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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO - CAMPUS GUARAPARI CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS EMPRESARIAIS IRIS CRISTINA DOS SANTOS PLATAFORMA MICROSOFT POWER BI: ESTUDO DE CASO DA UTILIZAÇÃO PELA SECRETÁRIA DE SAÚDE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PARA GESTÃO DA PANDEMIA DO COVID-19 GUARAPARI 2020 IRIS CRISTINA DOS SANTOS PLATAFORMA MICROSOFT POWER BI: ESTUDO DE CASO DA UTILIZAÇÃO PELA SECRETÁRIA DE SAÚDE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PARA GESTÃO DA PANDEMIA DO COVID-19 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenadoria do curso de Especialização em Tecnologias Empresariais, do Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Guarapari, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista. Orientadora: Prof.ª Simone de Souza Christo GUARAPARI 2020 DECLARAÇÃO DO AUTOR Declaro, para fins de pesquisa acadêmica, didática e técnico-científica, que este trabalho de Conclusão de Curso pode ser parcialmente utilizado, desde que se faça referência à fonte e ao autor. Guarapari-ES, 15 de novembro de 2020 ____________________________________________ Iris Cristina dos Santos RESUMO As transformações tecnológicas estão modificando o atual cenário de negócios. Isso reflete nas organizações que precisam estar atualizadas com as novas ferramentas de Business Intelligence. Os gestores da atualidade contam com a tecnologia da informação e os avanços na área de análise de dados para auxiliarem na sua tomada de decisões, criando vantagens competitivas e eficiência nas organizações. Da mesma forma, o setor público também deve se manter atualizado com a finalidade de fornecer transparência nas informações e nos gastos públicos. Mais do que nunca a pandemia do novo Coronavírus trouxe uma necessidade de informar a população e os órgãos públicos sobre o mapeamento da doença, bem como a maneira que os gastos públicos emergenciais estão sendo aplicados. Em vista disso, o objetivo desse artigo é investigar como os relatórios e indicadores da ferramenta Power BI estão sendo utilizados no processo de tomada de decisões do governo do estado do Espírito Santo para gestão da pandemia do Covid-19. Para atingir a esse objetivo, será empregada a metodologia descritiva, por meio de um estudo de caso realizado junto ao Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação. Palavras chave: Business Intelligence, Business Analytics, Inteligência de Mercado, Inteligência de Negócios, Inteligência Empresarial e Power BI. ABSTRACT Technological transformations are changing the current business scenario. This is reflected in organizations that need to be updated with the new Business Intelligence tools. Today's managers rely on information technology and advances in the area of data analysis to assist in their decision making, creating competitive advantages and efficiency in organizations. Likewise, the public sector must also keep up to date in order to provide transparency in information and public spending. More than ever, the new Coronavirus pandemic has brought a need to inform the population and public agencies about the mapping of the disease, as well as the way that public emergency spending is being applied. In view of this, the objective of this article is to investigate how the reports and indicators of the Power BI tool are being used in the decision-making process of the state of Espírito Santo for the management of the Covid- 19 pandemic. To achieve this objective, the descriptive methodology will be used, through a case study carried out with the Institute of Information and Communication Technology. Keywords: Business Analytics, Business Intelligence, Market Intelligence, Business Intelligence, Business Intelligence and Power BI 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 8 2 PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES ................................................................................... 9 3 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES .................................................................................................. 11 3.1 Sistemas de Processamento de Transações (SPT’s) ................................................................... 12 3.2 Sistemas de Apoio a Decisão (SAD) ............................................................................................. 13 3.3 Sistemas de Apoio a Executivos (SAE) ........................................................................................ 13 3.4 Sistemas de Informação Gerenciais (SIG) .................................................................................. 14 4 BUSINESS INTELLIGENCE ......................................................................................................... 14 5 POWER BI ....................................................................................................................................... 16 6 METODOLOGIA ............................................................................................................................ 