregado pela organização não encontra respaldo no primeiro momento da verdade, em que o cliente vislumbra o produto almejado.
	VALOR PERCEBIDO
	 O valor percebido, por sua vez, refere-se à percepção de valor do cliente. Nesta condição, o cliente tem a percepção de que o gasto que ele terá na aquisição daquele produto compensa o que se paga. Assim, temos a aplicação do conceito de valor percebido, que é feito pelo cliente.
 Obviamente, essa percepção de valor varia de pessoa para pessoa e depende também dos esforços da organização em atender seu segmento de clientes. Na busca pela maior lucratividade,a organização precisa ter foco no cliente, para identificar suas demandas, em detrimento do foco no produto, que nem sempre contribui para que o planejamento do valor agregado resulte em valor percebido pelo cliente.
· GOVERNANÇA E GESTÃO
	AS ORGANIZAÇÕES DEVEM ATUAR DE ACORDO COM O SEU PLANO ESTRATÉGICO PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DE SEUS CLIENTES, EM RELAÇÃO A PRODUTOS E SERVIÇOS COM VALOR AGREGADO. ENTRETANTO, DE QUE FORMA ESSAS ORGANIZAÇÕES, PÚBLICAS OU PRIVADAS, PODEM SER DIRECIONADAS DE FORMA A ATENDER TAIS DEMANDAS?
	Por meio da governança, que é uma forma de direcionar a gestão na seleção de boas práticas que contribuam para a entrega de valor, respeitando-se os interesses das partes interessadas.
	“
Na concepção do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015), entidade sem fins lucrativos, “governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle, e demais partes interessadas.
De forma similar, a Administração Pública, por meio do Tribunal de Contas da União, que é o órgão que exerce controle externo dos órgãos e empresas públicas, incorporou o conceito de governança na administração pública como um conjunto de “mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade”.
A governança deve ser o fio condutor da gestão, por meio de ações de direcionamento, monitoramento e avaliação que contribuem, mediante normativas, processos e estruturas organizacionais para a entrega de resultados para os seus clientes.
Diante os conceitos apresentados, quais seriam as diferenças entre governança e gestão?
Elencamos as diferenças existentes entre esses dois conceitos no quadro a seguir:
	GOVERNANÇA
	GESTÃO
	· Indica os caminhos e os instrumentos de gestão.
· O que deve ser feito.
· Voltada para definição de diretrizes.
· Ciclo PDCA (diretrizes).
	· Planeja, executa e controla a gestão.
· Executa o que deve ser feito.
· Voltada para a ação.
· Ciclo PDCA (ações).
A governança define os rumos que devem ser seguidos na gestão, que, por sua vez, planeja, executa, monitora e executa ações corretivas para a entrega de resultados e o atendimento das diretrizes definidas pela governança.
· GESTÃO E CONTROLE
A gestão da organização é realizada com base nos planejamentos estratégico, tático e operacional, que seguem as diretrizes definidas pela governança. Nesse contexto, devemos recordar que o ciclo PDCA se aplica às três formas de planejamento, conforme figura abaixo:
Figura 5 – Controle de gestão
Dessa forma, a organização planeja, executa, monitora e efetua ações corretivas. O controle de gestão contempla as fases de monitoramento e ações corretivas para o alcance dos objetivos organizacionais. Ele visa assegurar que as atividades da organização sejam realizadas de acordo com os princípios de:
	EFICIÊNCIA
A eficiência pode ser mensurada pela relação existente entre as entregas de produtos e serviços, atendidos determinados requisitos de qualidade, e os recursos consumidos em sua produção, em determinado espaço temporal.
	EFICÁCIA
A eficácia trata do alcance de um objetivo ou resultado almejado, em conformidade com o que foi planejado, dentro de determinado período, independentemente dos recursos necessários para a sua produção.
	ECONOMICIDADE
A economicidade refere-se à menor aplicação de recursos financeiros, técnicos ou materiais, dentre outros, na execução de uma atividade, dentro de padrões estabelecidos de qualidade.
	EFETIVIDADE
O conceito de efetividade está relacionado com o impacto da entrega de produtos e serviços em cenário de médio e longo prazo. Verifica-se se os resultados alcançados perduram ao longo do tempo. Quanto maior o tempo de vida útil, maior a efetividade do resultado apresentado.
O controle de gestão na organização pode ser realizado de duas formas:
· Monitoramento e ações corretivas durante a execução de uma atividade, de acordo com o ciclo PDCA (gestão);
· Avaliação do ciclo PDCA de um processo organizacional após sua execução (auditoria).
O ciclo PDCA apresenta uma etapa de monitoramento de atividades que pode ser feito nas três formas de planejamento organizacional. Nesta abordagem, a auditoria se insere como uma das atividades desenvolvidas para monitorar o planejamento e a execução. Todavia, deve-se diferenciar o monitoramento de atividades, que ocorre durante a execução da atividade, da função específica da auditoria, executada de forma concomitante ou após a execução dos processos de trabalho sem interferir diretamente no alcance de resultados. Essa atuação desvinculada da execução da atividade privilegia a segregação das funções de planejamento e execução da função de monitoramento específico, proporcionado pela auditoria.
	Comentário
Essa segregação é uma prática salutar de gestão para que determinada função não seja impregnada pelo viés cognitivo de outra função. Assim, quem executa não participa do controle e vice-versa.
A auditoria se insere no ciclo PDCA para contribuir, de forma direta ou indireta, com o alcance de objetivos organizacionais, atendendo aos princípios de eficiência, eficácia, economicidade e efetividade. Para que sua colaboração traga melhores contribuições, não deve participar de atos de gestão.
A auditoria é um processo de trabalho organizacional de avaliação sistemática das atividades desenvolvidas na organização para verificar se atendem ao que foi planejado. Sua origem etimológica é explicada por duas vertentes: audire, do latim, que remete à audição, e to audit, da língua inglesa, que é traduzida como “examinar”, “avaliar”.
A auditoria tem o objetivo de aumentar o grau de confiança dos usuários nas demonstrações contábeis, nos relatórios financeiros e patrimoniais, atuando também na avaliação de conformidade e desempenho da organização. Para o desenvolvimento de suas atividades, atua no que é chamado de objeto da auditoria, que consiste na coletânea de documentos, registros financeiros, contábeis e patrimoniais que dão legitimidade aos atos da administração, de acordo com Franco e Marra (2011). Esse objeto é avaliado de acordo com critérios preestabelecidos.
A partir desses critérios, os auditores analisam e coletam evidências que são encontradas para embasar a construção de suas conclusões e elaboração do relatório de auditoria. A identificação de evidências que sejam relevantes e confiáveis é denominada trabalho de asseguração, que pode ser realizado de duas formas:
	ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL
Em um trabalho de asseguração razoável, o auditor analisa e aceita riscos de baixa probabilidade ou de baixo impacto para que não haja grande comprometimento na confiabilidade dos resultados.
	ASSEGURAÇÃO LIMITADA
No trabalho de asseguração limitada, o auditor opta por aceitar um comprometimento maior dos resultados na confiabilidade dos mesmos, ao incorporar riscos maiores do que seriam aceitos no trabalho de asseguração razoável, porém aceitáveis nas condições específicas do trabalho de asseguração.
A atuação dos profissionais de auditoria em trabalhos de asseguração é pautada pelas Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA), conforme NBC TA Estrutura Conceitual, definida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
As normas de asseguração encontram-se representadas na figura seguinte:
Figura 6 – Normas de asseguração
· MODALIDADES DE AUDITORIA
As auditorias podem ser classificadas de diferentes formas. Contudo, apresentaremos uma classificação baseada na seguinte abordagem:
	AUDITORIA POR TIPO DE ORGANIZAÇÃO
Auditoria governamental, auditoria privada.
	AUDITORIA PELA FORMA DE EXECUÇÃO
Auditoria interna, auditoria externa.
	AUDITORIA PELA AMPLITUDE
Auditoria geral, auditoria parcial.
	AUDITORIA POR MODALIDADE
Auditoria contábil, auditoria financeira, auditoriaoperacional, auditoria de conformidade, auditoria tributária, auditoria de sistemas.
A atuação das diversas modalidades de auditorias se insere no controle de gestão, juntamente com o monitoramento do gerenciamento de projetos e gerenciamento de processos, conforme observamos na figura a seguir.
Figura 7 – Controle de gestão ‒ modalidades de auditoria.
