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ED FILOSOFIA INTRODUÇÃO MATERIAL E EXERCICIO

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Módulo I – Introdução à filosofia
Neste primeiro módulo da disciplina Filosofia do Direito vamos abordar
as considerações iniciais sobre a filosofia geral para que, após a
consolidação de alguns conceitos essenciais, possamos adentrar no
âmbito da Filosofia do Direito.
A palavra filosofia é grega[1]. É composta por duas
outras: philo e sophia. Philo deriva-se de philia, que significa amizade,
amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e
dela vem a palavra sophos, sábio.
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V
antes de Cristo) a invenção da palavra filosofia. Segundo Pitágoras, a
sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas os homens
podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.
A Filosofia, entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico
e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do
mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações
humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego. Por
meio da Filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as
bases e os princípios fundamentais do que chamamos razão,
racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte.
Evidentemente, isso não quer dizer, de modo algum, que outros povos,
tão antigos quanto os gregos, como os chineses, os hindus, os
japoneses, os árabes, os persas, os hebreus, os africanos ou os índios
da América não possuam sabedoria, pois possuíam e possuem.
Também não quer dizer que esses povos não tivessem desenvolvido o
pensamento e as formas de conhecimento da Natureza e dos seres
humanos, pois desenvolveram e desenvolvem.
A Filosofia surge, portanto, quando alguns gregos, admirados e
espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a
tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas
para elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os
acontecimentos e as coisas da natureza, os acontecimentos e as ações
humanas podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria
razão é capaz de conhecer-se a si mesma.
A filosofia é um tipo de conhecimento que produz estranheza.
Estranheza já que o primeiro movimento da filósofa ou filósofo é colocar
em dúvida todo e qualquer dado. Veja o exemplo do filósofo René
Descartes. É a partir da dúvida total e radical conhecemos
imediatamente a primeira certeza absoluta.
Trata-se da condição interna do movimento de duvidar, condição essa
eminentemente da minha própria singularidade, a saber a existência do
meu pensar. Assim, se duvido, o meu pensamento existe, logo eu
existo. Será na segunda meditação que Descartes discutirá as
questões relativas à existência e a natureza do eu: 
De sorte que, após ter pensado bastante nisto e ter
examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre
enfim concluir e ter por constante que esta proposição,
eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas
as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu
espírito (DESCARTES, 1962, p. 125).
 
Já Sócrates nos lembra, nos diálogos platônicos, que a dúvida
possibilita ponderar sobre as próprias atitudes individuais, como ao
perceber a nossa ignorância. Tal caso é retratado na obra Apologia de
Sócrates, quando a personagem, após a consulta no templo de Delfos,
vai testar na cidade a informação que ele é o mais sábio na cidade.
 
