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Memorex PM GO Rodada 04

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Memorex PM GO – Rodada 04
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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
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Rodada 05 23/05 
Rodada 06 25/05 
 
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RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, 
POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS ........................................... 13 
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 16 
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 26 
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 31 
PROCESSO PENAL ............................................................................................................. 36 
DIREITO PENAL MILITAR ............................................................................................ 43 
PROCESSO PENAL MILITAR ........................................................................................ 51 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ................................................................................... 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
DICA 01 
FUNÇÕES DO “QUE” 
 Substantivo: vai ser escrito com um acento circunflexo. Quando possui a função de 
substantivo, tem valor de qualquer coisa. Poderá vir determinado por artigo, numeral, 
entre outros. 
 Ex.: Aquela obra tem um quê de Vincent Van Gogh. 
 Advérbio de intensidade: nesse caso, o “que” será equivalente a “muito”, 
“quanto”... Sua função será INTENSIFICAR os advérbios e adjetivos. 
 Ex.: Que linda casa! 
DICA 02 
FUNÇÕES DO “QUE” 
 Pronome interrogativo: nesse caso, o “que” será equivalente a “qual” e estará 
em orações interrogativas diretas ou indiretas. 
 Ex.: Que roupas ela comprou? 
 Pronome relativo: Nesse caso, o “que” será igual ao “o qual” e suas variações. 
Retomará o termo antecedente e introduzirá orações subordinadas adjetivas. 
 Ex.: Ele é o menino que me contou sobre o acidente. 
→ Note que é possível trocar o “que” por “o qual” e a frase continua correta. 
DICA 03 
FUNÇÕES DO “QUE” 
 Pronome indefinido: Acompanha os substantivos e os modifica. 
 Ex.: Que roupas lindas você tem! 
 Preposição: Poderá equivaler a “para”, “de”, “a”... Aparece com os verbos auxiliares 
“ter” e “haver”. 
 Ex.: Eu tenho que estudar Biologia amanhã. 
 Eu tenho de estudar Biologia amanhã. 
 Interjeição: Nesse caso, será acentuado → “quê”. Poderá expressar uma emoção. 
Aparecerá em frases exclamativas. 
 Ex.: Quê! Está muito caro! 
DICA 04 
FUNÇÕES DO “QUE” 
 Conjunção coordenativa: Nesse caso, ligará orações coordenadas e poderá ter o 
valor de uma conjunção adversativa, aditiva, alternativa ou explicativa. 
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 Ex.: Você pode pedir desculpas, que não adiantará. (conjunção adversativa, pois o 
“que” possui o mesmo valor de “mas”). 
 Conjunção integrante: Nesse caso, o “que” introduzirá uma oração subordinada 
substantiva. Será equivalente a “isso”. 
 Ex.: É importante que você conte tudo ao médico. = É importante ISSO 
 Conjunção subordinativa adverbial: Introduzirá uma oração subordinada adverbial. 
Poderá ser uma conjunção causal, comparativa, concessiva, temporal, final... 
 Ex.: Débora desenha melhor que eu. (conjunção comparativa) 
 Partícula expletiva: sua função é de REALCE e pode ser excluído da oração sem 
problema algum. 
 Ex.: O professor Alan que me chamou por engano. 
→ Note que se o “que” for retirado da frase, estará tudo certo. Nada mudará. 
DICA 05 
FUNÇÕES DO “QUE” 
 Pronome relativo: Nesse caso, o “que” será igual ao “o qual” e suas variações. 
Retomará o termo antecedente e introduzirá orações subordinadas adjetivas. 
 Ex.: Ela é a professora que me adotou. 
 → Note que é possível trocar o “que” por “a qual” e a frase continua correta. 
 Pronome indefinido: Acompanha os substantivos e os modifica. 
 Ex.: Que cabelos sedosos você tem! 
 Que sapatos elegantes Júlia tem! 
 Preposição: Poderá equivaler a “para”, “de”, “a”... Aparece com os verbos 
auxiliares “ter” e “haver”. 
 Ex.: Fabi tem que viajar comigo amanhã. → Fabi tem de viajar comigo 
amanhã. 
DICA 06 
FUNÇÕES DO “QUE” 
 Interjeição: Nesse caso, será acentuado → “quê”. 
Poderá expressar uma emoção. Aparecerá em frases exclamativas. 
 Ex.: Quê! Está muito barata a bolsa! 
 Conjunção coordenativa: Nesse caso, ligará orações coordenadas e poderá ter o 
valor de uma conjunção adversativa, aditiva, alternativa ou explicativa. 
 Ex.: Você pode me pedir em casamento, que não adiantará. 
(conjunção adversativa, pois o “que” possui o mesmo valor de “mas”). 
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 Conjunção integrante: Nesse caso, o “que” introduzirá uma oração subordinada 
substantiva. Será equivalente a “isso”. 
 Ex.: É necessário que você vá até o colégio. → É necessário ISSO. 
DICA 07 
FUNÇÕES DO “QUE” 
 Conjunção subordinativa adverbial: Introduzirá uma oração subordinada adverbial. 
Poderá ser uma conjunção causal, comparativa, concessiva, temporal, final... 
 Ex.: Carol pinta desenhos melhor que eu. (conjunção comparativa) 
 Partícula expletiva: sua função é de REALCE e pode ser excluído da oração sem 
problema algum. 
 Ex.: A pastora Adriana que me chamou para rezarmos. 
→ Note que se o “que” for retirado da frase, estará tudo certo. Nada mudará. 
 TOME NOTA → As bancas gostam muito de cobrar a função do “que” como 
pronome relativo e conjunção integrante. Portanto, revise bem estes pontos! 
DICA 08 
FUNÇÕES DO “SE” 
 Índice de indeterminação do sujeito: Nesse caso, o “se” acompanhará verbos 
transitivos indiretos, verbos de ligação e verbos intransitivos. 
Tais verbos estarão na 3ª pessoa do singular. 
 CUIDADO, pois aqui não há a possibilidade de passar a frase para a vozpassiva 
analítica. 
 Ex.: Era-se infeliz. → Alguém era infeliz. 
 Pronome apassivador: Nesse caso, o “se” irá se relacionar a verbos transitivos 
diretos ou diretos e indiretos. 
Uma dica para você ter certeza se a função do “se” é de pronome apassivador → 
passar a frase para a voz passiva analítica. 
 Ex.: Compram-se casas. → Para saber se o “se” é pronome apassivador, tente 
converter para a voz passiva analítica: Casas são compradas. (Deu certo, então, nesse 
caso, o “se” é pronome apassivador). 
 Substantivo: Nesse caso, o “se” virá acompanhado de um determinante (um artigo 
ou um pronome) ou especificará outro substantivo. 
 Ex.: O se é muito utilizado no vocabulário do brasileiro. 
 
 
 
