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CONBIO_Superexploração de espécies_v 2023

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Prévia do material em texto

Superexploração 
de espécies
Carla Morsello
CONBIO
Plano de aula
oO que significa 
superexploração 
de espécies e suas 
populações?
2 22/09/2023 Conservação Biológica - Carla Morsello
o Para quais 
atividades humanas 
entender a 
superexploração é 
mais importante?
oQuais fatores 
explicam a 
superexploração?
Bisontes:
de 60 milhões no fim séc. 
XVIII para 300 em 1900
3 22/09/2023
Ossos de bisontes
o Exploração humana de um 
recurso natural renovável de 
determinada espécie (e 
população) acima da capacidade
de reposição do recurso.
4 Conservação Biológica – Carla Morsello
Insustentável
Superexploração de espécies é 
Pau-brasil florido
5 22/09/2023
Superexploração
o Segunda ameaça principal à 
biodiversidade após perda de 
hábitat:
o Já foi a primeira de maneira geral
o Ainda é para várias espécies
o Causou extinção ou quase 
extinção de diversas espécies
o Inclusive pau-brasil ao lado e no vídeo
6 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Paubrasilia echinata
Quais fatores determinam a 
superexploração da 
população de uma espécie?
7 22/09/2023 Adicionar um rodapé
Quais espécies são 
mais exploradas?
o Muito diversas em termos 
taxonômicos
oUma característica é mais 
comum: tamanho grande do 
corpo:
o caça: mais alimento, maior 
chifre etc.
o plantas: mais madeira, mais 
resina ou frutos etc.
8 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Extração favorece características que podem ser 
pouco adaptativas
Chifre grande
Machos
Animais 
grandes
Chifre pequeno
Fêmeas
Animais 
Pequenos
O
 q
u
e 
ex
tr
at
o
r 
q
u
er
O
 q
u
e p
ro
vo
ca n
a p
o
p
u
lação
Frutos 
grandes
Muitos frutos
Muita resina 
O
 q
u
e 
ex
tr
at
o
r 
q
u
er
O
q
u
e o
co
rre n
a p
o
p
u
lação
9 22/09/2023 Adicionar um rodapé
Frutos 
pequenos
Poucos 
frutos
Pouca resina
Caça de troféus
Caçador
Busca animais 
grandes, com chifres 
grandes, portanto, 
machos
Seleciona contra essas 
características: 
favorece animais 
menores, fêmeas
Animal
Perde variabilidade 
genética (só 
pequenos) e 
desbalanço na razão 
sexual (diminui TEP)
Menores →mais 
suscetíveis a 
predadores/ 
competidores e menor 
sucesso reprodutivo
10 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Quais espécies 
sofrem mais efeitos 
negativos?
o Lembrar da aula de vulnerabilidade. 
Exs:
o Baixas taxas reprodutivas: pouco filhos 
por vez, períodos longos de gestação
o Período curto de vida: morrem antes de 
terem tempo de deixar um número 
suficiente de descendentes
o Todas as outras citadas na aula prévia 
11 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Quais aspectos determinam a 
superexploração da população/espécie?
12 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Características da espécie: sua vulnerabilidade (já vimos 
em aula prévia) e as mais desejadas
O que determina/explica a decisão humana de explorar? 
Isso explica a demanda.
Como é realizada a exploração? Quantidade de 
indivíduos e a técnica de exploração explicam impactos
Quando é realizada a exploração? Por exemplo, varia se 
em época reprodutiva ou não (e.g., peixes)
Existe sinergia com outras atividades que afetam a 
mesma espécie, ou seja, problemas se somam?
O que é exploração sustentável?
13 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
