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Sociologia da Moda: Autores chave Gilles Lipovetsky Moda como Iden5dade Individual Veblen Bourdieu SimmelLipovetsky Dis$nção SocialIndividual Iden$dade Fonte: Barrere e Santagata, 2005 Lipovetsky Moda é libertária, emancipadora e marca de uma sociedade democrática. Bourdieu Moda como elemento de distinção e marca de uma sociedade de classes. Bourdieu A Distinção, analisa os mecanismos de reprodução social que retratam a maneira pela qual as sociedades mantem, no tempo, estruturas de ordem entre os grupos sociais e relações de poder de um grupo para o outro. Para além daquilo que se consome, a maneira como se consome é essencial para identi7icar no consumo um signo de distinção. A reverência das classes populares pelos objetos consumidos pelas classes dominantes é essencial para reforçar a capacidade que esses objetos possuem de emprestar distinção àquele que o consome. Quanto mais se popularizam os bens antes exclusivos das classes dominantes, mais estas exigem que outros produtos sejam constituıd́os de forma a emprestarem ao seu consumo o mesmo signo de distinção. Gosto como um dos mecanismos fundamentais de diferenciação, inclusão e exclusão social. Império do Efêmero, 1987 Parte I: História da moda como vestuário Moda e o Ocidente: momento aristocrático (Era da moda) Fenômeno localizado na Europa, fins século XIV (antes, Era dos Costumes) Transgressão, liberar indivíduos dos cerceamentos impostos pelos costumes. A moda de cem anos: Segunda metade XIX; Alta-costura (Worth) A moda aberta: Meados século XX; Pret-a-porter: produção em massa de criadores; coleções sazonais industrial, democrática e individualista Parte II: Como consumo deu origem à sociedade Hipermoderna Moda consumada: Consumo fruto de modas; efêmero – busca do novo. Moda como fenômeno busca satisfação individual. Moda Consumada: Extensão do processo da moda a instâncias cada vez mais vastas da vida coletiva. Tudo e todos se encontram imersos nela e em seus pressupostos: o efêmero, a sedução e a diferenciação marginal Tempo breve da hipermodernidade O que importa já́ não é a utilidade da mercadoria, mas a sedução. 3 fases do Capitalismo de consumo: I – 1880- 1945: Surgimento lojas de departamento; atividade fabril -> produção em massa; infraestrutura transporte – distribuição/ internacionalização; início democratização do consumo. II – Pós IIGM – 1970: Aumento poder de compra; democratização do consumo; busca do conforto: estimulação do desejo - marketing, propaganda. Consumo de pátina substituído pelo consumo da moda. III – 1970 até o presente: Sociedade do Hiperconsumo Hegemonia do gozo, do consumo em si em detrimento da diferenciação social. Hiperconsumo: A intencionalidade do consumo está menos relacionada aos interesses de distanciamento entre classes e mais a um desejo, próprio ao extremado narcisismo contemporâneo, de obter uma imagem positiva de si por si. Passa-se para o universo do hiperconsumo quando o gosto pela mudança se difunde universalmente, quando o desejo de “moda” se espalha além da esfera indumentária, quando a paixão pela renovação ganha uma espécie de autonomia, relegando ao segundo plano as lutas de concorrência pelo status, as rivalidades miméticas e outras febres conformistas (LIPOVETSKY, 2007, p. 44) Modernidade: Ciclo histórico dominado pelo futuro. Modernidade desde o século 18 construiu-se em nome do futuro, em nome do novo. Grandes perspectivas históricas: a revolução, a luta de classes, os nacionalismos. Pós-modernidade: Nova sociedade a partir 1960 e 70 mais centrada no presente – no hedonismo, no prazer, no consumo, na liberação sexual, – com o fim das grandes crenças políticas. fim das ideologias, o surgimento de uma nova cultura hedonista, o destino da comunicação e do consumo de massa, o psicologismo, o culto do corpo. Hipermodernidade: O foco da modernidade é a novidade, que rapidamente se torna obsoleto e para o qual se procura um rápido substituto. Er esta premissa que leva Lipovetsky a anexar à ideia de modernidade o pre7ixo “hiper”, tendo em conta a voracidade da necessidade por algo novo, em especial numa fase preenchida pela Internet e pelas redes sociais. A modernidade passou para uma velocidade superior em que tudo hoje parece ser levado ao excesso: são os hipermercados, o hiperterrorismo, as hiperpotências, o hipertexto, hiperclasses, en7im, o hipercapitalismo. Hiperindivíduo: Mundo da moda como o re7lexo do individualismo e do hiperconsumismo, assim como o próprio desejo de uma eterna juventude e de um sentido de presente perene. Lá no inıćio, o individualismo era limitado pelas ideologias, pelas diferenças sexuais, pelo papel da igreja, pelo papel do estado na economia. Hoje, na sociedade de consumo, esses limites foram abolidos, e isso tornou os indivıd́uos cada vez mais senhores de sua própria existência Er mais responsável pela sua própria existência. Ele tem menos proteção coletiva, das instituições. Ele está mais entregue a si mesmo, o que implica ter de se buscar a si e se auto-inventar. Portanto, ele está mais frágil. Hiperconsumo: A necessidade do “novo” impele o hiperconsumismo, em que as tendências têm um papel preponderante na criação da necessidade e nos fluxos de consumo, que geram frustração nas comunidades mais pobres, que não conseguem acompanhar estas tendências de mercado. Consumismo como ummeio importante para aumentar o nível médio de vida das populações. Consumo Intimizado: Atualmente, a admiração pelas marcas se alimenta do desejo narcıśico de desfrutar do sentimento ıńtimo de ser uma ‘pessoa de qualidade’, de comparar- se vantajosamente com os outros, de ser diferente da massa, sem que sejam mobilizados, no entanto, à corrida pela estima e o desejo de provocar a inveja de seus semelhantes. (Lipovetsky, 2006, p. 44 ) Lipovetsky A determinação estrutural na con7iguração do consumo – mais especi7icamente do consumo de luxo – e a construção de identidade cedem lugar aos desejos subjetivos de satisfação pessoal ligada diretamente à intencionalidade de negar a efemeridade do mundo contemporâneo. Consumo não deve mais ser somente associado à distinção de classe, mas assume uma caracterıśtica subjetiva e pessoal no momento em que a sociedade contemporânea alterou a sua forma de organização social. A busca do consumo de luxo carrega consigo menos um sentido de pertencimento a uma classe e mais uma necessidade de busca de prazer pessoal, de destacar-se individualmente e agregar um signo qualitativo à sociedade marcada pela quantidade. São o hedonismo e a busca de experiências que motivam o indivıd́uo moderno a consumir. Bourdieu A Distinção, analisa os mecanismos de reprodução social que retratam a maneira pela qual as sociedades mantem, no tempo, estruturas de ordem entre os grupos sociais e relações de poder de um grupo para o outro. Para além daquilo que se consome, a maneira como se consome é essencial para identi7icar no consumo um signo de distinção. A reverência das classes populares pelos objetos consumidos pelas classes dominantes é essencial para reforçar a capacidade que esses objetos possuem de emprestar distinção àquele que o consome. Quanto mais se popularizam os bens antes exclusivos das classes dominantes, mais estas exigem que outros produtos sejam constituıd́os de forma a emprestarem ao seu consumo o mesmo signo de distinção. Gosto como um dos mecanismos fundamentais de diferenciação, inclusão e exclusão social.
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