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Aumento da absorção de sódio Hipertensão arterial Diabetes melito Aterosclerose OBESIDADE ABDOMINAL Resistência a insulina Intolerância a glicose Deficiência na produção de lipoproteina lipase Dislipidemia Aumento da absorção de sódio Hipertensão arterial ARTERIOESCLEROSE: Epidemiologia, Patogenia e Prevenção Miguel Garay ESTRUTURA DA PAREDE VASCULAR Camadas da parede vascular INTIMA: Monocamada de células endoteliais (CEs) e tecido conjuntivo subjacente MÉDIA: Monocamada de células musculares lisas (CMLs) e matriz extracelular (MEC) ADVENTICIA: Tecido conjuntivo que prende os vasos aos tecidos vizinhos ESTRUTURA DA PAREDE VASCULAR O endotélio vascular A CAMADA INTIMA é composta por endotélio vascular e tecido conjuntivo subjacentemente, separados da camada média por uma lâmina elástica interna. O endotélio vascular é formado por uma monocamada de células endoteliais (CEs) as quais desempenham múltiplas funções: Manutenção da barreira de permeabilidade Regulando a entrada e saída dos elementos sanguíneos através da parede do vaso. 2) Elaboração dos reguladores anticoagulantes, antitrombóticos e fibrinolíticos Inibindo a coagulação sanguínea intravascular pela produção de - Prostaciclina (PGI2) - Trombomodulina - Ativador de plasminogênio ESTRUTURA DA PAREDE VASCULAR O endotélio vascular 3) Produção de Matriz Extracelular (MEC) Induzindo a formação de tecido conectivo pela produção de - Colágeno - Proteoglicanos 4) Modulação do fluxo sanguíneo e da reatividade vascular Produzindo e induzindo substâncias vasoativas: - Vasoconstrictores: Endotelina (ET1), ECA - Vasodilatadores: Óxido nítrico (NO), Prostaciclina ESTRUTURA DA PAREDE VASCULAR O endotélio vascular 5) Regulação do crescimento celular Produzindo moléculas indutoras/inibidoras da proliferação celular - Estimuladores de crescimento: PDGF, CSF, FGF - Inibidores crescimento: heparina, TGF-b 6) Regulação da inflamação e da imunidade Produzindo citocinas de natureza diversa - IL-1, IL-6, quimiocinas - Moléculas de adesão: VCAM, ICAM, E-selectina, P-selectina - Antígenos de histocompatibilidade ESTRUTURA DA PAREDE VASCULAR O endotélio vascular Oxidação do colesterol LDL Estimulando a produção de radicais livres. O que acontece quando o endotélio é agredido por elementos da circulação?? A lesão vascular se inicia com uma lesão das CEs (“lesão endotelial”) e contribui para uma gama de patologias que inclui esteroesclerose, trombose e lesões vasculares hipertensivas. Pode ser de dois tipos: Lesão direta: rápida, curta duração (toxinas, queimaduras) Lesão dependente de leucócitos: tardia, longa duração (superóxidos, proteólise) Resulta numa resposta cicatricial estereotipada envolvendo a expansão da intima por proliferação das CMLs e síntese de uma nova MEC. A LESÃO VASCULAR Lâmina elástica interna Células musculares lisas A LESÃO VASCULAR O espessamento excessivo da camada intima pode resultar em estenose do lúmen do vaso, bloqueando o fluxo sanguíneo. Como uma lesão vascular pode levar a uma ateroesclerose?? ARTERIOESCLEROSE Literalmente, o termo ARTERIOESCLEROSE define qualquer processo de “endurecimento das artérias” (do grego Skleros = duro). Funcionalmente, a arterioesclerose é reflexo do espessamento e da perda de elasticidade da parede arterial. Há dois padrões bem definidos: 1) Arterioloesclerose: Afeta as pequenas artérias e arteríolas, associada a hipertensão e diabetes 2) Aterosclerose: padrão mais frequente e clinicamente mais importante ATEROSCLEROSE CAPA FIBROSA (Células musculares lisas, macrófagos, células espumosas, linfócitos, colágeno, elastina, proteoglicanos, neovascularização) CENTRO NECRÓTICO (Restos celulares, cristais de colesterol, células espumosas, cálcio) MÉDIA A ATEROSCLEROSE se caracteriza por lesões na camada intima chamadas ateromas (ou placa aterosclerótica). Ateromas são lesões sobrelevada com um centro pouco consistente, amarelado e grumoso, cheio de lipídeos (colesterol) coberto por uma cápsula fibrosa e firme. Como se forma um ateroma?? Etiopatologia ATEROSCLEROSE Endotélio Intima Média Adventicia 1. “Lesão” endotelial crônica Dano no endotélio por diversos fatores externos Hipótese de resposta à lesão: uma resposta inflamatória crônica da parede arterial à lesão endotelial Etiopatologia ATEROSCLEROSE Lesão endotelial Distúrbio hemodinâmico: turbulências causadas por mudanças na pressão arterial Lipídeos: Principalmente a Hipercolesterolemia que inclui Níveis elevados de LDL Níveis baixos de HDL e Níveis altos de Lipoproteína A. Os lipídeos oxidados são a principal causa dos transtornos. Inflamação: Geração de um estado inflamatório crônico mediado por macrófagos, linfócitos T e lipídeos oxidados, que promovem a migração e proliferação das CMLs e crescimento da MEC. Etiopatologia ATEROSCLEROSE 