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Curso: Comunicação Empresarial Tema: Defeitos da Comunicação Escrita Docente Conteudista: Msc. Josiany Dantas da Mota Defeitos da Comunicação Escrita O texto escrito, como sabemos, deve apresentar clareza, concisão, correção e elegância de estilo, para ser de agradável leitura e de fácil entendimento para o leitor. Por isso, é importante que estejamos atentos a estruturas mal formuladas ou termos mal colocados nas frases que prejudicam a compreensão do que queremos expressar. A essas situações linguísticas chamamos defeitos ou vícios de linguagem que passamos a analisar abaixo. Ambiguidade Também chamada de anfibologia, ocorre quando a frase apresenta mais de um sentido. Provoca ambiguidade a má pontuação ou o mau emprego de palavras ou expressões que atentam contra a clareza. Ex.: Alice saiu com sua irmã. (O problema se resolveria com o uso da combinação DELA.) Vendem-se cobertores para casal de lã. (O deslocamento da expressão de lã para após cobertores é o correto.) Obscuridade Significa falta de clareza, e são vários os motivos que determinam um texto obscuro: períodos excessivamente longos, linguagem rebuscada, má pontuação. Ex.: “ Ocorre que a vida não é estática e não é possível estratificar as condições estabelecidas para a evolução do plano de um grupo de pessoas, não havendo como fazer sobreviver um contexto passado que já não existe, especialmente quando se trata do regime jurídico de caráter institucional que complementa a Previdência Social”. (Observação feita pelo professor Arnold Wald a respeito da reforma da Previdência) Pleonasmo Também chamado de redundância consiste na repetição desnecessária de um termo. Ex.: A brisa matinal da manhã enchia-o de energia. Há um elo de ligação entre os países que sofrem ataques terroristas. Por que você compraria uma enciclopédia se pode ganhar uma grátis? (texto de propaganda da revista ISTOÉ) OBS.: Convém lembrar que o pleonasmo pode ser usado como recurso estilístico de grande efeito. Nesse caso, não é um defeito. Ex.: A ti, trocou-te a máquina mercante. (Gregório de Matos) A alma, não a deves vender ao demônio. Cacofonia Consiste na produção de som desagradável ou palavras de mau gosto pela união de sílabas finais de uma palavra com as sílabas iniciais de outra. Ex.: Prometeu amá-la pelo resto da vida. ECO Consiste na repetição de palavras terminadas pelo mesmo som que resultam em “ rima” interna. Ex.: A decisão da eleição não causou comoção na população. Prolixidade Expressões que não acrescentam nada de significativo ao texto, apenas servem para “ encher linhas” resultam em prolixidade. Ex.: Os jovens têm algo a transmitir aos mais velhos? Antes de mais nada, não saberia responder com exatidão. Grosso modo, há sempre uma eterna divergência entre as gerações. Os jovens pensam de um jeito, às vezes estranho que chega a escandalizar os mais velhos...Já os mais velhos, por outro lado, costumam, na maioria das vezes, achar que os mais jovens Barbarismo Emprego de palavras erradas, relativamente à pronúncia, à forma ou à significação. Ex.: Eles proporam um acordo e nos reavemos o que tínhamos perdido. ATENÇÃO! Procure, ainda, evitar frases feitas, os chavões, pois empobrecem muito o texto. Seguimos estudando! Referências LIMA. A. Oliveira. Redação Oficial: teoria, modelos e exercícios. 2ª edição, 3ª tiragem. Rio de Janeiro:Elsevier,2005. ________. Faça e Passe. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. LUFT, Celso Pedro. Grande Manual de Ortografia. São Paulo: Globo, 2000. MARANHÃO, Mauro e BASTOS MACIEIRA, Maria Elisa. O Processo Nosso de Cada Dia – Modelagem de Processos de Trabalho. Editora Quality Mark, 2004. PATOS DE MINAS. Câmara Municipal. Guia Prático de Redação. Patos de Minas: CMPM, 2019. 192 p.
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