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A E S T R A T É G I A M U N D I A L D E C O N S E R V A Ç Ã O D O S Z O O L Ó G I C O S E A Q U Á R I O S CO M P R O M E T E N D O -S E CO M A CO N S E R VAÇ ÃO WAZA é a voz de uma comunidade global de zoológicos e aquários e um catalisador para suas ações conjuntas de conservação D E C L A R A Ç Ã O D A M I S S à O GORILA-DA-MONTANHA RUANDA 4E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S A U T O R E S C O N T R I B U I D O R E S G E R A L | C r é d i t o s | A u t o r e s C o n t r i b u i d o r e s Título Comprometendo-se com a Conservação: A estratégia mundial de conservação dos zoológicos e aquários Editores Rick Barongi, Fiona A . Fisken, Martha Parker & Markus Gusset Editora Associação Mundial de Zoológicos e Aquários ( WAZA) Escritório Executivo, Gland, Suíça Tradução para o português Igor Oliveira Braga de Morais Revisão da tradução para o português Yara de Melo Barros Diagramação Thiago Reginato Apoio Parque das Aves Layout and Design Megan Farias, Houston Zoo, TX, USA Fotografia da capa Tartaruga-verde (Chelonia mydas) © idreamphoto Langur-de-canelas-cinzas (Pygathrix cinerea) © Joel Satore, Photo Ark Impressão Chas. P. Young, Houston, TX, USA Copyright © 2015 World Association of Zoos and Aquariums ( WAZA) Citação Barongi, R., Fisken, F. A ., Parker, M. & Gusset, M. (eds) (2015) Committing to Conservation: The World Zoo and Aquarium Conservation Strategy. Gland: WAZA Executive Office, 69 pp. Escritório Executivo WAZA IUCN Conservation Centre Rue Mauverney 28 CH-1196 Gland Switzerland secretariat@waza.org www.waza.org ISBN 9 7 8 -2 - 8 3 9 9 -1 6 9 4 - 3 Rick Barongi Houston Zoo, Houston, TX 77030, USA Jeffrey P. Bonner Saint Louis Zoo, St Louis, MO 63110, USA Paul Boyle Association of Zoos & Aquariums (AZA), Silver Spring, MD 20910, USA Steve Burns Zoo Boise, Boise, ID 83702, USA Onnie Byers IUCN SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG), Apple Valley, MN 55124, USA Gerald Dick World Association of Zoos and Aquariums ( WAZA) Executive Office, 1196 Gland, Switzerland Lesley Dickie IUCN Asian Species Action Partnership (ASAP), UK Fiona A. Fisken Zoological Society of London, London NW1 4RY, UK Suzanne Gendron Ocean Park Corporation, Aberdeen, Hong Kong, Special Administrative Region of the People’s Republic of China Jenny Gray Zoological Parks and Gardens Board of Victoria, Royal Melbourne Zoological Gardens, Parkville, VIC 3052, Australia Markus Gusset World Association of Zoos and Aquariums ( WAZA) Executive Office, 1196 Gland, Switzerland Heribert Hofer Leibniz Institute for Zoo and Wildlife Research (IZW ), 10315 Berlin, Germany Susan Hunt Zoological Parks Authority, Perth Zoo, South Perth, WA 6151, Australia Sonja Luz Wildlife Reserves Singapore ( WRS), Singapore 729826, Singapore Martha Parker Houston Zoo, Houston, TX 77030, USA Peter Riger Houston Zoo, Houston, TX 77030, USA C R É D I T O S G E R A L 0 4 | C r é d i t o s & A u t o r e s C o n t r i b u i d o r e s 0 6 | P r e f á c i o 0 7 | A p o i o 0 9 | S u m á r i o E x e c u t i v o 1 2 | A p e l o s a o s D i r e t o r e s d e Z o o l ó g i c o s e A q u á r i o s 1 6 C o m p r o m e t e n d o - s e c o m a C o n s e r v a ç ã o 2 2 C r i a n d o u m a C u l t u r a d a C o n s e r v a ç ã o 30 S a l v a n d o E s p é c i e s n a N a t u r e z a 36 C i ê n c i a e P e s q u i s a 44 E n g a j a m e n t o - I n f l u e n c i a n d o m u d a n ç a s d e c o m p o r t a m e n t o p e l a c o n s e r v a ç ã o 5 2 M a n e j o P o p u l a c i o n a l 58 O r g a n i z a ç õ e s c o n s e r v a c i o n i s t a s m o d e r n a s e B e m - E s t a r A n i m a A P Ê N D I C E 6 2 | B i b l i o g r a f i a 6 4 | S i g l a s e We b s i t e s 6 5 | G l o s s á r i o d e t e r m o s 6 7 | A g r a d e c i m e n t o s 6 8 | C r é d i t o s d a s f o t o g r a f i a s Í N D I C E Impresso com tintas à base de soja em papel 100% reciclado de resíduos pós-consumo Folhas translúcidas feitas com papel 30% reciclado de resíduos pós-consumo 6 7E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S C O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã OG E R A L | P r e f á c i o G E R A L | A p o i o Com mais de 700 milhões de visitantes anualmente passando pelos portões dos zoológicos e aquários do mundo, afiliados através de associações regionais da Associação Mundial de Zoos e Aquários (WAZA), as instituições zoológicas têm uma plataforma inigualável para envolver o grande público na conservação. Além disso, sabe-se bem que, por meio das suas coleções vivas, estas instituições contribuem significativamente para a pesquisa aplicada à conservação. A amplitude da investigação levada a cabo pelos zoológicos e aquários é verdadeiramente impressionante, da ciência comportamental ao aprendizado dos visitantes, e o impacto de tais pesquisas na conservação é bem reconhecido. Esta pesquisa é funda- mental para a proteção e preservação das nossas espécies mais ameaçadas. E, no entanto, dada a escala e a urgência dos desafios de conservação globais que enfrentamos – nada mais do que a crise de extinção já à nossa porta – não podemos esperar que os nossos zoológicos e aquários carreguem a responsabilidade da conservação sozinhos. Por isso, gostaria de parabenizar a WAZA por este documento tão oportuno e crucial – Comprometendo-se com a Conservação: A estratégia mundial de conservação dos zoológicos e aquários, que destaca o papel fundamental que os zoológicos e aquários podem desempenhar no apoio à conservação na natureza. A estratégia serve como um lembrete crucial que os visitantes que melhor entendem a conexão com a conservação na natureza são mais propensos a apoiar o trabalho dos zoológicos e aquários. A estratégia também é uma ferramenta importante para ser usada pelos profis- sionais que se esforçam para fazer a ponte entre o mundo dos zoos e aquários e a natureza. Muito trabalho já foi feito nesta frente. Vários membros da WAZA têm fornecido apoio financeiro fundamental para a conservação em campo, e investimentos significativos são feitos na conservação da vida selvagem todos os anos. A estratégia fornece a visão e ferramentas práticas para a ampliação desta abordagem e ajuda zoológicos e aquários a responder ao déficit de financiamento na conservação que permanece perigosamente amplo. A IUCN se orgulha de ter a WAZA como membro desde 1949. A WAZA tornou-se um parceiro essencial do “Global Species Programme”, do “Species Survival Commission” e da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Eu incentivo os membros da WAZA e outras instituições zoológicas afins a utilizar esta estratégia para assegurar uma riqueza de conhe- cimento e potencial para um engajamento público totalmente favorável à mais ampla missão de conservação. Inger Andersen Diretor-Geral, União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) Junho 2015 A biodiversidade do nosso planeta enfrenta ameaças crescentes do comércio ilegal da vida selvagem, mudanças climáticas e degradação do habitat. A única coisa em comum nestas ameaças é que estão todas relacionadas com “nós” como seres humanos e, portanto, o poder e a responsabilidade de mudar de rumo está em nossas mãos. A Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários destaca não só a importância da con- servação em campo das espécies, mas também mostra como zoológicos e aquários podem desempenhar um papel fundamental, encorajando as pessoas distantes da natureza a se tornarem mais engajadas em ações de conservação. Achim Steiner Diretor Executivo, Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) Os zoológicos e aquários têm evoluído de serem simplesmente atrações exóticas para priorizar a pesquisa, educaçãoe conservação em um grau em que agora desempenham vários papéis criticamente importantes. Através da campanha ‘Biodiversidade somos Nós’, a WAZA apóia os objetivos da Década das Nações Unidas sobre a Biodiversidade 2011-2020 e a realização das Metas de Aichi da Biodiversidade, por educar o público sobre a importância de salvaguardar a biodiversidade, e o que nós, como indivíduos, podemos fazer para protegê-la e usá-la de forma sustentável. A Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários tem uma abor- dagem holística, unificada, para a conservação ex situ e in situ. O crescente papel desempenhado pelos zoológicos e aquários não é apenas sobre cultivar apreço, empatia e conhecimento das criaturas vivas, mas também constitui uma parte central da conservação por, entre outras coisas, ajudar a proteger espécies da extinção e oferecer plataformas para pesquisas cruciais. Com as ameaças globais em curso para o meio ambiente, isso será mais importante do que nunca, e os zoológicos e aquários estão habilmente posicionados para apoiar iniciativas globais de conservação e para servir como portais através dos quais a sociedade pode se envolver na proteção ativa das populações selvagens. Braulio Ferreira de Souza Dias Secretário Executivo, Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) A Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários é oportuna e de grande relevância, uma vez que fornece instruções abrangentes para reforçar o papel dos zoológicos e aquários do mundo na conservação dos animais selvagens.A CITES e a WAZA for- malizaram a sua colaboração de longa data no apoio à implementação da CITES ao concluírem um Memorando de Entendimento em 2011. A WAZA e os seus membros têm experiência nas áreas de reprodução e cuidados com animais, marcação e rastreabilidade, transporte de ani- mais vivos, conservação in situ, uso sustentável, educação, treinamento e pesquisa, todos os quais são particularmente pertinentes à CITES. Há claramente um grande potencial