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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DEINSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE INCÊNDIOINCÊNDIO PADRÃO DE ENTRADA EPADRÃO DE ENTRADA E ATERRAMENTO. COMBATE AATERRAMENTO. COMBATE A INCÊNDIOINCÊNDIO Autor: Me. Antônio Tavares de França Júnior e Me. Marcones Cleber Brito da Silva Revisor : Renê Marcel ino Abr i t ta Te ixe ira IN IC IAR Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js introdução Introdução Conforme a NBR 5410/2004, todos os circuitos terminais que fazem parte de uma instalação elétrica têm que ser protegidos contra qualquer tipo de sinistro como sobrecorrentes (sobrecargas, curtos-circuitos, incêndios) por dispositivos que reconheçam esses defeitos ou avarias e desligue todo o sistema antes que ele entre em colapso. Esse tipo de proteção pode ser realizado através de equipamentos como os disjuntores ou fusíveis. Nesta unidade, estudaremos sobre os requisitos de proteção contra sobrecorrentes, conforme norma NBR 5410/ 2004 vigente: a necessidade de dispositivos de atuação rápida e e�caz relacionados à proteção dos usuários e bens, em caso de curto-circuito (disjuntores); interpretação das curvas dos disjuntores; dimensionamento dos quadros de distribuição, conforme norma NBR 5410/2004 vigente; as principais características do padrão de entrada; dimensionamento do Dispositivo Diferencial Residual - DDR e do Dispositivo de Proteção Contra Surto - DPS. Esta unidade tratará também do aterramento das instalações elétricas, um dos itens mais importantes para que se realize um trabalho seguro e sem acidentes, pois a segurança vem em primeiro lugar. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Conforme o item 5.3.4 da NBR 5410/2004 que trata de proteção contra correntes de sobrecarga, para que os condutores elétricos sejam protegidos, é essencial que o dispositivo de proteção assegure duas condições: 1. IB ≤ IN ≤ IZ (primeira condição de coordenação) (1) 2. I2 ≤ 1,45 X IZ (segunda condição de coordenação) (2) Sendo que, de acordo com a ABNT NBR 5410 (2004, p. 63), temos: IB → Corrente de projeto do circuito; IZ → Capacidade de condução de corrente dos condutores (em condições prevista para a sua instalação); IN → Corrente nominal do dispositivo de proteção ou de ajuste; I2 → Corrente convencional de atuação dos disjuntores. É importante observar que a corrente nominal IN também pode ser chamada de corrente de ajuste para dispositivos ajustáveis e que a corrente convencional I2 é a máxima corrente permitida de sobrecarga para que não se dani�que a isolação dos condutores por condições de sobreaquecimento. Além das proteções contra as correntes de sobrecarga de uma instalação elétrica, existem também condições para que se garantam e também protejam os circuitos de uma instalação elétrica, pois é indispensável que uma instalação tenha especi�cações Proteção ContraProteção Contra Sobrecarga deSobrecarga de CorrenteCorrente Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js adequadas para seu uso, conforme normas aplicáveis. Então, no próximo tópico, vamos conhecê-las. praticar Vamos Praticar Enunciado da atividade: Sabemos que nos quadros de distribuição destinados a instalações residenciais ou prediais devem existir advertências que estão relacionadas ao disjuntor ou fusível de atuação. Digamos que, quando um disjuntor ou fusível atua de forma a desligar um ou mais circuitos ou toda a instalação, qual pode ser a causa desse desligamento simultâneo? Dado: ver ABNT NBR 5410, 2004, p.158. A partir do apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A causa pode ser uma sobrecarga ou um curto-circuito. POIS: II. Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga. Por isso, NUNCA troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente simplesmente. A seguir, assinale a alternativa correta. a) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justi�cativa correta da I. c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. d) As asserções I e II são proposições falsas. e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justi�cativa correta da I. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js A proteção por circuitos, através de disjuntores, faz-se pela aplicação de algumas normas que devem ser aplicadas para que se tenha condições mínimas de proteção através dos disjuntores. A seguir, traremos um resumo das normas aplicáveis para disjuntores: A. NBR NM 60898 : tal norma refere-se aos dispositivos minidisjuntores que são equipamentos normalmente utilizados em instalações elétricas residenciais e são projetados para não sofrerem manutenção e poderem ser manuseados por pessoas comuns sem treinamento ou quali�cação em eletricidade. Os minidisjuntores são fabricados para uso em sistemas com correntes nominais de até 125 A e capacidade de interrupção de corrente de sobrecarga ou curto-circuito de até 25kA (kiloamperes). B. NBR IEC 60947-2 : também se refere a minidisjuntores, porém diferentes da NBR NM 60898, no que diz respeito à capacidade de interrupção de corrente de sobrecarga ou curto-circuito. Por serem disjuntores mais robustos, esses tipos de disjuntores são mais utilizados em instalações comerciais e industriais e, por poderem passar por manutenção e ajustes, devem ser estritamente manipulados e manuseados por pro�ssionais quali�cados na área da eletricidade, tais como nas instalações industriais. A tabela a seguir apresenta as características de atuação dos minidisjuntores, conforme as normas citadas. Proteção porProteção por DisjuntoresDisjuntores Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js NORMA CORRENTE CONVENCIONAL TEMPO CONVENCIONAL CORRENTE NOMINAL DO DISJUNTOR NÃO ATUAÇÃO ATUAÇÃO NBR NM 60898 1,13 X I 1,45 X I 1h 2h ≤ 63 A > 63 A NBR IEC 60947-2 1,05 X I 1,30 X I 1h 2h ≤ 63 A > 63 A Tabela 4.1 - Tabela das características de