o Exploração que pode continuar indefinidamente
oQuando: r = H
o r = taxa de incremento populacional
oH = taxa de extração
Teoria da exploração sustentável
o Populações são 
renováveis: lidar com 
balanço entre taxa de 
natalidade e mortalidade 
para poder explorar
o Retirada de alguns 
indivíduos pode favorecer a 
espécie:
oMenos competição, mais hábitat, 
menor transmissão de doenças →
permite explorar em algum nível
14 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Crescimento populacional
o Crescimento populacional vai até 
certo limite que é a capacidade 
de carga (K) da população → em 
K ambiente está saturado
o No limite, crescimento ou 
recrutamento de mais indivíduos 
da população é zero →
população fica estável
o Curva é logística
Quanto podemos retirar da população?
oCurva logística anterior é uma 
composição das curvas de 
nascimento e mortalidade
oO ponto K – capacidade de carga 
é a densidade populacional onde 
o número de nascimentos é 
igualado ao número de mortos
oA taxa de crescimento é zero e a 
população fica estável
Como podemos 
provocar aumento da 
taxa de crescimento 
populacional para 
facilitar que a 
exploração seja 
sustentável?
17 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Fornecer alimento 
ou nutrientes
Remover predação, 
herbivoria, 
doenças→ fatores 
que aumentam a 
taxa de 
mortalidade
Reduzir a 
população abaixo 
da capacidade de 
carga para 
provocar 
incremento 
compensatório
Com isso podemos 
explorar o 
crescimento 
populacional até K
Para entender em detalhes o nível de extração sustentável com melhor 
retorno econômico, ver explicações em:
https://www.youtube.com/watch?v=7DNhqtYf47E
18 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
https://www.youtube.com/watch?v=7DNhqtYf47E
Quais as principais atividades humanas 
associadas à superexploração?
Caça Pesca Exploração 
madeireira
Exploração 
de produtos 
florestais 
não 
madeireiros
(vegetais)
Tráfico de 
animais ou 
de plantas 
silvestres
19 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
20 22/09/2023 Fonte: CIFOR<
Caça tem objetivos diversos
Alimento Retaliação 
(agropecuária)
Troféus
EsportivaTráfico/ 
comércio 
de partes
Culturais 
(artefatos)
Retaliação 
(doenças)
Medica-
mentos
Animal 
doméstico 
(“Pet”)
Sociais
(prestígio, 
rede social)Crenças
(Supersti-
ção)
Artesanato
21 22/09/2023 Fonte: CIFOR<
Caça de animais silvestres é 
uma questão global
Caça no 
mundo
22 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
o Pode ser “esportiva”, comercial e/ou de 
subsistência (uso próprio).
o Culturalmente importante para diversas 
sociedades humanas autóctones 
(indígenas).
o Socialmente aceita, mas frequentemente 
ilegal
o No Brasil ilegalidade varia (ver adiante)
Caça no 
mundo
23 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
o Todas as formas podem ser insustentáveis: 
depende da espécie e características e outros 
fatores mais adiante.
o Com o comércio atual, é insustentável para 
certas espécies e localidades, mas não para 
todas
o Visões diversas na literatura sobre o tema
o Importante para a segurança alimentar (fome) 
para populações pobres
Contribuição da caça é substancial
Estimativas variáveis e talvez pouco confiáveis, mas indicam que é muito!
o 1 milhão toneladas/ano: Amazônia
o 4 milhões toneladas ano: bacia do 
Congo (África)
oDependência de 150 milhões de 