para a WAZA em ajudar a fortalecer a CITES; por exemplo, através da prestação de assistência prática às partes, a partilha de “know-how” ou capacitação. Estamos satisfeitos que a estratégia exponha visões e recomendações que tocam em cima de cada uma dessas áreas, e espero que ela irá fornecer uma orientação mais prática para todos nós para os anos vindouros. John E. Scanlon Secretário-Geral, Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagens (CITES) A CMS saúda o papel que os zoológicos e aquários desempenham na conscientização sobre nossa vida selvagem em perigo e espécies migratórias. Melhorar a compreensão da comunidade sobre a importância da conservação internacional da vida selvagem é um papel impor- tante que a WAZA tem desempenhado ao longo dos últimos anos de colaboração com a CMS. Programas específicos entre a WAZA e a CMS incluíram as campanhas do Ano do Gorila (2009) e Ano do Morcego (2011-2012). A Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários é um bloco de construção vital para fortalecer ainda mais a contribuição feita pela comunidade dos zoos e aquários para a conser- vação global das espécies migratórias, e eu agradeço à WAZA por este importante trabalho. Bradnee Chambers Secretário Executivo, Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias da Fauna Selvagem (CMS) 8 9E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S C O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã OG E R A L | A p o i o G E R A L | S u m á r i o E x e c u t i v o A Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA) tem o prazer de entregar uma declaração atualizada e revigorada do imper- ativo que a nossa comunidade deve aumentar seu foco na criação de resultados positivos na conservação. Comprometendo-se com a Conservação: A estratégia mundial de conservação dos zoológicos e aquários é concisa e convincente. O objetivo é inspirar os líderes, equipes e apoiadores de nossas instituições, e promover um maior investimento intelectual e financeiro no conjunto multifacetado de atividades que podem ajudar a conter a maré aparentemente inexorável de perda da vida selvagem e habitat. Há muito tempo se afirmou que os zoológicos e aquários, com suas enormes audiências globais, estão numa posição única para efetuar a mudança posi- tiva. Menos frequentemente mencionado é que a falha em agir mais vigorosamente e efetivamente irá ameaçar o modelo de negócio e licença social que permitem que nossas instituições existam e prosperem. Esta estratégia fornece links para outros recursos e histórias de sucesso na conservação que permitirão à comunidade zoológica articular, planejar e implementar as melhores abordagens possíveis para a conservação, a fim de alcançar o seu pleno potencial. A Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários (2015) é integrada de forma mais eficaz com outras estratégias e iniciativas de conservação global, motivando zoológicos e aquários a colaborar, em vez de competir com outras organizações e agências afins. É tempo de os zoológicos e aquários maximizarem o seu impacto e se tornarem verdadeiros líderes da conservação nos esforços para salvar a vida selvagem e habitats. Lee Ehmke Presidente, Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA) 2013-2015 A Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas dá as boas vindas à Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários, que é rica em informações de boas práticas para ajudar a resolver alguns dos principais problemas de conservação em nosso mundo de desafios climáticos. As campanhas para conquistar os corações e mentes, como a campanha da WAZA ‘Biodiversidade somos Nós’, são a chave para fazer novos amigos e mais aliados são necessários de um mundo exterior pouco zeloso. Desejamos o maior sucesso em explicar as belezas deste planeta a um vasto público, e inspirar jovens e idosos a apoiar os esforços que podem ajudar a preservar espécies e reintroduzi-las na natureza quando existirem melhores condições. Eu espero que possamos juntar forças para fazer a importância das zonas úmidas ser proeminente em seu trabalho futuro, e agradecer a todos os indivíduos e organizações dedicados a trabalhar para salvar os animais em estado selvagem e sob cuidados humanos. Esta não é apenas a coisa certa a fazer, mas é exatamente o que o mundo vivo precisa que nós façamos. Christopher Briggs Secretário-Geral, Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas O ICOM NATHIST é um parceiro estratégico com a WAZA em reconhecimento ao papel fundamental que os zoológicos e aquários desem- penham na conservação in situ e na sobrevivência das espécies.Como os zoos e aquários, os museus de história natural são inerentemente aliados não só na criação de experiências para os visitantes que representam sistemas biológicos, mas também em sua oportunidade crucial para promover o espírito de conservação da vida selvagem ao público em geral. A Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários faz uma importante contribuição aos esforços globais para promover ecossistemas saudáveis e sustentabilidade ambiental. Um dos pontos fortes desta estratégia é o seu encorajamento em integrar atividades de conservação a todos os aspectos das operações do dia-a-dia. Esta consistência da mensagem para ambas as partes interessadas, internas e externas, garante a sua autenticidade e captação universal. A estratégia não é só oportuna, mas também muito necessária como uma declaração mundial de compromisso. É só por agir em conjunto que uma mensagem suficientemente forte pode ser manifestada e alcançar progressos tangíveis. Eric Dorfman Presidente, Conselho Internacional do Comitê para Museus e Coleções de História Natural (ICOM NATHIST); Diretor, Carnegie Museumof Natural History A Conservação Internacional apoia incondicionalmentea Estratégia Mundial de Conservação dos Zoológicos e Aquários. A estratégia dá testemunho do compromisso dos zoos e aquários pela conservação das espécies na natureza, bem como daquelas sob seus cuidados. Na verdade, eu vejo a natureza e o cativeiro não como construções separadas, mas como um processo contínuo através do qual todos devemos trabalhar para alcançar o sucesso na conservação a longo prazo. Os zoológicos e aquários estão intensificando o nosso desafio em comum de ajudar a construir um planeta mais saudável, mais próspero e mais produtivo - para o benefício de todos na Terra. Russ Mittermeier Vice-Presidente, Conservação Internacional Sagui-cabeça-de-algodão RESERVA NACIONAL DO NIASSA MOÇAMBIQUE 12E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S G E R A L | A p e l o a o s D i r e t o r e s d e Z o o l ó g i c o s e A q u á r i o s Esta abordagem equilibrada é a única maneira de lidar efetivamente com ameaças humanas às populações selvagens. Um fato importante que descobrimos desde 2005, quando a última estratégia de conservação da WAZA foi publicada, é que quando os visitantes entendem que os zoológicos e aquários estão trabalhando para salvar os animais em estado selvagem, o seu apoio a nós aumenta drasticamente. Portanto, a comunidade zoológica precisa demonstrar nosso compromisso de proteger espécies na natureza, ao mesmo tempo em que providencia o melhor em cuidados com os animais e em experiência dos visitantes no século XXI. Nossos compromissos de conservação também ajudam a reforçar a percepção dos zoos e aquários na mente dos oficiais de governo que promulgam e fazem cumprir as leis que afetam nossas operações. É essencial que nós ganhemos a confiança, a estima e o apoio das múltiplas autoridades que controlam e regulam as atividades que impactam diretamente o nosso futuro. Sendo profissionais de zoológicos que cuidam de animais nossa função prin- cipal, é fundamental que nós coloquemos prioridade mais alta em aumentar o nosso compromisso com a conservação das populações selvagens. Este enfoque enfatiza o porque de existimos, mas não altera o que somos. Nós nos tornamos parceiros ativos na conservação de campo, que trabalha em colaboração com as comunidades, outras instalações zoológicas e outras organizações similares voltadas para a conservação, mantendo-nos centros de aprendizagem informal que inspiram os visitantes a se conectar com o mundo natural. Nós somos ativos culturais e turísticos que proporcionam experiências convincentes aos visitantes. Como líder da sua instituição, há muitas demandas em seu tempo e atenção: manejo animal e questões de bem-estar animal; orçamentos e captação de recursos; relações internas e governamentais; serviços para os visitantes e questões de equipe; operações de negócios; mídia e publicidade; design e construção. Além disso, todos nós esperamos por economias fortes e tempo bom! Ninguém disse que seu trabalho era fácil, mas as prioridades de curto prazo não devem comprometer a nossa visão de longo prazo e nosso compromisso com a conservação... ou não haverá futuro. Os zoológicos e aquários devem ter um papel de liderança voltada à ação na conservação da vida selvagem. As instituições zoológicas devem criar planos de negócio sustentáveis para apoiar os esforços da conservação em campo, enquanto facilitam simultaneamente mudanças de comportamento em prol do ambiente. Sendo profissionais de zoológicos que cuidam de animais nossa função prin- cipal, é fundamental que nós coloquemos prioridade mais alta em aumentar o nosso compromisso com a conservação das pop- ulações selvagens”. Passo 1: Informar Educar suas autoridades governamentais e seus funcionários sobre o estado das populações selvagens de animais de forma regular e permanente, e demonstrar como cada um pode desempenhar um papel notável em reverter o declínio. 