18 7 ANÁLISE DOS RESULTADOS ..................................................................................................... 19 7.1 A Escolha da Plataforma .............................................................................................................. 22 7.2 Abertura de Dados ........................................................................................................................ 22 7.3 Transparência ................................................................................................................................ 24 7.4 Proteção de Dados ......................................................................................................................... 26 7.5 Relatórios e Indicadores no Processo Decisório ......................................................................... 27 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 29 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 31 APÊNDICES ........................................................................................................................................ 34 ANEXO I – Roteiro para as entrevistas ............................................................................................ 34 8 1 INTRODUÇÃO Analisando os mercados atuais percebe-se que há um momento de mudança dentro das organizações. Isso porque, as ferramentas tecnológicas estão dominando a maneira como as atividades são realizadas dentro das empresas. Consequentemente, à medida que a competitividade aumenta, tomar decisões de maneira estratégica se torna fundamental. Fato é que o avanço nas áreas de análise de dados e de Business Intelligence está auxiliando na forma como líderes e gestores obtém informações para tomarem suas decisões. Nesse sentido é importante que os gestores possam estar preparados para visualizar dados com clareza, melhorando sua capacidade de tomar decisões e consequentemente levando as organizações a alcançarem excelência nos processos gerenciais. No setor público, isso não é diferente, pois o Estado precisa estar preparado para gerir os recursos públicos da maneira mais eficiente possível. Devido a pandemia do novo Coronavírus, o governo teve a necessidade de mostrar de forma transparente como é realizado o controle dos casos da doença no estado do Espírito Santo. Emdecorrência disto, o Instituto de Tecnologia do Governo do Estado (PRODEST), em conjunto com a Secretária de Saúde do Estado do Espírito Santo lançou o site Painel Covid-19, que ampara por meio da ferramenta Power BI, os órgãos do governo na tomada de decisões. Portanto, essa pesquisa busca investigar como os relatórios e indicadores da ferramenta Power BI estão sendo utilizados no processo de tomada de decisões do governo do estado do Espírito Santo para gestão da pandemia do Covid-19. Nesse contexto, o objetivo geral dessa pesquisa é investigar como vem sendo usada a plataforma Power BI como ferramenta para orientar a gestão da pandemia do Covid-19 no Estado do ES. Especificamente, pretende-se: descrever as etapas do processo de criação do Painel Covid-19; descrever a percepção dos gestores sobre as informações geradas pela plataforma Power BI; destacar os pontos positivos e as possibilidades de melhoria das informações geradas pelo Power BI, na percepção dos gestores. A realização deste estudo justifica-se pela necessidade que os gestores possuem de visualizar dados com clareza para melhorar sua capacidade de tomar decisões, levando as organizações a alcançarem excelência nos processos gerenciais. Além disso, uma das formas de alcançar melhores desempenhos organizacionais é por meio da utilização de ferramentas de inteligência artificial para otimizar o processo de tomada de decisões. Logo, esse estudo pretende mostrar a importância, no atual cenário, do profissional que seja capaz de desenvolver habilidades de 9 coletar dados, organizá-los e extrair valor dessas informações, utilizando ferramentas tecnológicas que facilitem seu trabalho. Em vista dos argumentos apresentados, espera-se que esta pesquisa contribua para a discussão de pesquisadores e estudantes da área de negócios, bem como para a expansão dos conhecimentos sobre como utilizar a ferramenta de Power BI para auxiliar gestores no processo decisório. O artigo está organizado da seguinte forma: nesta Introdução está uma apresentação do panorama dos mercados atuais em relação à área de análise de dados; na sequência, nos tópicos 2 a 4, estão apresentados os conceitos do processo de tomada de decisões, de sistemas de informação e de Business Intelligence; no tópico 5 está a apresentação da plataforma Power BI; no 6, estão explicados os procedimentos metodológicos que foram utilizados; e, por fim, nos tópicos 7 e 8, estão apresentados os resultados da pesquisa e as considerações finais. 