famílias no sul Global
o Brasil produzia 8,5 milhões de 
toneladas ao ano (mas Balvanera = 6 
milhões no mundo)
o Europa produzia 7,5 milhões 
toneladas/ano
24 22/09/2023 Fonte: Van Vliet, 2014; Nielsen et al., 2018)
Dependência da caça para renda total nos países do sul em
desenvolvimento: Alta dependência no Brasil (Amazônia); 
especialmente subsistência e nutrição (proteína e micronutrients)
25 22/09/2023 (Fontes: Nielsen et al., 2028; Sarti et al, 2015; Carignano-Torres et al, 
(Nielsen et al., 
2018)
+ de 80% das proteínas 
(macronutriente) 
na África central
Segurança alimentar
26 22/09/2023 Cifor, s-data; Sarti et al, 2015; 
+ de 50% das proteínas
de comunidades florestais 
no mundo 
Muito importante para 
micronutrientes (Ferro, Zinco), 
inclusive urbanas pobres 
(crianças)
Não é possível 
substituir:
renda e acesso 
insuficientes
Caça é culturalmente e socialmente importante 
em sociedades de pequena escala
Parte essencial da cultura e vida social de 
diversos povos: iniciação, festivais, identidade
Criação e manutenção de laços sociais: caça é 
presenteada (mesmo em áreas urbanas da 
Amazônia)
Compartilhamento: faz parte da evolução 
humana → otimiza uso do tempo e acesso a 
proteína ao grupo
27 22/09/2023 ConservaçãoBiológica – Carla Morsello
Legislação brasileira sobre caça no tempo
28 22/09/2023 Fonte: El Bizri et al. (2015)
FLEXIBILIZADAS
Regras de porte, 
profissões, 
expansão na área 
rural
Imposto zerado
Quando é permitida? 
Lei de proteção da fauna e mudanças
29 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
o Somente Javali: soltos por caçadores, 
problema atual (invasão)-> permitido e 
proibido de novo
oCaça de anatídeos e tinamídeos no Rio 
Grande do Sul: proibida em 2014
oPara caçadores esportivos em reservas 
privadas regulamentadas com fauna exótica
→ nunca regulamentado (proibido)
oCaça de subsistência (divergências)
o Populações indígenas (Estatuto do Índio) 
oDivergência quanto a regulamentar certos 
tipos de caça (manejo, dados); PLs várias 
em discussão
o Para aprofundar, ver Pezzuti et al e outros 
em:
https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/issue/view/62
Pesca
30 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
o Pode ser de água doce ou marinha:
o Artesanal com linha, lança, 
veneno (timbó) e armadilha
o Comercial com malhadeira, 
diferentes tipos de redes ou com 
explosivo
o Pesca artesanal é mais seletiva
o Impacto da pesca comercial é não 
seletivo: afeta também espécies sem 
interesse comercial (tartarugas, 
golfinhos)
Impactos secundários: 
captura acidental é
importante
Insegurança alimentar
31 22/09/2023 Cifor, s-data; Sarti et al, 2015; 
Incentivos econômicos 
induzem à
sobre-exploração 
Pesca artesanal muito 
importante para subsistência 
de populações pobres no 
mundo
Não é possível substituir
(renda insuficiente)
o Pesca é área 
cientificamente mais 
desenvolvida para avaliar 
sustentabilidade 
(modelos e gestão em 
vários países)
Mesmo assim: Efeitos 
emergentes inesperados 
e não lineares O exemplo 
do Bacalhau
Ver: detalhes em
https://en.wikipedia.org/wiki/Collapse_of_the_Atlantic_
northwest_cod_fishery
32 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
https://en.wikipedia.org/wiki/Collapse_of_the_Atlantic_northwest_cod_fishery
https://en.wikipedia.org/wiki/Collapse_of_the_Atlantic_northwest_cod_fishery
Tráfico de 
animais ou 
plantas 
silvestres