7 P A S S O S P A R A L I D E R A N Ç A N A C O N S E R VA Ç Ã O Passo 2: Missão Atualizar a declaração de missão e plano estratégico de seu zoológico ou aquário para incluir uma declaração de que a sua instituição existe para um propósito mais elevado: a conservação da vida selvagem; uma promessa de que a sua instituição irá destinar recursos para esse esforço; um plano para a criação de uma cultura de conservação entre seus funcionários, comunidades, autoridades governamentais e doadores que dê a todos a oportunidade de fazer uma diferença mensurável. Passo 3: Orçamento Avaliar o quanto sua instituição gasta atualmente na conservação in situ de acordo com a definição da WAZA de conservação, e comparar isso com as instituições regionais similares. Passo 4: Receitas Trabalhar com a equipe para identificar fluxos dedicados de receita que pode ser usados para programas de conservação em campo. Idealmente, estes são fluxos gerados tanto internamente (a partir dos orçamentos operacionais e eventos) e externamente (visitantes, doadores ou financiados pelo governo). Passo 5: Parcerias Alavancar recursos por colaboração e parcerias com outras instituições zoológicas, organizações conservacionistas, centros de ensino, órgãos governamentais e indivíduos com alto patrimônio líquido que compartilham a nossa paixão por animais e conservação. Passo 6: Prioridades Identificar e priorizar as espécies que lhe permitem empreender vitórias da conservação que demonstrem claramente o impacto que os animais em zoológicos e aquários têm sobre a nossa capacidade de salvar suas contrapartes selvagens. Conecte os seus animais com a conservação campo através de histórias pessoais de comprometimento organizacional, tanto financeiramente quanto com o conhecimento da equipe. Passo 7: Comunicação Desenvolver um plano de comunicação que seja positivo e pró-ativo sobre seus compromissos e ações. Cultive porta- vozes independentes e respeitados para levarem histórias da conservação aos visitantes, o resto da comunidade e a sociedade. Aprendizado e inspiração são apenas os primeiros passos pelos quais lutamos contra a extinção e, finalmente, salvamos animais em seus habitats selvagens. Nossa missão não está cumprida até que mudemos atitudes e comportamentos das pessoas, e elas se tornem defensores exemplares da conservação. O Índice Planeta Vivo no Relatório Planeta Vivo do WWF (2014) mostrou um declínio de mais de 50% nas populações de vertebrados do mundo entre 1970 e 2010, portanto, um compromisso conjunto para reforçar os nossos esforços de conservação não poderia ser mais urgente. Como o líder da sua instituição, existem sete passos que você pode tomar para tornar seu zoológico ou aquário uma organização de conservação respeitada publicamente e confiável. Aumentar o nosso compromisso com a conservação vai exigir que sejam feitas escolhas. No entanto, dado o estado alarmante das populações de espécies e habitats em estado selvagem, um aumento do compromisso com a conservação se torna a única escolha racional, ética e prática.Os zoos e aquários têm a opor- tunidade de focar melhor suas estratégias de negócios, e unirem-se para se tornar uma das maiores forças pela conservação da vida selvagem no mundo, tanto em termos de amplitude de programas e tamanho das despesas. Em todo o mundo, temos um potencial estimado para gerar US$ 1 bilhão por ano para a conservação, se nos comprometermos com os Sete Passos pela Liderança na Conservação. Trabalhando em conjunto, com os métodos proativos definidos na presente estratégia, podemos finalmente perceber o enorme potencial das nossas institu- ições zoológicas para se tornarem ‘potências da conservação’, universalmente respeitadas por todos os setores da sociedade. As perguntas não devem ofuscar o compromisso porque as recompensas superam os sacrifícios. No entanto, temos de agir agora, enquanto ainda há tempo para salvar as espécies e habitats queprezamos tanto. Atenciosamente, Rick Barongi Presidente, Comitê de Conservação e Sustentabilidade da WAZA Em nome do Conselho da WAZA (2015) Presidente Lee Ehmke, Houston (USA) Presidente Eleita Susan Hunt, Perth (Austrália) Presidente Anterior Imediato Jörg Junhold, Leipzig (Alemanha) Rick Barongi, Houston (USA) Kevin Bell, Chicago (USA) Lena Lindén, Hunnebostrand (Suécia) David Field, London (Reino Unido) Olivier Pagan, Basel (Suiça) Pat Simmons, Asheboro (USA) Jenny Gray, Melbourne (Austrália) Esta estratégia contém uma abundância de informações de boas práticas para ajudá-lo a lidar proativamente com as mudanças externas e internas que ocorrem em nosso mundo, e a vida selvagem em perigo que todos nós estamos dedicados a proteger.Comprometer mais recursos para salvar animais na natureza não é apenas a coisa certa a fazer, mas é isso que as nossas comunidades locais e globais esperam de nós. “ C O N S E R VA Ç Ã O ” (Conforme definido pela WAZA) Assegurar populações das espécies em habitats naturais a longo prazo. MASAI MARA, KENYA Instituições Zoológicas podem se tornar portais através dos quais a sociedade se torna conectada e envolvida com a conservação da vida selvagem. ELEFANTES AFRICANOS DELTA DO OKAWANGO, BOTSWANA 1716C O N S E R VAT I O N S T R AT E G Y | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q UA R I U M S Garantir o bem-estar de outras espécies é essencial se os seres humanos quiserem garantir o seu próprio. A qualidade da terra, ar e água não só afeta as popu- lações selvagens de animais e plantas, mas acabará por determinar o destino da humanidade também. Ações rápidas e eficazes devem ser tomadas para lidar com as profundas questões antropogênicas que confrontam os ecossistemas naturais, tais como as crescentes populações humanas, a contínua poluição e sobre-exploração dos recursos naturais e das mudanças climáticas. As ações humanas e as escolhas de estilo de vida estão ameaçando o planeta e as formas de vida que o habitam. Para preservar a diversidade de vida selvagem do mundo, os seres humanos devem mudar a forma como vivem, e como aplicam seu conhecimento e habilidades. No entanto, tem-se revelado extremamente difícil mobilizar e sustentar a vontade social e política necessárias para mudar o comportamento para o benefício dos animais e lugares selvagens. Enquanto muitos acreditam que as espécies e conservação do habitat são naturalmente valiosos, outros precisam ser convencidos da importância material da conservação da fauna e flora vivas.A estratégia-chave para alcançar a revolução necessária nas atitudes e comportamentos será reconectar o público com a natureza. As pessoas devem ser inspiradas a entender que a vida na Terra é frágil; que as espécies que compõem a vida no planeta dependem umas das outras para sobreviver; e que a sobrevivência humana depende das populações de espécies em ecossistemas naturais.Também deve ficar claro que a conservação das espécies tem um valor econômico: a diversidade de vida mais rica aumenta a oportunidade para descobertas médicas, desenvolvi- mento econômico e respostas adaptativas aos impactos ameaçadores das mudanças climáticas globais. Zoológicos e aquários aceitam prontamente a responsabilidade que vem com a manutenção e cuidado dos animais. • Fornecer o cuidado e manejo de fauna silvestre da mais alta qualidade dentro e entre instituições • Desenvolver e adaptar técnicas intensivas de manejo da vida selvagem para uso na proteção e preservação das espécies na natureza • Apoiar a pesquisa social e biológica voltada para a conservação • Liderar, apoiar e colaborar com programas de edu- cação que visem mudanças de comportamento da comunidade que tragam melhores resultados para a conservação • Usar as instalações zoológicas para prover as pop- ulações das espécies que mais necessitam de apoio genético e demográfico para a sua sobrevivência no estado selvagem • Promover e exemplificar práticas sustentáveis no manejo das populações de animais, as nossas insta- lações e o meio ambiente • Fornecer uma arena pública para discutir e debater os desafios que a sociedade enfrenta, como a aceleração da extinção e a degradação dos serviços dos ecoss- istemas são degradados • Atuar como centros de resgate e soltura de animais ameaçados que necessitam de ajuda imediata, com o melhor conhecimento e instalações para cuidar deles até que estejam aptos para voltar à vida selvagem • Ser um dos principais contribuintes de recursos intelec- tuais e financeiros para a conservação in situ • Fornecer liderança ética e moral N Ó S T E M O S O D E V E R D E Mais de 700 Milhões de Visitas A O S Z O O L Ó G I C O S E A Q U Á R I O S D E T O D O O M U N D O A C A DA A N O R E A L I Z A Ç Õ E S D A WA Z A Mais de 300 Membros da WAZA A O R E D O R D O M U N D O Mais de 350 Milhões de Dólares G A S T O S E M C O N S E R VA Ç Ã O DA V I DA S E LVA G E M T O D O O S A N O S V I S à O A Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA) representa uma comunidade global de instituições zoológicas unidas pelo cuidado e conservação da fauna e flora vivas. Este status é compartilhado, localmente e globalmente, com jardins botânicos, museus, áreas protegidas e comunidades em questão. Conservação bem sucedida significa que todas as espécies, incluindo a humanidade, prosperem em ecossistemas saudáveis e sustentáveis; isto é, assegurando populações de espécies em habitats naturais a longo prazo. C O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã O O PAPEL DOS ZOOLÓGICOS E AQUÁRIOS Os zoos e aquários (credenciados ou, caso contrário, membros designados de uma comunidade zoológica profissionalmente reconhecida) estão preparados de forma única para contribuir com a conservação bem sucedida das espécies e ecossistemas. Populações extensas e diversas de espécies são cuidadas por insti- tuições zoológicas, que atraem um elevado número de