atuação de disjuntores Fonte: Painel setorial de disjuntores - INMETRO (2005, p. 6). Seguem algumas faixas de valores de corrente nominal de disjuntores padronizadas pelas normas 60898 e NBR IEC 60947-2: 2A, 4A, 6A, 10A, 16A, 20A, 25A, 32A, 40A, 50A, 63A, 70A, 80A, 100A, 125A. Atualmente, os disjuntores de baixa tensão estão sendo dimensionados por uma completa normalização internacional (Quadro 4.1), liberada pela IEC 60947-2, que no Brasil está como NBR IEC 60947-2, e o quadro que já está atualizado para o padrão brasileiro. Observe: N N N N Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js CATEGORIA CARACTERÍSTICAS NORMA CORRENTES NOMINAIS APLICAÇÕES Minidisjuntores - Disjuntores para instalações domésticas e análogas. Construção modular, montagem em trilho (quadro Padrão DIN). Disparador não ajustável. IEC 60898 0,5 a 125 A Proteção de circuitos terminais em instalações com tensão de no máximo 440VCA (Volt - Corrente Alternada). Disjuntores para uso geral: Disjuntores em caixa moldada. Disjuntores de potência. Construção consagrada, e tecnologia em constante aperfeiçoamento. Ampla variedade de disparadores e acessórios. Ao lado da tradicional construção aberta, versões em invólucros isolantes. Unidades de disparo versáteis e com amplos recursos, incluindo comunicação. IEC 60947-2 40 a 3200 A 630 a 6300 A Proteção de circuitos principais, de distribuição e terminais. Proteção do quadro geral (QGBT). Disjuntor- motor Características apropriadas às dos motores. Podem ser usados como dispositivos de partida. IEC 60947-2 IEC 60947- 4.1 0,1 a 63 A Circuitos de alimentação de motores, máquinas e processos industriais.Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Quadro 4.1 - As diferentes categorias de disjuntores de Baixa Tensão - BT Fonte: Adaptado de Revista Eletricidade Moderna Guia EM da NBR 5410 (2004, p. 143). Esta norma se aplicaa todos os disjuntores, os quais seus contatos principais estão destinados à ligação de circuitos cuja tensão nominal não possa ultrapassar 1000 VCA (Volt - Corrente - Alternada) ou até 1500 VCC (Volt - Corrente - Contínua), quaisquer que sejam as correntes nominais. No próximo item, falaremos sobre os disjuntores termomagnéticos. Acompanhe! Disjuntores Termomagnéticos Os disjuntores, no exercício da função de proteger contra sobrecorrentes, operam através de disparos que poder atuar por efeito térmico (superaquecimento) ou magnético e eletrônico (curto-circuito), sendo que os mais tradicionais atuam por ocorrência de correntes de sobrecarga e disparos magnéticos causados por sobrecorrentes elevadas. Por isso são chamados de disjuntores termomagnéticos. As características de tempo-corrente do disjuntor em relação às suas curvas de disparo térmico e magnético estão evidenciadas na Figura 4.1 a seguir: Disjuntores para equipamentos Dispositivos simples, geralmente proporcionando proteção contra sobrecargas mas não contra curtos- circuitos. IEC 60934 0,1 a 125 A Destinados a serem incorporados a equipamentos de utilização (eletrodomésticos, bombas etc.) . Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js A �gura demonstra a característica de tempo-corrente típica de um disjuntor termomagnético, dando mais evidência ao disparador térmico de sobrecarga ou sobrecorrente de tempo inverso, e também a atuação instantânea do disparador magnético do disjuntor e suas características de múltiplos da corrente nominal do mesmo, pois a corrente se trata de um item importante na escolha do disjuntor. No subtópico a seguir, veremos as curvas atuando com três zonas de disparo. Acompanhe! O Disjuntor Termomagnético e suas Zonas de Atuação Além da curva característica de tempo-corrente do disjuntor termomagnético, apresentaremos as três zonas de atuação dos disparadores eletrônicos do disjuntor, conforme a Figura 4.2 a seguir: Figura 4.1 - Característica tempo-corrente típica de disjuntor termomagnético Fonte: Revista Eletricidade Moderna Guia EM da NBR 5410 (2004, p. 140). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Sabe-se que alguns disparadores térmicos possuem uma faixa de corrente de ajustagem, como também disparos térmicos com compensação de temperatura. No caso do disparador magnético do disjuntor, a corrente atinge um determinado valor que provoca a abertura dos contatos principais do disjuntor. Já no disparador eletrônico do disjuntor existem sensores de corrente, constituídos de um circuito magnético que processam os sinais, comandam e atuam automaticamente para desarmar o disjuntor, dependendo do valor da corrente medida caso ela ultrapasse valores elevados, apresentando três zonas de atuação. Conforme Figura 4.2 anterior, teremos as três seguintes zonas de atuação: 1. Zona de proteção térmica de longo retardo : representa as características de elevação de temperatura dos condutores, conforme a relação corrente-tempo (ver �gura 4.2). 2. Zona de curto retardo : assegura a proteção contra queda ou falta de corrente no condutor ou condutores. 3. Zona de atuação instantânea : nada mais é que a proteção contra sobrecorrentes e curto-circuito que atuará nessa elevação exagerada da corrente de forma imediata desarmando o disjuntor. Figura 4.2 - Característica tempo-corrente de um disparador eletrônico Fonte: Revista Eletricidade Moderna Guia EM da NBR 5410 (2004, p. 141). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Lembre-se que as curvas características dessas três zonas de atuação, da Figura 4.2, trabalham conforme o disparador eletrônico, que pode ser ajustado entre 0,4 e 1 vez a corrente nominal e IM entre 2 e 10 vezes a corrente de ajustagem Ir . Interpretação das Curvas dos Disjuntores Conforme a norma NBR NM 60898, existem três faixas de atuação instantâneas para minidisjuntores termomagnéticos, ou seja, os disjuntores podem ser classi�cados em tipos, conforme Figura 4.3 a seguir: A Figura 4.3 mostra as três curvas características do disjuntor ou minidisjuntores, pois a norma IEC 60898 estabelece que tais curvas desses dispositivos de proteção estão relacionadas ao tempo versus a corrente e que: Disjuntores de curva B : devem atuar para correntes de curto-circuito entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, ou seja, a corrente instantânea deverá suportar de três a cinco vezes a corrente nominal. Este tipo é utilizado para proteger cargas resistivas com pequena corrente de partida. Disjuntores de curva C : devem atuar para correntes de curto-circuito entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, ou seja, a corrente instantânea deverá suportar de Figura 4.3 - Características tempo-corrente de minidisjuntores normalizadas pela IEC 60898 Fonte: Revista Eletricidade Moderna Guia EM da NBR 5410 (2004, p. 141). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js cinco a dez vezes a corrente nominal de carga. Este tipo de disjuntor é mais robusto em relação à capacidade de suportar corrente e é utilizado para proteger cargas indutivas. Disjuntores de curva D : devem atuar para correntes de curto-circuito entre 10 e 20 vezes a corrente nominal de carga, ou seja, a corrente instantânea deverá suportar de dez a vintes vezes a corrente nominal de carga. É o tipo de disjuntor de maior capacidade de suportar correntes de curto-circuito e também são utilizados para proteger grandes cargas indutivas por serem mais robustos ainda que os disjuntores do tipo C. Identi�cando qual faixa de atuação dos disjuntores ou minidisjuntores eletromagnéticos, você conseguirá saber qual usar e em qual situação, pois saber como e quando utilizá-los é de extrema importância para se efetuar uma instalação elétrica mais segura e livre de acidentes de origem elétrica. Proteção Contra Correntes de Curto-circuito A proteção das instalações Elétricas contra correntes de curto-circuito, descrita na NBR 5410, descreve que as correntes de curto-circuito presumidas podem ser determinadas por cálculos ou por medição em todos os pontos da instalação que se julguem necessários em uma instalação elétrica residencial, pois tanto os disjuntores quantos os fusíveis devem interromper tais correntes de curto-circuito de forma segura. Seu valor ou saibamais Saiba mais Existem diversos tipos e modelos de fusíveis disponíveis no mercado, com Invólucros, intensidade de corrente e utilizações diferentes. Existem fusíveis especí�cos para equipamentos eletrônicos, para motores, etc. Pesquise sobre as características técnicas desses dispositivos de proteção e suas aplicações. Utilize sites con�áveis da internet e, só assim você poderá ampliar seus conhecimentos sobre dispositivos de proteção. ACESSAR Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js https://www.conhecendoaeletrica.com/blog/2019/04/21/tipos-de-fusiveis/ capacidade de interrupção, devem estar descritos no corpo do dispositivo (disjuntor ou fusível), em quiloampères (kA). A corrente de curto-circuito depende das características do transformador que alimenta a instalação e o comprimento dos cabos que �ca entre esse transformador e o quadro de distribuição onde se encontram os disjuntores ou fusíveis da instalação. Em grande parte dos casos, as instalações elétricas são alimentadas por um transformador instalado na rede pública ou em cabine primária da unidade consumidora. praticar Vamos Praticar Sabemos que disparadores uma faixa de corrente de ajustagem, como também disparos para desarmar o disjuntor dependendo do valor da corrente medida e caso ela ultrapasse valores elevados o disjuntor pode apresentar três zonas de atuação. Com base na a�rmação, analise as a�rmativas com relação às zonas de atuação do disjuntor. I. A Zona de proteção térmica de longo retardo, representada as características de elevação de temperatura dos condutores, conforme a relação corrente-tempo. II. A Zona de curto retardo, assegura a proteção contra queda ou falta de correnteno condutor ou condutores. III. A Zona de atuação instantânea é que a proteção contra sobrecorrentes e curtos-circuitos, que atuará nessa elevação exagerada da corrente de forma imediata desarmando o disjuntor. IV. A zona de proteção de curto retardo é única e exclusivamente para cargas resistivas e indutivas em circuitos industriais como máquinas de solda cuja corrente ultrapassa a 250A. Está correto o que se a�rma em: a) II e III, apenas. b) I e IV, apenas. c) I, apenas. d) IV, apenas. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js e) I, II, III e IV. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Para se poder fazer a especi�cação física do QD, é preciso conhecer e dimensionar quais dispositivos serão montados nele, pois já sabemos que a energia da entrada deve ser distribuída em circuitos numerados com a quantidade de circuitos quanto forem necessários e que essa quantidade de circuitos em uma instalação elétrica está diretamente relacionada à potência das cargas instaladas, além de previstas suas potências unitárias dos critérios para pontos e circuitos reservas que o quadro deve conter para futuras ampliações na instalação elétrica. Com essas informações, é possível se concluir que os quadros de distribuição são fabricados em diversos tamanhos, conforme o espaço e tipo de instalação que se deseja projetar. A NBR 5410/2004, nesse contexto, informa-nos sobre algumas premissas que devem ser respeitadas em um projeto de instalações elétrica, que são as seguintes: A. Capacidade de reserva do QD: Quadros com até 6 circuitos : deve-se prever um espaço reserva de, no mínimo, dois circuitos. Quadros de 7 a 12 circuitos : deve-se prever um espaço reserva de no mínimo, três circuitos. Quadros de 13 a 30 circuitos : deve-se prever um espaço reserva de no mínimo, quatro circuitos. Quadros com mais de 30 circuitos : deve-se prever um espaço reserva de no mínimo, 15% do total de circuitos da instalação. Dimensionamento