Ora, certa vez, indo a Delfos, arriscou esta consulta ao
oráculo – repito, senhores; não vos amotineis – ele
perguntou se havia alguém mais sábio que eu;
respondeu a Pítia que não havia ninguém mais sábio.
Para testemunhar isso, tendes aí o irmão dele, porque
ele já morreu. Examinai por que vos conto eu esse
fato; é para explicar a procedência da calúnia. Quando
soube daquele oráculo, pus-me a refletir assim: "Que
quererá dizer o deus? Que sentido oculto pôs na
resposta? Eu cá não tenho consciência de ser nem
muito sábio nem pouco; que quererá ele, então,
significar declarando-me o mais sábio? Naturalmente,
não está mentindo, porque isso lhe é impossível." Por
longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido;
por fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma
investigação, que passo a expor (PLATÃO, 2008, p.
21).
O resultado desta busca revelou a importância e a conduta do filósofo,
aquele sujeito que busca questionar e compreender as complexidades
do mundo, desconstruindo verdades mal estabelecidas, revelando as
tensões da vida social, mesmo que isto represente uma privação de
uma série de outras atividades. Neste sentido, o filósofo, além de tratar
da estranheza, é reputado como sujeito estranho no meio da
sociedade. Tal ponto é novamente ilustrado por Sócrates:
O provável, senhores, é que, na realidade, o sábio seja
o deus e queira dizer, no seu oráculo, que pouco valor
ou nenhum tem a sabedoria humana; evidentemente
se terá servido deste nome de Sócrates para me dar
como exemplo, como se dissesse: "O mais sábio
dentre vós, homens, é quem, como Sócrates,
compreendeu que sua sabedoria é verdadeiramente
desprovida do mínimo valor." Por isso não parei essa
investigação até hoje, vagueando e interrogando, de
acordo com o deus, a quem, seja cidadão, seja
forasteiro, eu tiver na conta de sábio, e, quando julgar
que não o é, coopero com o deus, provando que não é
sábio. Essa ocupação não me permitiu lazeres para
qualquer atividade digna de menção nos negócios
públicos nem nos particulares; vivo numa pobreza
extrema, por estar ao serviço do deus. (PLATÃO,
2008, p. 24).
É por isso que podemos concordar com a apresentação do filósofo
brasileiro José Arthur Giannotti ao sustentar esta condição da
estranheza como algo próprio da filosofia, diz “o filosofo sempre foi
considerado um personagem bizarro, estranho, capaz de cair num poço
quando se embrenha em suas reflexões” (GIANNOTTI, 2011, p.21)
Aliás em muitas culturas, a coruja é a ave que simboliza a sabedoria[2].
Isso se deve ao fato de que, na tradição grega, a coruja foi vista como a
ave de Athena (Minerva, para os romanos), ou seja, como símbolo da
racionalidade e da sabedoria, como a representação da atitude
desperta, que procura, que age sob o fluxo lunar, e que não dorme
quando se trata da busca do conhecimento.
Associada à capacidade de enxergar mesmo nas trevas, seus grandes
olhos voltados para a compreensão, para a observação, são
suficientemente significativos para traduzirem a ideia de que a busca da
sabedoria pressupõe um olhar atento para a compreensão do mundo
(CHEVALIER, 2005 apud BITTAR & ALMEIDA, 2008, p. 1,2).
Em sua obra: “Curso de Filosofia do Direito”, Bittar & Almeida (2008)
chamam a nossa atenção para o fato de que “uma longa experiência
que seja não refletida, mas mecanicamente vivida, não é sinônimo de
sabedoria adquirida. A sabedoria realmente evoca experiência e
capacidade de absorção reflexiva da experiência mundana, esta
predisposição de voltar-se para o processo de convívio com o espanto
diante do mundo”.
Os especialistas referem-se a construções de mosteiros e de fortalezas
no período medieval como uma outra metáfora para explicar a questão
da sabedoria.
Os mosteiros construídos em regiões mais altas, as fortalezas num alto
penhasco. Em ambos os casos, observam-se consideráveis distâncias
da vida urbana, de onde se pode ter ampla visão do todo.
Os mosteiros, lugares de reclusão, de ligação com o divino, propiciam
aos monges a condição de serem mediadores entre o mundo humano e
o divino. A capacidade de os monges orientarem resulta da sua
condição de ver muito além do que os homens conseguem ver.
Já das fortalezas no exercício de seu papel defensivo contra os
inimigos de uma sociedade vulnerável a toda sorte de ataques e
embates, os sentinelas podem ter ampla visão de tudo para propor o
aviso estratégico ou de propor o ataque sobre o perigo iminente do
invasor.
Para os autores, a visão de um filósofo não é a de um especialista, mas
a de um conhecedor das diversas perspectivas em que se inscreve a
vivência mundana e suas questões, em geral, seus grandes dilemas.
Sua visão não é a visão local, a do cientista, mas a visão geral,
abrangente. O filósofoobserva diversos aspectos de questões
abrangentes, suas observações se dão de modo integral e holístico.
Suas questões são enigmáticas para a condição humana. O filósofo lida
com questões aporéticas [dúbias, paradoxais], (Que é ser? Qual é a
natureza humana? Qual o sentido da vida? Qual a melhor forma de
governo? Como se pode definir justiça?). Assim, busca um lugar
privilegiado para observação. Distancia-se para compreender, ora para
contemplar tal qual o monge, ora para ter a certeza da mais clara
estratégia defensiva, como o guerreiro (BITTAR & ALMEIDA, 2008).
Nas palavras dos autores, “ao usar o pensamento como força de
compreensão, acaba por agir sobre o mundo, e isto porque, ao utilizar o
ferramental da razão, se posta como sentinela e defensor da garantia
de que a razão será conservada na vida social como um distintivo
fundamental da condição humana. (...) A filosofia exerce uma
verdadeira vigília dirigida a si mesma e ao mundo circundante,
dedicada a cumprir uma tarefa de fundamental importância para a
existência humana” (BITTAR & ALMEIDA 2008, p.4).
Como visto até este momento o filósofo volta-se à busca pelo
conhecimento, pela sabedoria. Assim, devemos indagar: para que
filosofia? [3]
Ao tomar distância da vida cotidiana e de si mesmo, indagando sobre
as crenças e os sentimentos que alimentam, silenciosamente, nossa
existência, o homem estaria interrogando a si mesmo, desejando
conhecer o porquê de suas crenças e sentimentos. Essa atitude recebe
o nome de atitude filosófica.
ATITUDE FILOSÓFICA = APRECIAÇÃO DISTANCIADA DO OBJETO DE REFLEXÃO.
A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer
não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às
ideias da experiência cotidiana, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao
estabelecido.
A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma
interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as
situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também
uma interrogação sobre o porquê disso tudo e de nós, e uma
interrogação sobre como tudo isso é assim e não de outra maneira. O
que é? Por que é? Como é? Essas são as indagações fundamentais da
atitude filosófica.
A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que
chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.
ATITUDE CRÍTICA = NEGAR O PRÉ-ESTABELECIDO (1° PASSO) PARA PODER PROVOCAR,
INDAGAR (2° PASSO).
A Filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do
senso comum e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que
imaginávamos saber; por isso, o patrono da Filosofia, o grego Sócrates,
afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei
que nada sei”. Para o discípulo de Sócrates, o filósofo grego Platão, a
Filosofia começa com a admiração; já o discípulo de Platão, o filósofo
Aristóteles, acreditava que a Filosofia começa com o espanto.
Admiração e espanto significam: tomamos distância do nosso mundo
costumeiro, por meio de nosso pensamento, olhando-o como se nunca
o tivéssemos visto antes, como se não tivéssemos tido família, amigos,
professores, livros e outros meios de comunicação que nos tivessem
dito o que o mundo é; como se estivéssemos acabando de nascer para
o mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que é, por
que é e como é o mundo, e precisássemos perguntar também o que
somos, por que somos e como somos.
Todas as pretensões das ciências pressupõem que elas acreditem na
existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o
pensamento, na tecnologia como aplicação prática de teorias, na
racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser corrigidos e
aperfeiçoados.
Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos,
relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso
não é ciência, são questões filosóficas. O cientista parte delas como
questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca
respostas para elas.
Características da atitude filosófica que independem do conteúdo
investigado:
- perguntar o que a coisa, ou o valor, ou a ideia, é. A Filosofia pergunta
qual é a realidade ou natureza e qual é a significação de alguma coisa,
não importa qual;
- perguntar como a coisa, ou o valor, ou a ideia, é. A Filosofia indaga
qual é a estrutura e quais são as relações que constituem uma coisa,
uma ideia ou um valor;
- perguntar por que a coisa, a ideia ou o valor, existe e é como é. A
Filosofia pergunta pela origem ou pela causa de uma coisa, de uma
ideia, de um valor.
As perguntas da Filosofia se dirigem ao próprio pensamento: o que é
pensar, como é pensar, por que há o pensar? Por ser uma volta que o
pensamento realiza sobre si mesmo, a Filosofia se realiza
como reflexão.
A Filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo.
Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento
de retorno a si mesmo.
A reflexão filosófica é radical porque é um movimento de volta do
pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para
indagar como é possível o próprio pensamento.
A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de
perguntas ou questões:
1. Quais os motivos, as razões e as causas para pensarmos o que
pensamos, dizermos o que dizemos, fazermos o que fazemos?
2. Qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos ou
fazemos?
3. Qual é a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e
fazemos?
Crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro, um
conhecimento?
A atitude filosófica inicia-se com perguntas sobre a essência,
a significação ou a estrutura e a origem de todas as coisas.
A reflexão filosófica indaga, dirige-se ao pensamento, aos seres
humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a capacidade e
a finalidade humanas para conhecer e agir.
A Filosofia, cada vez mais, ocupa-se com as condições e os princípios
do conhecimento que pretenda ser racional e verdadeiro; com a origem,
a forma e o conteúdo dos valores éticos, políticos, artísticos e culturais;
com a compreensão das causas e das formas da ilusão e do
preconceito no plano individual e coletivo; com as transformações
históricas dos conceitos, das ideias e dos valores.
A Filosofia volta-se também para o estudo da consciência em suas
várias modalidades: percepção, imaginação, memória, linguagem,
inteligência, experiência, reflexão, comportamento, vontade, desejo e
paixões; procurando descrever as formas e os conteúdos dessas
modalidades de relação entre o ser humano e o mundo, do ser humano
consigo mesmo e com os outros.
A Filosofia visa ao estudo e à interpretação de ideias ou significações
gerais como: realidade, mundo, natureza, cultura, história,
subjetividade, objetividade, diferença, repetição, semelhança, conflito,
contradição, mudança etc.
Em outras palavras, a Filosofia se interessa por aquele instante em que
a realidade natural (o mundo das coisas) e a histórica (o mundo dos
homens) tornam-se estranhas, espantosas, incompreensíveis e
enigmáticas, quando o senso comum já não sabe o que pensar e dizer
e as ciências e as artes ainda não sabem o que pensar e dizer.
Essa descrição da atividade filosófica capta a Filosofia
como análise (das condições da ciência, da religião, da arte, da moral),
como reflexão (isto é, volta da consciência para si mesma para
conhecer-se como capacidade para o conhecimento, o sentimento e a
ação) e como crítica (das ilusões e dos preconceitos individuais e
coletivos, das teorias e práticas científicas, políticas e artísticas),
estando essas três atividades (análise, reflexão e crítica) orientadas
para elaboração filosófica de significações gerais sobre a realidade e os
seres humanos.
Além de análise, reflexão e crítica, a Filosofia é a busca do fundamento
e do sentido da realidade em suas múltiplas formas, indagando o que
são, qual sua permanência e qual a necessidade interna que as
transforma em outras. O que é o ser e o aparecer-desaparecer dos
seres?
A Filosofia não é ciência: é uma reflexão crítica sobre osprocedimentos
e os conceitos científicos. Não é religião: é uma reflexão crítica sobre
as origens e as formas das crenças religiosas. Não é arte: é uma
interpretação crítica dos conteúdos, das formas, das significações das
obras de arte e do trabalho artístico. Não é sociologia nem psicologia,
mas a interpretação e a avaliação crítica de conceitos e métodos da
sociologia e da psicologia. Não é política, mas interpretação,
compreensão e reflexão sobre a origem, a natureza e as formas do
poder. Não é história, mas interpretação do sentido dos acontecimentos
inseridos no tempo e compreensão do que seja o próprio tempo.
Conhecimento do conhecimento e da ação humana, conhecimento da
transformação temporal dos princípios do saber e do agir,
conhecimento da mudança das formas do real ou dos seres; a Filosofia
sabe que está na História e que possui uma história.
Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for
útil; se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos
poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do
mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das
criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a
cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes
de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a
felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o
mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.
Traçadas as delineações gerais do que vem a ser a filosofia é
importante retomarmos algumas considerações a respeito do seu
surgimento na Grécia para que possamos, dessa forma, pontuar
algumas fases que são importantes ao estudo desta disciplina.
A Filosofia surgiu quando alguns pensadores gregos se deram conta de
que a verdade do mundo e dos humanos não era secreta e misteriosa,
que precisasse ser revelada por divindades a alguns escolhidos, mas,
ao contrário, podia ser conhecida por todos por meio de operações
mentais de raciocínio, que são as mesmas em todos os seres
humanos. Descobriram que a linguagem respeita exigências do
pensamento, o que, por esse mesmo motivo, os conhecimentos
verdadeiros podem ser transmitidos e ensinados a todos.
Assim, considerando esse momento de questionamento e consequente
surgimento da filosofia podemos delimitar, desse modo, alguns traços
da atividade filosófica desde o seu nascimento:
1. Tendência à racionalidade: os gregos foram os primeiros a definir o
ser humano como animal racional, a considerar que o pensamento e a
linguagem definem a razão, que o homem é um ser dotado de razão e
que a racionalidade é um traço distintivo em relação a todos os outros
seres.
2. Recusa de explicações pré-estabelecidas: cada fato exige uma
explicação racional como resultado de investigação.
3. Tendência à argumentação e ao debate: nenhuma solução pode ser
aceita sem que tenha sido demonstrada, isto é, provada racionalmente
em conformidade com princípios e regras do pensamento verdadeiro.
4. Capacidade de generalização: mostrar que uma explicação tem
validade para muitas outras coisas diferentes ou muitos fatos diversos,
porque sob a aparência da diversidade e variação, pode-se descobrir
semelhanças e identidades. A capacidade racional chama-
se síntese (palavra grega que significa reunião, fusão de várias coisas
numa união íntima para formar um todo).
5. Capacidade de diferenciação: mostrar que fatos ou coisas que
parecem iguais ou semelhantes, na verdade, são diferentes quando
examinados pela razão. A capacidade racional de compreender
diferenças em coisas nas quais parece haver identidade e semelhança,
chama-se análise (palavra grega que significa ação de desligar,
separar, resolução de um todo em suas partes).
Com a Filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as
bases e os princípios fundamentais do que chamamos de razão,
racionalidade, ciência, ética, política, técnica e arte.
No tocante a história da Grécia [4] é válido salientar que essa costuma
ser dividida pelos historiadores em quatro grandes fases ou épocas:
1. A da Grécia homérica, correspondente aos 400 anos narrados pelo
poeta Homero, em seus dois grandes poemas, Ilíada e Odisseia;
2. A da Grécia arcaica ou dos sete sábios, do século VII ao século V
a.C., quando os gregos criam cidades como Atenas, Esparta, Tebas,
Megara, Samos etc., com predominância da economia urbana, baseada
no artesanato e no comércio;
3. A da Grécia clássica, nos séculos V e IV a.C., quando a democracia