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DICA 09 
FUNÇÕES DO “SE” 
 Parte integrante do verbo: Nesse caso, o “se” acompanhará verbos pronominais. 
Tais verbos expressam atitudes e sentimentos que são próprios do sujeito. 
 Ex.: A adolescente arrependeu-se de amar. 
 Pronome reflexivo: Nesse caso, o “se” será equivalente a si mesmo. Então, o “se” 
poderá exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto. 
 Ex.: Marina se feriu com a faca. 
 Pronome reflexivo recíproco: Nesse caso, há dois sujeitos envolvidos, os quais 
praticam a ação sobre o outro e sofrem a ação praticada. O “se” poderá ser objeto direto 
ou indireto. 
 Ex.: As mães se consolaram. → Consolaram quem? Uma a outra. 
QUESTÃO. 
Na oração “No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas”, a partícula 
“se” funciona como 
A) conjunção condicional. 
B) pronome reflexivo. 
C) partícula apassivadora. 
D) indeterminador do sujeito. 
Gabarito: Alternativa c, pois é possível passar a frase para a voz passiva analítica → 
“Mais muros eram vislumbrados”. 
DICA 10 
FUNÇÕES DO “SE” 
 Conjunção subordinativa integrante: Nesse caso, o “se” introduzirá uma oração 
subordinada substantiva. 
 Dica: você conseguirá trocar o “se” por “ISSO”. 
 Ex.: Veja se os garotos tomaram banho. → Veja ISSO. 
 Conjunção subordinativa adverbial causal: Nesse caso, o “se” introduzirá uma 
oração adverbial causal (ideia de causa). O “se” será equivalente a expressões como: 
“uma vez que”, “já que”... 
 Ex.: Deveria ter conversado comigo se estava cansada. → “já que estava cansada.” 
 Conjunção subordinativa adverbial condicional: Nesse caso, o “se” introduzirá 
uma oração adverbial condicional (ideia de condição). 
O “se” será equivalente à expressão “caso”. 
 Ex.: Se tomar banho, ficará cheirosa. → “Caso tome banho...” 
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 Partícula expletiva: Nesse caso, o “se” dará REALCE e poderá ser excluído da oração 
sem problemas. 
 Ex.: Riu-se da piada do tio Mário. 
DICA 11 
MODOS VERBAIS - IMPERATIVO, SUBJUNTIVO E INDICATIVO 
 Imperativo: Indica um pedido, um conselho ou uma ordem. 
 Ex.: Vá para o seu quarto!; Repense melhor! 
 Subjuntivo: Indica uma possibilidade ou uma dúvida. 
 Ex.: Talvez Márcio jante esta noite. 
 Se eu morasse em São Paulo, eu seria feliz. 
 Indicativo: O modo indicativo expressa uma certeza ou uma realidade. 
 Ex.: Mônica sempre estuda no quarto. 
 Eu moro em Londrina. 
QUESTÃO. 
No trecho "Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (7° parágrafo), o 
verbo destacado tem o sentido de: 
a) conselho. 
b) permissão. 
c) decreto. 
d) dúvida. 
Gabarito: Alternativa a, pois o verbo tem o objetivo de aconselhar e está no modo 
imperativo. 
DICA 12 
TEMPOS VERBAIS - TEMPOS DO INDICATIVO 
 Presente: indica um fato atual ou que acontece muito. 
 Ex.: Silvia lê no quarto todos os dias. 
 Pretérito Imperfeito: uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de 
ocorrer. 
 Ex.: Ele brincava no pátio todos os dias. 
 Pretérito Perfeito: fato no passado que já foi concluído. 
 Ex.: Ele brincou no pátio ontem. 
 Pretérito-Mais-Que-Perfeito: fato ocorrido antes de outro fato já terminado. 
 Ex.: Mauro falara de suas profissões. 
 Futuro do Presente: uma ação que acontece num tempo após o momento atual. 
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 Ex.: Marina comerá massa amanhã. 
 Futuro do Pretérito: fato futuro subordinado a um acontecimento anterior. 
 Ex.: Se eu tivesse dinheiro, iria ao teatro. 
DICA 13 
TEMPOS DO SUBJUNTIVO 
 Presente do Subjuntivo: Indica um fato hipotético no presente. 
 Ex.: Minha mãe quer que eu seja arquiteta. 
 Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: Fato hipotético no passado. 
 Ex.: Seria melhor se eu esperasse menos de você. 
 Futuro do Subjuntivo: Fato que pode acontecer num momento futuro em relação ao 
atual. 
 Ex.: Quando ela vier à loja, levará os vestidos mais ousados. 
DICA 14 
TEMPOS DO SUBJUNTIVO 
Exemplo de tabela da conjugação do verbo “amar” no modo subjuntivo simples: 
PRESENTE IMPERFEITO FUTURO 
que eu ame 
que tu ames 
que ele ame 
que nós amemos 
que vós ameis 
que eles amem 
se eu amasse 
se tu amasses 
se ele amasse 
se nós amássemos 
se vós amásseis 
se eles amassem 
quando eu amar 
quando tu amares 
quando ele amar 
quando nós amarmos 
quando vós amardes 
quando eles amarem 
DICA 15 
INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO 
 Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou 
impessoal: 
INFINITIVO 
PESSOAL IMPESSOAL 
O infinitivo pessoal é flexionado, varia 
em número e pessoa. 
 Ex.: Elas beberam muita cerveja. 
 Ouvi eles cochicharem baixinho. 
O infinitivo impessoal não se refere a 
nenhuma pessoa, apenas manifesta a 
ação e, por vezes, pode ter valor de 
substantivo. 
 Ex.: Comer é a melhor coisa da vida. 
 Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso). 
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 Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas). 
QUESTÃO. 
No título do texto (“Festejando no precipício”), o uso do verbo no gerúndio: 
a) caracteriza uma forma nominal e neutra. 
b) tem a função de indicar uma ação prolongada. 
c) reforça a ideia de progressividade no futuro. 
d) configura-se como um usual vício de linguagem. 
Gabarito: Alternativa b. 
 CUIDADO! Não confundir “gerúndio” com “gerundismo”, uma vez que o primeiro 
tem a função de indicar uma ação prolongada no tempo, ao passo que o segundo é 
vício de linguagem por falar constantemente no gerúndio. 
DICA 16 
COERÊNCIA 
A coerência traz uma relação lógica entre as ideias, já que elas devem se 
complementar. Então, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. 
O texto pode estar perfeitamente coeso, mas incoerente. 
 Princípio da não contradição: não pode haver no texto uma contradição. Ideias que 
fiquem estranhas no texto. 
 Princípio de relevância: relevância entre as partes do texto. As partes do texto 
devem se relacionar entre si. Então, na apresentação de ideias num texto, a coesão vai 
ligar as partes e a coerência vai garantir que o conteúdo faça sentido no raciocínio lógico. 
DICA 17 
TIPOS DE COERÊNCIA 
 Coerência sintática: tem o condão de evitar a ambiguidade e garantir o uso 
adequado dos conectivos. Os elementos da oração precisam estar na ordem correta 
para entender a frase. 
 Coerência semântica: é o desenvolvimento lógico das ideias com a construção de 
argumentos harmônicos e sem contradições. 
 Coerência temática: é a relação de concordância entre o enunciado e o texto. 
DICA 18 
TIPOS DE COERÊNCIA 
 Coerência pragmática: trabalha a sequência de fatos e relações de um texto, o qual 
deve obedecer à coerência pragmática.Por exemplo, se você faz uma pergunta, a 
sequência de fala esperada é uma resposta. Caso isso não ocorra, haverá uma 
incoerência pragmática. 
 Coerência estilística: diz respeito à variedade linguística adequada e que deve ser 
mantida no decorrer do texto. Por exemplo, você inicia uma redação com linguagem 
culta e termina o texto com uma linguagem informal. Isso demonstra que sua redação 
possui uma incoerência estilística. 
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 Coerência genérica: adequação ao gênero textual. Quando a intenção é contar 
uma história, o conto ou a crônica são opções cabíveis. 
DICA 19 
REESCRITA DE FRASES - SUBSTITUIÇÃO 
 A reescrita de frases pode ocorrer por substituição de: 
 Substantivo por verbo: 
 Ex.: Maria exigiu o esforço dos alunos. 
Maria exigiu que os alunos se esforçassem. 
 Verbo por substantivo: 
 Ex.: Espero que se resolva a situação. 
Espero a resolução da situação. 
 Voz verbal: 
 Ex.: Pode-se visualizar isso. 
Isso pode ser visualizado. 
 Antônimos: 
 Ex.: O cachorro estava desanimado. 
O cachorro não estava animado. 
 Sinônimos: 
 Ex.: Muitas meninas moram naquela casa. 
Várias gurias residem naquele domicílio. 
Gurias = muito falado no Estado do RS. 
 