oComércio ilegal de animais e 
plantas
o 3º lugar no mundo da 
ilegalidade atrás de tráfico de 
drogas e armas (Traffic,2020)
o Para:
o animais domésticos (pets) 
o “remédios culturais”: eg. Escamas de 
pangolins (Covid-19)
omanufatura: peles, ossos (hoje menos)
oBrasil: 
o 70% animais para destino interno (SP é 
maior mercado) e 30% internacional
oMaior parte para animais domésticos
33 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Apreensões no estado de São Paulo de 2018-2019: 
41.137 animais apreendidos de 322 espécies no estado pela PM 
ambiental
34 22/09/2023 Fonte: Calandrini (2022)
Animais que são alvo principal do tráfico
Aves passeriformes e psitacídeos
• Cerca de 400 espécies são afetadas
• Aves que cantam (canário, trinca-ferro e coleirinho) e psitacídeos (papagaios e araras) 
Peixes ornamentais
• Especialmente da Amazônia
• Principalmente no oeste da Amazônia
Partes de felinos
• Comércio era muito comum até 1970: moda de peles de jaguatirica
• Últimos anos: tráfico de partes de onça-pintada aumentou (China e Sudeste asiático)
Tartaruga de rio
• Talvez ocupe o primeiro lugar dentre os mais traficados no Brasil em número
• Para alimento (na Amazônia) ou pets, em outros locais
35 22/09/2023 Fonte: Charity e Ferreira (2020)
Tráfico envolve questões científicas e éticas
36 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Regulação da exploração
Animais e plantas
o CITES: Convenção sobre 
Comércio Internacional 
das Espécies da Flora e Fauna 
Selvagens em Perigo de 
Extinção→ regula comércio 
internacional
oAprofundamento geral: 
over: Rosario et al (2022)
Fauna
o Lei de crimes ambientais: ( 9.605, 1998)
o Proibido matar, caçar, apanhar, perseguir, 
comercializar, maltratar animais silvestres 
(nativos)
37 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Flora
o Lei de crimes ambientais: ( 9.605, 1998) 
o Regula vegetação protegida (proteção 
permanente)
o Estágio médio e avançado de regeneração na 
Mata Atlântica → outros decretos
Exploração de 
Produtos 
Florestais Não 
Madeireiros
(PFNM)
o PFNM = Recursos florestais que não são 
madeira
oPara alguns: somente produtos com 
origem em vegetais ou fungos, como 
raízes, folhas, sementes e resinas →
mais comum
oNão há morte da planta
o Para outros: também produtos e 
subprodutos animais, como mel e caça 
(partes ou carne)
o Explorados para uso de subsistência 
(próprio) ou comércio (e tráfico, se 
ameaçados e listados no CITES)
38 22/09/2023 Fontes: (FAO, 1999); 
Tipos de PFNM: plantas e fungos
Tipo de PFNM Definição
Flor Flores ou partes da flor
Semente Sementes ou partes da semente (casca, endosperma, embrião)
Fruto Frutos ou partes do fruto (epicarpo, mesocarpo e endocarpo)
Folha Folhas ou partes extraídas de folha (por ex. fibras)
Caule Caules ou partes extraídas de caules (por ex. fibras)
Casca Córtex caulinar
Raiz Raiz ou partes da raiz
Composto secundário Produtos oriundos do metabolismo secundário (resina, goma, látex, óleo)
Corpo de frutificação Estrutura reprodutiva macroscópica de fungos
39 22/09/2023 Fonte: Brites (
o Considera-se que exploração 
é de baixo impacto quando 
comparada a outras 
atividades
o Desde os anos 1980: projetos 
de incentivo ao comércio de
PFNM como estratégia de 
Conservação e 
Desenvolvimento local
o impacto ambiental considerado 
menor que outras formas de 
uso do solo
40 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
 