Vamos entender mais detalhadamente cada uma dessas modalidades de auditorias:
	AUDITORIA GERAL
 A auditoria geral contempla a análise e geração de relatórios referentes a todos os elementos que compõem o patrimônio da organização, incluindo-se o registro de todas as operações e as demonstrações contábeis.
	AUDITORIA PARCIAL
É uma modalidade de auditoria em que não são analisadas todas as demonstrações contábeis, para fins específicos, como, por exemplo, analisar os custos de produção.
	AUDITORIA CONTÁBIL
Esta modalidade de auditoria avalia os registros financeiros-contábeis, as demonstrações contábeis e os controles internos da organização.
	AUDITORIA FINANCEIRA
Tem o objetivo de avaliar as demonstrações financeiras, sob a ótica da contabilidade, para apresentação de relatório específico.
	AUDITORIA OPERACIONAL
Auditoria realizada nos processos organizacionais para averiguação do grau de aderência aos princípios de eficiência, eficácia, economicidade e efetividade, comparando o que foi planejado com o que foi executado, com o respectivo resultado em mãos.
	AUDITORIA DE CONFORMIDADE
Avalia o cumprimento de normas (legislação, regulamentos, códigos, dentre outros) que direcionam os processos organizacionais.
	AUDITORIA TRIBUTÁRIA
Analisa os controles existentes no planejamento tributário da organização em relação à incidência nas operações e nos bens patrimoniais.
	AUDITORIA EM SISTEMAS
Auditoria realizada em sistemas de informação que efetuam o processamento de transações (automatização de processos organizacionais). Avalia-se, dessa forma, os controles internos destes processos, a segurança da informação e a qualidade e desempenho dos sistemas, quanto às dimensões de desempenho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Uma organização desenvolve diretrizes estratégicas que contribuem para o alcance de sua missão e de sua visão. De que forma ela pode operacionalizar sua estratégia?
a) Realizando gerenciamento de projetos e processos de trabalho que entregam produtos e serviços aos seus clientes. (x)
b) Analisando necessidades e expectativas de seus clientes.
c) Desenvolvendo pesquisas de satisfação do usuário.
d) Implementando controles internos.
e) Redefinindo sua missão e visão.
OBSERVAÇÃO
A operacionalização da estratégia consiste no gerenciamento de projetos e processos de trabalho.
2. Em determinada organização financeira, um assistente administrativo teve a incumbência de renegociar 50% das dívidas de clientes do exercício anterior. Qual foi o princípio de gestão a que ele atendeu?
a) Eficiência.
b) Eficácia.(x)
c) Efetividade.
d) Economicidade.
e) Relatividade.
OBSERVAÇÃO
A eficácia refere-se ao alcance de um determinado objetivo.
· MÓDULO 2: Descrever as características da auditoria contábil e da auditoria operacional
· AUDITORIA CONTÁBIL
A auditoria contábil é uma das modalidades de auditoria apresentadas, conforme a figura 7, que tem o objetivo de analisar os registros contábeis decorrentes de atos e fatos administrativos para reduzir a probabilidade de ocorrência de fraudes e erros nos sistemas contábeis e financeiros. Sua atuação colabora para a identificação de falhas nos controles internos.
O foco desta modalidade deve-se à necessidade de efetuar o diagnóstico de uma organização quanto às questões orçamentárias, financeiras e patrimoniais, apresentado sob a forma de parecer, que deve ser produzido de forma independente.
O trabalho desenvolvido pelos auditores deve seguir as normas definidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e, no que couber, a legislação específica.
Esta modalidade é conduzida, comumente, por uma equipe de auditoria formada por membros da organização e denominada, nesta circunstância, de auditoria interna.
Os profissionais (auditores) que realizam esta modalidade de auditoria devem ter formação de nível superior em Ciências Contábeis e com registro regular no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), existente em cada estado.
	Comentário
 O auditado pode acompanhar todo o processo de auditoria. O contador responsável por uma organização poderá auxiliar na disponibilização de informações requeridas. Todavia, deve-se ressaltar que a análise contábil precisa ser efetivada pelo auditor, que deve ser imparcial no exercício de suas atividades. A auditoria contábil é aplicável na administração pública e na iniciativa privada, com regramentos específicos.
A realização dessa auditoria permite a redução de falhas e erros nos registros contábeis e a identificação de situações em que possam existir suspeitas de verbas mal aplicadas, sugerindo desvios de finalidade. De posse do resultado, o auditado pode tomar providências para sanar problemas, quando for o caso, ou certificar-se de sua real situação financeira, com respectivo desdobramento em registros contábeis legítimos.
As funções contempladas pela Auditoria Contábil foram representadas na figura a seguir:
Figura 8 ‒ Auditoria Contábil.
· Avaliação do patrimônio
A avaliação das variações patrimoniais é verificada nos registros e demonstrações contábeis, decorrentes de fatos administrativos, que correspondem a transações que ocorrem dentro da organização com promoção de variações qualitativas ou quantitativas no patrimônio.
Nesta avaliação, objetiva-se reduzir a probabilidade de ocorrência de fraudes e erros nos registros e demonstrações contábeis. A fraude é a alteração intencional dessas informações. O erro, por sua vez, refere-se a lançamento ou alteração não intencional de informação baseada na interpretação errônea de fatos administrativos, omissão ou lançamento realizado por falta de atenção.
Verifica-se, também, a aderência do sistema contábil ao sistema financeiro da organização.
· Avaliação dos controles internos
Os controles internos de uma organização, sob a ótica contábil, são processos de trabalho que visam a proteger o patrimônio de fraudes e erros. Nesse sentido, a auditoria contábil promove uma análise e avaliação do desempenho desses controles, cuja responsabilidade de criação e manutenção é da administração.
Esta avaliação deve levar em consideração os seguintes fatores, que impactam nos controles internos:
· Riscos nos processos;
· Estrutura organizacional;
· Funções administrativas;
· Segregação de funções;
· Complexidade dos processos organizacionais;
· Sistemas de informação contábil.
O gerenciamento de controles internos, sob a ótica de visão sistêmica da organização, contempla, além das informações contábeis e financeiras, todas aquelas que impactam no alcance de objetivos estratégicos, operacionais, de conformidade e de divulgação da organização. Essas questões serão tratadas no próximo módulo.
· APRESENTAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES
Com base nas evidências encontradas no trabalho de auditoria, o auditor trabalha em suas conclusões, para apresentar recomendações, isto é, propostas de melhorias de processos organizacionais, no relatório de auditoria.
As conclusões, baseadas na análise realizada, são expressas de forma objetiva, indicando que a avaliação é sem ressalva, com ressalva ou abstendo-se de opinião.
A auditoria contábil traz contribuições para maior alcance de resultados na organização ao conferir maior confiabilidade e transparência às informações contábeis, financeiras e referentes aos controles internos.
· LIMITAÇÕES
Apesar de a auditoria contábil contribuir para o controle de gestão, de forma inequívoca, não pode ser avaliada como um instrumento imune a falhas.
Em determinadas situações, a análise das variações patrimoniais pode indicar diferenças entre o que foi definido e o que foi constatado, porém, não é possível verificar as causas que ocasionaram essas diferenças.Constata-se um problema, sob a ótica contábil, todavia, sem que se vislumbre suas causas. Nesse tipo de situação, a auditoria operacional é que poderá trazer contribuições para a organização, por avaliar o grau de atendimento aos princípios de desempenho (4Es).
· AUDITORIA OPERACIONAL
A auditoria operacional tem o objetivo de efetuar análise das informações relativas às diretrizes estratégicas, aos projetos e processos organizacionais, sob a ótica da eficiência, eficácia, efetividade e economicidade (4Es), a partir do confronto de seus resultados com os objetivos definidos nos planos estratégico, tático e operacional da organização.
Na auditoria operacional, o auditor analisa, também, os indicadores de desempenho e metas que estiverem definidos nos planos organizacionais. Deve-se ressaltar que os registros e as demonstrações contábeis não fazem parte do escopo dessa modalidade de auditoria.
	Saiba mais
A auditoria operacional é originária da expressão “performance audit”, adotada nos EUA e traduzida para “auditoria operacional”. Para alguns autores, é sinônimo de auditoria de desempenho e auditoria de gestão. 
Ela nasceu da necessidade de prestar informações mais detalhadas dos resultados apresentados por organizações da administração pública e da iniciativa privada, considerando-se as limitações existentes na auditoria realizada sob a ótica de informações financeiras.
As modalidades auditoria contábil e auditoria operacional apresentam diferenças relevantes, conforme observamos a seguir:
	Quesitos
	Auditoria contábil
	Auditoria operacional
	Resultados esperados
	Maior confiança nas apresentações de variações patrimoniais.