QUESTÃO. 
“Muita sabedoria unida a uma santidade moderada é preferível a muita santidade com 
pouca sabedoria.” Santo Inácio de Loyola. 
Essa frase pode ser reescrita, mantendo-se o sentido original e sua correção gramatical 
tradicional, da seguinte forma: 
a) É preferível a muita santidade com pouca sabedoria do que muita sabedoria unida a 
uma santidade moderada. 
b) Deve-se preferir muita sabedoria unida a uma santidade moderada do que muita 
santidade com pouca sabedoria. 
c) Muita santidade com pouca sabedoria é preferível a muita sabedoria unida a uma 
santidade moderada. 
d) É preferível muita sabedoria unida a uma santidade moderada a muita santidade 
com pouca sabedoria. 
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e) Uma santidade moderada unida a muita sabedoria é preferível do que pouca 
sabedoria unida a muita santidade. 
Gabarito: Alternativa d. 
DICA 20 
SUBSTITUIÇÃO 
 A reescrita de frases pode ocorrer por substituição de: 
 Conectivos do mesmo valor semântico: 
 Ex.: Então, foi passear no shopping. 
Assim sendo, foi passear no shopping. 
 Tempo verbal: 
 Ex.: Em 1945 ocorreu o fim da Segunda Guerra Mundial. 
Em 1945 ocorre o fim da Segunda Guerra Mundial. 
 Tempo composto: 
 Ex.: Estudara tanto que passou na prova. 
Tinha estudado tanto que passou na prova. 
 Discurso: 
 Ex.: Nós viajaremos amanhã. (DIRETO) 
Eles disseram que viajariam no dia seguinte. (INDIRETO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA E 
ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS 
DICA 21 
ASPECTOS ECONÔMICOS 
Os principais setores da economia de Goiás: o principal setor do PIB (Produto Interno 
Bruto) é o setor terciário, que é representado pelas atividades do comércio e da prestação 
de serviços. 
Em segundo lugar está o setor secundário, que é aquele que representa as indústrias. 
Em último lugar está o setor primário, que corresponde ao agronegócio e atividades 
ligadas ao extrativismo. 
Serviços 65,1% 
Indústria 24,5% 
Agropecuária 10,4% 
DICA 22 
ASPECTOS GEOGRÁFICOS 
As duas regiões que têm mais habitantes são: a região metropolitana de Goiânia a em 
segundo, o entorno de Brasília. 
 As cidades mais populosas do estado são: 
1º Goiânia 1,5 milhão de habitantes 
2º Aparecida de Goiânia 590 mil habitantes 
3º Anápolis 390 mil habitantes 
4º Rio Verde 250 mil habitantes 
5º Águas Lindas de Goiás 220 mil habitantes 
6º Luziânia 210 mil habitantes 
7º Valparaíso 175 mil habitantes 
8º Trindade 130 mil habitantes 
9º Formosa 125 mil habitantes 
10º Novo Gama 120 mil habitantes 
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 Tome nota! Os municípios mais ricos que fazem parte da região metropolitana de 
Goiânia, são: Goiânia, Aparecida e Trindade. Os que fazem parte da RIDE/DF, são: Águas 
Lindas, Luziânia, Valparaíso, Formosa e Novo Gama. 
DICA 23 
ASPECTOS CULTURAIS 
Conhecida como uma das culturas mais ricas do Brasil, a cultura goiana é encontrada 
na literatura, na arte e principalmente na cultura popular, compondo um diversificado 
universo de danças, festas, cultos, artesanatos, cantigas, folguedos infantis e culinária, 
entre outros aspectos. 
 Entre as festas mais conhecidas encontram-se: 
 Cavalhadas; 
 Congada de Catalão; 
 Festa em Louvor ao Divino Pai Eterno, no município de Trindade; 
 Procissão do Fogaréu – na Cidade de Goiás; 
 Exposição Nacional de Orquídeas, no município de Piracanjuba; 
 Festa de Nossa Senhora do Pilar; 
 Festa de São Sebastião; 
 Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) – Cidade de Goiás. 
 Tome nota! Goiás é um estado conhecido pelo sertanejo. 
DICA 24 
ASPECTOS CULTURAIS - CULINÁRIA DE GOIÁS 
Muito famosa a culinária de Goiás, diz a história que se originou no Rio Vermelho, numa 
reunião entre portugueses, mineiros e bandeirantes paulistas com índios. A culinária 
goiana foi miscigenada trazida pelos bandeirantes com os seus costumes culinários no 
século XVII. 
 São alguns pratos típicos: 
 Empadão goiano; 
 Pamonha; 
 Leitão à pururuca; 
 Arroz com pequi; 
 Carne na lata; 
 Frango com Guariroba. 
 
 
 
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 15 
DICA 25 
INFRAESTRUTURA DO ESTADO DE GOIÁS 
Goiás possui uma boa infraestrutura de transportes, energia, telecomunicações e 
serviços, o que permite o desenvolvimento de diversas atividades pela população. O 
principal meio de transporte é o rodoviário, uma vez que o estado conta com uma extensa 
malha de rodovias. Mas também há ainda pequenos trechos de ferrovia, hidrovia e, 
também, aeroportos de médio porte. 
O sistema de abastecimento de água e energia é abrangente. A rede de educação tem 
crescido nos últimos anos, em especial pela criação de novas unidades públicas de ensino 
superior. Já na saúde, destaca-se a espacialidade das unidades, como hospitais e 
maternidades, que estão disponíveis para a população do estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 16 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
DICA 26 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - REMÉDIOS 
CONSTITUCIONAIS 
 Mandado de Injunção: cabível em caso de omissão total ou parcial de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII, CF/88. 
 Ação Popular: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 
→ Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe; 
moralidade administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural. 
Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-fé, e 
é necessária assistência de advogado. 
Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja proposta; 
isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material. 
DICA 27 
HABEAS CORPUSATENÇÃO! 
 Sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção 
contra abuso de poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a 
informalidade. 
→ Preventivo: não é necessária a efetiva lesão, mas apenas a ameaça à lesão ao 
direito de locomoção do indivíduo. 
→ Repressivo: já houve a lesão ao direito do indivíduo, logo a medida é utilizada 
para reprimir a ofensa e cessá-la. 
→ Suspensivo: o pedido será um contramando da prisão, pois será cabível quando a 
ordem de prisão tenha sido expedida, mas ainda não cumprida. 
 Não é cabível em caso de punições militares disciplinares, salvo para discutir a 
legalidade da medida ou a competência da autoridade responsável pela expedição da 
ordem. 
DICA 28 
MANDADO DE SEGURANÇA E HABEAS DATA 
 Tem por objetivo resguardar direito líquido e certo 
contra abuso de poder ou ilegalidade praticado por autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
HABEAS CORPUS: 
MANDADO DE SEGURANÇA: 
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 17 
→ Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de 
habeas corpus ou habeas data. 
→ Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída. 
 Poderá ser impetrado por partido político com representação no 
Congresso; entidade de classe, organização sindical ou associação constituída a mais 
de 1 ano e com pertinência temática. 
 
 Será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o 
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou 
ainda para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso, 
judicial ou administrativo. 
→ NÃO pode ser impetrada em favor de terceiro, apenas em prol do próprio 
impetrante. 
→ Só pode ser impetrado após o esgotamento da via administrativa: a inicial 
deverá ser proposta acompanhada da recusa ao acesso às informações ou do decurso 
de mais de 10 dias sem decisão. 
 DICA 29 
MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR 
Cabível em caso de omissão total ou parcial de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e 
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII, 
CF/88. 
 
 Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural. 
 Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe; 
moralidade administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural. 
 Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-
fé, e é necessária assistência de advogado. 
 Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja 
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material. 
 
HABEAS DATA: 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
AÇÃO POPULAR: 
MS COLETIVO 
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DICA 30 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS – QUADRO ESQUEMÁTICO 
REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO 
Habeas Corpus Liberdade de locomoção SIM NÃO 
Habeas Data Direito de informação pessoal 
e retificação. 
SIM SIM 
Mandado de 
Segurança 
Proteger direito líquido e 
certo, não amparado por HC 
ou HD. 
NÃO SIM 
Mandado de 
Injunção 
Sanar omissões legislativas NÃO SIM 
Ação Popular ANULAR ATO LESIVO SIM SIM 
DICA 31 
NACIONALIDADE - ORIGINÁRIA E DERIVADA 
 Nacionalidade originária: resulta do nascimento. Trata-se de forma involuntária de 
aquisição da nacionalidade. Os que recebem a nacionalidade por essa forma são 
chamados “brasileiros natos”. 
 Nacionalidade derivada: resulta de um ato de vontade do indivíduo. Os que recebem 
a nacionalidade derivada são chamados “brasileiros naturalizados”. 
DICA 32 
NACIONALIDADE 
A Constituição Federal, em seu Art. 12, §2º, proíbe diferenciação entre brasileiros natos e 
naturalizados. Contudo, alguns cargos públicos são privativos a brasileiros natos: 
 Presidente e Vice-Presidente da República; 
 Presidente da Câmara dos Deputados; 
 Presidente do Senado Federal; 
 Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
 Carreira diplomática; 
 Oficial das Forças Armadas; 
 Ministro de Estado da Defesa. 
 
 
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ATENÇÃO! 
Nota-se que o brasileiro naturalizado PODE ocupar o cargo de deputado ou senador, o 
que não pode é ser presidente dessas Casas. 
 
Os portugueses equiparados não podem ocupar cargos privativos de brasileiro nato, já 
que eles recebem o tratamento de brasileiro naturalizado. 
DICA 33 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
FORMAS DE GOVERNO 
MONARQUIA REPÚBLICA 
 Principais características: 
 Irresponsabilidade; 
 Hereditariedade; 
 Vitaliciedade. 
 Principais características: 
 Responsabilidade; 
 Eletividade; 
 Temporariedade do mandato. 
 