se desenvolve, a vida intelectual e artística entra no apogeu e Atenas
domina a Grécia com seu império comercial e militar;
4. E, finalmente, a da época helenística, a partir do final do século IV
a.C., quando a Grécia passa para o poderio do império de Alexandre da
Macedônia e, depois, para as mãos do Império Romano, terminando a
história de sua existência independente.
Os períodos da Filosofia não correspondem exatamente a essas
épocas, já que ela não existe na Grécia homérica e só aparece nos
meados da Grécia arcaica. Entretanto, o apogeu da Filosofia acontece
durante o apogeu da cultura e da sociedade grega; portanto, durante a
Grécia clássica.
Estabelecida a divisão em períodos da história da Grécia cumpre
estabelecermos a divisão, também em períodos, da filosofia grega.
1. Período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final
o século V a.C., - a origem do mundo e as causas das transformações
na natureza.
2. Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo o
século IV a.C., - a ética, a política e as técnicas (em grego, ântropos =
homem, período antropológico).
3. Período sistemático, do final do século IV ao final do século III a.C., -
busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia
e a antropologia; busca mostrar o objeto do conhecimento filosófico,
desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam
firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da
ciência.
4. Período helenístico ou greco-romano, do final do século III a.C. até o
século VI d.C. Esse período alcança Roma e o pensamento dos
primeiros padres da Igreja. A Filosofia se ocupa, sobretudo, com as
questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o
homem e a natureza e de ambos com Deus.
Pode-se perceber que os dois primeiros períodos da Filosofia grega
têm como referência o filósofo Sócrates de Atenas, de onde vem a
divisão em Filosofia pré-socrática e socrática.
No tocante ao período pré-socrático ou cosmológico é importante que
nos atentemos às seguintes escolas filosóficas e aos filósofos que as
integraram:
1. Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro
de Mileto e Heráclito de Éfeso;
2. Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de
Tarento;
3. Escola Eleata: Parmênides de Eleia e Zenão de Eleia;
4. Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de
Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
Com relação à cosmologia é oportuno observar as seguintes
características:
1. Busca explicação racional e sistemática sobre a origem, a ordem e
a transformação da natureza, da qual os seres humanos fazem parte,
de modo que, ao explicar a natureza, a Filosofia explique a origem e as
mudanças dos seres humanos.
2. Nega que o mundo tenha surgido do nada, como acredita a religião
judaico-cristã, segundo a qual Deus cria o mundo do nada. Por isso diz:
“Nada vem do nada e nada volta ao nada”. Isso significa:
a) que o mundo, ou a natureza, é eterno;
b) que no mundo, ou na natureza, tudo se transforma em outra coisa
sem jamais desaparecer, embora a forma particular que uma coisa
possua desapareça com ela, mas não sua matéria.
3. Afirma que o mundo é eterno, perene, imortal, de onde tudo nasce e
para onde tudo volta é invisível para os olhos do corpo e visível
somente para o olho do espírito, isto é, para o pensamento.
4. Entende que o mundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde
tudo brota e para onde tudo retorna é o elementoprimordial da
natureza e chama-se physis (em grego,physis = fazer surgir, fazer
brotar, fazer nascer, produzir). A physis é a natureza eterna e em
perene transformação.
5. Considera que, embora a physis (o elemento primordial eterno) seja
imperecível, ela dá origem a todos os seres infinitamente variados e
diferentes do mundo, seres que, ao contrário do princípio gerador, são
perecíveis ou mortais.
6. Afirma que todos os seres, além de serem gerados e de serem
mortais, são seres em contínua transformação, mudando de qualidade
(por exemplo, o branco amarelece, acinzenta, enegrece; o novo
envelhece, o quente esfria, o dia se torna noite, a primavera cede lugar
ao verão, o saudável adoece, a criança cresce etc.) e mudando de
quantidade (o pequeno cresce e fica grande, o longe fica perto, um rio
aumenta de volume na cheia e diminui na seca etc.). Portanto, o mundo
está em mudança contínua, sem por isso perder sua forma, sua ordem
e sua estabilidade.
A mudança - nascer, morrer, mudar de qualidade ou de quantidade -
chama-se movimento e o mundo está em movimento permanente.
O movimento do mundo chama-se devir (vir a ser, transformar-se,
tornar-se, metamorfosear-se) e segue leis rigorosas que o pensamento
conhece, que mostram que toda mudança é passagem de um estado
ao seu contrário: dia-noite, claro-escuro, cheio-vazio, um-muitos etc., e
também no sentido inverso, noite-dia. O devir é, portanto, a passagem
contínua de uma coisa ao seu estado contrário. Uma passagem que
não é caótica. Obedece a leis determinadas pela physis ou pelo
princípio fundamental do mundo.
Alguns filósofos gregos, do período pré-socrático, acreditavam na
existência de um princípio eterno e imutável do qual teria resultado a
natureza e pelo qual a natureza permaneceria em constante
transformação.
Veja-se, por exemplo, o que pensavam alguns dos filósofos: Tales dizia
que o princípio era a água ou o úmido; Anaximandro considerava que
era o ilimitado sem qualidades definidas; Anaxímenes, que era o ar ou o
frio; Heráclito afirmou que era o fogo; Leucipo e Demócrito disseram
que eram os átomos. E assim por diante.
Após essas considerações imprescindíveis a respeito do surgimento da
Filosofia, notadamente no que tange à Filosofia Grega, pois a Grécia,
como visto, foi o berço de seu nascimento, vamos agora traçar algumas
delineações gerais a respeito da filosofia na história[5].
Dessa forma, teremos, já neste primeiro módulo de estudo, uma visão
holística sobre os caminhos que percorremos nos módulos seguintes.
De se registrar que foi dada maior atenção à Filosofia Grega uma vez
que é daí que partem os demais filósofos, inclusive aqueles que
realizarão, na Idade Média, uma releitura dos filósofos que sucederam
Sócrates.
Como todas as outras criações e instituições humanas, a Filosofia está
na História e tem uma história.
Está na História: a Filosofia manifesta e exprime os problemas e as
questões que, em cada época de uma sociedade, os homens colocam
para si mesmos, diante do que é novo e ainda não foi compreendido. A
Filosofia procura enfrentar essa novidade, oferecendo caminhos,
respostas e, sobretudo, propondo novas perguntas, num diálogo
permanente com a sociedade e a cultura de seu tempo, da qual ela faz
parte.
Tem uma história: as respostas, as soluções e as novas perguntas que
os filósofos de uma época oferecem tornam-se saberes adquiridos que
outros filósofos prosseguem ou, frequentemente, tornam-se novos
problemas que outros filósofos tentam resolver, seja aproveitando o
passado filosófico, seja criticando-o e refutando-o. Além disso, as
transformações nos modos de conhecer podem ampliar os campos de
investigação da Filosofia, fazendo surgir novas disciplinas filosóficas,
como também podem diminuir esses campos, porque alguns de seus
conhecimentos podem desligar-se dela e formar disciplinas separadas.
A Filosofia teve seu campo de atividade aumentado:
No século XVIII, a filosofia da arte ou estética;
No século XIX, a filosofia da história;
No século XX, a filosofia das ciências ou epistemologia e a
filosofia da linguagem. Por outro lado, o campo da Filosofia
diminuiu quando as ciências particulares que dela faziam parte
foram-se desligando para constituir suas próprias esferas de
investigação. É o que acontece, por exemplo, no século XVIII,
quando se desligam da Filosofia a biologia, a física e a química;
No século XX, as chamadas ciências humanas (psicologia,
antropologia, história).
Pelo fato de estar na História e ter uma história, a Filosofia costuma ser
apresentada em grandes períodos que acompanham, às vezes de
maneira mais próxima, às vezes de maneira mais distante, os períodos
em que os historiadores dividem a História da sociedade ocidental.
Assim, os principais períodos da Filosofia são: Filosofia Antiga, Filosofia
Patrística, Filosofia Medieval, Filosofia da Renascença, Filosofia
Moderna, Filosofia da Ilustração ou Iluminismo e Filosofia
Contemporânea.
A Filosofia Antiga (século VI A.C. ao século VI D.C) compreende os
quatro grandes períodos da Filosofia greco-romana, indo dos pré-
socráticos aos grandes sistemas do período helenístico, mencionados
linhas acima.