	Avaliação do desempenho.
	Foco de atuação
	Materialidade, demonstrações contábeis e financeiras sem erros materiais.
	Eficiência, eficácia, economicidade e efetividade.
	Contribuição
	Punição de falhas.
	Correção e prevenção de falhas.
	Fonte de informações
	Normativas legais.
	Utilização de boas práticas de governança e gestão para fins de análise.
	Responsabilidade
	Individualizada.
	Não é sempre possível a individualização.
	Responsabilidade
	Individualizada.
	Não é sempre possível a individualização.
	Critérios
	Definidos.
	Definidos e a serem definidos durante a auditoria.
	Espaço temporal
	Passado.
	Passado, presente e futuro.
	Relatórios
	Modelo padronizado.
	Não possui modelo padronizado.
	Escopo de análise
	Demonstrações contábeis, financeiras e patrimoniais.
	Estratégia, projetos e processos organizacionais com respectivos indicadores e metas.
	Evidências
	Registros e documentos.
	Diversas fontes.
	Normas adotadas
	Normas de diversas organizações.
	Normas definidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.
	Área de conhecimento do auditor
	
Contabilidade.
	
Ciências sociais.
Essas diferenças comprovam que existe um longo caminho a ser percorrido pelas organizações públicas e privadas para que uma auditoria possa integrar a abordagem essencialmente quantitativa-contábil com a forma de atuação da auditoria operacional, focada em resultados.
Em sua origem, a auditoria operacional focou fortemente na abordagem de redução de custos, o que, teoricamente, contribuiria para maior eficiência. Entretanto, tal conduta não analisava projetos de inovações, que poderiam atender melhor às necessidades e expectativas de seus clientes. Nessa linha, sua atuação apresentava similaridade com a auditoria contábil, que não contempla questões diversas daquelas tratadas no âmbito patrimonial.
	ATENÇÃO
Deve-se ressaltar que as modalidades auditoria contábil e auditoria operacional não são concorrentes, mas complementares ao atuarem sobre o mesmo objeto de análise.
A auditoria operacional tem seu espectro limitado pelo grau de maturidade da organização em relação à adoção de boas práticas de governança e gestão. Ela atua de acordo com planejamento organizacional definido, que pode abarcar ou não indicadores e metas de desempenho no gerenciamento de projetos e processos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A auditoria contábil é uma das modalidades mais utilizadas nas organizações por ser a pioneira. Sua atuação contribui para a gestão da organização.
Preencha o texto a seguir:
Com base nas evidências encontradas no trabalho de ____, o auditor trabalha em suas conclusões para apresentar ____, isto é, propostas de ____, no relatório de auditoria
a) Asseguração, evidências, elaboração de demonstrativos contábeis.
b) Gestão, relatórios, projetos.
c) Auditoria, recomendações, melhorias de processos organizacionais.(x)
d) Planejamento, projetos, asseguração.
e) Auditoria, suas dúvidas, questionamentos.
OBSERVAÇÃO
O auditor apresenta, a partir dos achados de auditoria, recomendações para que sejam efetivadas melhorias nos processos organizacionais, colaborando, dessa forma, para a administração.
2. Das alternativas apresentadas, qual delas representa um dos objetivos da auditoria operacional?
a) Promover melhorias no planejamento financeiro.
b) Implementar projetos de cunho contábil.
c) Implementar projetos de cunho operacional.
d) Contribuir para melhoria/ de desempenho.(x)
e) Analisar a programação.
OBSERVAÇÃO
A auditoria operacional, ao analisar projetos e processos organizacionais, sob a ótica dos 4Es, contribui para melhoria do desempenho organizacional.
· MÓDULO 3: Identificar as principais características da auditoria operacional
· AUDITORIA OPERACIONAL
As auditorias operacionais contribuem para o aprimoramento da gestão ao confrontar o planejamento das ações com os resultados alcançados. Nessa análise, são avaliados as diretrizes estratégicas, os projetos e processos organizacionais quanto ao alinhamento de gestão aos princípios de desempenho, eficiência, eficácia, efetividade e economicidade (4Es), conforme representado a seguir:
Em uma auditoria operacional, pode-se priorizar um dos princípios de desempenho, todavia, a análise individualizada corre o risco de não corresponder à realidade existente na organização. Podemos concluir, por exemplo, que uma indústria apresenta maior eficiência na produção de artefatos de alumínio por dispor de um fornecedor de matéria-prima de baixo custo, contudo, sua produção não é eficaz por não atender às demandas requeridas por seus clientes, em função de tecnologia ultrapassada adotada na linha de produção. Nessa situação, a organização, provavelmente, perderá mercado se não atualizar seus equipamentos. Se o foco da auditoria operacional fosse somente a eficiência, o relatório de auditoria provavelmente apresentaria uma realidade distorcida.
As atividades da auditoria operacional podem ser conduzidas pela equipe de auditoria interna ou por uma auditoria externa, entretanto, alcança maior efetividade quando desenvolvida pela auditoria interna, que atua de forma continuada.
DIFERENÇAS ENTRE A AUDITORIA OPERACIONAL, AUDITORIA CONTÁBIL E AUDITORIA DE CONFORMIDADE
Apesar de todas as modalidades de auditoria avaliarem o grau de alcance de resultados em relação ao planejado, constatamos, na auditoria operacional, determinadas peculiaridades que a diferenciam da auditoria contábil e da auditoria de conformidade.
São elas:
	AUDITORIA OPERACIONAL
Tem como foco avaliar o processo de gestão estratégica e os respectivos desdobramentos em processos organizacionais, que são modelados para entrega de valor aos clientes.
	AUDITORIA CONTÁBIL
Averigua demonstrações financeiras e contábeis, quanto aos aspectos patrimoniais, essencialmente.
	AUDITORIA DE CONFORMIDADE
Direciona seus esforços na verificação de aderência dos processos organizacionais às leis, normas, regulamentos e regras de negócios.
Na auditoria operacional, a atuação da organização é monitorada e avaliada, com foco na entrega de resultados aos clientes (eficácia), que avaliam a percepção de valor dos produtos e serviços oferecidos (efetividade). De forma complementar, os preços resultantes do valor agregado na linha de produção devem ser compatíveis com o nicho de mercado que se quer atuar (economicidade). Nesse contexto, a menor aplicação de recursospor unidade produzida (eficiência) confere à organização maior fôlego financeiro para enfrentar a concorrência, contribuindo para a continuidade do negócio.
· REQUISITOS DE ANÁLISE DA AUDITORIA OPERACIONAL
A auditoria operacional se posiciona como uma forma de controle de gestão, que é operacionalizada pela análise e avaliação dos esforços da organização em algumas questões.
SÃO ESSAS QUESTÕES:
· Definição da Estratégia (objetivos estratégicos);
· Impacto e resultados alcançados na entrega de produtos e serviços;
· Acompanhamento e recomendações quanto a atuação dos controles internos e do gerenciamento de riscos corporativos;
· Monitoramento de processos organizacionais;
· Estruturação de indicadores e metas de desempenho;
· Construção do arcabouço normativo da organização;
· Averiguação do desempenho dos mecanismos e recomendações de governança;
· Análise da estrutura organizacional e respectiva matriz de responsabilidades quanto às contribuições na entrega de resultados;
· Avaliação dos relatórios e informações institucionais quanto às questões de desempenho, transparência e prestação de contas.
A auditoria operacional contribui para a avaliação do desempenho da organização em relação ao que foi planejado, culminando, dessa forma, na formalização de recomendações à gestão da organização que possam colaborar para maior entrega de valor, por meio de produtos e serviços. Nessa linha de trabalho, são observados os princípios de desempenho aplicados aos processos organizacionais.
Apresentamos, neste tópico, um fluxograma simplificado de etapas a serem cumpridas para realização de uma auditoria operacional, conforme observamos na figura seguinte:
Figura 10 ‒ Fluxograma de auditoria operacional
Vamos entender detalhadamente essas etapas:
	PRESENTAÇÃO DE PROPOSTA
 Antes do início efetivo dos trabalhos de auditoria, pode-se enviar uma proposta preliminar do escopo da auditoria operacional que apresente a equipe de auditoria, as áreas auditadas, o mapa de responsabilidades e processos organizacionais a serem avaliados para ciência prévia do auditado.