visitantes que são encantados e inspirados por esses encontros com a natureza. O poder social, político e financeiro coletivo dos zoológicos e aquários como uma comunidade, bem como o potencial impacto dessas vastas plateias, pode ser poderoso. Os zoos e aquários desfrutam de níveis abrangentes de credibilidade e confiança públicas, e proporcionam diversão e destinos intelectualmente estimulantes para visitantes de todas as idades. Todos os anos, cerca de 700 milhões de visitas são feitas em zoológicos e aquários que são membros de associações nacionais ou regionais ao redor do mundo. Incutir em todos os visitantes um forte sentimento de emoção sobre e um desejo de cuidar da vida na Terra irá criar uma plataforma sólida para cumprir a promessa de cuidar e conservar a vida selvagem. As instituições zoológicas estão numa posição única para utilizar uma das ciências sociais, a abordagem baseada em evidências para influenciar comporta- mentos em prol do ambiente. Esta estratégia fornece orientação, inspiração e acesso a um conjunto de técnicas concebidas para ajudar os zoológicos e aquários a responder aos desafios de mobilizar a vontade política e social em nome da vida selvagem, e abraçar as oportunidades disponíveis para facilitar uma maior realização do nosso potencial. Para conseguir isso, e para aumentar a eficácia dos esforços globais de conservação, os zoológicos e FALCÃO-DAS-MAURÍCIO ILHA MAURÍCIO 18 19E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S C O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã OC O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã O | U n i d o s p e l a C o n s e r v a ç ã o aquários estão cada vez mais adotando uma abordagem de Plano Unificado (One Plan Approach). Esta estrutura de planejamento de conservação reúne especial- istasda comunidade global dos zoos e aquários, representantes da comunidade local, agências governamentais, gestores da vida selvagem, organizações conser- vacionistas, cientistas e outros no desenvolvimento de estratégias de conservação para alcançar o objetivo comum de populações viáveis de espécies que prosperam em ecossistemas saudáveis. Através do Plano Unificado, todos os recursos dis- poníveis estão envolvidos na produção de um plano abrangente de conservação para cada espécie-alvo (veja Manejo Populacional). Esta abordagem integrada irá resultar em ações mais abrangentes, promover a inovação na conservação das espécies, cultivar uma maior colaboração entre as instituições zoológicas e com outras organizações conservacionistas, e permitir maior adaptabilidade em face das mudanças climáticas. Os zoos e aquários podem e devem se tornar modelos de conservação integrada (veja Criando uma Cultura da Conservação). Como especialistas em cuidar de animais, conservacionistas, educadores, comunicadores, defensores da vida sel- vagem e cientistas, os profissionais dos zoológicos e aquários também devem tornar-se poderosos agentes de mudança e incentivar a aplicação generalizada da abordagem unificada. As suas instituições devem abraçar o papel das organi- zações conservacionistas profissionais que operam de forma sustentável (veja Organizações conservacionistas modernas e Bem-Estar Animal). Cumprir essa responsabilidade nunca foi tão essencial. O Plano Unificado também exige que os animais mantidos em instituições zoológicas desempenhem um papel de conservação que beneficia contrapartes selvagens (veja Salvando Espécies na Natureza). A abordagem do plano unificado vincula pesquisadores em zoológicos e aquários com cientistas e conservacion- istas que trabalham diretamente com as populações selvagens (veja Ciência e Pesquisa). Da mesma forma, os esforços de educação e capacitação devem começar com zoos e aquários e expandir para influenciar a mudança de comportamento pela conservação na sociedade (veja Engajamento - Influenciando mudanças de M E T A S D E A I C H I D A B I O D I V E R S I D A D Ecomportamento pela conservação). As instituições zoológicas devem trabalhar em conjunto, e serem eficazes em parceria e colaboração com outras organizações conservacionistas para avaliar os impactos e advogar pela conservação da biodi- versidade. A parceria entre a “Amphibian Ark” (AArk), o Grupo de Especialistas em Anfíbios (ASG) da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a “Species Survival Commission” (SSC) e a “Survival Alliance Amphibian” (ASA) é um exemplo de uma abordagem de Plano Unificado. A visão coletiva destas organizações é ‘anfíbios seguros na natureza’. Suas missões — proteger anfíbios e os seus habitats através de parcerias dinâmicas em todo o mundo (ASA); for- necer a base científica para informar ações de conservação de anfíbios eficazes em todo o mundo (ASG); garantir a sobrevivência e diversidade de espécies de anfíbios focando naquelas que não podem estar atualmente a salvo em seus ambi- entes naturais (AArk) —trabalhar em sinergia para alcançar a visão coletiva.Os membros do ASG ao redor do mundo contribuem com seu conhecimento para a Avaliação de Necessidades de Conservação da AArk(CNA) em uma base país por país, bem como a Lista Vermelha da IUCN para anfíbios. A CNA identifica as espécies de alta prioridade para populações de segurança, e a AArk trabalha com instituições zoológicas e outras entidades no país para facilitar o estabelec- imento destas populações.A ASA centra-se na proteção dos habitats de modo que as populações de segurança possam, eventualmente, serem devolvidas à natureza. Por trabalharem em conjunto, as ligações são estabelecidas entre o excelente tra- balho de conservação que se passa nos zoológicos e aquários e a conservação das espécies em seus habitats nativos. UM CHAMADO À AÇÃO A necessidade de ação urgente é clara. O Plano Estratégico das Nações Unidas para a Biodiversidade 2011-2020, de longe o compromisso mais forte já feito por governos do mundo para combater a escalada da crise de extinção – inclui 20 metas, conhecidas coletivamente como as Metas de Aichi da Biodiversidade. Objetivo Estratégico A M E TA 1 - 4 Abordar as causas subjacentes da perda de biodiversidade através da integração da biodiversidade em todo o governo e sociedade Objetivo Estratégico B M E TA 5 - 1 0 Reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o uso sustentável Objetivo Estratégico D M E TA 1 4 - 1 6 Melhorar os benefícios para todos da biodiversidade e serviços ecossistêmicos Objetivos Estratégicos E M E TA 1 7 - 2 0 Reforçar a implementação através de um planejamento participativo, gestão do conhecimento e capacitação P L A N O U N I F I C A D O Objetivo Estratégico C M E TA 1 1 - 1 3 Melhorar a situação da biodiversidade através da salvaguarda dos ecossistemas, espécies e diversidade genética Juntas, elas fornecem uma estrutura para estancar a perda da biodiversidade. A maioria das organizações não-governamentais conservacionistas e convenções internacionais estão alinhando suas atividades com esses propósitos. Os associados da WAZA aprovaram o Plano Estratégico pela Biodiversidade na Conferência Anual de 2011. A WAZA e todos os seus zoológicos e aquários membros, e outras instituições zoológicas que querem conservar as espécies e os habitats, têm um papel potencialmente importante para desempenhar na realização de muitos destes propósitos. Como uma comunidade empenhada em educar as pessoas sobre as mudanças no mundo natural, os zoos e aquários devem agir de forma responsável e inspirar e mobilizar a sociedade para responder. Caso contrário, a maré de extinção, para ambas, seres humanos e as outras espécies, não será revertida. A visão para a WAZA e a comunidade global de instituições zoológicas também é clara. A WAZA apela a todos os zoos e aquários que adotem uma abordagem Plano Integrado para a conservação. O bem-estar animal e a conservação devem ser o propósito primordial e as instituições zoológicas devem ser guiadas por isso em tudo o que fazem (veja Apelo aos diretores de zoológicos e aquários).Com vastas populações de animais vivos, equipes dedicadas e talentosas, e audiên- cias extraordinariamente grandes, diversificadas e engajadas, os zoológicos e aquários têm o poder de facilitar o trabalho vital de cuidar e conservar animais selvagens vivos e ecossistemas. O futuro é promissor. Esta estratégia destina-se a ajudar a fazer essa promessa se tornar uma realidade. Se bem-sucedida, os zoológicos e aquários irão configurar entre as forças mais importantes pela conservação do planeta; um canal através do qual os visitantes e a sociedade podem ajudar a salvar espécies. Ainda mais importante, um progresso significativo será feito pela visão de todas as espécies prosperando em ecossistemas saudáveis. Definição: Planejamento integrado de conservação das espécies que considera todas as populações da espécie (dentro e fora da área de distribuição natural), em todas as condições de manejo, e envolve todas as partes e recursos responsáveis desde o início da iniciativa de planejamento de conservação. Ações de conservação para as populações na natureza Objetivo Comum Populações viáveis das espécies que prosperam em ecossistemas saudáveis. Ações de conservação para populações manejadas (Incluindo aquelas em zoológicos e aquários) E S T R AT É G I A I N T E G R A D A D E C O N S E R VA Ç Ã O D A S E S P É C I E S Funcionários Governamentais Proprietários de terras e Representantes das Comunidades Locais Profissionais de Zoológicos e Aquários Outras partes interessadas Membros dos Grupos de Especialistas da IUCN SSC Gestores da Vida Selvagem Pinguin-africano ORANGOTANGO HOUSTON ZOO, TEXAS, EUA 2322C O N S E R VAT I O N S T R AT E G Y |W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q UA R I U M S A conservação é frequentemente discutida em termos de