SISTEMA DE GOVERNO 
PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO 
 Principais características: 
 As funções de Chefe de Estado e Chefe 
de Governo se concentram em uma única 
pessoa; 
 Mandato Fixo; 
 
 Principais características: 
 Dois cargos distintos de Chefe de 
Estado e Chefe de Governo; 
 Em regra, o Chefe de Governo 
(Primeiro-Ministro) não tem mandato 
fixo. 
 
FORMAS DE ESTADO 
ESTADO UNITÁRIO ESTADO FEDERAL 
 Principais características: 
 Um centro de poder sobre toda a 
população; 
 Principais características: 
 Mais de um centro de poder sobre a 
população; 
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DICA 34 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
A República Federativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios. 
A CF adotou o que a doutrina denomina de Federalismo de 3º GRAU, pois além das 
esferas Federal e Estadual, reconheceu os Municípios como integrantes da Federação. 
A União, estados, DF e Municípios são autônomos, o que significa que são dotados de 
autoadministração, auto-organização e autogoverno. 
 Auto-organização: corresponde a capacidade de o estado se organizar conforme a 
edição da Constituição estadual e das leis estaduais. 
 Autogoverno: está configurado na existência dos três poderes: Poder Executivo 
(Governador), Poder Legislativo (Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa no DF) e 
Poder Judiciário (Justiça Estadual). 
 Autoadministração: é o exercício de competências administrativas, legislativas 
e tributárias. Corresponde ao desenvolvimento da auto-organização e do autogoverno. 
DICA 35 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
A repartição de competências corresponde ao papel que cada ente federativo (União, 
estados, DF e municípios) exercerá. 
No Brasil foi utilizado o critério da predominância de interesses, para a repartição das 
competências. 
Em caso de interesse geral, a competência será da União. Os interesses regionais 
são de competência dos Estados. Os municípios têm competência para matérias de 
interesse local. 
O Distrito Federal acumula as competências estaduais e municipais. 
DICA 36 
COMPETÊNCIAS 
 As competências podem ser divididas em: 
 Exclusiva: é atribuída a apenas um ente, mas não admite delegação. 
 Privativa: é atribuída a apenas um ente, mas admite delegação. 
 Comum: são as competências administrativas, é comum a todos os entes da 
federação. 
 Concorrente: são competências legislativas, mais de um ente pode tratar do 
assunto. Os municípios estão excluídos desta competência. 
 
 
 
 
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DICA 37 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
As competências exclusivas são enumeradas no art. 21, da CF. 
 Essas competências, em sua maioria, têm relação com a República Federativa do 
Brasil, Vejamos: 
 Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
 Declarar a guerra e celebrar a paz; 
 Assegurar a defesa nacional; 
 Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem 
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
 Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
 Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
 Emitir moeda; 
 Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza 
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros 
e de previdência privada; 
 Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social; 
 Sobre a predominância do interesse, observam-se as seguintes competências: 
 Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
 Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços 
de telecomunicações; 
 Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
radiodifusão sonora, e de sons e imagens; os serviços e instalações de energia elétrica 
e o aproveitamento energético dos cursos de água; a navegação aérea, aeroespacial e 
a infraestrutura aeroportuária; os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre 
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou 
Território; os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros; os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
 Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos 
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 
 Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de 
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito 
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; 
 Conceder anistia; 
 Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer 
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os 
seguintes princípios e condições: 
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 toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins 
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
 sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de 
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
 sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de 
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
 a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
DICA 38 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
A Competência privativa está relacionada a matéria legislativa. 
 Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; 
 Mnemônico: CAPACETE PM 
C Civil 
A Agrário 
P Penal 
A Aeronáutico 
C Comercial 
E Eleitoral 
T Trabalho 
E Espacial 
P Processual 
M Marítimo 
 Desapropriação; 
 Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
 Serviço postal; 
 Diretrizes da política nacional de transportes; 
 Trânsito e transporte; 
 Populações indígenas; 
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 23 
 Sistemas de consórcios e sorteios; 
 Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, 
mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros 
militares; 
 Seguridade social; 
 Diretrizes e bases da educação nacional; 
 Registros públicos; 
 Atividades nucleares de qualquer natureza; 
 Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
 Propaganda comercial. 
DICA 39 
DELEGAÇÃO PARA OS ESTADOS 
A Competência privativa da União relaciona-se a matéria legislativa e, diferentemente da 
competência exclusiva, admite delegação. 
Essa delegação será feita apenas para os Estados e DF, na sua competência legislativa 
estadual. 
A delegação deve ser feita por lei complementar. 
A delegação não pode ser feita de forma genérica. Os estados somente poderão legislar 
sobre questões específicas. 
DICA 40 
COMPETÊNCIA COMUM 
A competência comum se relaciona com matérias administrativas e são compartilhadas 
entre todos os entes federativos (União, estados, DF e municípios). 
 As principais competências são: 
 Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, 
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
 Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à 
pesquisa e à inovação; 
 Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
 Preservar as florestas, a fauna e a flora; 
 Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a 
integração social dos setores desfavorecidos; 
 Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
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DICA 41 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE 
A Competência concorrente se relaciona com matérias legislativas e são 
compartilhadas entre a União, estados e DF. 
ATENÇÃO! 
Os Municípios NÃO compartilham da competência CONCORRENTE. 
 Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
 Mnemônico: 
T Tributário 
E Econômico 
P Penitenciário 
U Urbanístico 
F Financeiro 
 Juntas comerciais; 
 Produção e consumo; 
 Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de 
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
 Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e 
inovação; 
 Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
 Procedimentos em matéria processual; 
 Previdência social, proteção e defesa da saúde; 
 Proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
 Proteção à infância e à juventude; 
 Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
DICA 42 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE 
Na competência concorrente, a CF enumerou diversos assuntos que deverão ser 
disciplinados pela União, estados e DF. 
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 25 
 Com o objetivo de não causar divergência entre os entes federados, a Constituição 
estabeleceu que: 
 A União tem competência para estabelecer normas gerais; 
 Os Estados e o DF poderão exercer a competência suplementar sobre os assuntos 
tratados de forma geral pela União, de acordo com as particularidades de cada Estado e 
DF. 
 Se não houver legislação federal geral, os Estados e o DF exercerão a competência 
legislativa plena, ou seja, disporão sobre os assuntos de forma geral e específica. 
 Caso a União edite uma norma GERAL depois que o Estado já disciplinouo tema de 
forma plena (geral e específica), a norma federal suspende a lei estadual, no que for 
contrário. 
ATENÇÃO! 
Haverá a suspensão da norma estadual. É comum colocarem as questões que lei 
federal revoga a lei estadual, o que não é verdade, pois haverá a suspensão. 
DICA 43 
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS 
A competência legislativa dos estados é residual, o que significa que o estado irá legislar 
sobre as matérias que não sejam de competência da União e nem dos municípios. 
 Existem duas previsões importantes sobre a capacidade legislativa dos estados na CF: 
 Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de 
gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua 
regulamentação. 
 Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas 
de interesse comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 26 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
DICA 44 
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
Revogação tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando de 
retirada do ato em razão de ilegalidade. 
 A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos 
os direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica. 
 Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o 
interesse público assim se apresente. 
 Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram. 
 Ex.: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor. 
 A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53 
da Lei nº 9.784/99: 
Artigo 53 – A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos. 
 QUADRO RESUMO: 
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO 
MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade 
TITULAR Administração e Judiciário Administração 
EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc 
PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo 
DICA 45 
REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 CO-FI-FO-MO-OB 
 
 
 COMPETÊNCIA OU SUJEITO 
É o poder atribuído ao agente público, ou seja, atribuição para praticar o ato. 
 A competência resulta e é delimitada pela lei. 
 Ex.: competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da 
Receita Federal. 
(CO) 
COMPETÊNCIA 
(FI) 
FINALIDADE
(FO) 
 FORMA 
(MO) 
 MOTIVO 
(OB) 
 OBJETIVO 
.
 