A Filosofia Patrística (século I ao século VIII) inicia-se com as Epístolas
de São Paulo e o Evangelho de São João e termina no século VIII,
quando teve início a Filosofia medieval.
A patrística resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais
(Paulo e João) e pelos primeiros padres da Igreja para conciliar a nova
religião - o Cristianismo - com o pensamento filosófico dos gregos e
dos romanos, pois somente com tal conciliação seria possível
convencer os pagãos da nova verdade e convertê-los a ela. A Filosofia
patrística liga-se, portanto, à tarefa religiosa da evangelização e à
defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que
recebia dos antigos.
Divide-se em patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística
latina (ligada à Igreja de Roma) e seus nomes mais importantes foram:
Justino, Tertuliano, Atenágoras, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo
Ambrósio, São Gregório Nazianzo, São João Crisóstomo, Isidoro de
Sevilha, Santo Agostinho, Beda e Boécio.
A patrística foi obrigada a introduzir ideias desconhecidas para os
filósofos greco-romanos: a ideia de criação do mundo, de pecado
original, de Deus como trindade una, de encarnação e morte de Deus,
de juízo final ou de fim dos tempos e ressurreição dos mortos etc.
Precisou também explicar como o mal pode existir no mundo, já que
tudo foi criado por Deus, que é pura perfeição e bondade. Introduziu,
sobretudo com Santo Agostinho e Boécio, a ideia de “homem interior”,
isto é, da consciência moral e do livre-arbítrio, pelo qual o homem se
torna responsável pela existência do mal no mundo.
Para impor as ideias cristãs, os padres da Igreja as transformaram em
verdades reveladas por Deus (através da Bíblia e dos santos) que, por
serem decretos divinos, seriam dogmas, isto é, irrefutáveis e
inquestionáveis.
Surge uma distinção, desconhecida pelos antigos, entre verdades
reveladas ou da fé e verdades da razão ou humanas, isto é, entre
verdades sobrenaturais e verdades naturais, as primeiras introduzindo
a noção de conhecimento recebido por uma graça divina, superior ao
simples conhecimento racional.
O grande tema de toda a Filosofia patrística é o da possibilidade de
conciliar razão e fé, e, a esse respeito, havia três posições principais:
1. Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão
(diziam eles: “Creio porque absurdo”).
2. Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas subordinavam a razão
à fé (diziam eles: “Creio para compreender”).
3. Os que julgavam razão e fé irreconciliáveis, mas afirmavam que cada
uma delas tem seu campo próprio de conhecimento e não devem
misturar-se (a razão se refere a tudo o que concerne à vida temporal
dos homens no mundo; a fé, a tudo o que se refere à salvação da alma
e à vida eterna futura).
No tocante à Filosofia Medieval (século VIII ao século XIV) saliente-se
que essa abrange pensadores europeus,árabes e judeus. É o período
em que a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava reis,
organizava Cruzadas à Terra Santa e criava, à volta das catedrais, as
primeiras universidades ou escolas. A partir do século XII, por ter sido
ensinada nas escolas, a Filosofia medieval também é conhecida com o
nome de Escolástica.
A Filosofia medieval teve como influências principais Platão e
Aristóteles, embora o Platão que os medievais conhecessem fosse o
neoplatônico (vindo da Filosofia de Plotino, do século VI d.C.), e o
Aristóteles que conhecessem fosse aquele conservado e traduzido
pelos árabes.
Conservando e discutindo os mesmos problemas que a Patrística, a
Filosofia medieval acrescentou outros - particularmente um, conhecido
com o nome de "Problema dos Universais" - e, além de Platão e
Aristóteles, sofreu uma grande influência das ideias de Santo
Agostinho. Durante esse período surge propriamente a Filosofia cristã,
que é, na verdade, a teologia. Um de seus temas mais constantes são
as provas da existência de Deus e da alma, isto é, demonstrações
racionais da existência do infinito criador e do espírito humano imortal.
A diferença e a separação entre infinito (Deus) e finito (homem, mundo),
a diferença entre razão e fé (a primeira deve subordinar-se à segunda),
a diferença e a separação entre corpo (matéria) e alma (espírito), O
universo como uma hierarquia de seres, em que os superiores
dominam e governam os inferiores (Deus, arcanjos, anjos, alma, corpo,
animais, vegetais, minerais), a subordinação do poder temporal de reis
e barões ao poder espiritual de papas e bispos: eis os grandes temas
da Filosofia medieval.
Outra característica marcante da Escolástica foi o método por ela
inventado para expor as ideias filosóficas, conhecida como disputa:
apresentava-se uma tese e esta devia ser refutada ou defendida por
argumentos tirados da Bíblia, de Aristóteles, de Platão ou de outros
padres da Igreja.
Assim, uma ideia era considerada uma tese verdadeira ou falsa
dependendo da força e da qualidade dos argumentos encontrados nos
vários autores. Por causa desse método de disputa - teses, refutações,
defesas, respostas, conclusões baseadas em escritos de outros autores
-, costuma-se dizer que, na Idade Média, o pensamento estava
subordinado ao princípio da autoridade, isto é, uma ideia é considerada
verdadeira se for baseada nos argumentos de uma autoridade
reconhecida (Bíblia, Platão, Aristóteles, um papa, um santo).
Os teólogos medievais mais importantes foram: Abelardo, Duns Scoto,
Escoto Erígena, Santo Anselmo, Santo Tomás de Aquino, Santo Alberto
Magno, Guilherme de Ockham, Roger Bacon, São Boaventura. Do lado
árabe: Avicena, Averróis, Alfarabi e Algazáli. Do lado judaico:
Maimônides, Nahmanides, Yeudah bem Levi.
A Filosofia da Renascença (século XIV ao século XVI) é marcada pela
descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média, de
novas obras de Aristóteles, bem como pela recuperação das obras dos
grandes autores e artistas gregos e romanos.
Nesse período predominaram algumas linhas de pensamento, dentre
elas podemos elencar as seguintes:
Proveniente de Platão, do neoplatonismo e da descoberta dos
livros do Hermetismo; nela se destacava a ideia da natureza
como um grande ser vivo; o homem faz parte da natureza como
um microcosmo;
Originária dos pensadores florentinos, que valorizava a vida ativa,
isto é, a política, e defendia os ideais republicanos das cidades
italianas contra o Império Romano-Germânico, isto é, contra o
poderio dos papas e dos imperadores;
Propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino,
tanto através dos conhecimentos (astrologia, magia, alquimia),
quanto através da política (o ideal republicano), das técnicas
(medicina, arquitetura, engenharia, navegação) e das artes
(pintura, escultura, literatura, teatro).
A respeito da Filosofia Moderna (século XVII a meados do século XVIII)
esclareça-se que esse período, conhecido como o Grande
Racionalismo Clássico, é marcado por três grandes mudanças
intelectuais:
Aquela conhecida como o “surgimento do sujeito do
conhecimento”;
O ponto de partida é o sujeito do conhecimento como consciência
de si reflexiva, isto é, como consciência que conhece sua
capacidade de conhecer;
A resposta à pergunta anterior constituiu a segunda grande
mudança intelectual dos modernos e essa mudança diz respeito
ao objeto do conhecimento;
Essa concepção da realidade como intrinsecamente racional e
que pode ser plenamente captada pelas ideias e pelos conceitos
preparou a terceira grande mudança intelectual moderna.
Com relação à Filosofia da Ilustração ou Iluminismo (meados do século
XVIII ao início do século XIX) pode-se afirmar que esse período
também crê nos poderes da razão, chamada de "As Luzes" (por isso, o
nome Iluminismo). O Iluminismo afirma que:
pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade
social e política;
a razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser
perfectível;
o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das
civilizações;
há diferença entre natureza e civilização.
Os principais pensadores do período foram: Hume, Voltaire,
D’Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling (embora este
último costume ser colocado como filósofo do Romantismo).
Por derradeiro, com relação à Filosofia Contemporânea registre-se que
essa abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século XIX
e chega aos nossos dias. Esse período, por ser o mais próximo de nós,
parece ser o mais complexo e o mais difícil de definir, pois as
diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos parecem
muito grandes porque as vemos surgir diante de nós.
 