ciência ou recursos financeiros. No entanto, a conservação da natureza é realmente sobre proteger e restaurar os recursos naturais, incluindo espécies, e as pessoas são uma ferramenta que pode ser usada para remeter a conservação efetiva. A percepção do que é importante na vida dos indivíduos, o valor intrínseco que a natureza tem para eles, e os relacionamentos, ambos próximos e distantes, entre grupos de pessoas, são todos parte dessa ferramenta. A “vontade” de qualquer indivíduo, grupo, instituição, comunidade ou país para realizar a conservação começa com atitude, que é então colocada em prática com a ação. Ao ajudar a criar uma cultura da conservação na sociedade, os zoológicos e aquários são uma parte integrante do processo para gerar a atitude e a vontade necessárias para salvar as espécies e manter ecossistemas saudáveis. Os zoos e aquários encontram centenas de milhares de pessoas todos os dias e são geralmente integrados em comunidades locais de uma forma que outras organizações conservacionistas podem apenas invejar, ou seja, as instituições zoológicas estão numa posição ideal para ajudar a implementar a Meta 1 de Aichi da Biodiversidade.Os zoológicos e aquários fazem uma contribuição positiva a este objetivo, mas eles são estratégicos na forma de abordar a ideia de criar uma cultura da conservação? Há três grupos distintos que devem ser comunicados de forma regular, a fim de construir uma cultura da conservação: (1) equipe e autoridades governa- mentais, que formam a base sobre a qual a cultura da conservação é construída, (2) os visitantes, que podem construir sobre essa base e fornecer acesso à (3) comunidade em geral, dando aos zoológicos e aquários a oportunidade de interagir e dialogar com V I S à O Ao ajudar a criar uma cultura da conservação em nossas comunidades, os zoológicos e aquários são uma parte vital do processo de geração de atitude e serão necessários para salvar as espécies e manter os ecossistemas saudáveis. Criar uma cultura da conservação exige linhas claras de comunicação a toda a equipe sobre o trabalho de conservação em curso, e celebrações de sucesso quando os objetivos da conservação sejam alcançados. os valores das sociedades em que operam para bene- ficiar a conservação. ZOOLÓGICOS E AQUÁRIOS A equipe, conselhos e diretoria de instituições zoológicas devem ser totalmente comprometidos com a conservação do mundo natural, a fim de inspirar outros a se envolverem com este objetivo. Este compromisso é geralmente evidente naqueles que trabalham em departamentos de animais ou da equipe científica, que muitas vezes já são conser- vacionistas dedicados com uma longa história de valorização da natureza desde a infância. No entanto, para ser verdadeiramente bem sucedido, este “ethos” e a ética do cuidado com o mundo natural devem ser incorporados em todos os departamentos. Desde o membro da equipe que, inicialmente, recebe os visitantes na entrada, até o fornecedor que provi- dencia o almoço e o faxineiro que deixa certos chãos como novos, cada visitante deve sentir que esta é uma equipe comprometida com a causa comum da conservação. Liderança (CEO/diretor e conselho/diretoria ) é essencial para garantir que tempo e esforço sejam gastos criando um “ethos” interno para garantir que todos na instituição sejam comprometidos com a conservação. Um programa de treinamento sobre conservação para todos os funcionários (de preferência um que se repita ou seja reforçado peri- odicamente) é fundamental. Criar uma cultura da conservação requer linhas claras de comunicação a todo o pessoal sobre o trabalho de conservação em curso, e celebrações de sucesso quando os objetivos da conservação sejam alcançados. O objetivo é que todos os funcionários se orgulhem de fazer parte de quais- quer triunfos da conservação, compartilhando-os Uma pesquisa recente da Associação de Zoos e Aquários (AZA) interrogou as pessoas sobre os seus pontos de vista sobre os jardins zoológicos e aquários. Alguns foram convidados a se posicionar em uma das três categorias: aqueles que não têm nenhuma objeção a manutenção dos animais em zoológicos e aquários (SIM), aqueles que disseram que estava tudo bem manter alguns animais, mas não determinadas espécies muito grandes ou inteligentes (TALVEZ), e aqueles que disseram que os animais nunca devem ser mantidos em zoológicos ou aquários (NÃO). Outros receberam primeiro uma descrição do trabalho de conservação sendo realizado em conjunto por instituições membros da AZA. Para os visitantes com idades entre 18 e 35 que não receberam nenhuma descrição sobre os trabalhos de conservação, 25% não tinham objeções, 51% tiveram algumas objeções e 24% disseram que os animais nunca devem ser mantidos em jardins zoológicos ou aquários. No entanto, para os entrevistados que tinham sido dadas a descrição dos trabalhos de con- servação em primeiro lugar, 69% não tinha objeções, 26% tiveram algumas objeções, enquanto apenas 5% disseram que os animais nunca devem ser mantidos em instituições zoológicas. L E VA N T A M E N T O N O S Z O O L Ó G I C O S E A Q U Á R I O S C R I A N D O U M A C U LT U R A D A C O N S E R VA Ç Ã O UNIDOS PELO MEIO AMBIENTE PARQUE NACIONAL DE KIBALE, UGANDA Objetivo Estratégico A: Resolver as causas subjacentes da perda de biodiversidade através da integração da biodiversidade em todo o governo e da sociedade. Meta 1: Em 2020, o mais tardar, as pessoas estão cientes dos valores da biodiversidade e as medidas que podem tomar para conservar e utilizar de forma sustentável. Visitantes com idade entre 18 e 35 que não receberam nenhuma descrição sobre o trabalho de conservação Visitantes com idade entre 18 e 35 que receberam descrição sobre o trabalho de conservação S I M TA LV E Z N à O A I C H I B I O D I V E R S I T Y TA R G E T 1 24 25E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S C O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã OC R I A N D O U M A C U LT U R A D A C O N S E R VA Ç Ã O | C o n s e r v a ç ã o l e v a a C o n v e r s a s com familiares próximos e conhecidos na comunidade em geral. Os membros das autoridades governamentais em zoológicos e aquários não são necessariamente cientistas, mas podem ser líderes de negócios, advogados, ban- queiros e outros profissionais, incluindo funcionários do governo nacional ou regional. Os zoos e aquários têm de investir na educação de seus governantes, levando-os para fora da sala de reuniões e para o campo, a fim de obter o seu apoio e estabelecer uma visão compartilhada da conservação que possa ser divulgada a toda a comunidade. Esta cultura de conservação deve ser predominante cada vez que um novo empreendimento está previsto dentro de uma instituição. A questão crucial – “Como é que esta nova experiência planejada ajuda a instituição a alcançar suas metas de conservação?” – deve ser feita por todos os departamentos.O plano diretor deve facilitar a abordagem unificada por orquestrar o plano estratégico de conservação em relação à construção da infra-estrutura e instalações para programas de conservação, e o engajamento da experiência dos visitante com as atividades de conservação. Ao planejar novos desenvolvimentos, todas as partes envolvidas, desde a instituição até os designers, construtores e fornecedores de materiais, devem questionar seu papel na conservação. A indústria da construção civil (construção e operação combinadas) consome mais energia do que qualquer outro setor e está entre os maiores contribuintes para a mudança climática. No entanto, usando recursos renováveis e tecnologias de construção sustentável no local é possível construirfavorecendo um consumo zero de energia (líquido) e uma pegada de carbono mínima.Métodos inovadores, tais como a Máquina Viva, podem reduzir os sistemas de suporte à vida de energia intensiva e manter espécies alojadas no clima local reduzindo a pegada de car- bono.A abordagem de plano unificado também deve ser implementada quando selecionar as espécies para ter certeza de que qualquer novo desenvolvimento pode e faz conexão com e para apoiar o trabalho de conservação em estado sel- vagem e as espécies com maior necessidade de conservação. As ações devem refletir os valores ao criar uma cultura da conservação. VISITANTES Uma vez que a base de uma cultura interna da conservação foi criada, a atenção deve ser voltada para os visitantes. Essencialmente, as pessoas devem entender e acreditar que a visita a uma instituição zoológica ajuda a salvar animais em estado selvagem. No entanto, em vez de os visitantes verem os animais no zoológico ou aquário, compreendendo as atividades de conservação da instituição, e partindo felizes e contentes de que não há mais nada a ser feito, eles devem aprender o suficiente para se sentirem inspirados e motivados a se tornarem partidários ativos de instituições zoológicas e defensores da conservação. Criar este ambi- ente não é simplesmente uma questão de fornecer placas informativas, por mais importantes que sejam; os visitantes devem estar envolvidos, aplicando todo o conhecimento que foi acumulado a partir de um corpo crescente de trabalhos em psicologia da conservação (veja Engajamento - Influenciando mudanças de comportamento pela conservação). A informação fornecida aos visitantes que caminham pelas instituições zoológicas deve ser clara, ajudando-os a se envolver com quaisquer trabalhos contínuos de conservação relacionados com as espécies na frente deles e destacando como eles podem se envolver.