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 27 
DICA 46 
COMPETÊNCIA - CARACTERÍSTICAS 
 IRRENUNCIÁVEL: o agente não pode recusar sua competência. 
 IMPRORROGÁVEL: Ato praticado por agente incompetente, mesmo sem alegação 
de qualquer interessado, não torna esse agente competente pelo decurso do tempo. 
 IMPRESCRITÍVEL: Não se perde a competência pelo decurso do tempo. 
 Somente a lei pode retirar uma competência, assim como somente a lei estipula 
competência. 
 INDERROGÁVEL: A competência não pode ser transferida por simples vontade das 
partes. 
DICA 47 
VÍCIOS DE COMPETÊNCIA 
 Excesso de Poder: ocorre quando o agente público, embora competente, se 
excede no exercício de suas atribuições. 
 Usurpação de Função: Quando uma pessoa se apropria de uma função para praticar 
atos inerentes a essa função. A pessoa se apodera da função sem ter sido investida 
legalmente nela. 
 Ex.: Um irmão gêmeo de um servidor toma seu lugar e pratica um ato administrativo. 
 Agente Putativo: ocorre quando uma pessoa é irregularmente investida na função 
pública. 
 Ex.: fraude num concurso público, com vazamento de gabarito, beneficiando o infrator 
com a aprovação no concurso. 
DICA 48 
FINALIDADE 
É o objetivo almejado com a prática do ato administrativo, lembrando que o objetivo deve 
ser sempre voltado para satisfazer o interesse público. 
 A finalidade é definida em lei, não havendo liberdade para o agente praticar o ato. 
Em regra, a finalidade é vinculada, porém, mediante autorização legislativa, o agente 
poderá praticar o ato com certo grau de liberdade de escolha (discricionariedade). 
Se não respeitada a finalidade pública restará configurado o desvio de finalidade. 
DICA 49 
FORMA 
É como o ato se materializa, ou seja, é a manifestação de vontade sendo concretizada. 
 É como o ato vem ao mundo. 
 Pode ser escrito (regra), verbal ou sons. 
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 28 
 Ex.: emissão de carteira de motorista para quem se habilita – o ato administrativo vem 
ao mundo através da emissão do documento (carteira de motorista). 
DICA 50 
MOTIVO 
É a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato administrativo. 
 A situação de fato é o acontecimento que gera a expedição do ato administrativo. 
 Ex.: excesso de velocidade gera um ato administrativo – multa. 
 Situação de direito é aquela que está na lei. A lei descreve a situação. 
 Ex.: aposentadoria compulsória. Está prevista em lei e, quando atingida a idade, ocorre 
a aposentadoria. 
DICA 51 
OBJETO 
É o efeito prático pretendido com o ato administrativo. É aquilo que o ato produz, o seu 
resultado. 
 Ex.: o objeto de um ato administrativo de desapropriação é extinguir o direito de 
propriedade do particular em favor do Estado. Ao ser praticado o ato, o objeto é a 
desapropriação. 
DICA 52 
DISCRICIONARIEDADE DO ATO ADMINISTRATIVO 
Ato discricionário é aquele que permite ao agente público realizar um juízo de 
conveniência e oportunidade, podendo decidir o melhor ato a ser praticado. 
A lei confere ao administrador certa margem de liberdade para escolha. 
 No ato discricionário há mérito administrativo. 
 Ex.: realização de concurso público pelo prazo de 2 anos, prorrogável por igual período. 
O administrador, utilizando do juízo de conveniência e oportunidade decidirá se prorrogará 
ou não o concurso. 
O ato discricionário é passível de controle pelo Poder Judiciário, não podendo o 
Judiciário analisar o mérito (conveniência e oportunidade), mas sim analisar sua 
legalidade. 
DICA 53 
VINCULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO 
Ato vinculado é aquele em que todos os requisitos ou elementos estão em lei, não 
havendo margem de liberdade para o agente público. 
 Nos atos vinculados não há mérito administrativo, é a lei quem determina a forma e 
o conteúdo. 
 
 
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 29 
DICA 54 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
 São 4 os atributos dos atos administrativos: 
 Presunção de Legitimidade/Legalidade; 
 Imperatividade; 
 Autoexecutoriedade; 
 Tipicidade. 
DICA 55 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE 
Os atos administrativos nascem com presunção de que são legítimos, ou seja, que estão 
de acordo com a lei. 
Essa presunção decorre do princípio da legalidade, haja vista que o agente somente 
pode fazer aquilo que a lei permite. Assim, se praticou o ato, presume-se que o este está 
de acordo com a lei. 
A presunção de legitimidade é relativa, podendo ser provado o contrário. 
DICA 56 
IMPERATIVIDADE 
A imperatividade é o Poder que tem a Administração de impor o ato ao administrado, 
concorde ou não. 
É um atributo que não está presente em todos os atos, pois alguns deles não 
necessitam. 
 Ex.: atestados e licença não necessitam, pois são atos apenas enunciativos. 
 Vale destacar que esse atributo é fundamental para a efetividade do ato, pois 
necessária a força imperativa do ato para que o mesmose concretize. 
DICA 57 
AUTOEXECUTORIEDADE 
O ato administrativo, para sua execução, independe de ordem judicial. 
Por possuir presunção de legitimidade, não há necessidade de exame prévio pelo 
Poder Judiciário. 
 Vale destacar que não é necessário o prévio exame pelo Poder Judiciário, mas pode 
ocorrer seu controle. 
DICA 58 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
A classificação dos atos exige cuidado do candidato, pois geralmente é questionado nas 
provas os conceitos, porém, um mesmo ato poderá ser enquadrado em mais de uma 
ou em todas elas. 
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Os atos são classificados quanto ao: 
Destinatário; 
Alcance; 
Objeto; 
Vinculação; 
Formação; 
Eficácia; 
Elaboração; 
Efeitos; 
Resultado; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
DICA 59 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO: DISPOSIÇÕES GERAIS 
 será isento de pena nos crimes patrimoniais sem violência e grave ameaça à 
pessoa: o cônjuge, ascendente ou descendente (inclusive o adotivo); 
 essa isenção é chamada de ESCUSA ABSOLUTÓRIA; 
 essa isenção não se aplica se a vítima tiver 60 anos ou mais. 
 DICA 60 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PECULATO 
O crime de peculato é a subtração, apropriação ou desvio de bem ou valor da 
Administração Pública fazendo uso da condição de funcionário público; 
É preciso que o crime seja facilitado pelo fato do agente ser funcionário público, pois se 
esta condição não for utilizada para o crime, o autor responderá por um crime contra 
o patrimônio “comum”, como furto, roubo, apropriação indébita e etc. 
DICA 61 
TIPOS DE PECULATO 
É importante a memorização de cada uma das espécies de peculato, pois as bancas 
costumam trazer casos concretos para que o candidato aponte qual a hipótese correta. 
APROPRIAÇÃO/PRÓPRIO Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, 
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou 
particular, de que tem a posse em razão do 
cargo. 
DESVIO/PRÓPRIO Desviar, em proveito próprio ou alheio, o 
funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel, público ou particular, de que 
tem a posse em razão do cargo. 
FURTO/IMPRÓPRIO O funcionário público, embora não tendo a posse 
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou 
concorre para que seja subtraído, em proveito 
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que 
lhe proporciona a qualidade de funcionário. 
CULPOSO Funcionário concorre culposamente para o crime 
de outrem 
MEDIANTE ERRO DE OUTREM Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, 
no exercício do cargo, recebeu por erro de 
outrem. 
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 32 
DICA 62 
PECULATO CULPOSO 
Ocorre peculato na forma culposa quando o funcionário público encarregado da guarda e 
segurança do patrimônio da administração, por negligência, imprudência ou 
imperícia, infringe o dever de cuidado, permitindo, involuntariamente, que alguém se 
aproprie de qualquer bem público de que tem a posse em razão de sua função. 
O crime é apenado com detenção, de três meses a um ano. No entanto, poderá 
ser declarada extinta a punibilidade do agente caso haja a reparação do dano antes da 
sentença irrecorrível; 
ATENÇÃO! 
A reparação do dano no peculato culposo pode ter consequências distintas, a depender 
do momento em que é feito: 
ANTES DA SENTENÇA IRRECORRÍVEL (TJ) → EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
DEPOIS DO TRÂNSITO EM JULGADO → DIMINUIÇÃO DE PENA EM METADE 
DICA 63 
PECULATO ELETRÔNICO 
PECULATO ELETRÔNICO - INSERÇÃO 
PECULATO ELETRÔNICO - 
MODIFICAÇÃO 
Inserir ou facilitar a inserção, alterar, 
excluir dados de sistemas informatizados 
bancos de dados. 
Modificar ou alterar sistema de informações 
ou programa de informática. 
FUNCIONÁRIO AUTORIZADO FUNCIONÁRIO NÃO AUTORIZADO 
Obter vantagem OU causar dano Sem fim especial 
 Causa de aumento de pena: dano para a 
Administração Pública ou Administrado 
DICA 64 
EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS 
Crime do art. 315 que diz “dar às verbas ou rendas públicas  aplicação diversa da 
estabelecida em lei”. 
ATENÇÃO! 
Funcionário que recebe dinheiro de PARTICULAR e aplica na própria 
repartição comete PECULATO-DESVIO (crime próprio). 
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 33 
Já aquele que recebe dinheiro PÚBLICO e aplica na própria repartição comete o crime 
de EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS (crime próprio). 
DICA 65 
CONCUSSÃO 
EXIGIR + EM RAZÃO FUNÇÃO (fora ou antes) + VANTAGEM INDEVIDA 
 Não precisa haver ameaça específica, basta o temor genérico da função; 
 Pode ocorrer durante licença, férias ou antes da posse; 
 Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de EXTORSÃO; 
 Se apenas SOLICITAR será corrupção passiva. 
DICA 66 
EXCESSO DE EXAÇÃO 
 Espécie de concussão; 
 Na primeira modalidade o crime consiste em exigir o recolhimento de 
tributo/contribuição social que SABE (dolo direto) ou que DEVERIA SABER (dolo 
eventual) indevido; 
 Também haverá crime quando, embora devido o tributo, seja cobrado de 
forma vexatória ou gravosa; 
 Modalidade qualificada: quando a agente desvia para si o que arrecado; 
 Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de EXTORSÃO. 
DICA 67 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
SOLICITAR, RECEBER OU ACEITAR PROMESSA + EM RAZÃO DA FUNÇÃO (antes 
ou fora) + VANTAGEM INDEVIDA 
 O crime se consuma simplesmente com o ato de solicitar, receber ou aceitar a 
promessa, mas se em razão disso o funcionário público não praticar o ato legal 
ou demorar para praticá-lo, haverá causa de aumento; 
 Na corrupção passiva o agente não pode EXIGIR, mas simplesmente SOLICITAR, 
RECEBER ou ACEITAR; 
DICA 68 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA 
PRATICA, DEIXA DE PRATICAR OU RETARDA + PEDIDO OU INFLUÊNCIA 
DE OUTREM. 
 Difere da concussão pois aqui não há exigência, há pedido, solicitação de vantagem 
indevida. 
 Solicitar, receber ou aceitar promessa. 
.
 