[1]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia, Unidade 1, A Filosofia, Capítulo
1 Origem da Filosofia da autoria de Marilena Chauí, Editora Ática, São Paulo,
2000.
[2] Texto adaptado da obra Curso de Filosofia do Direito, 6ª Ed. da autoria de
Eduardo C.B. Bittar & Guilherme Assis de Almeida, Ed. Atlas, São Paulo,
2008.
[3]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia, Unidade 1, A Filosofia, Capítulo
1
Origem da Filosofia da autoria de Marilena Chauí, Editora Ática, São Paulo,
2000.
[4]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia, Unidade 1, A Filosofia, Capítulo
3
Campos de investigação da Filosofia da autoria de Marilena Chauí, Editora
Ática, São Paulo, 2000.
[5]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia, Unidade 1, A Filosofia, Capítulo
1 Origem da Filosofia da autoria de Marilena Chauí, Editora Ática, São Paulo,
2000.
 
Exercício 1:
Exercício 1
Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa que contenha apenas as assertivas que são
corretas.
1) A Filosofia se volta para as questões humanas no plano da ação, dos comportamentos, das ideias,
das crenças, dos valores e, portanto, preocupa-se com as questões morais e políticas.
2) O ponto de partida é a confiança no pensamento ou no homem como um ser racional, capaz de
conhecer-se a si mesmo e, portanto, capaz de reflexão. Reflexão é a volta que o pensamento faz
sobre si mesmo para conhecer-se; é a consciência conhecendo-se a si mesma como capacidade para
conhecer as coisas, alcançando o conceito ou a essência delas.
3) A preocupação se volta para estabelecer procedimentos capazes de permitir ao homem encontrar
a verdade. O pensamento deve oferecer a si mesmo caminhos próprios, critérios próprios e meios
próprios para saber o que é o verdadeiro e como alcançá-lo em tudo que é investigado.
4) A Filosofia está voltada para a definição das virtudes morais e das virtudes políticas, tendo como
objeto central de suas investigações a moral e a política; isto é, as ideias e as práticas que norteiam
os comportamentos dos seres humanos tanto como indivíduos quanto como cidadãos.
 