Parâmetro 
Efeito 
 Negativo Positivo Não altera Inconclusivo (N) 
In
d
iv
íd
uo
 
Órgãos e 
fisiologia 
 
(79%) 
 
(7%) 
 
(14%) 
Ø 
(0%) 
29 
Sobrevivência 
(67%) 
Ø 
(0%) 
 
(28%) 
 
(6%) 
18 
Reprodução 
(59%) 
 
(6%) 
 
(29%) 
 
(6%) 
17 
Taxa de 
crescimento 
 
(55%) 
Ø 
(0%) 
 
(18%) 
 
(27%) 
11 
P
o
p
ul
aç
ão
 
Tamanho 
 
 
(53%) 
Ø 
(0%) 
 
 
(37%) 
 
(10%) 
51 
Estrutura etária 
 
 
(58%) 
Ø 
(0%) 
 
(31%) 
 
(12%) 
26 
Estrutura 
genética 
 
(100%) 
Ø 
(0%) 
Ø 
(0%) 
Ø 
(0%) 
1 
C
o
m
un
id
ad
e 
Composição 
(63%) 
 
(13%) 
 
(25%) 
Ø 
(0%) 
8 
Interação planta-
animal 
 
(33%) 
Ø 
(0%) 
 
(33%) 
 
(33%) 
6 
Interação planta-
planta 
 
(33%) 
Ø 
(0%) 
Ø 
(0%) 
Ø 
(0%) 
1 
 
41 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Efeitos 
ecológicos 
negativos da 
extração de 
PFNM variam
Parte exploração , nível e 
método de extração, espécie e 
escala
(Fonte: Brites, 2012)
Exploração 
madeireira
42 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Duas formas de exploração:
o Seletiva: quando são extraídas 
somente espécies de interesse 
comercial→madeiras nobres
o Não seletiva: corte raso, em geral 
associada a mudança de uso no solo 
→ desmatamento (por ex., 
agricultura e pecuária na Amazônia)
o Ambas: legais ou ilegais
Principal
Exploração 
madeireira legal
o Áreas públicas: 
concessões 
florestais (desde 
2006)→ SFB
o Áreas privadas: 
autorização IBAMA
(Link:https://www.florestal.gov.br/documentos/publicacoes/3761-concessoes-florestais-
federais/file) 
Exploração 
madeireira ilegal
o Documento de Origem Florestal: 
extração, transporte, 
processamento e comércio são 
rastreáveis
o Porém operacionalizar controle 
tem sido problemático (fraudes)
o Várias formas: por exemplo, inflar 
o número de árvores de 
determinada espécie em locais 
legais para esquentar madeira 
ilegal
o Estudo comparou a quantidade 
prevista de cada espécie pelo 
inventário do Radam com o 
reportado nas guias e 
permissão→ quando mais cara a 
madeira, maior a probabilidade 
de estar inflado na permissão de 
corte
Quanto maior o valor da comercial da espécie, maior a 
proporção inflada de quantidade de árvores do que existente 
no inventário florestal (RADAM). 
(Brancalion et al., 2018)
Acima do previsto no 
RADDAM
Como se faz a exploração 
madeireirade impacto reduzido?
45 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Ninguém sabe se é sustentável
Exemplos das regras
• Extração máxima de 30 m3/ha
• Ciclos de colheita de 25 a 35 anos
• Diâmetro mínimo de DAP de 50 cm 
(ou menor, quando há regras 
específicas para espécies)
• Reter sementes (a + restritiva das 2 a 
seguir) :
• 10% de árvores grandes (DAP 
comercial) ou
• 3 árvores/ 100 ha
46 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Manejo madeireiro de baixo impacto
Vejam o link:https://youtu.be/g-4d8UN7ZyE
47 22/09/2023 Conservação Biológica – Carla Morsello
Referências
o Brancalion PHS, Almeida DRAd, Vidal E, Molin PG, Sontag VE, Souza SEXF, Schulze MD. 2018. Fake legal logging in 
the Brazilian Amazon. Science Advances 4:eaat1192.
o Brites, A. D. Brites AD. 2010. Monitoramento dos efeitos ecológicos e socioeconômicos da comercialização de 
produtos florestais não madeireiros. Dissertation. University of São Paulo.
o Carignano Torres, P.; Morsello, C.; Orellana, J. D. Y.; Almeida, O. et al. Wildmeat consumption and child health in 
Amazonia. Scientific Reports, 12, n. 1, 2022.
o Carignano Torres, P.; Morsello, C.; Parry, L.; Pardini, R. Forest cover and social relations are more important than 
economic factors in driving hunting and bushmeat consumption in post-frontier Amazonia. Biological 
Conservation, 253, p. 108823
o El-Bizri, H. R. et al. The thrill of the chase: uncovering illegal sport hunting in Brazil through YouTube™
posts. Ecology and Society, v. 20, n. 3, 2015.
o Morgado, R. P.; Montagna, G.; Camargo, S.; Palmieri, R. H. Concessões Florestais Federais. Piracicaba, SP: 
Imaflora, 2018. 40p
o Nielsen, M. R.; Meilby, H.; Smith-Hall, C.; Pouliot, M. et al. The Importance of Wild Meat in the Global South. 
Ecological Economics, v. 146, p. 696-705, 2018. 
o Nunes, A. et al. Wild meat sharing among non-indigenous people in the southwestern Amazon. Behavioral 
Ecology and Sociobiology, v. 73, n. 2, p. 26, 2019.
o Nunes, A. V. et al. Irreplaceable socioeconomic value of wild meat extraction to local food security in rural 