doDimensionamento do Quadro deQuadro de Distribuição - QDDistribuição - QD Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js B. Os circuitos terminais devem ser individuais, de modo que cada circuito possa ser ligado ou desligado, sem que ocorra risco de realimentação através de um outro circuito. C. Os circuitos terminais da instalação elétrica devem ser individuais, conforme a função de cada equipamento nele ligados. O próximo item iremos de�nir o que seria o padrão de entrada de uma instalação elétrica, assim como os itens necessários para sua composição. Padrão de Entrada O padrão de entrada nada mais é que o local onde a distribuidora de energia local liga os cabos de energia para alimentar o imóvel em questão. Existem muitos tipos de padrões de entrada que devem ser instalados, conforme as normas da empresa distribuidora de energia local, dependendo, também, da quantidade de elementos condutores de uma instalação, da quantidade de medidores a serem instalados na mesma edi�cação ou no mesmo local (terreno), como é o caso de conjuntos residenciais, prédios ou outros tipos de condomínios. O padrão de entrada de uma instalação elétrica residencial é comumente composto por: poste; caixa do medidor; eletrodutos e condutores de entrada; dispositivos de proteção contra curtos-circuitos; haste de aterramento. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Figura 4.4 - Ramal de entrada ou padrão de entrada residencial Fonte: Adaptadas de Sergey Khamidulin / 123RF; PaylessImages - / 123RF e PxHere. No próximo tópico, faremos uma de�nição sobre um dos dispositivos de proteção para que se evite choques elétricos em pessoas ou animais que possam estar em contato com a rede de energia elétrica. Então, vamos conhecer o DR. Acompanhe! Dimensionamento do Dispositivo Diferencial Residual - DR Sabemos que os dispositivos de proteção usados em instalações elétricas têm a �nalidade de evitar que as instalações elétricas causem danos aos usuários, animais e ao patrimônio, e o Dispositivo de Diferencial Residual - DR previne que pessoas e animais em contato com qualquer fonte de energia, em que esse dispositivo esteja conectado, recebam um choque elétrico. Além disso, o DR também pode, com seu uso, proteger o patrimônio do cidadão que tenha instalado ele em seus circuitos em seu quadro de distribuição - QD. O DR, por ter uma alta sensibilidade a interferências da passagem de corrente na ordem de miliampères (mA - normalmente em níveis bem baixos), é um dispositivo automático que desliga o circuito elétrico caso haja uma fuga de corrente que coloque em risco a Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js vida de humanos, animais domésticos e a instalação elétrica, aumentando os níveis de segurança contra pequenos choques e incêndios a propriedade. A NBR 5410 (2004) em seu subitem 6.3.3.2 descreve tal dispositivo de proteção, pois, apesar de ser obrigatório no Brasil em todas as instalações elétricas de baixa tensão, ele não dispensa, em hipótese alguma, o uso de condutor de proteção (cabos e �os), mesmo que a instalação, como segue em nota e subitem: NOTA O uso de DR não dispensa, em nenhuma hipótese, o uso de condutor de proteção. Como especi�cado em 5.1.2.2.3.6, todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão (ver também 6.4.3.1.5) (ABNT NBR 5410, 2004, p. 125). 6.3.3.2.1 Em circuitos de corrente contínua só devem ser usados DR capazes de detectar correntes diferenciais-residuais contínuas. Eles devem ser capazes, também, de interromper as correntes do circuito tanto em condições normais quanto em situações de falta (ABNT NBR 5410, 2004, p. 125). Em Corrente Alternada - AC, onde a corrente de falta pode conter Corrente Contínua, de acordo com o item 6.3.3.2.2 da NBR 5410 (2004), o DR também deve ser capaz de detectar correntes diferenciais residuais que possuam essas características e nota como segue: 6.3.3.2.2 Em circuitos de corrente alternada nos quais a corrente de falta pode conter componente contínua só devem ser utilizados dispositivos DR capazes de detectar também correntes diferenciais-residuais com essas características (ABNT NBR 5410, 2004, p.126). NOTA São exemplos de dispositivos DR aptos a detectar correntes de falta c.a. com componente contínua, além de correntes de falta senoidais, os dispositivos DR do tipo A conforme a IEC 61008-2-1 e IEC 61009-2-1 (ABNT NBR 5410, 2004, p. 126). A Figura 4.5 a seguir representa um Dispositivo Diferencial Residual - DR: Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Figura 4.5 - Interruptor Diferencial Residual - IDR Fonte: Adaptada de gyddik / 123RF. Internamente, o DR possui um transformador de corrente, um disparador e um sistema liga/desliga que compara a corrente de entrada à corrente de saída que, em caso de alterações da corrente de até 30 mA (miliampère), o dispositivo desliga o sistema instantaneamente por conta dessa alta sensibilidade de detecção de falha, apesar que também existem DRs de baixa sensibilidade que detecta correntes residuais acima de 30 mA ou 0,03 A. Esses DRs de sensibilidade baixa, auxiliam na proteção das instalações elétricas contra incêndios em locais que armazenem, fabriquem ou processem materiais de alta in�amabilidade como papel (celulose), serragem (madeira), materiais plásticos, contudo não oferecem proteção adicional contra choques elétricos por não detectar correntes residuais abaixo de 300 mA ou 0,3A. No caso de acontecer uma fuga de corrente, acontecerá uma diferença de corrente elétrica entre o condutor de entrada e o de saída do DR, ou seja, ele é um dispositivo que permite a comparação entre as correntes de entrada e saída que quando ocorre a falha ou diferença de corrente residual provocam o desarme desse tipo de disjuntor. O Dr também possui um botão de desarme manual, ou seja, um botão que possibilita que se faça um teste do seu funcionamento. Acompanhe, a