É essencial para atingir não só as mentes, mas também os corações dos visitantes. Contando com funcionários e voluntários para contar histórias de conservação para os visitantes é uma forma eficaz de conectar os ani- mais em zoológicos e aquários aos programas de conservação em campo. Tais histórias podem ser usadas para estimular os visitantes sobre os esforços e sucessos da conservação, encorajando-os a tomar medidas diretas pela conservação em suas próprias vidas diárias. O compromisso institucional pela conservação deve ser evidente para os visi- tantes quando eles andam pelas trilhas. Os zoológicos e aquários proporcionam aos visitantes a oportunidade de praticar ações de conservação que podem ser repetidas em suas vidas diárias .Durante uma visita, deve ser fácil para eles reci- clarem resíduos, escolher restaurantes onde a comida tenha sido eticamente obtida e seja sustentável, e comprar mercadorias da loja sabendo sobre essas novas metas de conservação, todos os quais são aspectos importantes na criação da cultura da conservação. A identificação de maneiras de envolver os visi- tantes em ações que reforçam a sua própria consciência de evitar o desperdício irá ajudá-los a atingir pequenas ações de conservação que se desenvolvem em compromissos conservacionistas a longo prazo. Experiências e oportunidades para os visitantes contribuírem diretamente pela conservação das espécies na natureza devem ser criadas usando uma estrutura de mensagens da conservação, apoiada por ferramentas e técnicas de mudança de comportamento. Os zoos e aquários podem ser laboratórios vivos onde os visitantes vêem um mundo concebido para a conservação. Os edifícios devem destacar práticas de construção sustentável e dar o exemplo na redução da pegada de carbono. Por exemplo, a paisagem ao redor das instalações zoológicas deve demonstrar aos visitantes como os seus gramados, parques e cidades poderiam parecer, se fossem tomadas medidas para melhorar a qualidade da água, com infra-estru- tura verde, como “bioswales” (elementos da paisagem que removem lodo e a poluição da superfície da água), ecossistemas saudáveis sem espécies invasoras, e habitat para a fauna e flora nativas. Informação por si só não cria mudança; a cultura é transmitida através da experiência e participação. A COMUNIDADE EM GERAL Uma vez que existe uma forte cultura interna da conservação dentro de uma instituição, e uma comunidade de visitantes comprometidos com a conservação tenha sido criada, será necessário envolver-se com pessoas e organizações fora do SUPERIOR DIREITO: WOODLAND PARK ZOO, WASHINGTON, EUA “Zoo Doo”é uma mistura completa de compostagem de estercos misturados com cama de palha, grama, folhas e lascas de madeira dos terrenos do zoológico. INFERIOR DIREITO: VIENNA ZOO, ÁUSTRIA A usina de energia solar instalada no telhado dos apo- sentos dos elefantes produz cerca de 90 megawatts por hora de energia por ano. INFERIOR ESQUERDO: CINCINNATI ZOO & BOTANICAL GARDEN, OHIO, EUA O Cincinnati Zoo instalou um telhado verde em seu “GiraffeRidge Barn” como parte de sua iniciativa verde institucional O S N Í V E I S D E I N F L U Ê N C I A Construir uma cultura da conservação ocorre através de uma comunicação constante com três grupos distintos. E Q U I P E E A U T O R I DA D E S G O V. V I S I T O TA N T E S A C O M U N I DA D E E M G E R A L 26 27E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S C O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã OC R I A N D O U M A C U LT U R A D A C O N S E R VA Ç Ã O | C o n s e r v a ç ã o l e v a a C o n v e r s a s perímetro do zoo. Os zoos e aquários são parte de uma sociedade mais ampla, onde a sua influência pode ser usada para criar uma cultura da conservação.Vizinhos, fornecedores, governos locais, regionais e nacionais, a mídia e outros parceiros voltados para a conservação estão todos lá para interagir com isso. Estratégias de engajamento público bem planejadas e mensagens conservacionistas integradas podem ser utilizadas de forma eficaz para aumentar a consciência social dos esforços específicos de conservação, e a mídia social torna possível divulgar tais informações amplamente. Em qualquer comunidade onde uma instituição zoológica está localizada, haverá uma variedade de vizinhos corporativos com os quais se engajar. Como pro- dutos ambientalmente amigáveis são cada vez mais incorporados em operações zoológicas, as metas, o progresso e as experiências devem ser compartilhados com as empresas locais na comunidade.Estas podem se tornar-se novos fornecedores ou parceiros para disseminar a mensagem e ações de conservação mais longe. A opor- tunidade deve ser aproveitada para trabalhar com a loja de tintas do outro lado da rua para incentivá-los a usar tintas amigas do ambiente ou do centro de jardinagem local para desenvolver informação facilmente acessível sobre plantas invasoras para seus clientes. Os zoológicos e aquários podem se desenvolver como centros locais de práticas conservacionistas, usando declarações políticas para proclamar a mensagem da conservação para a sociedade. Ao convidar vizinhos corporativos e não corporativos às instituições zoológicas para participar de eventos sociais e funções que destacam questões específicas, relações de conservacionistas novas e não-tradicionais serão criadas, proporcionando mais oportunidades de trabalhar juntos para mudar a cultura da comunidade. Entre todos os zoológicos e aquários em associações organizadas há um poderoso grupo de ‘compras’. Ativismo na cadeia de fornecimento está começando a ser eficaz em questões como o óleo de palma, alimentação sustentável para animais e seres humanos em instituições zoológicas, e materiais de construção.Esforços individuais podem ser reforçados por zoológicos e aquários que se unem para trabalhar com os vizinhos e salientar a necessidade para os fornecedoresque materiais de origem mais ética e sustentável para uso em organizações conservacionistas, enviando assim uma mensagem poderosa aos visitantes e a comunidade em geral. A mídia local e nacional estão sempre dispostas a imprimir imagens de animais jovens – e imagens poderosas podem contar histórias convincentes – mas qualquer interação com os meios de comunicação para falar sobre a conservação deve ser usada para que as pessoas saibam que um zoológico ou aquário moderno profis- sional é mais do que um dia agradável. A conservação é uma história emocionante. Um dos aspectos mais importantes de toda a comunidade é a interação com os representantes eleitos e a defesa da natureza que pode ser gerada. Se uma cul- tura da conservação bem sucedida é criada na equipe, visitantes e vizinhos na comunidade em geral, este grupo de pessoas irá exigir coletivamente que a con- servação seja maior na agenda política - se zoológicos e aquários fornecerem as ferramentas certas. Um primeiro passo é desenvolver uma forte relação entre a instituição zoológica e representantes governamentais locais. Uma maneira simples de captar a sua atenção é destacar o impacto econômico que uma insti- tuição zoológica tem na comunidade. Essa conversa pode, então, transitar para uma discussão sobre a conservação. Os políticos devem ser convidados para zoológicos e aquários de forma regular, e deve ser mostrado o que essas institu- ições estão fazendo pela sociedade e para a natureza. CONCLUSÃO A conservação leva a conversas – entre indivíduos, grupos, comunidades e países. Coalizões locais de instituições zoológicas, jardins botânicos, museus e universi- dades podem ajudar com um foco qualquer na biodiversidade local ou um projeto global.Por engendrar uma cultura da conservação em todos os aspectos das oper- ações, os zoos e aquários ajudam a fazer as conversas importantes acontecerem. Ser estratégico sobre como criar essa cultura da conservação e compreender como a transmissão cultural tem lugar será a chave para um futuro conservacionista otimista. RECOMENDAÇÕES • Fale sobre a conservação em toda a instituição, inclusive com a equipe, voluntários, órgãos governamentais, conselho, curadores, visitantes e a comunidade em geral, e incorpore técnicas comprovadas de ciências sociais para facilitar a adoção de comportamentos em prol do ambiente que reduzam os impactos humanos sobre as populações selvagens. • Envolva os vizinhos corporativos e fornecedores, a fim de transmitir a mensagem da conservação e promover a sustentabilidade na cadeia de abastecimento, inclu- indo um compromisso pela criação de ambientes verdes sustentáveis. • Use contatos na mídia para difundir a mensagem da conservação. • Estabeleça relações com os membros locais do governo, convidando-os para a ZOOS VICTORIA, AUSTRÁLIA Criar uma cultura da conservação entre os visitantes das instituições zoológicas começa por conectá-los aos animais, excitando-os sobre os esforços e sucessos da conservação, e encora- jando-os a tomar medidas diretas pela vida selvagem em suas próprias vidas diárias. Bisão-americano HOUSTON ZOO, TX, USA Exibição sobre telefones celu- lares mostrando aos visitantes de onde os componentes para os eletrônicos vêm e como reciclar um celular prolonga a vida dos telefones utilizáveis, diminuindo assim a neces- sidade de mais mineração de mais coltan. Do mesmo modo que educa os visitantes, especialmente as crianças, sobre a ligação entre celulares e gorilas com 80%do coltan (columbita-tantalita)/tântalo em dispositivos eletrônicos sendo extraído na República Democrática do Congo. Esta região é também um habitat primordial dos gorilas. instituição e a advogar pela conservação. • Divulgar cada sucesso, ainda que pequena, para endossar a missão e status do zoológico ou aquário na comunidade. TARTARUGA DE COURO ILHA BIOKO, GUINÉ EQUATORIAL 3130C O N S E R VAT I O N S T R AT E G Y | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q UA R I U M S V I S à O Os zoos e aquários são redefinidos pela sociedade como organizações que salvam as populações de espécies na natureza, enquanto fornecem os mais altos padrões de cuidado