2 PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES Tomar decisões é um processo diário nas organizações. Esse processo é realizado na maioria das vezes por gestores e administradores. Inicialmente, torna-se necessário conceituar o que é o processo de decisão e quais são as etapas que o compõem. Conforme Simon (1965 apud Eleuterio, 2015, p.50), “o precursor nos estudos do processo decisório, sintetiza a tomada de decisões como a combinação entre pensamento e ação que culmina em uma escolha”. Esse conceito reflete o mesmo encontrado em Chiavenato apud Bertoncini et al. (2012,p.3): A organização é um sistema de decisões em que cada pessoa participa consciente e racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais ou menos racionais que são apresentadas de acordo com sua personalidade, motivações e atitudes. Os processos de percepção das situações e o raciocínio são básicos para a explicação do comportamento humano nas organizações: o que uma pessoa aprecia e deseja influencia o que se vê e interpreta, assim como o que vê e interpreta influencia o que aprecia e deseja. Em outros termos, a pessoa decide em função de sua percepção das situações. Em resumo, as pessoas são processadores de informação, criadoras de opinião e tomadoras de decisão. Nesse sentido, entende-se que o processo de tomada de decisões empresariais é influenciado pela compreensão que o gestor tem da situação. Logo, é cabível a ele a identificação do problema, bem como a escolha entre as alternativas encontradas. Outro ensinamento de 10 Chiavenato (2003, p.48, apud BERTONCINI et.al, 2012, p.04) é que a decisão envolve seis elementos: 1) O tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas futuras de ação. 2) Os objetivos: são o que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações. 3) As preferências: são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha. 4) A estratégia: é o curso de ação que o tomador de decisão escolhe para atingir seus objetivos dependendo dos recursos que pode dispor. 5) A situação: são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afetam sua escolha. 6) O resultado: é a consequência ou resultado de uma estratégia. Portanto, é notória a importância da informação nesse processo pois, a qualidade das decisões se baseia na qualidade das informações geradas. Estar bem informado, vai muito além de possuir informações disponíveis, isto é, o gestor deve utilizar os recursos e informações de acordo com o nível dos problemas empresarias que a serem resolvidos. Todas as empresas possuem diversas áreas que as compõem, como por exemplo as áreas de marketing, finanças, produção, recursos humanos, dentre outras. Cada setor desses, necessita de diferentes informações para desenvolver suas funções e atividades. Uma função muito importante nas organizações atualmente é a Tecnologia da Informação (TI). Na opinião de Escobar (2014, p.81): [...] Um olhar apurado sobre as necessidades atuais e sobre as mudanças futuras deve ser aprimorado para que a aquisição de equipamentos, a contratação de serviços, o desenvolvimento de sistemas e a segurança dos investimentos em TI sejam efetivamente atrelados aos planos e às metas de curto, médio e longo prazo da empresa. Por isso, os recursos de TI e sistema de informação devem se relacionar com os demais setores da organização a fim de integrar as informações em uma única base que una os processos e as pessoas, tornando eficiente todos os departamentos e funções. No setor público, segundo Pereira e Fonseca (1997, p.65), apud. Moritz e Fernandes (2015, p. 102), a primeira tentativa de sistemática de modernização da administração pública ocorreu por meio do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), por volta de 1930. Com a finalidade de promover uma reforma administrativa abrangente e significativa. Ainda segundo o mesmo autor, durante as décadas seguintes, nos governos de Juscelino Kubistchek e Castello Branco, as estruturas públicas foram direcionadas para o desenvolvimento industrial. Com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em 1968 e 1974, a economia brasileira sofreu uma 11 notória expansão que ficou conhecida como “o milagre econômico brasileiro”. O modelo de gestão foi alterado na década de 70, devido as mudanças tecnológicas, sociais e políticas desse período. Com a inflação descontrolada, os gestores públicos se viram obrigados a se adaptarem as instabilidades. Consequentemente, a administração pública se tornou lenta, autocentrada, e pouco capaz de demonstrar resultados. Esse modelo evidenciou o distanciamento entre os tomadores de decisões (governo) e seus eventuais beneficiários (povo). De acordo com Pereira e Fonseca (1997), apud. Moritz e Fernandes (2015, p. 105), de 1980 a 1990 o modelo de gestão pública se tornou mais proativo, com ênfase na estratégia, no processo decisório e orientação funcionalista e desregulamentada. Já a partir de 1990, urgência de rever o modelo da administração pública brasileira, trouxe três grandes desafios. O desenvolvimento autossustentado e soberano da nação; a garantia de governabilidade; e a efetividade dos órgãos públicos. Atualmente, o impacto das novas tecnologias no setor público, trouxe a necessidade de discutire negociar o processo decisório, com a finalidade de diminuir possíveis riscos de perda da legitimidade por parte do governo. Porém, é necessário que o governo se mostre propenso a aceitar a participação popular, a negociar e a buscar o feedback para corrigir possíveis desvios e implementar inovações nas políticas públicas. 