seguir, a Figura 4.6 que mostra um exemplo de instalaçãodo DR: Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Figura 4.6 - Ligação diagrama multi�lar Dispositivo Diferencial Residual - DR Fonte: Adaptada de Denis Shipunov / 123RF. L1 - Fase 1 de entrada de energia; L2 - Fase 2 de entrada de energia; L3 - Fase 3 de entrada de energia e; N - Fio ou cabo de neutro da entrada de energia. praticar Vamos Praticar Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Sabe-se que o dispositivo de proteção DR de alta sensibilidade visa aos casos de falha de energia elétrica de outros meios de proteção e de descuido ou até mesmo alguns casos de imprudência do proprietário da casa ou de um eletricista imperito. No caso de se utilizar um DR de alta sensibilidade, qual é a corrente diferencial residual nominal para proteção de pessoas e animais? a) 300 mA (trezentos miliampère). b) 30 mA (trinta miliampère). c) 500 mA (quinhentos miliampère). d) 3000 mA ou 3A (três mil miliampères ou três ampères). e) 125A (cento e vinte e cinco Ampères). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js É fato que no Brasil existe a maior incidência de raios no mundo. Conforme registros realizados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica - ELAT, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INEP em 2011, 81 pessoas morreram atingidas por raios no Brasil. O que nos determina a estatística é que, a cada 50 pessoas que morrem por serem atingidas por raios no mundo, uma é brasileira. Os dispositivos de proteção contra surtos estão divididos em três grandes famílias, classi�cados como Classes I, II e II e para se dimensionar tais dispositivos de proteção é indispensável: A identi�cação da classe que ele se enquadra : é necessário veri�car se o projeto da edi�cação possui sistema de proteção contra raios ou Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas - SPDA externamente ou se a rede de energia da concessionária chega por via aérea. Tendo uma dessas condições como sendo verdadeira, recomenda-se a instalação do DPS de Classe I. Conhecer a tensão Nominal do DPS : a tensão nominal nada mais é que a tensão que alimenta a instalação elétrica. Por exemplo, se a instalação for monofásica, a tensão nominal será de 127V. Se for bifásica, a tensão será de 220V. Dimensionamento doDimensionamento do Dispositivo deDispositivo de Proteção Contra SurtoProteção Contra Surto - DPS- DPS Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Saber a corrente de impulso : esse é o caso para DPS de classe I, pois a corrente de impulso irá depender das características das descargas atmosféricas de cada região, como níveis de incidência esperadas. Além disso, deve-se pensar na localização da edi�cação, a exposição que esse imóvel poderá ter a incidências de raios no local e as dimensões da edi�cação. A norma NBR 5419 - Proteção contra descargas atmosféricas, pode auxiliar nesse tipo de avaliação como a corrente de impulso que o DPS escolhido deve suportar. Conhecer a corrente nominal de descarga : esse é o caso para DPS de Classe II onde a corrente nominal de descarga deverá ser estimada por conta que os fatores são, muitas vezes, variáveis e de difícil previsão. No caso de casas, grandes edi�cações e até mesmo fábricas, normalmente utiliza-se um DPS com corrente nominal de descarga de 20 kA (quiloampères) que deverá atuar em um tempo de 8/20 μS e corrente máxima de 40kA (quiloampères) que deverá atuar em um tempo de 1/20 μS. Como podemos veri�car nesses fatores mencionados acima, do correto dimensionamento destes Dispositivos de Proteção contra Surtos - DPS garantirá a segurança de toda a instalação elétrica, assim como dos equipamentos a que ele estão ligados. A seguir, no próximo tópico, veremos as �nalidades desse tipo de dispositivo de proteção para garantir a segurança de equipamentos e bens materiais. Acompanhe! Finalidade do DPS A função do dispositivo de proteção contra surtos - DPS é de limitar as sobrecorrentes e descarregar toda essa energia, seja ela uma descarga atmosférica ou sobrecorrente causadas por manobras da redes concessionária, protegendo assim todos os equipamentos elétricos, eletrônicos ou até mesmo industriais de uma instalação, anulando as descargas indiretas na rede elétrica. Além disso, o DPS também visa à segurança e à saúde das pessoas. Instalação do DPS Este tipo de dispositivo de proteção deve ser instalado em paralelo com a linha em um dos lados. As demais conexões devem ser curto-circuitadas e ligadas no terminal de proteção (terra) da instalação. A Figura 4.7 mostra um modelo de sistema de proteção contra sobretensão em um sistema bifásico. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Figura 4.7 - Instalação de DPS na origem da instalação junto à caixa de medição Fonte: Paulino (2016, p. 199). A Figura 4.7 anterior nos mostra, visualmente, um esquema de ligação multi�lar trifásica a quatro �os (fase, fase, fase e neutro) em que 3 DPS estão ligados às três fases de entrada da instalação, impedindo que entrem tensões e correntes de sobrecarga nas fases da instalação. Determinação da Demanda de Potências Residenciais As condições gerais para o fornecimento de energia elétrica no Brasil são determinadas pela resolução normativa n° 414 da ANEEL, uma agência vinculada ao Ministério de Minas e Energia que tem, como atribuições, regular e �scalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica fornecida pelas concessionárias de energia (ENERSUL, ENERGISA, CPFL, CEMIG, ELETROPAULO ETC.). Dentro de cada estado da federação, essas empresas, ditas concessionárias de energia, também editam normas internas para o fornecimento de energia, de acordo com regulamentação prévia da ANEEL. Segundo a resolução normativa nº 414 (2010), da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL a demanda contratada, também conhecida como demanda de potência ativa, passa a ser