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psicofarmacologia

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Sensibilização 
A sensibilização farmacológica refere-se ao aumento da resposta a um fármaco após exposições repetidas a doses subliminares ou ineficazes desse fármaco. Isso significa que, com o tempo e a exposição contínua a um determinado medicamento, o corpo pode se tornar mais sensível a ele, levando a uma resposta mais pronunciada, mesmo com doses menores, ou seja a administração repetida de um fármaco resulta em aumento da efetividade do mesmo.Um exemplo clássico de sensibilização farmacológica é observado no uso de cocaína. Quando uma pessoa consome repetidamente essa substância, especialmente em doses subliminares, pode ocorrer sensibilização.
Inicialmente, a pessoa pode sentir efeitos moderados da droga, como aumento da energia e euforia. No entanto, com o uso repetido ao longo do tempo, o corpo pode se tornar mais sensível aos efeitos dessas substâncias.
Consequentemente, mesmo pequenas doses podem desencadear respostas mais intensas. Isso pode levar a um aumento da euforia, hiperatividade e outros efeitos psicoestimulantes. Essa sensibilização pode contribuir para a dependência das substâncias, já que o usuário busca os intensos efeitos reforçadores produzidos por doses cada vez menores.
Tolerância
A tolerância farmacológica ou desensibilização é um fenômeno no qual a resposta a um fármaco diminui ao longo do tempo, com o uso repetido ou prolongado desse fármaco. Isso significa que, com o tempo, uma dose constante de um medicamento pode se tornar menos eficaz, exigindo doses mais elevadas para produzir o mesmo efeito terapêutico.
A tolerância farmacológica pode ter várias implicações clínicas e sociais. Por exemplo, em pacientes que necessitam de terapia medicamentosa a longo prazo, como no tratamento da dor crônica ou da hipertensão, a tolerância pode levar à necessidade de ajustes de dose ou à troca para medicamentos alternativos. Além disso, a tolerância também pode contribuir para o desenvolvimento de dependência de substâncias, já que os usuários podem aumentar as doses para compensar a diminuição da resposta farmacológica, aumentando o risco de efeitos adversos e overdose.Um exemplo comum de tolerância farmacológica pode ser observado no uso de opioides para o tratamento da dor crônica. Inicialmente, quando um paciente começa a tomar opioides, como a codeína ou a morfina, para aliviar a dor, esses medicamentos podem proporcionar um alívio significativo. No entanto, com o uso prolongado, o paciente pode desenvolver tolerância aos efeitos analgésicos dos opioides. Isso significa que, ao longo do tempo, as mesmas doses desses opioides podem se tornar menos eficazes na redução da dor. Como resultado, o paciente pode precisar de doses mais altas para alcançar o mesmo nível de alívio da dor que antes era alcançado com doses menores.
 O que estuda a farmacodinâmica?
A farmacodinâmica é o ramo da farmacologia que estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação no organismo. Em outras palavras, ela se concentra em entender como os medicamentos interagem com o corpo humano, desde o momento em que são administrados até os efeitos que produzem.
A farmacodinâmica é o estudo dos efeitos dos medicamentos no corpo e os mecanismos pelos quais esses efeitos são produzidos. Em outras palavras, ela se concentra em entender como os medicamentos interagem com o organismo para produzir seus efeitos terapêuticos ou indesejados. Isso envolve entender os mecanismos moleculares, celulares e fisiológicos pelos quais os medicamentos agem no corpo, incluindo como eles se ligam a receptores específicos nas células, afetam processos bioquímicos e modulam vias de sinalização.
A farmacodinâmica também aborda questões como a relação dose-efeito (como a dose de um medicamento afeta sua eficácia e segurança), a variabilidade na resposta aos medicamentos entre indivíduos e os efeitos adversos associados ao uso de medicamentos. Essa compreensão é essencial para o desenvolvimento, a prescrição segura e eficaz, e o uso racional de medicamentos na prática clínica.
Alguns dos principais tópicos estudados na farmacodinâmica incluem:
1. Mecanismos de ação dos fármacos: Isso envolve entender como os medicamentos interagem com alvos específicos no organismo, como receptores celulares, enzimas ou canais iônicos, para produzir seus efeitos desejados.
2. Relação dose-efeito: Estuda como a quantidade de medicamento administrada influencia a intensidade e a duração de seus efeitos.
3. Variabilidade interindividual: Analisa como fatores como idade, sexo, genética e condições de saúde podem afetar a resposta de um indivíduo a um determinado medicamento.
4. Desenvolvimento de tolerância e resistência: Explora os mecanismos pelos quais o organismo pode se tornar menos sensível a um medicamento após exposição repetida (tolerância) ou como micro-organismos podem desenvolver resistência a antibióticos.
5. Efeitos adversos e toxicidade: Investigação dos efeitos colaterais indesejados dos medicamentos, bem como os mecanismos pelos quais podem ocorrer toxicidade.
Em resumo, a farmacodinâmica é fundamental para entender como os medicamentos funcionam no corpo humano e é essencial para o desenvolvimento e o uso seguro e eficaz de tratamentos farmacológicos.

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