	COLETA DE DADOS
 Nesta etapa, são requisitadas informações e documentos produzidos na organização referentes aos seguintes instrumentos e ferramentas de gestão, com respectivos resultados, quando aplicáveis: plano estratégico, plano de gerenciamento de riscos, controles internos, organograma, funções e responsabilidades, cadeia de valor, relação de processos com indicadores e metas, relação de projetos com resultados, indicadores e metas, plano de desenvolvimento de pessoas, programação orçamentária, programa de contratações e aquisições, relação de sistemas de informação, resultados alcançados por processos, valor agregado e impacto de resultados dos processos finalísticos, valor agregado e impacto de resultados dos projetos.
 De forma complementar, a coleta de dados pode ser efetuada por meio de entrevistas, questionários, observação direta ou inspeção física, dentre outras formas. Caso seja necessário, pode-se aplicar métodos quantitativos para coleta e processamento de dados.
	DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS E CRITÉRIOS
Os objetivos específicos de cada auditoria operacional devem ser definidos de forma clara e concisa para apresentação ao auditado, considerando-se que esta auditoria não segue padrões normativos específicos como a auditoria contábil, situação em que o auditado conhece o processo de trabalho.
	ANÁLISE DOS DADOS
A partir dos dados coletados, a equipe de auditoria pode iniciar sua análise, com base no objeto, critérios, evidências e forma de asseguração definida.
	ELABORAÇÃO DA MATRIZ DE ACHADOS
Com base nos critérios definidos, são levantadas informações que atestam o atendimento ou não desses critérios, que são agrupados para a construção da matriz de achados.
	ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA
A matriz de achados é avaliada pela equipe de auditoria para validação ou rejeição. Após esta atividade, é elaborado o relatório de auditoria com a matriz de achados final, com respectivas recomendações para a administração.
· AUDITORIA DE CONFORMIDADE
Este tópico foi desenvolvido de acordo com o disposto no ISSAI 400 – Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade, que tem o objetivo de apresentar diretrizes para a realização de auditorias de conformidade nas organizações, de forma quantitativa ou qualitativa. Essa norma é adotada na administração pública, mas sua implementação também pode ser realizada em organizações privadas.
A auditoria de conformidade é uma análise realizada para verificar se determinado objeto de auditoria está em conformidade com as normas, isto é, a legislação vigente, regulamentações e demais normativas aplicáveis. Nessa análise e apresentação de relatório de auditoria, são verificados se os processos organizacionais estão de acordo com as normas que regem a auditada.
Essa modalidade de auditoria encontra-se representada na figura a seguir:
Vamos entender melhor.
CARACTERÍSTICAS
As auditorias de conformidade podem ser utilizadas para certificação, elaboração de relatórios ou ambas as opções. O relatório pode ser elaborado a partir de uma conclusão simples formulada em uma frase ou trabalhada a partir de particularidades inerentes à atividade de auditoria.
Ao apresentar resultados relativos à conformidade das normas, promove transparência e prestação de contas, princípios da governança corporativa.
Essa modalidade de auditoria pode ser realizada de forma combinada com outras modalidades, como a auditoria de demonstrações contábeis, com base na aderência das demonstrações à legislação vigente, por exemplo. Outra forma de auditoria combinada seria a realização com a auditoria operacional, situação em que a conformidade se alinha aos 4Es. Nesse contexto, deve-se analisar se o foco da auditoria é a conformidade ou o desempenho.
· Elementos
A auditoria de conformidade apresenta elementos diferenciados que compõem o planejamento de auditoria. Enquadram-se nessa abordagem normas, critérios e o objeto da auditoria.
	NORMAS E CRITÉRIOS
As normas são as variáveis mais relevantes nessa modalidade de auditoria por apresentarem critérios para execução da auditoria (definição do escopo). Compreendem o conjunto composto pela legislação vigente, regulamentações de atuação, códigos e normas internas da organização dentre outras. Os critérios, por sua vez, devem ser relevantes, compreensíveis e objetivos para que possam subsidiar a construção do escopo da auditoria.
	OBJETO
O objeto de auditoria está intrinsicamente ligado a uma declaração de conformidade, gerada a partir dos critérios, que, por sua vez, são originados das normas. O objeto pode ser explicitado de forma quantitativa ou qualitativa.
· Princípios
De forma similar a todas as demais auditorias, a de conformidade segue princípios gerais, comuns a todas as modalidades, e específicos, referentes à conformidade.
Apresentaremos, a seguir, os princípios específicos mais relevantes:
	ESCOPO DE AUDITORIA DEFINIDO PELOS AUDITORES
O escopo de auditoria deve ser definido claramente de forma a delimitar os limites dos critérios de conformidade em relação ao objeto.
	COMPREENSÃO DA ORGANIZAÇÃO
O auditor deve compreender a estrutura organizacional com seus diferentes níveis hierárquicos e o planejamento organizacional, para que seja definida a materialidade e a avaliação de riscos de não conformidade.
	
COMPREENSÃO DO CONTROLE DE GESTÃO E DOS CONTROLES INTERNOS
É necessário que os auditores analisem os processos organizacionais em relação ao controle de gestão e controles internos, para fins de delimitação da asseguração razoável de conformidade.
	MONITORAMENTO DE NÃO CONFORMIDADE
Nos achados de não conformidade, o auditor deve avaliar a conveniência ou não de monitoramento para contribuir à redução de riscos negativos.
· AUDITORIA OPERACIONAL E AUDITORIA DE CONFORMIDADE
A auditoria operacional tem foco no desempenho da organização, de acordo com o alinhamento de seus processos organizacionais aos princípios de eficiência, eficácia,efetividade e economicidade (4Es). Ocorre que, em muitas situações, a análise das informações efetuadas por essa modalidade acabam tendo uma intersecção com a auditoria de conformidade.
As normas definidas para uma organização têm o propósito de direcionar as ações de gestão, de acordo com boas práticas de governança e gestão. Essas boas práticas vêm sendo construídas a partir da pesquisas acadêmicas e aplicações práticas nas organizações.
Nessa linha de conduta, observamos que órgãos de regulamentação de atividades, organizações governamentais, dentre outras, editam normas que estejam alinhadas às citadas boas práticas, que, por sua vez, atendem aos mesmos princípios organizacionais de desempenho (4Es).
Em uma avaliação mais acurada, conclui-se que a auditoria de conformidade pode ser integrada à auditoria operacional, sem prejuízo da atuação de cada uma delas, salvo nos casos em que o alinhamento às normas é imperativo e requisito primordial para a atuação de uma organização, quando se deve aplicar a auditoria de conformidade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. Foram apresentados conceitos que definem as auditorias operacional e de conformidade. Dentre as alternativas a seguir, selecione a que representa um ponto em comum entre essas duas modalidades:
a) Análise de demonstrações contábeis.
b) Análise de balanço patrimonial.
c) Requisito de conformidade decorrente de boa prática de gestão.(x)
d) Registros contábeis sob a ótica da sustentabilidade.
e) Demonstrações financeiras com suporte da área contábil
OBSERVAÇÃO
Uma boa prática de gestão pode ser incorporada por uma norma, que passa a ser um requisito de conformidade e contribui para melhoria do desempenho.
Parte superior do formulário
2. Diversos tipos de informações subsidiam a análise de dados na auditoria operacional. Indique um tipo de informação que não contribui para essa análise:
a) Plano de gerenciamento de riscos.
b) Plano estratégico.
c) Programação de contratações.
d) Relação de processos com indicadores e metas.
e) Relação de fornecedores.(x)
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OBSERVAÇÃO
A relação de fornecedores de uma organização não contribui para a análise de desempenho, objetivo de uma auditoria operacional.
· MÓDULO 4: Comparar as auditorias interna e externa nas organizações
· AUDITORIA INTERNA
A auditoria interna é composta de atividades desenvolvidas por membros da organização que atuam de forma independente para avaliar informações contábeis, financeiras e operacionais, razão pela qual deve ser realizada por um grupo de trabalho multidisciplinar. Os resultados alcançados pela equipe são apresentados na forma de recomendações, que cooperam para o controle de gestão, agregando valor aos resultados organizacionais.
É uma boa prática de governança a área de auditoria interna reportar-se à alta administração de uma organização, seja ela pública, seja ela da iniciativa privada.
No bojo de suas competências, deve analisar os processos organizacionais, sistemas de informações, controles internos e gerenciamento de riscos para que a organização possa alcançar os objetivos definidos no seu planejamento.
A auditoria interna atua de forma sistemática, programada e contínua nas organizações, colaborando com o controle de gestão por meio de recomendações de ações que visam a preservar a continuidade do negócio. Diferencia-se da auditoria externa, que é requerida para atuar de forma pontual em uma organização.