Amazonia. Biological Conservation, v. 236, p. 171-179, 2019.
o Pezzuti, J. C. Brito et al. A caça e o caçador: uma análise crítica da Legislação Brasileira sobre o uso da fauna por 
populações indígenas e tradicionais na Amazônia. Biodiversidade Brasileira, v. 8, n. 2, p. 42-74, 2018.
48 22/09/2023 Adicionar um rodapé
Referências
oRosario, R. P. G. et al. Análise dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil na Convenção sobre 
Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES). In: 
Diplomacia ambiental, p.: 287-342, 2022.
o Sarti, F.M., Adams, C., Morsello, C., van Vliet, N., Schor, T., Yagüe, B., Tellez, L., QuicenoMesa, M.P., Cruz, D., 
2015. Beyond protein intake: bushmeat as source of micronutrients in the Amazon. Ecology & Society, v. 
20, n. 22; ES-07934200422.
o Timas, W. M.; Magnusson, W.; Mourão, G.; Bergallo, H. et al. Meio século da proibição da caça no Brasil: 
consequências de uma política inadequada de gestão de vida selvagem.
oCharity, S; Ferreira, J. M. Wildlife Trafficking in Brazil. Cambridge, UK: TRAFFIC International, 111 p., 2020.
o van Vliet, N. et al. The uncovered volumes of bushmeat commercialized in the Amazonian trifrontier
between Colombia, Peru & Brazil. Ethnobiology and Conservation, v. 3, 2014.
oWeinbaum, K.Z., Brashares, J.S., Golden, C.D., Getz, W.M., 2013. Searching for sustainability: are 
assessments of wildlife harvests behind the times? Ecological Letters, 16 , p. 99–111.
49 22/09/2023 Adicionar um rodapé
	Slide 1: Superexploração de espécies
	Slide 2: Plano de aula
	Slide 3: Bisontes: de 60 milhões no fim séc. XVIII para 300 em 1900
	Slide 4: Superexploração de espécies é 
	Slide 5: Pau-brasil florido
	Slide 6: Superexploração
	Slide 7: Quais fatores determinam a superexploração da população de uma espécie?
	Slide 8: Quais espécies são mais exploradas?
	Slide 9: Extração favorece características que podem ser pouco adaptativas
	Slide 10: Caça de troféus
	Slide 11: Quais espécies sofrem mais efeitos negativos?
	Slide 12: Quais aspectos determinam a superexploração da população/espécie?
	Slide 13: O que é exploração sustentável?
	Slide 14: Teoria da exploração sustentável
	Slide 15
	Slide 16: Quanto podemos retirar da população?
	Slide 17: Como podemos provocar aumento da taxa de crescimento populacional para facilitar que a exploração seja sustentável?
	Slide 18: Para entender em detalhes o nível de extração sustentável com melhor retorno econômico, ver explicações em: https://www.youtube.com/watch?v=7DNhqtYf47E 
	Slide 19: Quais as principais atividades humanas associadas à superexploração?
	Slide 20
	Slide 21
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	Slide 23
	Slide 24: Contribuição da caça é substancial Estimativas variáveis e talvez pouco confiáveis, mas indicam que é muito!
	Slide 25: Dependência da caça para renda total nos países do sul em desenvolvimento: Alta dependência no Brasil (Amazônia); especialmente subsistência e nutrição (proteína e micronutrients)
	Slide 26: Segurança alimentar
	Slide 27: Caça é culturalmente e socialmente importante em sociedades de pequena escala
	Slide 28: Legislação brasileira sobre caça no tempo
	Slide 29: Quando é permitida? Lei de proteção da fauna e mudanças
	Slide 30
	Slide 31: Insegurança alimentar
	Slide 32: Pesca é área cientificamente mais desenvolvida para avaliar sustentabilidade (modelos e gestão em vários países) Mesmo assim: Efeitos emergentes inesperados e não lineares O exemplo do Bacalhau
	Slide 33
	Slide 34: Apreensões no estado de São Paulo de 2018-2019: 41.137 animais apreendidos de 322 espécies no estado pela PM ambiental
	Slide 35: Animais que são alvo principal do tráfico
	Slide 36: Tráfico envolve questões científicas e éticas
	Slide 37: Regulação da exploração
	Slide 38
	Slide 39: Tipos de PFNM: plantas e fungos
	Slide 40: Considera-se que exploração é de baixo impacto quando comparada a outras atividades 
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	Slide 42
	Slide 43: Exploração madeireira legal
	Slide 44: Exploração madeireira ilegal
	Slide 45: Como se faz a exploração madeireira de impacto reduzido?
	Slide 46: Exemplos das regras
	Slide 47: Manejo madeireiro de baixo impacto Vejam o link:https://youtu.be/g-4d8UN7ZyE
	Slide 48: Referências
	Slide 49: Referências

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