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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DEINSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE INCÊNDIOINCÊNDIO APRENDENDO UMAPRENDENDO UM POUCOPOUCO DE ELETRICIDADEDE ELETRICIDADE Autor: Antonio Tavares Jr. Revisor : Rene Marcel ino Abr i t ta Te ixe ira IN IC IAR Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js introdução Introdução Seja bem-vindo(a), prezado(a) aluno(a), à disciplina de Instalações Elétricas e de Incêndio. Este material foi especialmente elaborado com o que há de mais atual no assunto para que você possa estudar, se preparar e, assim, ter uma ótima formação. Pensando no mundo moderno, a eletricidade está presente em toda a atividade humana e na preocupação com a segurança das pessoas e bens materiais. Assim, nesta primeira unidade, você terá contato com informações necessárias relativas à eletricidade básica e unidades de medida, tais como; tensão elétrica, resistência elétrica e associação de resistores, corrente elétrica, leis de Ohm, símbolos elétricos, projetos elétricos etc. Portanto, realize sua leitura com bastante atenção, para que você adquira muitos conhecimentos importantes na sua carreira. Bons estudos! Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Como você deve saber, a eletricidade é um grande agente de risco e tem um grande potencial para causar acidentes e danos às pessoas e às propriedades. É de extrema importância que, por mais que você saiba alguns conceitos aqui descritos, sempre os relembre, pois, com eletricidade, não se brinca, não é mesmo? Nesta disciplina, iremos utilizar esses conceitos aplicando-os diretamente no nosso cotidiano. Começaremos nossos estudos com o conceito de tensão elétrica. Tensão Elétrica Dentro dos condutores, podemos a�rmar que existem elétrons livres em constante e desordenado movimento. Para que o elétron realize trabalho, ou seja, movimente-se de um ponto para outro de forma ordenada, dentro dos condutores é necessário que haja uma diferença de potencial ou, simplesmente, diferença de potencial (ddp), ou seja, uma força que empurre esses elétrons em um sentido e direção e em ordem. O movimento do elétron será sempre no sentido do potencial menor para o maior. Conceitos BásicosConceitos Básicos de Eletricidadede Eletricidade Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Assim, essa força, ou diferença de potencial, tecnicamente é chamada de tensão elétrica. Os símbolos mais utilizados são V, U ou E, e sua unidade de medida é o Volt [V]. A unidade de medida Volt ainda pode ser acompanhada de pre�xos métricos. As unidades mais comuns quando falamos de instalações elétricas são: V (volt) kV (quilovolt) = 1.000 V MV (Megavolts) 1.000.000 V Além dessas unidades, pode-se ainda encontrar mV(milivolt) = 10 ( − 3 ) (base dez, elevada a potência negativa três), μV(microvolt) = 10 ( − 6 )V (base dez, elevada a sexta potência negativa), entre outras demais unidades métricas que você pode pesquisar para aprimorar seu aprendizado. Aconselho você a estudar um pouco sobre múltiplos e submúltiplos das unidades de medidas de instalações elétricas como milivolt (mV), kiloVolt (kV), megaVolt (MV) etc. Resistência Elétrica Resistência elétrica é a denominação dada à di�culdade que um material oferece à condução da eletricidade. Essa resistência, é decorrente da temperatura do material, das suas dimensões e da sua estrutura atômica, que de�nem a quantidade de elétrons livres e a di�culdade de se deslocarem no seu interior. A resistência elétrica de um material é representada pela letra R e sua unidade de medida é o Ohm [Ω]. Condutores elétricos possuem baixa resistência elétrica. Um exemplo são os condutores de cobre comumente utilizados em instalações elétricas residenciais. Já no caso de materiais isolantes, esses possuem resistências mais altas, di�cultando ou até mesmo impedindo a passagem de eletricidade. As unidades mais comuns da medida da resistência elétrica são: Ω (ohm) kΩ (quiloohm) = 1.000 Ω MΩ (megaohm) = 106 Ω = 1.000.000 Ω Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Simbologia da representação de resistores conforme normas internacionais. saibamais Saiba mais Nesse vídeo, você terá mais informações sobre o assunto como de�nições e analogias sobre resistência elétrica, resistores elétricos, lei de ohm e resistores variáveis. Para saber mais, acesse o vídeo na íntegra, disponível em: Acesso em: 20 jan. 2020. Fonte: Elaborado pelo autor. ASS IST IR Figura 1.1 - Símbolos dos resistores segundo IEE e IEC – mundo elétrica Fonte: Elaborada pelo autor. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Para darmos continuidade aos nossos estudos, falaremos no próximo tópico sobre corrente elétrica. Corrente Elétrica É bem comum encontrarmos a seguinte de�nição de corrente elétrica: trata-se de um movimento ordenado de elétrons, ou seja, �uxo de cargas elétricas dentro de um material, quando aplicada uma diferença de potencial - ddp (Figura 1.2) em uma resistência R, fechando, assim, um circuito, e esses elétrons livres passam a �uir de no sentido do potencial elétrico menor para o maior (positivo para negativo), ou seja, no sentido do polo positivo para o polo negativo da carga elétrica (lâmpada). A corrente elétrica é simbolizada por I, cuja unidade de medida é o ampère [A]. A Figura 1.2 apresenta também um circuito elétrico fechado e em série, no qual temos uma pilha (fonte de tensão e de corrente) ligada a uma lâmpada incandescente (carga elétrica). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Como já conhecemos um circuito elétrico, agora vamos falar de tensão e corrente contínua. Tensão e Corrente Contínua A tensão e a corrente contínuas são as que mantêm a mesma polaridade durante todos os instantes (Figura 1.3), ou seja, uma reta contínua e sem variações com o passar do tempo. No caso, a corrente elétrica mantém apenas um sentido de �uxo e a tensão elétrica �cará sempre com seus polos no mesmo potencial elétrico. A grande parte dos equipamentos eletrônicos funciona internamente com tensão contínua. Alguns exemplos de fontes ou geradores de tensão contínua Figura 1.2 - Sentido da corrente elétrica e circuito elétrico Fonte: Normaals / 123RF. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js são: a pilha, a bateria e o carregador de celular. Basicamente todo equipamento que armazena energia funciona com corrente e tensão contínua. Segue a representação grá�ca de tensão e corrente contínua: Figura 1.3 - Grá�co de tensão e corrente contínua Fonte: Elaborada pelo autor. A corrente contínua (CC), também conhecida em inglês como direct corrent (DC), apresenta características de tensão e corrente, que, de acordo com a Figura 1.3, são unidirecionais. A tensão e corrente contínua são as formas de energia mais comumente produzidas por fontes como células solares e baterias e muito utilizadas em controle de máquinas em projetos de instrumentação industrial ou domótica. Para que você compreenda melhor o nosso assunto, faremos uma analogia com a circulação do sangue no corpo humano. Sabemos que a função primordial do coração é bombear sangue para todo o corpo, o que chamaremos de circuito. O coração funciona impulsionando o sangue (corrente elétrica) para o corpo todo. A pressão é feita pelo sangue (corrente) – à medida que é bombeado – sobre as paredes dos vasos sanguíneos/veias (condutores elétricos ou eletrodutos). A quantidade de sangue que �ui pelo corpo humano vai depender dessa pressão, do diâmetro das veias e da abertura das válvulas ventriculares. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Figura 1.4 - Tensão e corrente. Analogia com corpo humano Fonte: Elaborada pelo autor. De maneira semelhante, no caso da energia elétrica tem-se: A pressão que o coração faz para impulsionar o sangue (energia elétrica) podemos chamar de tensão elétrica (U). O sangue que circula pelo corpo humano podemos chamar de corrente elétrica (I). Os vasos ou veias podemos chamar de eletrodutos e condutores elétricos. A corrente que circula pelo circuito (corpo humano)vai depender da tensão (pressão) e da resistência do corpo ou resistência elétrica (R). A resistência elétrica (R) é uma barreira no circuito (corpo humano) para desacelerar a corrente (sangue), e será medida pela unidade de eletricidade chamada Ohm (Ω), que varia com a dimensão ou seção dos condutores elétricos (veias), ou seja, a forma que um resistor elétrico atua para medir a di�culdade dele de se opor à passagem da corrente elétrica, pois, para uma resistência elétrica grande, a corrente elétrica se torna pequena. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js É importante que você se recorde que os resistores não são feitos do material cobre (Cu na tabela periódica), que é o material utilizado, geralmente, nos cabos e �os das instalações elétricas. Já nas lâmpadas incandescentes, por exemplo, o material utilizado no seu �lamento é o tungstênio (que é uma resistência), o qual altera sua espessura para obter valores diferentes de corrente, como também altera sua resistência e, consequentemente, sua potência elétrica (W), sem que sua tensão se altere. Em relação a um outro equipamento conhecido do seu cotidiano, o chuveiro elétrico (que também possui resistência elétrica), o material utilizado na sua resistência é uma mistura de cromo e níquel, sendo utilizada apenas uma parte dessa resistência do chuveiro (seu �lamento) para termos os indicadores de inverno (banho quente) e verão (banho morno). Conforme Quadro 1.1, na ligação inverno do resistor a corrente que passa nele deve ser maior (resistência ligada entre o ponto C e B) que a corrente que passa no resistor na posição verão (resistência ligada entre o ponto B e A). Quadro 1.1 - Relação entre banho quente e morno Fonte: Elaborado pelo autor. A �gura a seguir apresenta duas resistências elétricas com três pontos de conexão para se ter um aquecimento da água na temperatura verão (pontos C e B para resistência grande) e na temperatura inverno (pontos B e A para resistência pequena). VERÃO INVERNO Aquecimento menor maior Potência menor maior Corrente menor maior Comprimento do Resistor maior menor Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Figura 1.5 - Resistência interna de um chuveiro convencional Fonte: Ciência Compartilhada (2020, on-line ). Em resumo, para obtermos diferentes níveis de gradação no aquecimento de um determinado aparelho resistivo, como a lâmpada incandescente e o chuveiro elétrico, o fabricante desses equipamentos altera sua espessura e/ou muda a sua resistência. Interessante, não é? No próximo item, falaremos sobre a lei mais famosa da eletricidade. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Figura 1.6 - Lei de Ohm – formulação da lei de Ohm que está relacionada à tensão e corrente elétrica Fonte: Olga Nikitina / 123RF. Como já vimos anteriormente, a lei de Ohm é conhecida como resistência elétrica ®, sua unidade é o Ohm e seu símbolo, o ômega (Ω). A lei de Ohm é assim chamada porque o físico Georg Simon Ohm (1827) foi quem se dedicou trabalhando no campo da corrente elétrica, desenvolvendo a teoria matemática da condução elétrica nos circuitos. A essa unidade foi atribuído seu sobrenome como homenagem à sua descoberta, seu grande feito para a ciência. Segundo Georg Simon Ohm, essa lei estabelece que: “se for aplicada em um circuito elétrico, uma tensão de 1V, cuja resistência elétrica seja de 1Ω, a corrente que circula pelo circuito será de 1A” (SÓ FÍSICA, 2019, on-line ). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js saibamais Saiba mais O vídeo a seguir lhe trará mais informações sobre a lei de Ohm e como funciona o circuito elétrico (sentido da corrente elétrica). Assista ao vídeo na íntegra, disponível em: Fonte: Elaborado pelo autor. ASS IST IR A Figura 1.7 apresenta o circuito elétrico com direção e sentido da corrente elétrica que sai do polo positivo (ponto A), passa pelo resistor R e vai para o polo negativo (ponto B), fechando, assim, o circuito. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Figura 1.7 - Circuito elétrico Fonte: Adaptada de Kama Ashurova / 123RF. Com base nas informações da Figura 1.6, temos a seguinte informação: I[A] = U[V] / R[Ω] Também podemos tirar outras duas relações, que são as seguintes: U[V] = R[Ω]. I[A] e R[Ω] = U[V] / I[A] Sendo que: U = Tensão elétrica em Volt [V]. I = Corrente elétrica em Àmpere [A]. R = Resistência elétrica em Ohm [Ω]. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Em sequência, teremos uma atividade para que você possa �xar o que já aprendeu até agora. Leia tudo com atenção. praticar Vamos Praticar Tomar banho é uma das coisas mais desejáveis a se fazer após um dia duro de trabalho. O chuveiro é um aparelho elétrico utilizado para esquentarmos a água quando tomamos nosso banho. Quando está quente, o chuveiro faz a água esquentar (ferver), e, quando está frio, a água não esquenta. O que faz a água esquentar nesse chuveiro? Assinale o dispositivo que mais se relaciona com o chuveiro elétrico. a) Resistência elétrica. b) Ohmímetro. c) Amperímetro. d) Wattímetro. e) Voltímetro. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js A corrente alternada (CA) tem a sua polaridade positiva (semiciclo positivo) e polaridade negativa (semiciclo negativo) invertida num certo instante (variável tempo - t) por segundo, ou seja, a forma de onda oscila diversas vezes conforme o tempo passa. O número de oscilações (ou variações) que a tensão elétrica (ou corrente elétrica) faz por segundo é denominado de frequência, pois a frequência é o inverso do período (tempo em segundos), e assim essa variação pode ser reiniciada a cada 60Hz (16,67ms). Corrente AlternadaCorrente Alternada Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js A frequência cuja unidade no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o Hertz (Hz), no Brasil possui o valor de 60 Hz (sessenta Hertz). Uma unidade de 1 Hertz corresponde a 1 ciclo de 16,67 milésimos de segundo (16,67 ms), ou seja, um período completo de variação da tensão e corrente elétrica durante 1 segundo, o que nos dá a seguinte fórmula para cálculo de tempo e frequência: f = 1 /T ou T = 1 / f Onde: f = Frequência em Hertz (Hz). T = Período em milissegundos (ms). Equipamentos elétricos funcionam em corrente alternada (CA), como os motores de indução, os eletrodomésticos, lâmpadas de iluminação etc. Figura 1.8 - Grá�co de tensão, corrente alternada (modi�cada) Fonte: Adaptada de Stephen Hill / 123RF. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Potência elétrica A potência elétrica é de�nida como a taxa de energia consumida em uma unidade de tempo. A unidade de medida de potência é Watt (W), e esse nome foi concebido devido ao famoso cientista do século XVIII, James Watt, inventor da máquina a vapor (FAMOUS SCIENTISTS, 2014). Podemos expressar a relação entre a potência, a corrente e a tensão por meio da fórmula: Potência = corrente x tensão - S = U.I [V.A] Chamamos esse tipo de potência de potência aparente, que também pode ser composta por outras duas parcelas de potências: potência ativa (P), que é a parcela da potência aparente que se transforma em três outros tipos de potência: potência mecânica (eletrodomésticos como liquidi�cador, batedeira elétrica etc.), potência térmica (chuveiro, torradeira elétrica etc.) e potência luminosa (lâmpadas em geral), cuja unidade de medida é o Watt [W]. Já a outra parcela da potência aparente (S) tem o nome de potência reativa (Q), parcela que se transforma em campo magnético, elemento necessário para o funcionamento de motores Elétricos, transformadores de potência e os antigos reatores de lâmpada �uorescentes (hoje, já ultrapassados pelas lâmpadas LED sem reator). A unidade de medida dessa parcela da potência aparente, a potência reativa (Q), é o Volt-ampère reativo [VAr]. Estas três potências: aparente (S), ativa (P) e reativa (Q), formam um triângulo, denominado “triângulo das potências”. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Figura 1.9 - Triângulodas potências Fonte: Elaborada pelo autor. O ângulo Ø é o ângulo do fator de potência (cosØ = F.P.), que veremos logo a seguir. Para se efetuar cálculos em projetos de instalações elétricas residenciais e prediais, focaremos nossos estudos nas potências aparente (S) e ativa (P), pois essas duas potências são importantes para que possamos entender o que é fator de potência (cosØ = F.P.). Fator de Potência Sabemos também que a potência, que pode ser expressa em quilowatts (kW), é a parcela da potência aparente que produz trabalho e a potência reativa, expressa em quilovolt-àmpere reativo (kVAr), produz um �uxo (�uxo eletromagnético) essencial ao funcionamento das máquinas elétricas, como motores, transformadores etc. A essa parcela ou porcentagem damos o nome de fator de potência (cosØ = FP). O fator de potência, também pode ser de�nido como coseno do ângulo Ø (cosØ = F.P.) ou quociente da divisão entre Potência Ativa (P [kW]) e a Potência Aparente (S [VA]). FP = cos Ø ou FP = P [kW] / [kVA] Em projetos de instalações elétricas residenciais, assim como nas instalações elétricas prediais, aplicam-se valores já determinados de fatores de potência,Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js para se ter uma noção de quanto da potência aparente (S) foi transformada em ativa (P): 100% ou fator 100, para iluminação incandescente. 95% ou fator 0,95, para os circuitos de distribuição elétrica. 