A efetividade da auditoria interna depende de requisitos específicos, conforme disposto a seguir:
	COMPLETUDE
A auditoria deve vislumbrar toda a organização para planejar e executar o programa de auditoria.
	INDEPENDÊNCIA
Atuação de forma independente de influências, com vinculação direta à Alta Administração da organização.
	ATUAÇÃO INTERNA
A atuação da auditoria interna colhe benefícios por dispor de colaboradores que atuam na mesma organização, isto é, sua composição com membros internos permite uma melhor compreensão das atividades requeridas para o controle de gestão.
	AVALIAÇÃO DE RISCOS
A avaliação da gestão, baseada em riscos, reduz a probabilidade e o impacto de ocorrências de riscos negativos e maximiza a de riscos positivos.
	AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS
A atuação da auditoria nos controles internos possibilita o alcance de resultados alinhados com os 4Es.
	CUMPRIMENTO DO PLANEJAMENTO
O monitoramento constante dos planos estratégico, tático e operacional possibilita melhor controle dos processos de gestão.
· AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa, ou auditoria independente, nasceu da necessidade de averiguação das informações contábeis apresentadas pelas organizações no intuito de conferir maior confiança e credibilidade. Ela é conduzida por um auditor ou por um grupo de auditores que não apresenta vínculo com a organização auditada.
Sua atuação é pautada na análise de informações, com o objetivo de comprovar a inexistência de fraudes e erros que impactem significativamente as demonstrações contábeis disponibilizadas. O resultado da auditoria externa é materializado na forma de opiniões. Diverge da atuação da auditoria interna, que auxilia na gestão da organização.
A utilização dessa modalidade de auditoria, em decorrência de regulamentações e da legislação vigente, é obrigatória para as seguintes organizações:
· Instituições financeiras;
· Fundos de pensão;
· Seguradoras;
· Companhias abertas, nos termos da Lei 6.404/1976;
· Empresas de grande porte, nos termos da Lei 11.638/2007.
Além das questões normativas, outros fatores relevantes impelem a organização a contratar uma auditoria externa, conforme disposto a seguir:
· Atendimento aos princípios de transparência e prestação de contas;
· Visão imparcial das demonstrações contábeis;
· Reestruturação da organização (fusão, cisão, incorporação);
· Maior confiabilidade na organização;
· Entidades regidas por mecanismos de governança que exijam maior controle de gestão, demandado por seus proprietários.
A auditoria externa é realizada com base na auditoria das demonstrações contábeis e abarca as seguintes questões:
· Análise de conformidade das demonstrações contábeis com os relatórios financeiros;
· Ciência da administração e do órgão de governança a respeito de suas responsabilidades por ocasião da auditoria;
· Segurança razoável de demonstrações contábeis livres de distorções;
· Baixo risco de auditoria decorrente de evidências;
· Aplicação da materialidade no planejamento de auditoria pelo auditor;
· Responsabilidade de comunicação ao órgão de governança pelo auditor.
· PRINCÍPIOS DE AUDITORIA
A atuação da auditoria operacional, assim como das demais modalidades de auditoria, é pautada em princípios definidos na norma NBR ISO 19011:2018, que trata da auditoria de sistemas de gestão, conforme apresentado na figura a seguir:
Vamos entender melhor cada um desses princípios:
INTEGRIDADE
Os profissionais que atuam em uma auditoria devem desenvolver suas atividades com ética, honestidade, responsabilidade, imparcialidade. A atuação deve ser realizada somente se tiverem competência para tal. Devem, também, ter sensibilidade para discernir questões que possam influenciar o seu julgamento.
APRESENTAÇÃO JUSTA
Todos os achados, conclusões, relatórios e recomendações devem ser reportados com veracidade e precisão, incluindo-se, também, possíveis divergências ocorridas com o auditado.
CUIDADO PROFISSIONAL
Os auditores devem corresponder à confiança depositada por todas as partes interessadas no processo de auditoria, optando pela forma mais ponderada de condução em diligências ou julgamento.
CONFIDENCIALIDADE
As informações coletadas em um processo de auditoria devem ser protegidas de uso indevido por parte do auditor ou do cliente da auditoria. Discrição e proteção devem prevalecer no tratamento de dados sensíveis, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
INDEPENDÊNCIA
A independência na atuação dos auditores deve delinear os trabalhos de auditoria, de forma a evitar decisões parciais e conflitosde interesse, mesmo que sejam realizados em auditoria interna. As conclusões, achados e relatórios devem ser baseados, exclusivamente, nas evidências de auditoria.
ABORDAGEM POR EVIDÊNCIAS
A auditoria deve ser realizada por meio de um processo organizacional que inspire confiança em função de sua sistematização. As evidências de auditoria devem ser coletadas por amostras do universo a ser auditado, considerando-se a limitação de recursos e de tempo.
ABORDAGEM POR RISCOS
Uma abordagem baseada em riscos que podem ocorrer nos processos organizacionais impacta, de forma significativa, o planejamento e execução da auditoria, com seus respectivos achados e conclusões, que influenciam diretamente no alcance de resultados dos objetivos organizacionais.
· PROCESSO DE TRABALHO DA AUDITORIA INTERNA
O planejamento da auditoria interna deve contemplar, nos termos da norma NBC TI 01, os alguns fatores.
SÃO ESSES FATORES:
· Conhecimento da estratégia da organização;
· Conhecimento dos instrumentos de gerenciamento de riscos e dos controles internos da organização;
· Conhecimento do sistema contábil;
· Alinhamento da auditoria com a política de gerenciamento de riscos da organização;
· Trabalho desenvolvido por profissionais da área contábil;
· Gerenciamento dos riscos no processo de auditoria;
· Histórico de auditorias anteriores realizadas com objeto similar;
· Coleta de necessidades e expectativas do auditado.
Com base na internalização dos fatores citados pela equipe de auditoria interna, o planejamento tem alguns objetivos.
Clique na barra para ver as informações.
OS PRINCIPAIS OBJETIVOS SÃO:
· Realização de exame independente e eficaz;
· Identificação de fontes de fraudes e erros;
· Definição do escopo de auditoria;
· Monitoramento do escopo e tempo de auditoria;
· Identificação de pontos críticos que impactam na avaliação;
· Alocação de equipe especializada para o processo de trabalho de auditoria;
· Definição do volume de informações a serem analisadas. O processo de trabalho simplificado da auditoria interna encontra-se representado na Figura 13 (Fluxograma da auditoria interna).
Forma de seleção de informações
Refere-se à etapa de selecionar as fontes de informações requeridas para a auditoria interna.
	SELEÇÃO TOTAL
Quando o universo de informações não for muito grande para a análise da equipe de auditoria, opta-se pela seleção de todos os dados.
	SELEÇÃO POR AMOSTRAGEM
Em caso de grande quantidade de informações, podem ser utilizadas técnicas de amostragem estatística do universo a ser analisado.
	EXAMES E INVESTIGAÇÕES
Tratam-se de procedimentos que permitem a coleta de informações que vão subsidiar a elaboração das recomendações à organização.
	
	TESTES SUBSTANTIVOS
Caracterizam-se pela coleta de evidências, observação de processos organizacionais e averiguação de informações com organizações e pessoas.
· Relatório da auditoria interna
A auditoria interna apresenta seus resultados por meio de um relatório, redigido de forma objetiva e imparcial, que contém recomendações à organização.
Tal relatório deve elencar os seguintes pontos:
	· Objetivo e escopo da auditoria;
· Metodologia e processo de trabalho utilizado;
· Limitações da auditoria;
· Relação de fatos e evidências constatadas;
· Riscos vinculados aos fatos levantados;
· Conclusões e recomendações.
Apresentamos uma representação simplificada das etapas que podem compor a realização de uma auditoria interna, conforme observado a seguir:
· PROCESSO DE TRABALHO DA AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa atua em conformidade com normas de auditoria, tendo como diretrizes os objetivos gerais do auditor independente, nos termos da norma NBC TA 200 (R1), objeto deste tópico.
O auditor independente, que atua na auditoria externa, deve atender aos seguintes objetivos:
· Segurança razoável de demonstrações contábeis livre de distorções relevantes e em conformidade com relatórios financeiros;
· Apresentação de relatórios sobre demonstrações contábeis, de acordo com as normas contábeis;
· Comunicação de acordo com as normas contábeis;
· Abstenção de opinião, em caso de impossibilidade de emissão de opinião com ressalva ou caso não seja possível a obtenção de segurança razoável.