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 34 
 O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o 
crime. 
 É crime unilateral, pois a existência de corrupção passiva não exige a de corrupção 
ativa. 
 Se o funcionário realmente deixar de praticar o ato ou o retardar incidirá causa 
de aumento de pena. 
DICA 69 
PREVARICAÇÃO 
RETARDAR, DEIXAR DE PRATICAR OU PRATICAR CONTRA A LEI + SATISFAZER 
INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL. 
Na prevaricação, o agente deixa de praticar o ato ou o retarda não porque quer uma 
vantagem, mas porque tem um interesse pessoal ou sentimento pessoal, como 
amizade, por exemplo. 
Há também modalidade de prevaricação especial, que ocorre quando o diretor de 
penitenciária ou o agente público permite que entre no estabelecimento prisional 
aparelho telefônico, rádio ou similar. 
DICA 70 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
 Consiste em: 
 Deixar de responsabilizar o subordinado ou de comunicar ao chefe responsável, 
quando não o for; 
 Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que tenha 
sido cometida em razão da função; 
 Movido por sentimento de indulgência: clemência, tolerância, vontade de perdoar; 
 CUIDADO para não confundir a prevaricação com a corrupção passiva privilegiada e 
a condescendência criminosa: 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA PEDIDO OU INFLUÊNCIA 
PREVARICAÇÃO INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA INDULGÊNCIA 
DICA 71 
FUNCIONÁRIO PÚBLICOFuncionário público para fins penais é todo aquele que exerce: 
 Cargo, emprego ou função; 
 Caráter permanente ou transitório; 
.
 
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 35 
 Com ou sem remuneração; 
 Cargo, emprego ou função de entidade paraestatal; 
 Empresa prestadora de serviço público. 
 Além disso, é importante saber que todos os crimes contra a administração 
pública praticados por funcionário público terão a pena aumentada em 1/3 se: 
 Ocupantes de cargo em comissão; 
 Função de direção ou assessoramento; 
 Administração direta ou indireta. 
DICA 72 
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA 
 A conduta típica é patrocinar o agente, direta ou indiretamente, ainda que não no 
exercício do cargo, emprego ou função, mas valendo-se da sua qualidade de funcionário, 
interesse privado perante a Administração Pública; 
 Advogar é defender, pleitear, advogar junto a companheiros ou superiores hierárquicos 
o interesse particular de terceiro; 
 Para que ocorra o crime não basta que o agente seja funcionário público, pois é 
necessário e indispensável que pratique a ação aproveitando-se das facilidades 
que a qualidade de funcionário proporciona. 
 CUIDADO: não existe a infração quando o funcionário pleiteia interesse próprio. 
DICA 73 
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA 
 Embora o crime se chame ADVOCACIA administrativa, o agente NÃO precisa ser 
advogado ou estar inscrito na OAB; 
 IMPORTANTE: haverá o crime se o interesse for legítimo ou ilegítimo, ou seja, 
ainda que o interesse do terceiro defendido pelo funcionário público seja devido, pode o 
crime ocorrer; 
 A diferença é que se o interesse for ILEGÍTIMO, a pena será maior; 
 Nos dois casos, a pena será de detenção, mas no primeiro, de 1 a 3 meses, e no 
segundo, de 3 meses a um ano. 
 
 
 
 
 
 
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 36 
PROCESSO PENAL 
DICA 74 
COMPETÊNCIA: CONEXÃO 
 Art. 76. A competência será determinada pela conexão: 
 INTERSUBJETIVA: 
 Por simultaneidade - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido 
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas; 
 Concursal - várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar; 
 Reciprocidade - várias pessoas, umas contra as outras; 
 OBJETIVA: 
 Teleológica – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar; 
 Consequencial – ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em 
relação a qualquer delas; 
 INSTRUMENTAL: 
 quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares 
influir na prova de outra infração. 
DICA 75 
CONTINÊNCIA 
 A continência está prevista no art. 77, do CPP, e determina que “A competência será 
determinada pela continência quando: 
 duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
 no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda 
parte, e 54 do Código Penal.” 
CONTINÊNCIA 
SUBJETIVA Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração 
OBJETIVA 
ART. 77, II, CPP 
Concurso formal 
Aberratio ictus 
Aberratio criminis 
 
 
 
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 37 
DICA 76 
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO DOMICÍLIO DO RÉU 
O CPP dispõe que não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-
á pelo domicílio ou residência do réu. 
Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção (que 
significa a situação em que concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou 
com jurisdição cumulativa, um deles antecede o outro na prática de algum ato do 
processo ou de medida a este relativa). 
Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o 
juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. 
Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de 
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
Neste caso, nas AÇÕES DE EXCLUSIVA AÇÃO PRIVADA, o querelante pode OPTAR 
entre o lugar da infração ou domicílio do réu. 
DICA 77 
FORO PREVALECENTE 
 Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas 
as seguintes regras: 
FOROS FORO PREVALECENTE 
JÚRI + JURISDIÇÃO COMUM JÚRI 
JURISDIÇÕES IGUAIS 1. INFRAÇÃO COM PENA MAIS GRAVE; 
2. MAIOR NÚMERO DE INFRAÇÕES; 
3. PREVENÇÃO 
 
Deve ser observado o número 1, em caso de penas 
iguais, adota-se o critério 2; em caso de penas iguais 
e mesmo número de infrações, adota-se o critério 3. 
JURISDIÇÃO COMUM + 
JURISDIÇÃO ESPECIAL 
JURISDIÇÃO ESPECIAL (EX.: justiça comum e justiça 
militar) 
JURISDIÇÃO DE DIVERSAS 
CATEGORIAS 
A DE MAIOR GRADUAÇÃO 
 
 
 