obrigatória e deve se disponibilizada continuamente, pela rede concessionária de distribuição de energia local, no ponto de entrega, pois, para se realizar o cálculo de demanda, o pro�ssional deve, primeiramente, consultar as normas Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js vigentes utilizadas pela rede concessionária local (resolução normativa nº414 ANEEL 2010, p. 3). Como as normas técnicas para cálculo de fator de demanda podem variar de local para local conforme concessionária, para efeito de exemplo de base de cálculo, utilizaremos a Norma NDU 001 - Norma de Distribuição Uni�cada 001 - fornecimento de energia em tensão secundária, norma esta utilizada pela rede distribuidora de energia ENERGISA no Estado do MS. As especi�cações de entradas de energia seguirão os três tipos de atendimento, a saber: (A) Tipo M (dois condutores – uma fase e neutro) - MONOFÁSICO; (B) Tipo B (três condutores – duas fases e neutro) - BIFÁSICO; (C) Tipo T (quatro condutores – três fases e neutro) - TRIFÁSICO. -Tensão de Fornecimento para MS: 127 Volts – Monofásico – cores: 1 Preto e 1 Azul; 220 Volts – Bifásico – cores: 2 Preto e 1 Azul; 220 Volts – Trifásico – Cores: 1 Preto, 1 vermelho, 1 Cinza e 1 Azul. Conforme a norma NDU 001 (2014), a demanda nada mais é que a média das potências elétricas, ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico, dividida pela parcela instalada em operação na Unidade Consumidora - UC, durante um intervalo de tempo. (NDU - 001 - Versão 4.0 2014 p.2). As condições gerais de fornecimento de energia, conforme a NDU - 001 (2014), informam que o fornecimento de energia de redes de distribuição deve ser feito nas seguintes condições do quadro a seguir de tensões secundárias: Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Tensão(ões) de fornecimento Empresa Rede Secundária comentários / excepcionalidades Sistema Monofásico e/ou Rural sistema trifásico Sergipe 115/230 V 127/200 V e 220/380 V A tensão de 220/380 V está disponível em algumas áreas do interior do Estado, sendo que a sua adoção deveráser submetida à aprovação da concessionária. Nova Friburgo 115/230 V 127/220 V e 220/380 V A tensão de 127/220 V está disponível em algumas áreas da Energisa Nova Friburgo, sendo que a sua adoção deverá ser submetida à aprovação da concessionária. Minas Gerais 115/230 V 127/220 V - Paraíba 220 V 220/380 V A tensão de 220 V - FF está disponível em algumas áreas do interior do Estado, sendo que a sua adoção deverá ser submetida à aprovação da concessionária.Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Borborema 220 V 220/380 V A tensão de 220 V - FF está disponível em algumas áreas do interior do Estado, sendo que a sua adoção deverá ser submetida à aprovação da concessionária. Caiuá 115/230 V e 127/254 V 127/220 V - Nacional 127/254 V 127/220 V - Bragantina 127/254 V 127/220 V - Força e Luz do Oeste 127/254 V 127/220 V - Vale Paranapanema 127/254 V 127/220 V - Celtins 220/440 V 220/380 V - Cemat 127/254 V 127/220 V e 220/380 V A tensão de 220/380 V está disponível em algumas áreas do interior do Estado, sendo que a sua adoção deverá ser submetida à aprovação da concessionária. Enersul 127/254 V 127/220 V Sistema monofásico F-T e F-F, com BT C/ 03(três) terminais (X1, X2 e X3).Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Quadro 4.1 - Quadro das condições de fornecimento de tensão da norma NDU 001 Fonte: Norma NDU 001 (2014, p. 5). Os limites de fornecimento de energia deverão ser feitos em tensão secundária de distribuição em instalações que tenham carga instalada igual a 75kW, ressalvados os casos previstos na legislação vigente. As categorias de atendimento com suas respectivas limitações de potência instaladas com tensão de 220/127V e sistema trifásico serão apresentadas no quadro a seguir: CATEGORIA POTÊNCIA / DEMANDA Monofásico Carga Instalada (kW) M1 0,00 < P ≤ 3,80 M2 3,80 < P ≤ 6,30 M3 6,30 < P ≤ 8,80 Bifásico B1 0,00 < P ≤ 10,10 B2 10,10 < P ≤ 12,70 B3 12,70 < P≤ 17,70 Trifásico Demanda provável (kVA) T1 0,00 < D ≤ 15,20 T2 15,20 < D ≤ 19,00 T3 19,00 < D ≤ 26,60 T4 38,10 < D ≤ 57,10 T5 38,10 < D ≤ 57,10 T6 57,10 < D ≤ 75,00 Quadro 4.2 - Quadro das categorias de atendimento de carga Instalada conforme tensão da norma NDU 001 2014 Fonte: Norma NDU 001 (2014, p. 6). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Segundo a NDU - 001 (2014), os tipos e limites de atendimento são determinados ao consumidor, deverão ser consideradas potências em kVA (quiloVolt-Ampères) e são classi�cadas, de acordo com a tabela, como: Tipo M: Consumidores monofásicos (127V fase+neutro) com carga instalada até 8,8kW, e monofásicos (220V fase+neutro) com carga demandada 15,4kW que não conste: a soma das potências dos motores monofásicos não superior a 2 CV (cavalo a Vapor ou 2 HP (Horse Power); a máquina de solda a transformador com potência superior a 2kVA. Tipo B: Consumidores bifásicos 127V/220V (2 fases+neutro) que não se enquadrem no tipo M, com carga instalada de até 17,7kW e até 22kW 220V/380V que não possa constar: os aparelhos vetados aos consumidores do tipo M quando alimentados em tensão fase e neutro; a soma das potências dos motores monofásicos de 220V não seja superior a 5 CV (Cavalo a Vapor) ou HP (Horse Power); a máquina de solda a transformador alimentada em 220V com potência superior a 8kW. Tipo T: Consumidores trifásicos (3 fases+neutro) não classi�cados nos tipos M e B, com tensão 127/220V ou 380/220V com demanda de até 75kVA, que não conste: os aparelhos vetados aos consumidores dos Tipos M e B, se alimentados em tensão fase e neutro; a soma das potências dos motores elétricos não seja superior a 30CV ou 30HP; máquina de solda tipo gerador com potência superior a 7,5CV; máquina de solda a transformador, 220V (2 fases), 220V (3 fases), ou 380V (3 fases), ligação V -V invertida com potência superior a 15kVA; máquina de solda a transformador, 220V (3 fases), ou 380V (3 fases), com reti�cação em ponte trifásica com potência superior a 7,5kVA. os motores trifásicos com potência acima de 5CV devem ter partida compensada. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js reflita Re�ita As considerações mencionadas para o cálculo de demanda constam na norma NDU - 001 (2014) e devem servir de base para se iniciar o cálculo da demanda da unidade consumidora. A seguir, veremos as expressões que servirão para se calcular a demanda provável do consumidor. Acompanhe! Demanda e Dimensionamento para Entradas Monofásicas, Bifásicas e Trifásicas Como já comentamos antes, toda essa base de cálculo seguirá a norma NDU - 001 Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária aplicada pela concessionária de energia ENERGISA de MS como exemplo e base de cálculos da demanda da unidade consumidora. Para iniciar, usaremos a expressão para se efetuar o cálculo da demanda provável do consumidor (em KVA) que é a seguinte: D(kVA) = d(kW)/0,92 (1) D(kVA) = (d1 + d2 + d3 + d4 + d5 + d6 + d7) (2) Onde temos: d1 (kVA) = Demanda de iluminação e tomadas; d2 (kVA) = Demanda dos aparelhos para aquecimento de água (chuveiros, aquecedores, torneiras elétricas, etc.); d3 (kVA) = Demanda secador de roupa, forno de micro-ondas, máquina de lavar louça e hidromassagem; d4 (kVA) = Demanda de fogão e forno elétrico;Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js d5 (kVA) = Demanda dos aparelhos de ar-condicionado tipo janela ou centrais individuais; d6 (kVA) = Demanda dos motores elétricos e máquinas de solda tipo motor gerador; d7 (kVA) = Demanda de máquinas de solda a transformador e aparelhos de raio-X. Aterramento das Instalações A ligação à terra é realizada com o objetivo de proteger pessoas e edi�cações quando submetidos a descargas atmosféricas e cargas eletrostáticas originadas das instalações com grandes dimensões (NISKIER e MACINTYRE, 2013). Para atingir os objetivos, o aterramento na prática conecta eletricamente elementos condutores (massas), estabelecendo a menor tensão possível, assegurando a proteção contra sobrecarga e interferências eletromagnéticas, resultando em: 1. percurso de retorno com baixa resistência entre o ponto de defeito e a fonte, atenuando os efeitos dos potenciais até a atuação de dispositivos de proteção; 2. entre equipamentos elétricos ou eletrônico e objetos metálicos próximos é estabelecido um percurso de baixa resistência, minimizando os riscos em caso saibamais Saiba mais A norma de distribuição Uni�cada – NDU-001 é uma norma aplicada para se efetuar o cálculo de demanda de fornecimento de energia elétrica em tensões secundárias em edi�cações individuais ou até mesmo de até três unidades consumidoras agrupadas. Para saber mais e consultar as tabelas do anexo I da NDU 001 e efetuar o cálculo da demanda, pesquise sobre a Norma. Nunca se esqueça de utilizar sites e links con�áveis da internet. Fonte: Adaptado de NDU 001 (2014). ACESSAR Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js https://www.energisa.com.br/Normas%20Tcnicas/NDU-001.pdf de falha do equipamento; 3. caminho entre o ponto afetado por uma descarga atmosférica em objeto exposto e o solo; 4. surgimento de um plano comum de baixa impedância relativa entre dispositivos eletrônicos, circuitos e sistemas. A conexão do aterramento é realizada por meio de : Condutor de proteção (PE) : condutor de ligação das massas e os componentes condutores estranhos à instalação entre si e/ou um ponto de aterramento principal, designado por PE, e o neutro, pela letra N. Quando possui funções combinadas, é denominado por PEN. Eletroduto de aterramento : formado por condutores ou haste com contato direto a terra, constituindo a malha de terra, ligados ao ponto de aterramento. Simbologia e Modalidades de Aterramento Nas instalações de baixa tensão, a norma NBR 5410:2004, apresenta os esquemas de aterramento descritos a seguir. Sobre esses, as ilustraçõese símbolos presentes nesses esquemas, deve-se observar o seguinte: a. A �guras 4.8 a 4.13, devem ser entendidas de maneira geral. Elas fazem uso de sistemas trifásicos como exemplo. As massas indicadas não representam um único equipamento. É importante perceber que, como uma mesma instalação pode pertencer a mais de uma edi�cação, as massas devem compartilhar impreterivelmente o mesmo eletroduto de aterramento, quando pertencerem à mesma edi�cação, estando conectadas a eletrodos de aterramento diferentes, caso localizadas em diferentes edi�cações. Nas �guras, são usados os seguintes símbolos: Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js b. Nos esquemas, para classi�cá-los utiliza-se a seguinte simbologia: Primeira letra - situação da alimentação considerando a terra: T - Para um ponto diretamente aterrado. I - Isolação de todas as partes vivas em relação a terra ou emprego de uma impedância de aterramento, limitando a corrente de curto-circuito para a terra. A segunda letra indica a condição das massas em relação a terra: T - Massas diretamente aterradas, não dependendo de aterramento eventual de um ponto de alimentação. N - Massa conectada diretamente ao ponto de alimentação aterrado(Ponto neutro). Outras letras ( eventuais): arranjo do condutor Neutro e do condutor de proteção: S - Funções de condutores neutro e de condutor de proteção realizadas por condutores separados. C - Funções de condutores neutro e de condutor de proteção combinadas em um único condutor (que é o condutor PEN). Figura 4.8 - Símbolos Fonte: Elaborada pelo autor. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Quando a alimentação é realizada em baixa tensão, o condutor neutro deve ser aterrado na origem da instalação do consumidor. Esquema TN - NBR 5410/2004 Figura 4.9 - Esquema TN-S Fonte: Elaborada pelo autor. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js As funções de neutro e de condutor de proteção são combinadas num único condutor em parte do esquema. Figura 4.10 - Esquema TN-C-S Fonte: Elaborada pelo autor. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Figura 4.11 - Esquema TN-C Fonte: Elaborada pelo autor. As funções de neutro e de condutor de proteção são combinadas num único condutor, em todo o esquema. Esquema TT - NBR 5410/2004 O esquema TT é formado por um ponto da alimentação aterrado diretamente, sendo as massas da instalação conectadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente diferente(s) do eletrodo de aterramento da alimentação. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Esquema IT - NBR 5410/2004 No esquema IT, todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado através de impedância (Figura 4.13). Figura 4.12 - Esquema TT Fonte: Elaborada pelo autor. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js As massas da instalação são aterradas, veri�cando-se as seguintes possibilidades: massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente; e massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque não há eletrodo de aterramento da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das massas é independente do eletrodo de aterramento da alimentação. praticar Figura 4.13 - Esquemas IT Fonte: Elaborada pelo autor. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js praticar Vamos Praticar Temos no Brasil a maior incidência de descargas atmosféricas no mundo. Por conta disso, em toda instalação elétrica é necessário que se tenha um sistema de aterramento e dispositivos de proteção como o Dispositivo de Proteção Contra Surtos - DPS, cuja sua �nalidade é: a) limitar as Potências e descarregar os surtos de tensão originados por manobras da rede concessionária nacional. b) um dispositivo automático, que pode ser rearmado toda a vez que atuar, ou seja, pode ser ligado e desligado manualmente sem precisar de troca. c) limitar as sobretensões e descarregar os surtos de corrente originários de descargas atmosféricas nas redes de energia, protegendo os equipamentos conectados a essa instalação. d) um dispositivo que possui características de atuação de correntes de curto-circuito que possui curvas de disparo que correspondem a características de atuação da bobina eletromagnética. e) são dispositivos de proteção com níveis de sensibilidade alta e baixa de corrente residual nominal que vai de 30 mA até 500 mA (miliampère). Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js indicações Material Complementar LIVRO Proteção de Equipamentos Elétricos Contra Surtos Elétricos em Instalações Autor : José Osvaldo Saldanha Paulino Ano : 2016. ISBN : 978-85-93065-00-2. Comentário : Livro que trata sobre normas técnicas relacionadas a equipamentos de proteção, como a NBR 5419 (partes 1, 2 e 3), projetos de aterramento ou também conhecido como: Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas - SPDA. Além disso, o livro trata sobre a formação da descarga atmosférica (raios) e danos causados por ela. Trata-se de equipamentos de proteção, dando mais ênfase aos Dispositivos de Proteção Contra Surtos Elétricos - DPS, seu dimensionamento, assim como exemplos de aplicação dos DPS e muito mais. É uma leitura bem interessante para quem quer se aprofundar sobre aterramento, projetos de SPDA e montagens práticas de dispositivos de proteção. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js conclusão Conclusão Nesta unidade, aprendemos um pouco sobre dimensionamento dos sistemas de proteção, segundo a NBR 5410 de 2004, como proteção contra sobrecargas de corrente, sistemas de proteção com uso de disjuntores segundo as normas NBR 60898 e NBR IEC 60947-2, com as características dos disjuntores e minidisjuntores termomagnéticos e suas zonas de atuação e curvas características, funções e aplicações. Falamos, também, sobre proteções contra correntes de curto-circuito, dimensionamento dos quadros de distribuição, padrão de entrada e sua composição. Para �nalizarmos nossos estudos, falamos sobre a importância do dimensionamento do DR e DPS e do aterramento nas instalações elétricas. referências Referências Bibliográ�cas AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010 . 156p. Estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e consolidada. Disponível em: http://www2.aneel.gov.br/cedoc/bren2010414.pdf . Acesso em: 03 mar. 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 : 2004, Instalações elétricas de baixa tensão. São Paulo, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419-4 : 2015, Proteção contra descargas atmosféricas, Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js http://www2.aneel.gov.br/cedoc/bren2010414.pdf ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60898 : 1998, Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares. Rio de Janeiro, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60947-2 : 1998, Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão. Rio de Janeiro, 1998. INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e Grupo de Eletricidade Atmosférica - ELAT. Raios mataram 81 pessoas no Brasil em 2011 . Disponível em: http://www.inpe.br/webelat/elatMidia/arquivos/20120224174657O%20Globo.jpg . Acesso em: 05 jan. 2020. NDU - NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA - NDU-001. Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária . Edi�cações individuais ou agrupadas até 3 unidades consumidoras. versão 4.0 setembro de 2014. NISKIER, Julio; MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações elétricas . Rio de Janeiro: LTC, 2013. PAULINO, José Saldanha. Proteção de equipamentos elétricos contra surtos elétricos em instalações . Lagoa Santa - MG: Clamper, 2016. Loading[MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js http://www.inpe.br/webelat/elatMidia/arquivos/20120224174657O%20Globo.jpg
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