Na condução dos trabalhos, o auditor deve seguir os princípios comuns às auditorias, nos termos da norma NBR ISO 19011:2018, similares aos princípios de ética do Código de Ética Profissional do Contabilista, conforme disposto a seguir:
· Integridade;
· Objetividade;
· Competência e zelo profissional;
· Confidencialidade;
· Comportamento profissional.
· DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIAS INTERNA E EXTERNA
As duas modalidades de auditoria atuam de forma diferenciada na organização.
A auditoria interna tem o objetivo de colaborar para melhorias na gestão, enquanto a auditoria externa preocupa-se com a confiabilidade das demonstrações contábeis, geradas em conformidade com os relatórios financeiros.
Podemos destacar as principais diferenças existentes no quadro abaixo:
Quadro: Diferenças entre auditoria interna e auditoria externa.
	Tópico
	Auditoria Interna
	Auditoria Externa
	Foco da auditoria
	Auditoria Contábil
Auditoria Operacional
	Auditoria Contábil
	Finalidade
	Emitir recomendações quanto às demonstrações contábeis. Gerar relatórios de recomendações para melhoria do desempenho organizacional.
	Opinar a respeito das demonstrações contábeis.
	Público-alvo
	Organização.
	Organização e público externo.
	Área de conhecimento
	Ciências Sociais.
	Contabilidade.
	Grau de independência
	Menos amplo em função do vínculo empregatício.
	Mais amplo em função da ausência de vínculo empregatício.
	Vínculo empregatício dos auditores
	Empregado da organização.
	Sem vínculo empregatício.
A auditoria externa planeja e executa seu trabalho para fins de identificação de fraudes e erros que possam impactar nas demonstrações contábeis. A auditoria interna, por sua vez, opera para auxiliar a administração no trabalho de prevenção de fraudes e erros.
A atuação das auditorias interna e externa complementam-se, em função de focos diferenciados de atuação. A auditoria interna contribui para a melhoria do desempenho organizacional, enquanto a auditoria externa colabora para melhoria dos registros contábeis, ao efetivar o teste e a validação dos dados.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. As auditorias interna e externa apresentam diferenças de abordagem. Indique um fator que é comum a tais modalidades:
a) Independência.(x)
b) Análise de projetos e processos organizacionais.
c) Análise de indicadores e metas.
d) Avaliação da produtividade da organização.
e) Assessoria nas questões de sustentabilidade.
OBSERVAÇÃO
Todos os auditores devem seguir o princípio de independência, seja qual for a modalidade de auditoria.
Parte superior do formulário
2. Dentre as alternativas, qual delas apresenta um fator que diferencia a auditoria interna da externa?
a) Análise sob a ótica contábil.
b) Realizada por auditores formados em contabilidade.
c) Vínculo empregatício com a organização.(X)
d) Utilização de práticas sustentáveis.
e) Projetos de melhoria de processos.
OBSERVAÇÃO
A auditoria interna é realizada por membros da organização. A auditoria externa, por sua vez, é realizada por membros externos.
· 
· MÓDULO 1: Contextualizar a auditoria externa na estrutura conceitual de trabalhos de asseguração das Normas Brasileiras de Contabilidade
· AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa é uma modalidade de auditoria conduzida por profissionais que não fazem parte da organização auditada.
Nessa modalidade, o auditor deve conduzir seu trabalho de análise das demonstrações contábeis de forma independente e alinhado às Normas Brasileiras de Contabilidade e às normativas internacionais, quando for o caso.
As normas brasileiras que regulam a atuação do auditor independente compõem as normas denominadas NBC TA, sigla utilizada para Normas Brasileiras de Contabilidade – Trabalhos de Asseguração.
· ESTRUTURA CONCEITUAL DE TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
No vídeo a seguir,vamos falar sobre o panorama dos trabalhos de asseguração.
Os trabalhos de asseguração seguem uma norma denominada NBC TA Estrutura Conceitual, que trata da definição de uma estrutura conceitual que normatiza os trabalhos de asseguração.
No corpo dessa estrutura, destacam-se os pontos apresentados na figura a seguir:
A construção dessa estrutura teve o objetivo de apresentar didaticamente os elementos e objetivos que compõem os trabalhos de asseguração aos auditores independentes e demais profissionais envolvidos. Agora vamos detalhar cada um deles:
Princípios éticos e normas de controle de qualidade
	Integridade
	Objetividade
	Competência e zelo profissionais
	Sigilo profissional
	Comportamento profissional
Quanto às políticas e aos procedimentos que devem ser definidos e seguidos para controle de trabalho de asseguração, temos a norma NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, que estrutura as políticas e os procedimentos quanto aos seguintes pontos:
	· Responsabilidades da liderança pela qualidade dentro da firma;
· Exigências éticas relevantes;
· Aceitação e continuidade de relacionamento com clientes e para trabalhos específicos;
· Recursos humanos;
· Execução do trabalho;
· Monitoramento;
· DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
Os trabalhos de asseguração são desenvolvidos pelos auditores independentes para coletar evidências que subsidiem a apresentação de conclusões, que proporcionarão maior confiança às partes interessadas no objeto da auditoria.
· ELEMENTOS DO TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO
Para que os trabalhos de asseguração sejam realizados, pressupõe-se a existência de cinco elementos:
	RELAÇÃO DE TRÊS PARTES
Os trabalhos de asseguração atendem aos interesses de três partes interessadas principais: o auditor independente, o responsável pelo objeto auditado e os usuários do resultado da auditoria.
	OBJETO
Para que os trabalhos de asseguração sejam realizados, é necessário que o objeto seja apropriado para o alcance de seu objetivo. Essa condição depende da forma desse objeto. Nessa linha de entendimento, temos, por exemplo, características físicas, como a quantidade de veículos utilizados em um determinado serviço, como fonte de informação do objeto de auditoria.
	CRITÉRIOS
A mensuração ou avaliação de um objeto depende de critérios que apresentam as seguintes as seguintes particularidades:
· RELEVÂNCIA:
Refere-se a uma particularidade que impacta na tomada de decisões.
· INTEGRALIDADE:
Um critério é dito íntegro quando abrange uma quantidade de informações que não permita uma avaliação errônea por falta de pontos relevantes.
· CONFIABILIDADE:
 A avaliação ou mensuração passa a ser consistente quando tem confiabilidade nas informações.
· NEUTRALIDADE:
Um critério neutro não segue tendências específicas, mas aproxima-se da imparcialidade, tanto quanto possível.
· COMPREENSIBILIDADE:
Um critério compreensível permite a assimilação fácil de informações pelas partes interessadas.
Informações vagas e pontos de vista pessoais não podem ser utilizados como critérios nos processos de auditoria.
	Evidências
A mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com critérios definidos, contribui para a coleta de evidências, que são informações relevantes para que o auditor possa tirar suas conclusões. Para que as evidências sejam analisadas e coletadas adequadamente, o auditor deve ter ceticismo profissional, que é a condição de estar alerta em relação às informações, de forma imparcial e independente
	Relatório de asseguração
Com base nas evidências coletadas, geradas a partir de critérios aplicados na mensuração e avaliação do objeto, o auditor elabora seu relatório de asseguração, que consiste nas conclusões que geram opiniões e são manifestadas de forma escrita.
	TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL E TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA
O trabalho de asseguração razoável é aquele em que o risco de auditoria é aceitavelmente baixo para que sejam tiradas conclusões para elaboração do relatório. Quanto ao trabalho de asseguração limitada, o auditor independente efetua seu trabalho em um nível considerado aceitável para as condições em que é realizado, todavia, é um nível acima do aceitavelmente baixo.
	ABRANGÊNCIA DA ESTRUTURA CONCEITUAL
Os auditores independentes atuam em trabalhos de asseguração, contemplados na estrutura conceitual, excetuando-se as seguintes situações: consultoria, trabalhos das Normas de Serviços Correlatos e elaboração de declarações de imposto de renda.
	RELATÓRIO DE TRABALHO QUE NÃO É DE ASSEGURAÇÃO
Em trabalhos em que são emitidos relatórios, que não têm como escopo o trabalho de asseguração, o auditor deve atentar para evitar os seguintes pontos:
· Fazer menção a termos da estrutura conceitual ou norma de asseguração.
· Usar indevidamente termos correlatos a trabalhos de asseguração.
· Emitir declaração que possa, erroneamente, ser interpretada como conclusão de uma auditoria.