e bem-estar para os animais residentes e proporcionam experiências excepcionais e de mudança de comportamento aos visitantes. Muitos zoológicos e aquários modernos acreditados estão trabalhando para se certificar de que a gama de espécies que cuidam são apoiadas por ações de con- servação significativas ligadas à sobrevivência das espécies em estado selvagem. Enquanto os recursos não podem estender-se a fornecer suporte para todas as espécies, as ações de conservação tomadas para as populações mais ameaçadas terão um impacto positivo sobre todas as espécies dentro desse habitat.A estratégia pró-ativa seria por fornecer exemplos cristalinos do papel essencial que as instituições zoológicas desempenham na proteção das espécies na natureza. Conectar experiências com os animais em instalações zoológicas à conservação in situ está agora sendo efetivamente confirmada com uma abordagem de Plano Unificado pela conservação das espécies. Coletar informação que é necessária para medir o impacto do poder coletivo das organizações zoológicas para salvar animais é crucial. A maneira com que os zoos e aquários coletam informações para quantificar o impacto de suas atividades de conservação é uma disciplina emergente.Serem reconhecidas como organizações conservacionistas baseadas em resultados irá atrair uma ampla base de membros e doadores, proporcionando a justificativa dos negócios para apoiar os programas de conservação em campo. No entanto, as instituições que conduzem a missão têm responsabilidades adicionais. Os zoos e aquários são centros de recursos conservacionistas que recrutam, treinam e endossam equipes para apoiar os esforços de conservação fora de suas instalações (veja Apelo aos diretores de zoológicos e aquários). Coletivamente, os zoológicos e aquários membros da AZA empregam mais especialistas em neonatologia de animais selvagens, veterinários e cientistas do que qualquer outra organização conservacionista. As habilidades e técnicas de manejo de pequenas populações (por exemplo, base de coleta de dados fisiológicos, aplicação de tecnologia para necessidades de pesquisa no campo, medicina da conservação) adquiridas em instalações zoológicas podem ser fundamentais para ajudar as avaliações de espécies da Lista Vermelha da IUCN e os planos estratégicos, os governos locais, parques nacionais e res- ervas a formular planos de manejo a longo prazo e estratégias para proteger populações reduzidas e fragmentadas na natureza. A resposta mais eficaz à crise de extinção será uma entidade internacional de conservação coerente (zoológicos e aquários que trabalham com outras organizações conservacioni- stas) que apoia e amplia áreas protegidas existentes e protege áreas protegidas adicionais para o futuro. A saúde da vida selvagem (incluindo a pesquisa e perícia veterinária) é uma questão importante para a conservação das populações selvagens (veja Ciência e Pesquisa). Doenças novas e emergentes e patógenos estão se tor- nando uma preocupação urgente, simbolizados pelos declínios catastróficos em anfíbios (quitridiomicose) e as pandemias que ameaçam os seres humanos e animais (por exemplo, doença do vírus Ebola, a gripe aviária, síndrome respiratória aguda grave). Os indivíduos selecionados para a reintrodução ou translocações requerem testes, tratamentos e avaliações para ter certeza de que os animais podem ser movidos com segurança entre habitats e países sem espalhar ou introduzir doenças. Como as ameaças ambientais se tornam cada vez maiores, os zoológicos e aquários estão idealmente posicionados para serem campeões das espécies. GORILLA DOCTORS Equipe de veterinários da Gorilla Doctors cuida de gorilas sel- vagens em Ruanda, Uganda e na República Democráticado Congo S A LVA N D O E S P É C I E S A M E A Ç A D A S MARMOTA DA ILHA DE VANCOUVER ILHA DE VANCOUVER, COLUMBIA BRITÂNICA, CANADÁ Com mais de 13.000 espécies sob o cuidado de instituições zoológicas, um esforço concentrado para melhorar e estudar estas populações terá conse- quências significativas para a futura sobrevivência das populações selvagens. Animais em zoológicos e aquários agem como embaixadores que, se aproveit- ados de forma eficaz, podem proporcionar impacto e alcance do apoio que a comunidade de zoos e aquários fornece para a conservação da vida selvagem. É essencial prover os visitantes com explicações claras sobre o impacto que a conservação no seu comportamento diário está tendo sobre as populações sel- vagens, tanto local como globalmente, e focar-se em campanhas de mudança do comportamento sobre quais destas mudanças serão mais positivas para a conservação da biodiversidade. As instituições zoológicas já estão desempenhando um papel importante na conservação global de espécies e isso irá crescer à medida que as suas missões conservacionistas são integradas em todos os aspectos das operações. A abor- dagem de Plano Unificado se baseia nos pontos fortes e motivações para conectar-se sinergicamente todos os conjuntos de habilidades e experiência 32 33E S T R AT É G I A D E C O N S E R VA Ç Ã O | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q U A R I U M S C O M P R O M E T E N D O - S E C O M A C O N S E R VA Ç Ã OS A LVA N D O E S P É C I E S A M E A Ç A D A S | C o n s e g u i n d o u m P l a n e t a m a s S a u d á v e l das equipes dos zoos e aquários aos indivíduos e organizações que trabalham no campo. Avanços em cuidados com os animais e pesquisa com populações pequenas intensamente manejadas em instalações zoológicas estão sendo aplicados a questões globais maiores. Agir como ‘arcas’ ou reservatórios para facilitar a substituição de populações selvagens extintas é um meio pelo qual os zoológicos e aquários conseguem a conservação das espécies, e não um objetivo em si. No entanto, as populações de espécies na natureza, mesmo em áreas protegidas, estão em declínio, e é preciso tempo para estabelecer protocolos confiáveis para o manejo e criação de animais selvagens. Os zoos e aquários têm agido como “salva-vidas” pela sobrevivência e subsequente reintrodução de indivíduos criados em zoológicos e aquários, impedindo a extinção de algumas espécies. Entretanto, as insti- tuições zoológicas podem desempenhar um papel ainda maior, protegendo espécies selvagens em seus habitats naturais. Por muitas razões, é preferível manejar populações de forma proativa antes que seus números diminuam vertiginosamente ou desapareçam completamente da natureza, e apoiar as espécies saudáveis para que elas permaneçam resistentes em face das ameaças. A capacidade de prever problemas de conservação de espécies pode muito bem diminuir à medida que o tempo passa e a ecologia no mundo dominado pelo homem torna-se mais complexa.No entanto, a conservação é algo que os jardins zoológicos e aquários estão equipados para realizar, e essa habilidade deve ser expandida para ter certeza de que possa ser usada no futuro, se a situ- ação na natureza se tornar crítica. As Diretrizes sobre o Uso do Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies da SSC/IUCN delineiam uma ampla var- iedade de formas com que os programas dos zoos e aquários podem contribuir para a conservação. A comunidade zoológica é um local perfeito para a implementação e alcance de algumas das metas de Aichi da Biodiversidade, a fim de conseguir um planeta mais saudável para todas as pessoas e animais. Para alinhar nossas atividades de con- servação com a Meta 12 de Aichi da Biodiversidade , um levantamento recente liderado pela WAZA identificou questões emergentes com potencial impacto sobre a conservação de espécies ameaçada até 2020, de forma importante para os toma- dores de decisão e os profissionais em zoológicos e aquários. Alguns cientistas e conservacionistas globais já estão convencidos de que não há áreas selvagens reais restantes, com cada ecossistema sendo afetado pelas atividades humanas. Isso torna um caso ainda mais forte pela importância da participação de zoológicos e aquários em influenciar governos em todos os níveis e em atividades de gestão sus- tentável pelos habitats naturais, incluindo o fornecimento de habitat para espécies nativas selvagens dentro e em torno dos terrenos das instituições, e em iniciativas de ciência cidadã. O manejo de habitat deve ser realizado por equipes cooperativas de zoológicos e aquários com competências complementares em água, vegetação, espécies invasoras e desenvolvimento da comunidade. Restaurar, expandir, criar e proteger habitat são fundamentais para nossa capacidade de salvar as espécies em CONSERVATION FUSION, MADAGASCAR As comunidades locais participam nos esforços de refloresta- mento em Madagáscar para preservar o habitat dos lêmures. estado selvagem a longo prazo. A conservação da vida selvagem não é apenas sobre como salvar os animais, mas também é simultaneamente dirigida a melhorar a vida e a saúde das comuni- dades locais que compartilham os mesmos recursos e ecossistemas. Educar e capacitar as pessoas da linha de frente para identificar as ameaças crescentes e mitigar os conflitos humanos-vida selvagem deve ser uma prioridade em qualquer estratégia de conservação a longo prazo. Programas holísticos de desenvolvimento sustentável, com incentivos econômicos que se concentram em questões de qualidade de vida são cruciais para o sucesso de qualquer inicia- tiva de conservação. Para assegurar que os esforços coletivos das instituições zoológicas estão tendo um efeito significativo sobre o salvamento de animais e habitats, os biólogos dos zoos e aquários desenvolveram metodologias de avaliação de impacto; por exemplo, a Ferramenta do Impacto do Projeto de Conservação, projetada para fornecer um formato padronizado fácil para resumir as realizações do projeto e progresso. A