 
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 38 
DICA 78 
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE PROCESSOS 
Observadas as regras de conexão ou continência, os processos deverão ser reunidos no 
juízo prevento para julgamento comum. Todavia há hipóteses em que essa reunião não 
poderá ocorrer. 
 Vejamos: 
 Quando ocorrer crime da jurisdição comum e a militar. Os processos deverão 
seguir separados. 
 Quando ocorrer crime de competência da jurisdição comum e ato infracional 
análogo a crime. Os processos seguirão separados. 
 Quando algum dos réus vem a sofrer de doença mental (superveniência de doença 
mental). Neste caso, o processo fica suspenso em relação ao réu acometido pela doença, 
até que se recupere. 
 Quando houver réu foragido que não possa ser julgado à revelia. É o que ocorre nos 
casos do art. 366, do CPP (suspensão do processo e do prazo prescricional, quando o réu 
não é citado e nem constitui defensor). 
DICA 79 
SEPARAÇÃO FACULTATIVA DE PROCESSOS 
Observadas as regras de conexão ou continência, os processos deverão ser reunidos no 
juízo prevento para julgamento comum. Todavia há hipóteses em que essa reunião poderá 
ou não ocorrer, de acordo com a manifestação das partes ou, de ofício, pelo juiz. 
 Vejamos: 
 Quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de 
lugar diferentes, o juiz reputar conveniente a separação. 
 Quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão 
provisória, o juiz reputar conveniente a separação. 
 Quando ocorrer motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação. 
DICA 80 
PRISÃO: DAS ESPÉCIES DE PENA 
 Há duas espécies de pena que interessam ao direito processual penal: 
1) a prisão PENAL; 
2) a prisão PROCESSUAL, ou prisão cautelar, ou provisória. 
 Na PRISÃO PENAL, o criminoso já foi processado, condenado, havendo trânsito em 
julgado da pena. Ele está lá cumprindo a sua pena devidamente imposta pelo juiz. 
 Já na PRISÃO PROCESSUAL, também chamada de prisão cautelar ou prisão 
provisória, isso não acontece. NÃO há trânsito em julgado e muitas vezes sequer há 
processo instaurado. Os motivos da prisão aqui são outros, que não a decisão 
condenatória do juiz. 
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 39 
DICA 81 
PRISÃO: DAS ESPÉCIES DE PRISÕES CAUTELARES 
 Há 3 espécies de prisões cautelares: 
1) prisão em flagrante; 
2) prisão preventiva; 
3) prisão temporária. 
 As prisões processuais, não possuem a finalidade PUNIR o réu. A finalidade de cada 
uma varia de acordo com sua espécie. 
DICA 82 
PRISÃO EM FLAGRANTE 
A prisão em flagrante é muito conhecida. 
 Ex.: Você está dormindo, percebe uma movimentação estranha em sua casa. Acorda e 
decide ligar no 190. A polícia chega e realmente pega o bandido em flagrante, no interior 
de sua casa, armado, prestes a roubá-la. 
Qualquer pessoa do povo PODE decretar a prisão em flagrante(art. 301, CPP), sendo 
que a autoridade policial DEVE decretá-la. 
A prisão em flagrante é aquela imposta quando o crime está queimando, quando a 
infração está prestes a acontecer. É por isso mesmo que ela INDEPENDE DE 
MANDADO JUDICIAL. A autoridade policial pode decretá-la independente de mandado. 
DICA 83 
ESPÉCIES DE FLAGRANTE 
 As hipóteses que autorizam o flagrante estão previstas no art. 302 do CPP: 
 
Espécies de 
flagrante
(Art. 302)
Flagrante 
PRÓPRIO
(art. 302, I e 
II)
O agente está cometendo o crime (art. 
302, inciso I), ou acabou de cometer
(art. 302, inciso II). 
Flagrante 
IMPRÓPRIO 
(quase-
flagrante) 
Art. 302, III
O agente é PERSEGUIDO, logo 
após, em situação que é possível 
presumir ser ele o autor do 
crime.
Flagrante 
PRESUMIDO
Art. 302, IV
O agente é preso LOGO DEPOIS de 
cometer o crime, com 
instrumentos, armas, objetos, 
que façam PRESUMIR ser ele o 
autor do crime.
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 40 
 É possível prender em flagrante mesmo depois da prática da infração, seja no caso 
de perseguição (flagrante impróprio ou quase-flagrante), ou ainda quando, logo depois 
do crime, o agente é encontrado na posse de objetos que levam à presunção de que é 
ele o autor do crime. 
DICA 84 
FLAGRANTE PREPARADO 
O flagrante preparado é ilegal. Ao passo que o flagrante esperado é possível. 
 Flagrante Preparado: ocorre quando alguma pessoa instiga, ou seja, estimula, 
incentiva uma pessoa à prática do crime, com o objeto de depois prendê-lo em 
flagrante. 
 Ex.: Imagine que um policial à paisana entre numa festa universitária. Questiona 
alguma pessoa se ela não teria maconha para vender. Essa pessoa prontamente se dispõe 
de uma certa quantidade que possuía, para consumo próprio, para vender ao policial. 
Nisso, o policial dá voz de prisão ao narco-estudante. 
A doutrina se refere ao flagrante preparado como uma cena de teatro, o que torna ilegal 
a prisão e, mais do que isso: sequer haveria crime nessa conduta! 
Súmula 145 do STF: 
NÃO há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua 
consumação. 
DICA 85 
FLAGRANTE ESPERADO 
 Flagrante Esperado: no flagrante esperado, a situação é distinta. NÃO há qualquer 
induzimento ou provocação por parte de uma terceira pessoa. Aqui, a autoridade 
policial, tendo informações, apenas espera o momento do cometimento do delito para 
realizar a prisão em flagrante. 
 Ex.: a polícia tem informações de que uma determinada quadrilha vai estourar um 
determinado caixa eletrônico, num determinado dia e hora. A polícia, ao invés de 
prontamente desmantelar a quadrilha, espera, monta uma campana, e aguarda o dia e 
hora ajustados para prendê-los em flagrante. 
 ATENTE-SE! 
É por isso que o flagrante ESPERADO é possível e válido. Já o flagrante PREPARADO 
não!!! 
DICA 86 
AÇÃO CONTROLADA (OU FLAGRANTE PRORROGADO) 
A ação controlada é um instituto importante, disciplinada pela Lei das Organizações 
Criminosas (Lei 12.850/2013) e pela Lei de Drogas (Lei 11.343/06). 
A ação controlada (também chamada de flagrante prorrogado) se aproxima bastante 
do flagrante esperado, mas com ele não se confunde. 
.
 