	PRECONDIÇÕES PARA O TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO
Para que os trabalhos de asseguração possam ser realizados na organização, alguns requisitos são imperativos, conforme disposto a seguir:
· responsabilidades das três partes consideradas adequadas para a auditoria;
· objeto apropriado;
· critérios apropriados e disponíveis;
· evidências coletáveis, a partir da aplicação dos critérios;
· inclusão das conclusões do auditor no relatório;
· obtenção de nível apropriado de segurança nos trabalhos de asseguração limitada.
· ATUAÇÃO DO AUDITOR INDEPENDENTE
O auditor independente, na condução dos trabalhos de auditoria, deve seguir a norma NBC TA 200 (R1) – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria.
Deve-se destacar que a citada norma ressalta diversos aspectos relevantes quanto aos seguintes pontos:
	OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE
O auditor independente tem definidos os objetivos gerais que devem nortear sua atuação em uma auditoria de demonstrações contábeis, conforme disposto a seguir:
· obtenção de segurança razoável, relativa às demonstrações contábeis, quanto à ausência de distorções relevantes;
· emissão de opinião com base em evidências relevantes;
· critérios apropriados e disponíveis;
· evidências coletáveis, a partir da aplicação dos critérios;
· inclusão das conclusões do auditor no relatório;
· obtenção de nível apropriado de segurança nos trabalhos de asseguração limitada.
	CONDUÇÃO DA AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM AS NORMAS DE AUDITORIA
O auditor independente deve atentar para todas as normas de trabalhos de asseguração emitidas pelo CFC que estejam em vigor e que tenham relação com as condições do trabalho de auditoria. A declaração de conformidade com as normas nacionais e internacionais só pode ser realizada após cumprimento das exigências de cada uma delas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. O auditor independente, em trabalhos de asseguração, deve seguir princípios definidos em norma emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade. Assinale a alternativa que não corresponde a um desses princípios.
a) Eficiência(x)
b) Objetividade
c) Competência e zelo profissionais
d) Sigilo profissional
e) Comportamento profissional
OBSERVAÇÃO
A eficiência é um dos princípios que regem a Administração Pública, nos termos do art. 37 da Constituição Federal, todavia, não é um dos princípios que norteiam a atuação do auditor independente.
Parte superior do formulário
2. O auditor independente deve cumprir objetivos gerais, definidos normativamente. Qual das opções apresentadas não corresponde a um desses objetivos?
a) Análise e emissão de opinião com base em evidências relevantes
b) Apresentação de relatórios contábeis.
c) Criação de critérios apropriados.(x)
d) Comunicação de acordo com as normas de trabalho de asseguração.
e) Renúncia ao trabalho, em caso de impossibilidade de segurança razoável nos trabalhos.
OBSERVAÇÃO
Parte inferior do formulário
A criação de critérios apropriados é uma das condições parao trabalho de asseguração.
· MÓDULO 2: Descrever normas de planejamento de auditoria das demonstrações
 contábeis, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade
· POR QUE O PLANEJAMENTO NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS É REALIZADO E QUAL É O SEU OBJETIVO PRINCIPAL?
Para definir a estratégia global de condução dos trabalhos e o desenvolvimento do plano de auditoria. Seu principal objetivo é a realização de uma auditoria eficaz.
A criação e o desenvolvimento desse planejamento devem ser efetivados com base na norma NBC TA 300 (R1), que trata do planejamento da auditoria de demonstrações contábeis.
Recomenda-se que a norma NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria sejam analisadas para fins de melhor compreensão das questões que devem permear o planejamento dos trabalhos de auditoria.
A norma NBC TA 200 torna explícita a responsabilidade do auditor na condução dos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis, de forma alinhada às Normas Brasileiras de Contabilidade e às normas internacionais.
A auditoria das demonstrações contábeis tem como objetivo principal proporcionar um sentimento de confiança às partes interessadas no que se refere aos aspectos relevantes de alinhamento das demonstrações contábeis à estrutura de relatório financeiro da organização
Nesse trabalho, o auditor almeja alcançar segurança razoável quanto à ausência de distorções relevantes nas demonstrações contábeis como um todo. Na condução da auditoria, o profissional poderá lançar mão de procedimentos normatizados que podem contribuir para se alcançar a segurança almejada e para uma comunicação efetiva.
	Dedicação às áreas mais importantes de auditoria.
	Identificação e solução de problemas potenciais.
	Organização do trabalho para maior eficácia e eficiência.
	Seleção de membros da equipe preparados para gerenciamento de riscos.
	Membros da equipe alocados adequadamente.
	Melhor supervisão dos membros da equipe.
	Revisão dos trabalhos de auditoria.
	Supervisão de outros auditores e especialistas.
Nas situações em que o auditor entender que não é possível alcançar segurança razoável ou em que sua opinião com ressalva não atender às demandas legais das partes interessadas, ele deve renunciar, se houver previsão legal ou normativa aplicável.
· ATIVIDADES PRELIMINARES DO TRABALHO DE AUDITORIA
Os trabalhos de auditoria devem ser iniciados a partir da realização de atividades que podem contribuir para a avaliação de eventos ou situações que podem impactá-los. Dentre essas atividades, podemos destacar:
· Execução de procedimentos de controle de qualidade.
· Avaliação de conformidade com os requisitos éticos e independência.
· Definição dos termos de trabalho de auditoria.
Para que as atividades preliminares de auditoria sejam conduzidas de forma condizente, devem ser observadas as disposições das seguintes normativas:
1. NBC TA 220 (R2) – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis
A NBC 220 (R2) trata das questões de controle de qualidade que devem ser conduzidas pelo auditor no processo de trabalho de auditoria das demonstrações contábeis. Ao implementar o controle de qualidade, o auditor deve atentar para que haja segurança razoável quanto a aderências às normas, marcos regulatórios, arcabouço legislativo e geração de relatórios apropriados.
Essas questões devem ser definidas pela empresa de auditoria e contemplam políticas, procedimentos e sistemas utilizados no processo de auditoria.
2. NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria
Essa norma delimita os termos do trabalho de auditoria, em relação aos responsáveis pela gestão e pela governança dentro da organização. Esses termos verificam a existência de condições mínimas para realização de uma auditoria e da anuência entre o auditor e as partes interessadas atuantes na gestão e na governança.
Com base nas atividades preliminares, pode-se desenvolver as atividades de planejamento da auditoria.
· ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO
Devem ser definidas atividades de planejamento para que sejam estabelecidas as formas de operacionalização dos seguintes instrumentos:
· estratégia global de auditoria;
· plano de auditoria.
Esses dois instrumentos não são estáticos, isto é, devem ser atualizados em função de mudanças de variáveis que podem ocorrer ao longo do trabalho de auditoria. Agora vamos analisar cada um desses instrumentos.
	ESTRATÉGIA GLOBAL DE AUDITORIA
 A estratégia global de auditoria deve definir o escopo, o período e a direção da auditoria. Essas variáveis serão direcionadoras do plano de auditoria, que terá uma abordagem mais detalhada de todos os pontos abordados na estratégia global.
Essa estratégia deve contemplar os seguintes requisitos:
1. Identificação das características do trabalho para definição do escopo (alcance)
2. Definição dos objetivos do relatório para subsidiar a definição do período de auditoria e das comunicações
3. Identificação e adoção de normativas reguladoras de procedimentos requeridos para o processo de auditoria
4. Identificação de fatores orientadores dos esforços da equipe, sob a ótica do auditor
5. Análise de resultados das atividades preliminares.
6. Definição dos recursos necessários para realização do trabalho, que pode ter áreas de auditorias específicas, demandando especialistas
7. Definição de quantitativos de profissionais que irão atuar em áreas específicas
8. Forma de gerenciamento dos recursos
· PLANO DE AUDITORIA
Em que é baseado o plano de auditoria?
É baseado na estratégia global, acrescida da natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria.
Os procedimentos de auditoria são planejados e executados de acordo com o andamento do trabalho. Em complementação, deve-se efetivar a documentação do plano de auditoria, que consiste no registro da natureza, da época e da extensão dos procedimentos de avaliação de riscos e dos procedimentos adicionais de respostas a esses riscos.
O plano de auditoria deve contemplar requisitos requeridos nas seguintes normas:
	NBC TA 315 – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE DISTORÇÃO RELEVANTE POR MEIO DO ENTENDIMENTO DA ENTIDADE E DE SEU AMBIENTE
A NBC TA 315 trata da natureza, da época e da extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco em uma auditoria.