3 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES Atualmente, os sistemas de informações têm um papel importante no processo de tomada de decisões. Isso porque, na atualidade eles estão transformando o ambiente de negócios. Nas palavras de Laudon (2014, p.13): Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam, e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle em uma organização. Além disso, os sistemas de informação também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos. (grifo nosso) Embora o Sistema de Informação Gerencial (SIG) auxilie no processo de decisão, esse processo ainda é tarefa humana e para que a informação se torne útil, é necessário que os gestores entendam como usá-lo. A esse respeito, Escobar cita o seguinte argumento (2014, p.24, apud REZENDE, 2010; LAUDON, 2011; STAIR, 2011): 12 Os sistemas de informação são um conjunto de pessoas, hardware, software, redes de telecomunicações e recursos de dados que coletam, armazenam, processam e distribuem informações em uma empresa. Além de apoio à tomada de decisão, à coordenação e ao controle, os sistemas de informação também auxiliam gestores e trabalhadores a analisar problemas, compreender assuntos complexos e criar novos produtos ou serviços. Na chamada era digital, os sistemas de informação são essenciais no ambiente empresarial. O comportamento do consumidor tem influenciado na maneira que os gestores estão conduzindo seus negócios, isso porque eles estão cada vez mais conectados à internet e buscam informações dos produtos que desejam consumir através dela. Isso significa, que as empresas devem estar conectadas à internet para obterem vantagem competitiva e serem mais eficientes. Em resumo, a maneira de fazer negócios está se transformando e irá demandar mudanças nos trabalhos e nas profissões. Do ponto de vista de Laudon (2014, p. 6), o que torna o sistema de informação gerencial um assunto empolgante nos negócios “é a mudança contínua em tecnologia, a gestão do uso da tecnologia e o impacto no sucesso dos negócios”. Pois, a todo momento novos negócios e setores surgem, enquanto outros desaparecem, consequentemente as empresas de sucesso serão aquelas que aprenderem como usar as novas tecnologias a seu favor. Tal constatação aproxima-se da opinião de Escobar (2014, p.82), que afirma que “os sistemas de informação devem ser planejados e desenvolvidos de acordo com as prioridades dos negócios e em total conformidade com suas necessidades”. Salienta-se que existem diversos tipos de sistemas de informação, como por exemplo o Customer Relationship Management (CRM), o Supply Chain Management (SCM), o Entreprise Resource Planning (ERP/ERPII), entre outros. Além disso, os sistemas de informações podem ser classificados de muitas formas, de acordo com seu nível organizacional, por sua área funcional, e por tipo de suporte. Nesse estudo será abordado os sistemas informações de apoio à decisão de acordo com a classificação de Laudon (2014, p. 42). Segundo o autor, “as gerências operacional, média e sênior utilizam tipos específicos de sistemas para apoiar as decisões a serem tomadas na gestão da empresa”. Os tipos desses sistemas e as decisões que eles apoiam serão abordadas a seguir. 3.1 Sistemas de Processamento de Transações (SPT’s) Esse tipo de sistema é voltado para os gerentes operacionais com necessidades de monitoramento de transações e atividades básicas da organização. De acordo com Laudon 13 (2014, p.42) o sistema de processamento de transações (SPT’s) “é um sistema informatizado que realiza e registra as transações rotineiras necessárias ao funcionamento organizacional, tais como o registro de pedidos de vendas, sistemas de reserva de hotel, folha de pagamento, manutenção do registro de funcionários e expedição”. Em síntese, esses sistemas são projetados para responder perguntas da rotina e fazer o monitoramento do fluxo de transações nas organizações, combinando dados de formas diferentes para gerar relatórios que atendam às necessidades dos gestores e órgão governamentais. 3.2 Sistemas de Apoio a Decisão (SAD) Os sistemas de apoio a decisão (SAD’s) “focam problemas únicos e que se alteram com rapidez para os quais não existe um procedimento de resolução totalmente predefinido”. [...] Apesar dos SAD’s usar informações internas obtidas do SPT e do SIG (Sistemas de Informações gerenciais), ele recorre com frequência a informações de fontes externas. (Laudon, 2014 p. 45). Os usuários desses sistemas geralmente são analistas de negócios, que buscam modelos sofisticados para analisar dados e sabem usar técnicas analíticas. Um exemplo da utilização desses sistemas é na busca por respostas para perguntas sobre quais os impactos que a produção sofreria se a organização dobrasse as vendas em um determinado mês, ou qual seria o retorno de um investimento se a fábrica atrasasse a produção. 