WAZA tem usado esses critérios para avaliar a eficácia de projetos de conservação financiados pela WAZA, mostrando que os projetos avaliados estão ajudando a melhorar o estado de conservação de espécies altamente ameaçadas e habitats em regiões ricas em biodiversidade do mundo.O esquema de financiamento de pro- jetos da WAZA, com mais de 250 projetos, serve para mostrar o que os zoológicos e aquários fazem pela conservação da vida selvagem. Aproveitar os quadros de gestão e tomadas de decisão adaptativas adotadas por outras organizações conservacioni- stas também é apropriado. É importante que nós meçamos os impactos individuais e coletivos de salvar animais em estado selvagem, para demonstrar que os jardins Objetivo Estratégico C: Melhorar a situação da biodiversidade através da salvaguarda dos ecossistemas, espécies e diversidade genética. Meta 12: Até 2020, a extinção de espécies ameaçadas conhecidas foi evitada e seu estado de conservação, especialmente daquelas em maior declínio, foi melhorado e sustentado. M E TA 1 2 D E A I C H I DA B I O D I V E R S I DA D E zoológicos e aquários são a força de conservação que dizem em suas declarações de missão ou visão, e para facilitar seus esforços de comunicação para promover um maior apoio para a conservação. Enfrentar esses desafios ambientais e políticos extremamente complexos exi- girá um esforço unido e uma colaboração eficaz com muitas outras organizações, incluindo agências governamentais e organizações não-governamentais. Além de colaborações científicas, a comunidade zoológica tem uma riqueza de experiên- cias em comunicação de mensagens e histórias. Esses ativos interpretativos podem ser aplicados ao defender o apoio com as entidades públicas e governamentais. Os zoos e aquários podem se tornar agentes mais eficazes de mudança do comporta-mento através da apresentação de casos de sucesso para um público maior e mais bem informado (veja Criando uma Cultura da Conservação). Um grupo de indicadores chave de desempenho dos zoológicos para a conser- vação pode ser desenvolvido e incorporado em relatórios anuais institucionais para fornecer indicadores mensuráveis de realizações. Salvar espécies em estado selvagem requer um planejamento ao nível de paisagem, se os programas de recuperação forem regionais ou internacionais.O sucesso da conservação requer compromissos de longo prazo e o estabelecimento de relações de confiança com as pessoas que vivem ao lado de espécies ameaçadas. Muitos zoológicos e aquários são incapazes de estabelecer compromissos multi-anuais ou multi-décadas, ou não têm os recursos para contratar equipes para desenvolver tais relacionamentos profundamente pessoais. No entanto, instituições zoológicas são adequadas para captação de doações e aumentar os fundos necessários para apoiar as organizações conservacionistas de animais selvagens que são capazes de manter uma presença em comunidades de uma gama de países e trabalhar para salvar a vida selvagem. Conforme a comunidade dos zoológicos e aquários assume mais responsabili- dades de espécies ameaçadas através de uma ampla variedade de locais e com uma gama crescente de parceiros, haverá uma necessidade concomitante para financiar os resultados da conservação. Enquanto o dinheiro e as doações nem sempre se traduzem em esforços de conservação de qualidade, os fundos ainda são um req- uisito essencial para a implementação de ações conservacionistas.Estima-se que US$ 350 milhões são levantados anualmente para apoio direto da conservação da vida selvagem por zoológicos e aquários em associações organizadas por todo o mundo. A oportunidade para atrair novos doadores e apoiadores para a conser- vação é reforçada através da definição clara do trabalho de conservação realizado pelos zoológicos e aquários. A Associação de Zoos e Aquários (AZA) fornece um bom conjunto de ferramentas, que descreve maneiras simples para levantar mais fundos de conservação para uma instituição e determinar como essa facilidade se compara com outras organizações de porte semelhante. Se a comunidade zoológica pode alinhar alguns dos seus objetivos de conservação com objetivos de desenvolvimento humano, o seu trabalho irá repercutir mais fortemente com ambições políticas e filantrópicas e a relevância percebida de apoio necessário para a conservação das espécies, bem como a proteção da bio- diversidade e serviços ecossistêmicos. No entanto, este é um equilíbrio delicado entre alinhar o trabalho dos zoológicos e aquários com metas de desenvolvimento humano e ocasiões em que as responsabilidades da biodiversidade têm de ser apoiadas. CONCLUSÃO É imperativo que todos os jardins zoológicos e aquários aumentem a sua con- tribuição e impacto sobre o salvamento de espécies na natureza, incluindo o fornecimento de habilidades e recursos técnicos e financeiros. Criar uma conexão clara entre um animal vivo em uma instalação zoológica e um projeto de conser- vação no campo deve ser integrado em cada processo do plano diretor para ter certeza de que o apoio adequado é gerado para salvar espécies em estado selvagem. RECOMENDAÇÕES • Desenvolver uma estratégia de conservação ampla que integre ações conservacionistas em todos os aspectos das operações, incluindo a proteção e preservação do habitat natural de espécies nativas ao redor do terreno da instituição. • Desenvolver um orçamento operacional que apoie a conservação a longo prazo (por exemplo, pelo menos, 3% do orçamento operacional anual) e não dependa apenas de doações externas (dinheiro fácil). • Parceria com outras instituições da biodiversidade, a fim de implementar as melhores práticas comprovadas e com organizações conservacionistas para maximizar os esforços do lado de fora da instituição, especialmente identificando organizações conservacioni- stas de confiança que serão responsáveis pela implementação de ações de conservação no campo em que o apoio multi-ano pode ser fornecido. • Articular com e fazer uso das parcerias formalizadas existentes da WAZA com organ- ismos internacionais de conservação, contatos com agências governamentais para trazer mudanças que dependam de alteração legislativa, e utilizar as habilidades individuais da equipe para apoiar programas de conservação. • Use um rigoroso processo de seleção para se certificar de que o melhor esforço de con- servação está sendo feito para o dinheiro disponível e reavaliar cada projeto para relatar o impacto que foi adquirido sobre a biodiversidade. ASSOCIAÇÃO DE ZOOS E AQUÁRIOS (AZA), EUA A missão do SAFE: Salvando Animais da Extinção é combinar o poder dos visitantes de zoos e aquários com os recursos e a experiência coletiva dos membros da AZA e parceiros para salvar os animais da extinção. Esta missão é viável porque os zoológicos e aquários credenciados estão excepcionalmente bem posicionados para se tornar uma força pela conservação global, com mais cientistas, mais animais, e mais capacidade de ativar o público do que qualquer outra institu- ição não-governamental. O SAFE é construído em um registro traçado por 100 anos de zoos e aquários salvando com sucesso espécies ameaçadas de extinção. MAR ALLIANCE BELIZE 3736C O N S E R VAT I O N S T R AT E G Y | W O R L D A S S O C I AT I O N O F Z O O S A N D A Q UA R I U M S Os zoológicos e aquários oferecem uma opor- tunidade única para aumentar a compreensão das espécies selvagens, suas necessidades ambientais e sua capacidade de adaptação. Isto pode preencher uma lacuna importante no conhecimento que não pode ser adquirido a partir de populações selvagens por causa do comportamento animal críptico, ambi- entes inacessíveis, o acesso limitado aos animais, os custos proibitivos de estudar um número suficiente de indivíduos e a probabilidade de o próprio estudo impactar sobre os animais que estão sendo obser- vados. As populações mantidas nos zoológicos e aquários fornecem acesso a indivíduos em uma base de longo prazo, fornecendo parâmetros de contexto e de história de vida para compreender o significado de amostras coletadas em um único ponto no tem- po.O trabalho à pronta disposição dos profissionais de zoos e aquários também fornece um campo de treinamento singular para desenvolver competên- cias na manipulação de animais, contenção, medicina veterinária especializada, reprodução e criação de populações de animais selvagens. Os zoos e aquários oferecem um local importante para os cientistas e o público se encontrarem e comunicarem-se, for- necendo uma plataforma para interpretar o resultado da pesquisa e explicando as implicações para ações de conservação.Através dos animais e da especialização das equipes, os zoológicos e aquários têm um enorme A pesquisa relevante à conservação pelos zoológi- cos e aquários é essencialmente uma forma de pesquisa aplicada para servir à missão conserva- cionista de uma instituição e pode abranger uma ampla gama de disciplinas que colaboram, de ciên- cias biológicas e veterinária até as ciências sociais, psicologia da conservação, e ciências da educação e comunicação.Há pelo menos dois tipos de pesquisa que os zoológicos e aquários realizam quando con- duzem pesquisas relevantes à conservação. T I P O 1 Tem como objetivo apoiar a conservação de campo diretamente; ou seja, a conservação das espécies e dos seus habitats em estado selvagem, incluindo a sua viabilidade ou sustentabilidade. Esta será normalmente uma pesquisa de campo, mas não é necessariamente limitada a este, se a investigação gera conhecimento que contribui diretamente para a conservação das populações selvagens. Por exemplo, estudos de nutrição real- izados em espécies que fazem parte de programas de reintrodução podem fornecer informações fundamentais
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