2. Disfunção endotelial (permeabilidade aumentada, adesão leucocitária) Adesão e emigração de monócitos Acúmulo de colesterol LDL na parede vascular Plaqueta Monócito Etiopatologia ATEROSCLEROSE 3. Ativação de macrófagos Recrutamento de células musculares lisas (CMLs) Adesão plaquetária Célula muscular lisa Etiopatologia ATEROSCLEROSE Linfócito T 4. Macrófagos e CMLs englobam os lipídeos (colesterol LDL) Transformação de macrófagos em “células espumosas” Formação de “estrias gordurosas” Estrias gordurosas Etiopatologia ATEROSCLEROSE Linfócito T Colágeno 5. Proliferação das células musculares lisas (CMLs) Produção de Matriz Extracelular (MEC), principalmente colágeno Acúmulo de lipídeos intracelulares (células espumosas e CMLs) e extracelular (efluxo mediado pelo colesterol HDL) Ateroma fibrogorduroso Restos lipídicos American Heart Association – 5 fases. Fase 1. lesões pequenas, em indivíduos com menos de 30 anos Fase 2. lesões ricas em gorduras e favoráveis à ruptura – AGUDA – risco de ruptura Fase 3. Transição – AGUDA – risco ruptura Fase 4. Grave lesão obstrutiva – AGUDA – risco obstrução Fase 5. lesão fibrótica e estável ATEROSCLEROSE História natural ATEROSCLEROSE História natural Por que se formam ateromas?? Fatores de risco ATEROSCLEROSE Os efeitos e consequências da ATEROSCLEROSE causam mais morbidade e mortalidade (50% das mortes) do que qualquer outra doença no mundo ocidental! Menos prevalente na América do Sul e Central, na África e na Ásia, no entanto há um crescimento constante. Fatores de risco ATEROSCLEROSE Fatores constitucionais Não podem ser controlados nem modificados Fatores adquiridos Potencialmente modificáveis, controláveis e/ou amenizáveis Fatores de risco ATEROSCLEROSE Fatores constitucionais Idade: a formação da placa aterosclerótica é um processo progressivo, porém não se manifesta clinicamente até atingir o limiar crítico (40-60 anos) Gênero: Mulheres pré-menopausa são menos sensíveis que homens na mesma idade. No entanto, pós menopausa chega a ser maior que homens. O papel da secreção de estrogênio é sugerido, porém discutível Genética: Predisposição familiar à aterosclerose, não entanto para o infarto ao miocárdio é multifatorial. A predisposição genética pode ser influenciada pela predisposição a outras doenças como DM e HAS Fatores de risco ATEROSCLEROSE Fatores adquiridos Hiperlipidêmica: mais especificamente Hipercolesterolemia, com aumento de LDL e diminuição de HDL. Consumo de gorduras saturadas ou trans. Hipertensão: A hipertensão pode aumentar em 60% os risco de infarto ao coração (IC). Se não tratada, 50% dos pacientes hipertensos ira morrer de IC e 30% de AVE Tabagismo: O tabagismo intenso e prolongado por anos aumenta em 200% o índice de morte por IC. Diabetes mellitus: O DM induz hipercolesterolemia e o IC é duas vezes maior em pacientes com DM. O risco de gangrena em diabéticos é 100 vezes maior na presença de aterosclerose. Fatores de risco ATEROSCLEROSE Os denominados fatores de risco múltiplo tem um efeito multiplicativo 2 fatores de risco 4 vezes a taxa de infarto ao miocárdio 3 fatoresde risco 7 vezes a taxa de infarto ao miocárdio DOENÇA CORONARIA EM SOLDADOS AMERICANOS NA GUERRA DA COREA ATEROSCLEROSE 300 soldados mortos, idade média 22 anos (18-48 anos). 77% tinham aterosclerose coronariana na autópsia. 3% tinham > 50% oclusões coronarianas. JAMA 1953; 152:1090-3 Não tem idade…. Como prevenira aterosclerose?? ATEROSCLEROSE Prevenção 1) Programas de Prevenção Primária Retardar a formação de ateroma e promover a regressão em pessoas sem complicações - Identificação de fatores de risco - Intervenções: Interrupção do tabagismo, controle da HAS, perda de peso, exercícios físicos e redução de colesterol LDL (uso de estatinas e dieta) - Deve começar antes da idade de maior risco (40-50 anos) ATEROSCLEROSE Prevenção 2) Programas de Prevenção Secundária Evitar a recidiva de eventos como infarto do miocárdio ou acidente vascular encefálico em pacientes sintomáticos. pessoas sem complicações - Uso criterioso de aspirina (agente antiplaquetário) estatinas e beta-bloqueadores para limitar a demanda cardíaca - Intervenções cirúrgicas (cirurgia de bypass coronário) image1.emf image2.emf image3.emf image4.emf image5.emf image6.emf image7.emf image8.emf image9.emf image10.emf Principais riscos Riscos menores, incertos ou não quantificáveis Não modificáveis Obesidade Aumento da idadeInatividade física Sexo masculinoEstresse Historia familiarDeficiência de estrogênio Anormalidades genéticasAlta ingestão de carboidratos Lipoproteina Potencialmente modificáveis e/ou controláveis Alta ingestão de gorduras (trans) insaturadas HiperlipidemiaInfeções Hipertensão crônica Tabagismo Diabetes Proteina C reativa image11.emf image12.jpeg image13.emf
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