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 41 
A autoridade policial tem o dever de realizar o flagrante (art. 301). Nesse sentido, a 
ação controlada é uma verdadeira autorização para que a prisão em flagrante seja 
adiada para outro momento, mais oportuno para as investigações. 
A polícia adia/retarda a intervenção policial visando a formação de um maior acervo de 
provas e obtenção de informações. A polícia sabe que o crime está ocorrendo, mas 
não faz o flagrante para pegar maiores informações sobre aquela organização 
criminosa. 
Isso porque, muitas vezes, no combate à criminalidade organizada (Organizações 
Criminosas), o mais importante não é combater os pequenos criminosos, na linha de 
frente da organização criminosa. É muito difícil alcançar a “cabeça”, o alto escalão dessas 
organizações. Daí porque a lei autoriza não fazer o flagrante para obter maiores provas 
sobre a organização e funcionamento daquela criminalidade organizada. 
 Esse adiamento deve ser previamente comunicado ao juiz (art. 8º, §1º, Lei 
12.850/2013). 
DICA 87 
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
 É atribuição do Escrivão da Polícia Civil a lavratura do auto de prisão em 
flagrante (art. 305, CPP). 
 Ex.: Um Policial Militar está trabalhando, fazendo a patrulha das ruas dentro de sua 
viatura. Ao passar por uma rua famosa por ser “point de tráfico”, avista uma pessoa em 
atividade suspeita. Faz uma revista e encontra uma quantidade razoável de drogas e de 
dinheiro no bolso do agente. 
1º PASSO: o Policial Militar tem o dever de realizar a prisão em flagrante. Ele deverá 
realizar a prisão e conduzi-lo à Delegacia da Polícia Civil. 
2º PASSO: chegando na Polícia Civil, o escrivão deve realizar a documentação da 
prisão em flagrante, por meio do auto de prisão em flagrante. Mas antes de concluí-
lo, a autoridade deve percorrer pelos demais passos ainda... 
O auto de prisão em flagrante é um instrumento por meio do qual o escrivão 
documenta a regularidade da prisão e da ocorrência. 
3º PASSO: após a apresentação do preso na Polícia Civil, o Policial Militar que conduziu 
até a delegacia deve ser ouvido, colhendo sua assinatura e lhe entregando recibo de 
entrega do preso. 
 Esse recibo de entrega do preso é um documento que funciona como uma 
verdadeira garantia ao Policial Militar. Garantia acerca da efetiva apresentação do 
preso até a delegacia de Polícia Civil, demonstrando que cumpriu regularmente o seu 
dever de realizar a prisão. 
 A partir daquele momento, o preso é de responsabilidade da delegacia de Polícia 
Civil. O Policial Militar está dispensado e pode retomar suas atividades profissionais, 
não precisando aguardar a oitiva das testemunhas, o interrogatório, etc. 
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 42 
4º PASSO: Após, o Policial Civil deve ouvir as testemunhas e, por último, realizar o 
interrogatório do acusado. Feito tudo isso, finalmente o auto de prisão em flagrante é 
lavrado. 
 A ausência de testemunhas do crime NÃO impede o auto de prisão em flagrante. 
Nesse caso, além do condutor, duas testemunhas que tenham presenciado a 
apresentação do preso à Polícia Civil deverão ser ouvidas (art. 304, §2, CPP). 
 Já na lavratura do auto de prisão em flagrante, o preso deverá ser indagado sobre a 
existência de filhos, idades, se possuem alguma deficiência, e o nome de algum 
responsável pelos seus cuidados. Isso será importante posteriormente, para o juiz 
verificar se relaxa ou converte a prisão em flagrante. 
5º PASSO: deve haver comunicação imediata da prisão em flagrante ao juiz e à 
família do preso. 
6º PASSO: deve haver, em até 24 horas, a entrega ao preso da nota de culpa, com o 
motivo da prisão, o nome do condutor e as testemunhas. 
7º PASSO: AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA EM 24 HORAS. Aqui, o preso é apresentado 
ao juiz, numa audiência de custódia. Aqui, o juiz analisará a regularidade dessa prisão 
em flagrante. Esse tema é importante e, por isso, será tratado em uma dica específica! 
DICA 88 
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
 Fluxograma do caminho do Flagrante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Realização do
flagrante,
independente de
mandado
2) lavratura do auto
de prisão em
flagrante, mas
antes deve:
3) oitiva do policial
condutor e emissão
do recibo de
entrega do preso
4) Oitiva das
testemunhas e
interrogatório do
acusado
5) Comunicação
imediata da prisão
ao juiz e à família
do preso
6) Emissão da
NOTA DE CULPA,
em até 24 horas
7) Audiência de
custódia, em até 24
horas.
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 43 
DIREITO PENAL MILITAR 
DICA 89 
DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR - DO MOTIM E DA 
REVOLTA 
 Tipificado no art. 149 do CPM, o delito de motim pune a conduta de: 
 REUNIREM-SE MILITARES OU ASSEMELHADOS: 
agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; 
recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando 
violência; 
assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em 
comum, contra superior; 
ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência 
de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou 
utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou 
prática de violência, em desobediência à ordem superior ou em detrimento da ordem 
ou da disciplina militar. 
 Pena: reclusão, de 4 a 8 anos, com aumento de 1/3 para os cabeças. 
Destaca-se que o sujeito ativo só pode ser militar (não existindo mais a figura do 
assemelhado). O crime é doloso, não sendo possível a modalidade culposa. 
 É punível ainda como figura qualificada, a chamada revolta, que se constitui se os 
agentes estavam armados: 
 Pena - reclusão, de 8 a 20 anos, com aumento de 1/3 para os cabeças. 
Por força do art. 153 do CPM, além das penas relativas a este crime, o agente também 
pode responder pela pena da violência praticada. 
DICA 90 
DO CRIME DE ATO DE ORGANIZAÇÃO DE GRUPO PARA A PRÁTICA DE VIOLÊNCIA 
 O crime de ato de organização de grupo para a prática de violência encontra-se 
tipificado no art. 150 do CPM, e, pune a conduta de: 
 Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material 
bélico, de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou 
particular em lugar sujeito ou não à administração militar. 
 Pena - reclusão, de 4 a 8 anos. 
O sujeito ativo só pode ser militar (não existindo mais a figura do assemelhado). O 
crime é doloso, não sendo possível a modalidade culposa. 
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 44 
Este crime tutela a disciplina militar, sendo prescindível (desnecessária) a permanência 
ou estabilidade do grupo para a concretização do delito, bastando tão somente uma única 
reunião para o cometimento dos atos de violência tipificados. 
Por força do art. 153 do CPM, além das penas relativas a este crime, o agente também 
pode responder pela pena da violência praticada. 
 DICA 91 
 DO CRIME DE INCITAMENTO 
 Tipificado no art. 155 do CPM, o crime de incitamento pune a conduta de: 
 Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar. 
 Pena: reclusão, de 2 a 4 anos. 
 Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à 
administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou 
gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no artigo 155. 
Aqui, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso, não sendo possível 
a modalidade culposa. 
Note-se que é um crime formal, uma vez que o delito se consuma com a mera prática de 
aliciamento, sendo a insurgência ou crime por parte do aliciado, haverá apenas 
exaurimento. 
DICA 92 
DO CRIME DE APOLOGIA DE FATO CRIMINOSO OU DO SEU AUTOR 
 Tipificado no art. 156 do CPM, o crime de apologia de fato criminoso ou do seu autor 
pune a conduta de: 
 Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em 
lugar sujeito à administração militar. 
 Pena: detenção, de 6 meses a 1 ano. 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso, não sendo possível a 
modalidade culposa. 
DICA 93 
DO CRIME DE VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR 
 Tipificado no art. 157 do CPM, o delito de violência contra superior pune a conduta de: 
 Praticar violência contra superior. 
 Pena: detenção, de 3 meses a 2 anos. 
 O CPM prevê ainda formas qualificadas e causas de aumento deste delito: 
 Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general. 
 Pena: reclusão, de 3 a 9 anos. 
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 45 
 Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de 1/3. 
 Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime 
contra a pessoa. 
 Se da violência resulta morte: Pena - reclusão, de 12 a 30 anos. 
 A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço. 
O sujeito ativo só pode ser militar. O crime é doloso, não sendo possível a modalidade 
culposa. 
JURISPRUDÊNCIA 
Conforme entendimento do STM: “O crime de violência contra superior não exige a 
ocorrência de lesão corporal para sua configuração, bastando o emprego de violência 
física” (RSE 0000035-52.2010.7.01.0401/RJ, Plenário, rel. Cleonilson Nicácio Silva, 
07.02.2012). 
Já decidiu o STF que: “O tipo do artigo 157 do Código Penal Militar – praticar violência 
contra superior – pressupõe o elemento subjetivo, que é o dolo. Descabe vislumbrá-lo 
quando a situação concreta revela treino em luta preparatória durante curso de ações 
de comandos” (HC 114.527-RJ, 1.ª T., rel. Marco Aurélio, 19.02.2013, v.u.). 
DICA 94 
DO CRIME DE VIOLÊNCIA CONTRA MILITAR DE SERVIÇO 
 Tipificado no art. 158 do CPM, o crime de violência contra militar de serviço pune a 
conduta de: 
 Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, 
vigia ou plantão. 
 Pena: reclusão, de 3 a 8 anos. 
 O CPM prevê ainda formas qualificadas e causas de aumento deste delito: 
 Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. 
 Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do 
crime contra a pessoa. 
 Se da violência resulta morte: Pena - reclusão, de 12 a 30 anos. 
Observe-se que o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, embora comumente seja 
militar. O crime é doloso, não sendo possível a modalidade culposa. 
 
 
 
 
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 46 
O Art. 159 prevê ainda a presença de uma figura preterdolosa: 
(ou seja, aquela em que o agente age com dolo no crime antecedente e com culpa no 
resultado consequente) 
Quando da violência resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam 
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena do 
crime contra a pessoa é diminuída de metade. 
DICA 95 
DO CRIME DE DESRESPEITO A SUPERIOR 
 Tipificado no art. 160 do CPM, o crime de desrespeito a superior pune a conduta de: 
 Desrespeitar superior diante de outro militar. 
 Pena: detenção de 3 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Se o fato é praticado contra o comandante da unidade a que pertence o agente, 
oficial-general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, a pena é aumentada da metade. 
Trata-se de crime subsidiário, ou seja, só será aplicável quando não houver outro crime 
mais grave, sendo, como denominado pela doutrina, um crime “soldado de reserva”. 
O sujeito ativo só pode ser militar. O crime é doloso, não sendo possível a modalidade 
culposa. 
Já entendeu o STM que: 
“Incorre no crime de desrespeito o militar que, durante a lavratura do auto de prisão 
em flagrante, responde as indagações do respectivo encarregado em língua estrangeira, 
além de afirmar, em tom de menosprezo e depreciativo, na presença de outros 
militares, que o aludido Oficial da Aeronáutica não sabe falar nem digitar em inglês.” 
(Ap 0000028-20.2010.7.10.0010/CE, Plenário, rel. William de Oliveira Barros, 
28.03.2012, v.u.) 
DICA 96 
DO CRIME DE DESRESPEITO A SÍMBOLO NACIONAL 
 O art.

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