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06_Defeitos da Comunicação Escrita

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Curso: Comunicação Empresarial
Tema: Defeitos da 
Comunicação Escrita
Docente Conteudista: Msc. Josiany Dantas da Mota
Defeitos da Comunicação Escrita
O texto escrito, como sabemos, deve apresentar clareza, concisão,
correção e elegância de estilo, para ser de agradável leitura e de fácil
entendimento para o leitor. Por isso, é importante que estejamos
atentos a estruturas mal formuladas ou termos mal colocados nas
frases que prejudicam a compreensão do que queremos expressar.
A essas situações linguísticas chamamos defeitos ou vícios de
linguagem que passamos a analisar abaixo.
Ambiguidade
Também chamada de anfibologia, ocorre quando a frase apresenta
mais de um sentido. Provoca ambiguidade a má pontuação ou o mau
emprego de palavras ou expressões que atentam contra a clareza.
Ex.: Alice saiu com sua irmã. (O problema se resolveria com o uso
da combinação DELA.) Vendem-se cobertores para casal de lã. (O
deslocamento da expressão de lã para após cobertores é o correto.)
Obscuridade
Significa falta de clareza, e são vários os motivos que determinam
um texto obscuro: períodos excessivamente longos, linguagem
rebuscada, má pontuação. Ex.: “ Ocorre que a vida não é estática e
não é possível estratificar as condições estabelecidas para a
evolução do plano de um grupo de pessoas, não havendo como
fazer sobreviver um contexto passado que já não existe,
especialmente quando se trata do regime jurídico de caráter
institucional que complementa a Previdência Social”. (Observação
feita pelo professor Arnold Wald a respeito da reforma da
Previdência)
Pleonasmo
Também chamado de redundância consiste na repetição
desnecessária de um termo. Ex.: A brisa matinal da manhã enchia-o
de energia. Há um elo de ligação entre os países que sofrem
ataques terroristas. Por que você compraria uma enciclopédia se
pode ganhar uma grátis? (texto de propaganda da revista ISTOÉ)
OBS.: Convém lembrar que o pleonasmo pode ser usado como
recurso estilístico de grande efeito. Nesse caso, não é um defeito.
Ex.: A ti, trocou-te a máquina mercante. (Gregório de Matos) A alma,
não a deves vender ao demônio.
Cacofonia
Consiste na produção de som desagradável ou palavras de mau
gosto pela união de sílabas finais de uma palavra com as sílabas
iniciais de outra. Ex.: Prometeu amá-la pelo resto da vida.
ECO
Consiste na repetição de palavras terminadas pelo mesmo som que
resultam em “ rima” interna. Ex.: A decisão da eleição não causou
comoção na população.
Prolixidade
Expressões que não acrescentam nada de significativo ao texto,
apenas servem para “ encher linhas” resultam em prolixidade. Ex.:
Os jovens têm algo a transmitir aos mais velhos? Antes de mais
nada, não saberia responder com exatidão. Grosso modo, há sempre
uma eterna divergência entre as gerações. Os jovens pensam de um
jeito, às vezes estranho que chega a escandalizar os mais
velhos...Já os mais velhos, por outro lado, costumam, na maioria das
vezes, achar que os mais jovens
Barbarismo
Emprego de palavras erradas, relativamente à pronúncia, à forma ou
à significação. Ex.: Eles proporam um acordo e nos reavemos o que
tínhamos perdido.
ATENÇÃO! Procure, ainda, evitar frases feitas, os chavões, pois
empobrecem muito o texto.
Seguimos estudando!
Referências
LIMA. A. Oliveira. Redação Oficial: teoria, modelos e exercícios. 2ª edição, 3ª 
tiragem. Rio de Janeiro:Elsevier,2005. ________. Faça e Passe. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2006.
LUFT, Celso Pedro. Grande Manual de Ortografia. São Paulo: Globo, 2000.
MARANHÃO, Mauro e BASTOS MACIEIRA, Maria Elisa. O Processo Nosso de 
Cada Dia – Modelagem de Processos de Trabalho. Editora Quality Mark, 2004.
PATOS DE MINAS. Câmara Municipal. Guia Prático de Redação. Patos de Minas: 
CMPM, 2019. 192 p.

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