80% ou fator 0,80, para pontos de tomadas de uso geral (TUGs) e demais circuitos independentes. Neste item da unidade foi de�nido o fator de potência (FP), sua relação com as potências e sua porcentagem (fator) com relação a uma instalação elétrica. praticar Vamos Praticar Considere que o pequeno circuito elétrico a seguir pode representar, de maneira simpli�cada, a instalação elétrica de uma residência: Ao ligarmos em 127 Volts (U1 = 127V) a tomada na entrada de energia, a lâmpada acende. Como a resistência da lâmpada é de 5 Ohms (R = 5Ω) constantes, a corrente Figura - Ligação de uma lâmpada direta na tomada Fonte: Elaborada pelo autor. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Radio Radio Radio Radio Radio aumenta ou diminui conforme se aumenta ou diminui sua tensão para 220 Volts (U2 = 220V). Levando em consideração os valores das correntes I1 e I2, assinale a alternativa correta: a) Se aumentar a tensão, a corrente diminui e os seus valores serão, respectivamente, de I1 = 44A e I2 = 25,4A. b) Se aumentar a tensão, a corrente diminui e os seus valores serão, respectivamente, de I1 = 0,039 A e I2 = 0,023A. c) Se aumentar a tensão, a corrente aumenta e os seus valores serão, respectivamente, de I1 = 25,4A e I2 = 44A. d) Se aumentar a tensão a corrente aumenta e os seus valores serão, respectivamente, de I1 = 0,023A e I2 = 0,039A. e) Se aumentar a tensão, a corrente diminui e os seus valores serão, respectivamente, de I1 = 44A e I2 = 39mA. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js A potência reativa (kVAr) (também conhecida como magnetizante) é utilizada para manutenção dos �uxos magnéticos nas máquinas elétricas. Ela é uma potência necessária ao funcionamento dos motores, transformadores, entre outras utilidades. A potência reativa é trocada com a rede de energia elétrica, não sendo consumida. Semelhante à potência ativa, multiplica-se a potência aparente (S) por um fator (seno de Ø) que nos resultará na potência não consumida: Q [VAr] = sen Ø ou Q [VAr] = V [V] . I[A]. sen Ø Quando cargas indutivas são acionadas por correntes alternadas, acontece um atraso ou adiantamento da forma de onda senoidal que chamamos de defasagem tanto entre as formas de onda da tensão como nas formas de onda da corrente. Quando esse fenômeno acontece, tem-se o surgimento da potência reativa (Q). Para se ter uma ideia do comportamento dessas formas de energia, faz-se uma analogia delas com um copo de chopp com colarinho, demonstrada na Figura 1.10, a seguir: Potência ReativaPotência Reativa Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Figura 1.11 - Potências ativa (kW), reativa (kVAr) e aparente (kVA): analogia com copos de chopp com colarinho Fonte: Batareykin / 123RF. Nesses copos cheios, parte está ocupada pelo líquido, que podemos chamar de potência ativa (P), e outra parte pela espuma do chopp, que chamaremos de potência reativa (Q). Para que possamos aumentar a quantidade líquida, faz-se necessária a redução da espuma. Assim, de forma análoga, a potência elétrica ativa, empregada em um motor elétrico, é a composição das duas potências elétricas, uma parte pela potência ativa (kW), correspondente ao líquido, e outra pela potência reativa (kVAr), correspondente à espuma. A soma vetorial (em ângulo de 90º) desses dois elementos, potência ativa e potência reativa, chamamos de potência aparente (kVA), que seria todo o volume composto no copo (o líquido mais a espuma). Tanto o volume do copo quanto a potência aparente (S) kVA de um circuito elétrico (�ação, transformadores etc.) são limitados. Para termos um aumento da potência ativa (P) em um circuito qualquer, faz-se necessária a redução da sua potência reativa (Q). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Radio Radio Radio Radio Radio praticar Vamos Praticar Sabendo que o triângulo de potência possui as potências aparente (S), ativa (P) e reativa (Q), e que a potência reativa é uma das parcelas da potência aparente (kVA). Pensando no consumo dessa potência (kVAr) assinale a alternativa que descreve com mais precisão quais são os aparelhos que consomem potência reativa. a) Liquidi�cador, motor elétrico, chuveiro e torradeira elétrica. b) Lâmpada incandescente, �uorescente e LED. c) Lâmpada incandescente, batedeira elétrica, torneira elétrica e motor. d) Motores, transformadores e reatores. e) Transformadores, lâmpada LED e chuveiro. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js O ser humano vive cercado por normas de convivência, de linguagem, de padrões éticos e morais, etc. E, para instalações elétricas e de incêndio, não vai ser diferente. Para tudo existe uma regra, uma norma, pois, se não existisse, viveríamos num mundo sem leis e sem regras, o que, para todos os setores, tanto econômicos quanto sociais e técnicos, seria um caos. O mundo é assim: viver em comunidade exige de todos nós o estabelecimento e o cumprimento desses tipos de regras. No setor industrial, que é uma das principais atividades econômicas, foi o pontapé inicial que fez essa mudança acontecer, pois, para cada produto fabricado, era exigido o uso de critérios, que logo foram se tornando padrões que serviram para facilitar a fabricação em grande escala, seu armazenamento e, com isso, a venda e comercialização desses produtos. Vamos analisar como exemplo a lâmpada. A lâmpada elétrica tem seu padrão de rosca universal. Imagine como seria se os fabricantes resolvessem fabricá-las em medidas diferentes de roscas? Seria um problemão, não é mesmo? NormatizaçãoNormatização Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Pois bem, a padronização, num processo de normatização, é o passo primordial para que se tenha um critério, ou seja, o padrão é a primeira regra para a normalização de um produto que forma um conjunto de regras ou normas estabelecidas entre grupos de interesse, que são os técnicos, engenheiros, empresas fabricantes, clientes e instituições. Sua �nalidade nada mais é que: padronizar um item em comum; simpli�car seu processo produtivo; garantir qualidade e con�abilidade ao produto para o consumidor. As normalizações têm objetivos comuns, que se referem aos seguintes fatores indicados no infográ�co a seguir: DIREITOS DO CONSUMIDOR Proteção dos direitos do cliente para garantir a As normas nacionais para a área técnica, mais especi�camente a área da eletricidade, são discutidas em um comitê especializado, o Comitê Brasileiro de Eletricidade (COBEI), o qual possui várias comissões, que são formadas porLoading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.jsespecialistas que se dedicam aos assuntos voltados às normas técnicas nacionais. Para se elaborar uma norma técnica, esses pro�ssionais (desde técnicos até engenheiros e especialistas no assunto) adotam como padrão um documento sobre o tema produzido pela Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), que, por ser um documento elaborado por uma comissão internacional, necessita de adaptação para ser adequado às normas Brasileiras. Então, esse documento recebe um número da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para tanto, é importante para você, estudante, conhecer as normas que orientam as atividades em instalações elétricas e de incêndio. Segue um breve resumo. Acompanhe! Norma Brasileira NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão Estabelece condições técnicas que devem ser atendidas em instalações elétricas de baixa tensão que garantam seu funcionamento adequado e a segurança do usuário, assim como a conservação de bens. Aplica-se para instalações elétricas de baixa tensão inferiores a 1.000V (mil Volts) em corrente alternada, com frequência inferior a 400 Hz (quatrocentos Hertz), ou tensões inferiores a 1.500V (mil e quinhentos Volts) em corrente contínua (CC). Essa norma trata sobre dispositivos de segurança utilizados em instalações elétricas, como padrão de cores dos �os e cabos, como taxa de ocupação dos eletrodutos. Toda vez que se queira projetar, adequar ou efetuar uma instalação elétrica, o pro�ssional desse ramo deve consultá-la. A NBR 5410 se aplica em: A. edi�cações residenciais, comerciais e pré-fabricados; B. estabelecimentos industriais, de uso público, agropecuários e hortigranjeiros; C. reboques de acabamento (traillers), locais de acampamentos (campings), marinas e instalações análogas; Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js D. canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias. Fonte: Sistemas Elétricos Prediais – Instalação (2014, on-line). A NBR 5410 também é aplicada em novas instalações, assim como em reformas de instalações elétricas já existentes. Norma Brasileira NBR 5444 – Símbolos grá�icos para Instalações Elétricas Prediais Trata de simbologias grá�cas feitas em projetos de instalações elétricas prediais em que os pro�ssionais da área de eletricidade utilizam essa norma para que possam desenhar plantas elétricas prediais novas, como também fazer adequações ou reparos em plantas já existentes. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js reflita Re�ita Todas as pessoas que, direta ou indiretamente, interajam ou trabalham com instalações elétricas e serviços com eletricidade – no caso de trabalhadores – devem obrigatoriamente cumprir os requisitos da NR 10? Re�ita sobre isso. E aqueles que possuem autorização formal da empresa para atuar na área da eletricidade, você acha que devem receber treinamento de NR 10? Ou só a autorização já é o bastante? Pense sobre o assunto. Fonte: Elaborado pelo autor. Norma Regulamentadora 10 (NR10) – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Estabelece os mínimos requisitos e condições para que se implementem as medidas de controle e sistemas preventivos que garantam a segurança e a saúde dos trabalhadores que prestam serviços em instalações elétricas e eletricidade. Essa norma também é aplicada às fases de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, tais como etapas do projeto elétrico, construção, montagem, Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Radio Radio Radio operação e manutenção das instalações elétricas, como em quaisquer trabalhos realizados nas proximidades da rede de energia elétrica. Todos os pro�ssionais da área de eletricidade devem saber que essas normas técnicas passam por revisões de atualização. Então, �que sempre atento às novas versões dessas normas técnicas. Caso queira se aprofundar mais nessas normas técnicas, ou queira se atualizar, consulte o site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). praticar Vamos Praticar Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. Qual o nome dessa porcentagem e quais os valores dessa porcentagem para iluminação e para tomadas de uso geral? a) Fator de carga (FC). Seus valores são de 0,92 para iluminação e 0,89 para tomadas de Uso Geral (TUG). b) Fator de utilização (FU). Seus valores são de 0,92 para iluminação e 0,89 para tomadas de uso geral (TUG). c) Fator de serviço (FS). Seus valores são de 0,8 para iluminação e 0,92 para tomadas de uso geral (TUG). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js Radio Radio d) Fator de demanda (FD). Seus valores são de 1,0 para iluminação e 0,8 para tomadas de uso geral (TUG). e) Fator de potência (FP). Seus valores são de 1,0 para iluminação e 0,8 para tomadas de uso geral (TUG). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js indicações Material Complementar LIVRO Instalações Elétricas Ademaro A. M. B. Citriim Editora: Pearson Education ISBN: 978-85-7605-1 1 Comentário: Essa quinta edição foi totalmente baseada na norma ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, publicada em 2004 e em vigor no momento dessa publicação. Esse livro do professor Ademaro Cotrim continua sendo um clássico e uma das principais referências bibliográ�cas do setor elétrico nacional, além de ser recomendado para quem quer saber mais sobre instalações elétricas de baixa tensão. Vale a pena adquiri- lo. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js WEB Viagem na eletricidade – os três mosqueteiros Ano: 1981 Comentário: Esse desenho é originalmente da França de nome Voyage en electricite e foi gravado em 26 episódios, traduzidos para o português. O desenho faz uma abordagem técnica bem ampla e é ótimo para quem está ingressando no ramo da eletrônica, discutindo assuntos como: tensão, corrente e resistência. Para conhecer mais sobre o desenho, assista a um episódio, disponível em: ACESSAR Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/jax.js https://www.youtube.com/watch?v=TxRnM40tv3w conclusão Conclusão Nesta unidade, você aprendeu um pouco sobre eletricidade, alguns conceitos básicos, suas unidades de medida, algumas simbologias mais usuais, a lei primordial da eletricidade, algumas formulações e também as principais normas para quem trabalha ou quer trabalhar com eletricidade. Espero que tenha contribuído para seu aprendizado, e continue seus estudos acompanhando as próximas unidades. referências Referências Bibliográ�cas AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010 . Estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e consolidada. 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