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1 
AZ042 – Bovinocultura de Leite – Aula 06 
 
SISTEMAS DE ORDENHA 
 
 Prof. Rodrigo de Almeida 
 
 
O controle leiteiro é muito importante no que diz respeito à produção e 
qualidade do leite sendo esses os principais objetivos dos produtores. 
 Assim, devem ser tomadas algumas medidas que visem a melhoria das 
instalações, bem como da localização de uma sala de ordenha. 
Geralmente o sistema de ordenha localiza-se próximo dos currais onde 
estão as vacas em lactação, tal sistema consiste de 3 áreas: a “sala de espera” 
onde as vacas, ao esperarem a ordenha, podem ser pré-lavadas e refrescadas 
em dias mais quentes; a própria sala de ordenha, onde o leite é coletado e a 
área de serviço. 
O restante do complexo é composto por equipamentos para o 
armazenamento e resfriamento do leite e estocagem de materiais. Dentre 
todos os custos da empresa, aqueles referentes à operação de ordenha são os 
mais altos representando cerca de 50% de todos os custos. 
A capacidade do estábulo ou sala de ordenha em relação ao número de 
vacas que podem ser ordenhadas por hora pode encarecer o processo. 
 
 
SALA DE ESPERA 
 
É o local onde pequenos grupos esperam para serem ordenhados: 
 
1. A capacidade desta sala é de 1 a 1/3 vez o número total de vacas exceto 
para leiterias que utilizam a sala de lavagem onde a capacidade da área deve ser 
duas vezes o número de animais por grupo de ordenha. 
2. O tamanho do curral é determinado pela capacidade da sala de ordenha 
e de acordo com o número de ordenhas diárias. O espaço por animal deve ser 
de 4,5 m2. 
3. O piso e o corredor de saída devem apresentar uma declividade de 3 a 
5% da sala de ordenha para a de espera. 
4. A rampa de acesso deve ter uma extensão de no mínimo 3m da sala de 
espera para a de ordenha. Um portão é utilizado para fazer com que as vacas 
se movimentem para o interior do estábulo (portão tocador), tendo 
funcionamento elétrico ou pneumático e equipado com um dispositivo de 
 
2 
segurança com a chave liga/desliga ativado pela pressão exercida pela própria 
vaca. 
 
Antigos Sistemas de Ordenha 
 
Celeiros eram extensivamente para vacas em lactação antes de 1930. As 
vacas eram alojadas e ordenhadas no mesmo celeiro ou em condições que 
permitiam aos animais se alojar e comer fora sendo trazidos para dentro do 
celeiro por ocasião da ordenha. Podiam ser ordenhadas manualmente ou, em 
rebanhos maiores, através de sistema mecânico. Neste sistema a vaca ficava a 
uma altura de 75 a 90 cm acima do piso onde se encontrava o operador. 
 
Sistema lateral ou Tandem 
 
Geralmente as salas de ordenha tem de 2 a 6 baias de cada lado do 
fosso de operação. As vacas se movimentam individualmente para as baias de 
ordenha, entrando e saindo através da ação do operador (manualmente) ou 
através de portões ativados automaticamente. As vacas são manejadas 
individualmente assim, cada uma tem de esperar até que todas sejam 
ordenhadas para poder sair da baia. O operador percorre uma distância entre 
úberes de 2,5 a 3,0m. 
O aumento do número de baias aumenta a eficiência deste sistema, 
sendo também considerado pouco eficiente devido a maior distância que o 
operador deve percorrer quando comparado ao modelo espinha de peixe. 
 
Sistema Espinha de Peixe 
 
 O sistema espinha de peixe apresenta configurações desde 2X4 até 
2X24. Neste sistema as vacas são manejadas em grupos, a distância entre 
úberes varia de 1,0 a 1,2m, diminuindo a distância percorrida pelo operador e 
a demora da operação de ordenha. 
A eficiência da sala pode ser aumentada com baias de saída rápida, 
através da facilidade de liberação de todas as vacas de um lado da sala, 
simultaneamente, em direção perpendicular ao corredor de entrada. Assim, 
diminui-se o tempo para a operação de liberação e saída das vacas. O tamanho 
do grupo de vacas deve ser multiplicado pela capacidade de um dos lados da 
sala de ordenha. 
Existem outras configurações como polígonos ou triângulos, que 
apresentam maior número de baias. 
 
Sistema paralelo 
 
 
3 
 O sistema de ordenha paralelo surgiu em 1970, desenvolvido a partir 
do conceito de ordenha de caprinos e ovinos na Europa. 
Neste sistema as vacas situam-se em um ângulo de 90 graus com o 
fosso onde trabalha o operador. A distância entre os úberes é de 0,65 a 0,72m 
por vaca. Esta orientação das vacas requer que o aparelho de ordenha fique 
entre as pernas do animal. Em muitos estábulos essa entrada é controlada por 
um dispositivo presente no portão de entrada. As vacas entram no estábulo 
(sala de ordenha) indo para a baia mais distante e livre da linha. 
Muitas vezes esse sistema surge da conversão do sistema espinha de 
peixe, como exemplo, um sistema 2X4 ou 2X10 para a paralela com duas 
vezes o número de baias, sendo que na maioria dos casos, o sistema paralelo 
que é resultado dessa conversão apresenta a largura do caminho de saída das 
vacas menor do que a recomendada. 
 
Sistema rotatório 
 
As vacas entram na sala através de uma plataforma rotatória. Existem 
sistemas em que o operador trabalha dentro da plataforma e outras em que 
trabalha fora, sendo que nesta a vaca entra mais facilmente, mas dificulta o 
trabalho do operador, pois ele não vê as baias que ficam atrás sistema de 
ordenha. 
 
Seleção do Sistema Ideal 
 
Fatores a serem considerados: 
1) Número de vacas ordenhadas; 
2) Número de ordenhas diárias; 
3) Número de operadores; 
4) Mecanização atual ou planejada; 
5) Número de horas por dia ou demora das mudanças de turno; 
6) Capital disponível para investimento; 
7) Preferências pessoais. 
 
Os sistemas de ordenha de tamanhos e configurações similares também 
variam em número de vacas ordenhadas por hora por conta do nível de 
produção de leite. O tempo de ordenha para uma 2X20 (espinha de peixe) 
com dois operadores pode variar desde 105 vacas/hora até 180 vacas/hora. 
A frequência de ordenha também afeta o desenvolvimento da 
operação, como exemplo, o sistema 2X20 (espinha de peixe) com um 
aumento de duas para três ordenhas diárias, o número de vacas ordenhadas 
salta de 167 para 189 vacas.