 
A)
A) Apenas as alternativas 2 e 4 estão corretas.
 
B)
B) Apenas as alternativas 1 e 3 estão corretas.
 
C)
C) Apenas as alternativas 1, 2 e 3 estão corretas.
D)
D) Apenas as alternativas 2 e 3 estão corretas.
 
E)
E) Todas estão corretas.
O aluno respondeu e acertou.Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 2:
Exercício 2
“[...] se em vez de afirmar que gosta de alguém porque
possui as mesmas ideias, gostos, preferências e valores,
preferisse analisar: O que é um valor? O que é um valor
moral? O que é um valor artístico? O que é a moral? O
que é a vontade? O que é a liberdade? Alguém que
tomasse essa decisão, estaria tomando distância da vida
cotidiana e de si mesmo [...] Ao tomar essa distância,
estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer
por que cremos no que cremos, por que sentimos o que
sentimos e o que são nossas crenças e nossos
sentimentos. Esse alguém estaria começando a adotar o
que chamamos de atitude filosófica. Assim, uma
primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?”
poderia ser: A decisão de não aceitar como óbvias e
evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os
valores, os comportamentos de nossa existência
cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los
investigado e compreendido” (CHAUÍ, M. Convite è
Filosofia. Introdução).
De acordo com o texto, qual das seguintes atitudes seria
uma atitude filosófica?
 
A)
A) Fico sentado diante de uma flor para observar cada detalhe.
 
B)
B) Leio um livro para me distrair e não entendo o que o autor
quer dizer com a palavra “altruísmo”.
 
C)
C) Espero o ônibus ouvindo música clássica no meu MP3.
 
D)
D) Olho-me no espelho de manhã e me pergunto “o que eu
sou”. 
 
E)
E) Saio de casa correndo logo cedo de manhã, para não me
atrasar.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 3:
Exercício 3
Quanto a Filosofia como um fato tipicamente grego
considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa
que contenha apenas as assertivas que são incorretas.
I - A antiga Grécia deu origem a Filosofia como
aspiração ao conhecimento racional, lógico e
sistemático da realidade natural e humana, que se
ocupa da origem e das causas do mundo, de suas
transformações, das ações humanas e do próprio
pensamento.
II - Foram os gregos que instituíram para o Ocidente
europeu as bases e os princípios fundamentais do que
chamamos razão, racionalidade, ciência, ética, política,
técnica, arte.
III - Não podemos dizer que outros povos, tão antigos
quanto os gregos, como os chineses, os hindus, os
japoneses, os árabes, os persas, os hebreus, os
africanos ou os índios da América não possuíam
sabedoria, como possuem até os dias de hoje.
IV - É sabido que povos antigos como os chineses, os
hindus, os japoneses, os árabes, os persas, os hebreus,
os africanos ou os índios da América também
desenvolveram o pensamento, mas não evoluíram
quanto às formas de conhecimento de Natureza e dos
seres humanos.
 
 
 
A)
A) Apenas a I.
 
B)
B) Apenas a II.
 
C)
C) Apenas a III.
 
D)
D) Apenas a IV.
E)
E) Todas são corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 4:
Exercício 4
Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa
que que contenha as assertivas que complementem,
corretamente, a frase a seguir: “A Filosofia surge
quando alguns gregos...”.
I - admirados e espantados com a realidade,
insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes
dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas
para elas.
II - demonstrando que o mundo e os seres humanos, os
acontecimentos e as coisas da natureza e as ações
humanas não podem ser conhecidos pela razão humana.
III - demonstram que a própria razão é capaz de
conhecer-se a si mesma.
IV - Romperam com as explicações mitológicas sobre o
cosmo.
 
 
A)
A) Apenas a I.
 
B)
B) Apenas a I e a II.
 
C)
C) Apenas a I e a III. 
 
D)
D) Apenas a III e a IV.
 
E)
E) Todas estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 5:
Exercício 7
A respeito da história da filosofia grega assinale a
alternativa que apresenta, na sequencia correta, os
períodos em que se encontra dividida.
 
A)
A) período greco-romano, período antropológico, período
cosmológico, período socrático.
B)
B) período antropológico, período cosmológico, período
sistemático, período helenístico.
C)
C) período pré-socrático, período socrático, período
sistemático, período helenístico.
 
D)
D) período cosmológico, período socrático, período greco-
romano, período sistemático.
E)
 
E) período cosmológico, período pré-socrático, período
socrático, período antropológico.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 6:
Exercício 8
Em muitas culturas a busca pela sabedoria ou, em
lugares, a sabedoria em si é representada por uma ave
ou um animal. A esse respeito, é correto afirmar que o
simbolo da busca pelo saber é na cultura grega e em
boa parte da cultura ocidental:
 
A)
A) o lobo.
 
 
B)
B) a raposa.
 
C)
C) a coruja.
 
D)
D) o leão.
 
E)
E) a águia.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 7:
Exercício 12
 
Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa
que contenha as assertivas que são incorretas.
I – A história da Grécia é dividida, sequencialmente, nos
seguintes períodos: Grécia Homérica, Grécia Clássica,
Grécia Arcaica e Época ou Período Helenístico.
II – A Filosofia esteve presente em todos os períodos da
história da Grécia.
III- O apogeu da Filosofia acontece durante a Grécia
clássica.
IV – Antes de ser dominada por Roma a Grécia foi
dominada pelo Império Macedônio, sob a autoridade de
Alexandre o Grande.
 
A)
A) I e II
 
B)
B) I e III
 
 
 
 
 
C)
C) I e IV
 
D)
D) II e III
 
E)
E) II e IV
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 8:
“SÓCRATES: E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de
memória? De início não sabia que linha forma a figura de oito pés e mesmo agora
não sabe, mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se soubesse,
sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a dificuldade em
que se encontra e, além de não saber, não acha mais que sabe.”
(PLATÃO. Mênon. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 35).
Dentre as características da filosofia socrática inferidas dos escritos de Platão, o
trecho acima retrata:
A)
o uso da dialética como meio de alcançar as verdades imutáveis da alma.
B)
o constante recurso a analogias e abundantes exemplos para testar definições.
C)
a crença na reminiscência ou recordação como meio de acessar o conhecimento.
 