	NBC TA 315 – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE DISTORÇÃO RELEVANTE POR MEIO DO ENTENDIMENTO DA ENTIDADE E DE SEU AMBIENTE
A NBC TA 330 trata da natureza, da época e da extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação. Além dessa norma, de acordo com as características do trabalho de auditoria, o auditor deve avaliar a necessidade de utilização de outros procedimentos normatizados.
O auditor deve levar em consideração que o planejamento de uma auditoria faz parte de um processo contínuo de acompanhamento que apresenta pontos de intersecção (auditoria atual com a auditoria anterior).
De certa forma, alguns procedimentos de auditoria anterior devem ser finalizados antes que se inicie uma nova auditoria. Todavia, o auditor deve ter sensibilidade para averiguar qual a melhor abordagem a ser adotada, sem deixar de analisar os seguintes pontos:
· Análise dos procedimentos analíticos a serem utilizados na avaliação de risco.
· Aplicação de procedimentos diversos de avaliação de risco.
· Determinação da materialidade da auditoria
· Necessidade de especialistas em determinadas áreas de gestão.
· Compreensão do ambiente regulatório em que se insere a organização que passará pelo processo de auditoria.
· DOCUMENTAÇÃO
No trabalho de auditoria, o auditor deve elaborar toda a documentação de acordo com a norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria.
No desenvolvimento da documentação, devem ser incluídos a estratégia global de auditoria, o plano de auditoria e todas as alterações significativas que possam impactar o trabalho.
A documentação da estratégia global apresenta as questões fundamentais que embasam o desenvolvimentodo plano de auditoria.
Essa documentação deve apresentar registros adequados que corroborem o relatório de auditoria, assim como evidências de que o processo de trabalho foi realizado de acordo com a legislação vigente e a regulamentação aplicável.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. A estratégia global de auditoria precede a elaboração do plano de auditoria. Nesse contexto, indique um requisito que não faz parte da definição da estratégia global.
a) Definição dos objetivos do relatório para subsidiar a definição do período de auditoria e das comunicações.
b) Identificação e adoção de normativas reguladoras de procedimentos requeridos para o processo de auditoria.
c) Identificação de fatores orientadores dos esforços da equipe, sob a ótica do auditor.
d) Análise de resultados das atividades preliminares.
e) Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.(x)
OBSERVAÇÃO
A identificação e a avaliação dos riscos de distorções relevantes compõem o plano de auditoria.
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
2. O plano de auditoria deve apoiar a realização da auditoria das demonstrações contábeis. Qual a alternativa que corresponde a questão que deve considerada por ocasião de sua realização?
a) Entrevista com os acionistas.
b) Auditoria operacional.
c) Avaliação de riscos.(x)
d) Utilização de práticas sustentáveis.
e) Seleção de empresa de auditoria.
OBSERVAÇÃOParte inferior do formulário
A avaliação de riscos é de extrema relevância para a realização de uma auditoria, razão pela qual deve ser considerada por ocasião da elaboração do plano de auditoria.
· MÓDULO 3: Descrever normas de documentação de auditoria, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade
· Documentação de auditoria
A documentação de auditoria deve seguir a norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de auditoria, emitida pelo CFC.
Quais as informações devem conter nessa documentação?
Essa documentação deve apresentar informações que comprovem o cumprimento do objetivo global da auditoria, conforme definido na norma NBC TA 200, assim como apresentar evidências de que todo o processo seguiu a legislação vigente e as regulamentações aplicáveis.
Dentre as aplicações da documentação de auditoria, destacam-se os seguintes pontos:
Apoio à equipe de auditoria
Suporte ao controle de qualidade
Responsabilização de trabalhos
A documentação da auditoria deve atender aos seguintes requisitos:
Elaboração tempestiva da documentação de auditoria
Documentação das evidências e dos procedimentos de auditoria
Montagem do arquivo final de auditoria
· Elaboração tempestiva da documentação de auditoria
Quais os benefícios da elaboração tempestiva da documentação de auditoria?
Colabora para a melhoria da qualidade da auditoria. Outro benefício advindo dessa elaboração é a revisão das evidências e conclusões antes da elaboração final do relatório.
Outra vantagem inequívoca é que a documentação realizada durante a execução do trabalho é mais precisa em comparação à documentação realizada ao término da auditoria.
A documentação relativa às evidências e aos procedimentos de auditoria deve ser clara o suficiente para que um auditor que não tenha participado do trabalho possa assimilar as informações relativas aos seguintes aspectos:
· natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria;
· circunstâncias de realização da auditoria;
· evidências coletadas;
· procedimentos e respectivos resultados;
· conclusões da auditoria.
Para que a documentação de auditoria seja elaborada com apresentação das informações relativas às evidências e aos procedimentos de auditoria, o auditor deve ater-se aos seguintes aspectos:
	COMPLEXIDADE DA DOCUMENTAÇÃO
 Na elaboração da documentação, a forma, o conteúdo e a extensão dependem dos seguintes pontos: 
· tamanho da organização; 
· natureza dos procedimentos; 
· riscos de distorção relevante; e 
· relevância das evidências.
	TIPOS DOCUMENTAIS
 A documentação da auditoria pode ser elaborada em papel ou em formato digital e pode contemplar os seguintes tipos documentais, dentre outros: 
· carta de contratação; 
· ofícios e memorandos; 
· atos, portarias e resoluções; 
· listas de verificação; 
· e-mails; 
· plano de auditoria; 
· resumos; 
· informes; e 
· análises.
 A documentação da auditoria não exime a organização de apresentar os registros contábeis que compõem as demonstrações contábeis.
	REGISTROS NA DOCUMENTAÇÃO
 O auditor, na elaboração da documentação, deve realizar o registro dos seguintes pontos:
· características de identificação de itens e assuntos;
· responsável pelo trabalho de auditoria;
· data de execução;
· discussão de pontos relevantes com os responsáveis pela gestão e governança;
· tratamento de inconsistências;
· assuntos que ensejam riscos relevantes;
· resultados de procedimentos que sinalizam distorções relevantes ou necessidade de revisão da avaliação e respostas aos riscos;
· informações que podem impactar as conclusões do auditor.
	DOCUMENTAÇÃO DE EXIGÊNCIA RELEVANTE
 O auditor independente deve primar pelo alcance dos objetivos gerais, tendo o zelo de fazer cumprir as determinações das normas que regulamentam o processo de auditoria nas organizações.
 Dessa forma, somente em situações especiais pode-se tornar exceção o alinhamento de requisitos às normas de auditoria. Enquadra-se nessa situação a inexistência de objeto que se alinhe a uma das normativas
	CONFORMIDADE DA AUDITORIA
 A conformidade da auditoria com as normas de regulamentação também deve fazer parte da documentação.
 Embora a documentação seja uma atividade de relevância em uma auditoria, nem todos os assuntos e julgamentos realizados no transcurso do trabalho devem ser registrados, sob o risco de se tornarem inviáveis o planejamento e a execução dos trabalhos, em função de maior tempo dispendido em atividades de registro documental.
· Montagem do arquivo final de auditoria
A montagem do arquivo final de auditoria deve ser realizada com base nas diretrizes e nos procedimentos definidos pela organização, conforme determinado na norma NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.
O arquivo final da documentação do relatório de auditoria deve ser realizado logo após a data do relatório do auditor. Essa geração não implica a operacionalização de novos procedimentos nem novas conclusões.
Uma vez finalizado esse arquivo, o auditor não pode apagar as informações antes do término do período legal de guarda de documentos, que não é inferior a cinco anos, contados a partir da data do relatório.
	Atenção
 Em caso de necessidade de alteração da documentação, o auditor deve documentar os motivos que o levaram a promover as modificações, com respectivas datas e os responsáveis por essas alterações. Um dos motivos que podem ensejar alterações é o monitoramento feito por partes interessadas, que podem demandar novas informações.
· NORMAS DE DOCUMENTAÇÃO
A norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria apresenta as bases do processo de documentação de auditoria, todavia não esgota o assunto, sendo complementada, de acordo o apêndice da mesma norma, pelos itens das seguintes normas:
1. NBC TA 210 (R1) – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, itens 10 a 12;
2. NBC TA 220 (R2) – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis, itens 24 e 25;
3. NBC TA 240 (R1) – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis, itens 44 a 47;
4. NBC TA 250 – Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis, item 29;
5. NBC TA 260 (R2) – Comunicação com os Responsáveis pela Governança, item 23;
6. NBC TA 300 (R1) – Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis, item 12;
7. NBC TA 315 (R1) – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente,

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