D)
a convicção de que a investigação se inicia com um reconhecimento do não saber.
E)
a convicção de que a investigação se inicia com um conhecimento mitológico.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 9:
Não é campo da filosofia:
A)
Estética
B)
Lógica
C)
Teoria do conhecimento
D)
Sociologia 
E)
Ética
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 10:
Sobre a relação da filosofia com demais formas de
conhecimento, é correto afirmar que:
A)
A filosofia se equipara ao conhecimento científico, pois não
questiona os procedimentos e métodos.
B)
A filosofia não se equipara à ciência, pois apresenta uma
reflexão crítica sobre os procedimentos e os conceitos
científicos. 
C)
A filosofia se equipara ao conhecimento religioso já que
apresenta uma visão dogmática em relação às origens das
crenças.
D)
Filosofia se equipara à opinião, por não depender de qualquer
tipo de justificação.
E)
Não existe nenhuma relação entre filosofia e demais formas de
conhecimento na sociedade.
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Exercício 11:
Assinale a alternativa correta:
A)
A filosofia atribui um papel importante para a dúvida, pois se
trata de um expediente metodológico de suspensão de
determinado conhecimento para a investigação.
B)
A filosofia não atribui um papel importante para a dúvida, pois
busca produzir um conhecimento sem qualquer tipo de
questionamento.
C)
A filosofia rejeita a dúvida dianta da incerteza que ela gera na
produção do conhecimento.
D)
A dúvida é um expediente metodológico que foi aplicado
apenas por Descartes.
E)
A filosofia rejeita a dúvida por ser um conhecimento
dogmático.
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Exercício 12:
Sobre uma importante característica do conhecimento
filósofico, assinale a alternativa correta:
A)
O conhecimento dogmático é o filosófico, por justamente não
questionar nenhuma afirmação.
B)
O conhecimento filósofico se inicia através de um espanto, um
momento de estranheza em relação aos problemas da
sociedade.
C)
O conhecimento filosófico rejeita a dúvida.
D)
Não existe conhecimento filosófico, apenas o dogmático.
E)
O conhecimento filósofico é compreendido como uma crença
sem fundamento.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 13:
Exercício 6
Leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa
correta:
I – O termo Filosofia foi cunhado pelo filósofo grego
Pitágoras de Samos
PORQUE
I – Esse filósofo professava que embora a sabedoria
plena pertenciam aos deuses era possível que os
homens a alcançassem em sua plenitude
 
A)
A) A primeira assertiva é verdadeira e a segunda assertiva é
falsa. 
 
B)
B) A primeira assertiva é falsa e a segunda assertiva é
verdadeira.
 
C)
C) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a
primeira.
 
 
D)
D) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda não
justifica a primeira.
 
E)
E) As duas assertivas são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 14:
Assinale a correta afirmação sobre o início da história
da filosofia no mundo ocidental:
A)
O início da filosofia se relaciona com a experiência da Grécia
Antiga.
B)
O início da filosofia se relaciona com a experiência da Idade
Moderna, apenas.
C)
O início da filosofia se relaciona com a experiência da Grécia
Antiga, mas se vinculava com as tradições mitológicas.
D)
O início da filosofia se relaciona com a experiência da Idade
Moderna, sobretudo com os avanços científico obtidos com o
Iluminismo.
E)
Não é possível estabelecer um marco histórico sobre a origem
da filosofia.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 15:
Exercício 10
 
Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo
ou movimento de retorno a si mesmo. Dessa forma,
pode-se afirmar que a reflexão filosófica é radical
porque:
 
A)
A) é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo
para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o
próprio pensamento. 
 
B)
B) não é um movimento de volta do pensamento sobre si
mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é
possível o próprio pensamento.
 
 
C)
C) abandona todas as premissas estabelecidas pelo senso
comum com o objetivo de construir os alicerces do
conhecimento sem qualquer interferência de pré-conceitos.
 
D)
D) questiona, diuturnamente, as “verdades” estabelecidas pela
ciência.
 
E)
E) não admite, em nenhuma hipótese, a fixação de premissas
básicas, tendo em vista que essas podem sempre ser
desconstruídas em virtude dos novos conhecimentos
adquiridos em decorrência da investigação filosófica.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 16:
Exercício 9
Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa
que contenha apenas as assertivas que são corretas.
I – Sobre a atitude filosófica, que se subdivide em duas
fases, é correto afirmar que se trata da apreciação
distanciada do objeto de reflexão.
II – A primeira fase da atitude filosófica é positiva, ou
seja, formula-se questões a respeito do objeto sobe o
qual se reflete.
III – A segunda fase da atitude filosófica é negativa, ou
seja, nega-se todo e qualquer padrão que esteja pré-
estabelecido, buscando-se, dessa forma, construir as
premissas de determinada investigação sem qualquer
interferência do senso comum.
IV – Atitude crítica ou pensamento crítico é a
conjugação das duas fases da atitude filosófica.
 
 
A)
A) I e II
 
B)
B) I e III
 
C)
C) I e IV
 
D)
D) II e III
 
E)
E) II e IV
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 17:
Exercício 5
Assinale a alternativa que contenha apenas as
assertivas que são incorretas.
Quanto à atitude filosófica, não podemos dizer que:
I - A primeira característica da atitude filosófica é
negativa, isto é, um dizer não ao senso comum, aos pré-
conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às ideias da
experiência cotidiana, ao que "todo mundo diz e pensa",
ao estabelecido.
II - A segunda característica da atitude filosófica é
positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as
coisas, as ideias, os fatos, as situações, os
comportamentos, os valores, nós mesmos.
III - É permitir-se a uma interrogação sobre o porquê de
tudo de sobre nós mesmos, uma interrogação sobre
como tudo isso é assim e não de outra maneira. O que
é? Porque é? Como é? Essas são as indagações
fundamentais da atitude filosófica.
IV - A face negativa e a face positiva da atitude
filosófica constituem o que chamamos de atitude
realista e pensamento realista.
 
A)
A) Apenas a I.
 
B)
B) Apenas a II.
 
C)
C) Apenas a III.
 
D)
D) Apenas a II e a IV.
 
E)
E) Apenas a IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 18:
Exercício 11
 
A filosofia surge, na Grécia, quando se constata que as
verdades do mundo não se encontram envoltas por
mistérios não revelados a todos os seres humanos. Logo
em seu nascimento, a atividade filosófica é marcada por
alguns traços distintivos, dentre os quais podemos
elencar:
 
A)
A) tendência à racionalidade, tendência de explicações pré-
estabelecidas, recusa à argumentação e ao debate, capacidade
de generalização, capacidade de diferenciação.
 
B)
B) tendência à racionalidade, recusa de explicações pré-
estabelecidas, tendência à argumentação e ao debate,
capacidade de generalização, capacidade de diferenciação. 
C)
C) recusa à racionalidade, tendência de explicações pré-
estabelecidas, tendência à argumentação e ao debate,
capacidade de generalização, capacidade de diferenciação.
D)
D) tendência à racionalidade, recusa de explicações pré-
estabelecidas, recusa à argumentação e ao debate, capacidade
de individualização, capacidade de diferenciação.
 
E)
E) tendência à racionalidade, recusa de explicações pré-
estabelecidas, tendência à argumentação e ao debate,
capacidade de individualização, capacidade de diferenciação.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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