3.3 Sistemas de Apoio a Executivos (SAE) Gerentes Seniores necessitam de sistemas de inteligência empresarial que auxiliem na tomada de decisões. Informações, para o planejamento estratégico de longo prazo, tanto do ambiente interno quanto do ambiente externo devem estar incorporados na construção dos sistemas de apoio ao executivo. A respeito das falas apresentadas Laudon (2014, p.47) afirma que: Os sistemas de apoio ao executivo (SAE) ajudam a gerência sênior a tomar decisões. Abordam decisões não rotineiras que exigem bom senso e capacidade de avaliação e percepção, uma vez que não existe um procedimento previamente estabelecido para se chegar a uma solução. Eles apresentam gráficos e dados de diversas fontes através de uma interface de fácil manuseio para gerentes seniores. Muitas vezes, as 14 informações são disponibilizadas por meio de um portal, que usa a interface da Web para apresentar conteúdo empresarial personalizado e integrado. Isso é, as informações fornecidas por esses sistemas promovem uma gestão orientada aos dados, e consequentemente torna os gestores dependentes de ferramentas e dados analíticos em tempo real que auxilia na construção de relatórios, e posteriormente na tomada de decisão. 3.4 Sistemas de Informação Gerenciais (SIG) Muitas são as abordagens encontradas para definir o que são os SIG. Em conformidade com Laudon (2014, p. 43), a expressão sistemas de informações gerenciais, “designa uma categoria específica de sistemas de informações que atendem aos gerentes de nível médio”. Nesse sentindo, Laudon (2014, p.43) ainda afirma que “a inteligência empresarial é um termo contemporâneo para dados e ferramentas de software que organizam, analisam e disponibilizam os dados para ajudar os gerentes e outros usuários corporativos a tomarem decisões mais embasadas nas informações”. Desse modo, os sistemas de inteligência empresarial também auxiliam a gerência média no monitoramento, controle, atividades e tomadas de decisões nas organizações. Em resumo, os SIG’s, oferecem relatórios de desempenho da organização e usam dados fornecidos pelos sistemas de processamento de transações, possibilitando a consulta desse material de maneira on-line. Salienta-se que nesse estudo será utilizado o termo Business Intelligenc (BI), mais do que o termo “Inteligência Empresarial”, pois ele é mais comum no mercado de software, foco desse trabalho. 4 BUSINESS INTELLIGENCESistemas que tem como base a infraestrutura de inteligência empresarial, e que oferecem dados estatísticos, bem como ferramentas para apoio ao processo de tomada de decisões, impactam diretamente nos negócios. Isso porque trazem agilidade, flexibilidade e segurança para o processo decisório. Em um mercado em constante transformação contar com informações rápidas e precisas pode ser considerado uma vantagem competitiva. O BI, pode ser utilizado em diversas áreas da empresa, como por exemplo, em marketing, finanças, vendas, estoques, 15 recursos humanos e compras. Assim, é possível por meio da tecnologia transformar informações em estratégias empresariais. De acordo com Laudon (2014, p. 367) Business Intelligence, “é um termo usado por fornecedores de hardware e software e consultores de tecnologia da informação para descrever a infraestrutura para armazenamento, integração, elaboração de relatórios e análise de dados que vêm do ambiente empresarial.” Já Escobar (2014, p.141), apud (Laudon; Laudon; 2004; Rezende, 2006), cita outro marco conceitual para o termo Business Intelligence (BI), para ele BI é: [...] um processo empresarial de planejamento, monitoramento e decisão baseado em dados e informações oriundos dos sistemas de informação da empresa. O termo foi lançado pelo Gartner Group na década de 1980 e se refere à combinação de tecnologia da informação, sistemas de informação, capacidades de pessoal e procedimentos de monitoramento para a tomada de decisão baseada no monitoramento interno e externo do desempenho da empresa. Em síntese, BI, é um conjunto de métodos, processos e tecnologias que converte dados em informações relevantes que podem ser utilizadas pelas organizações para melhorar sua competitividade e torná-las mais eficientes. Para atender a esse mercado, as empresas de tecnologia devem oferecer sistemas de BI, com muitas funcionalidades e que sejam de fácil acesso, além de oferecer segurança da informação. Na medida que a tecnologia avança, muitas empresas fornecedoras de recursos de Business Intelligence despontam no mercado. Fornecedores como a Alibaba Cloud, Birst, Board International, Domo e a IBM, são algumas das melhores empresas desse setor atualmente. De acordo com o relatório da Gartner o Power BI é pelo 13º ano consecutivo, líder no Quadrante Mágico de 2020 para Plataformas de Análise e Business Intelligence. (RICHARDSON et al., 2020) 16 Figura 1 - Quadrante Mágico para plataformas de Analytics e Business Intelligence Fonte: Gartner (2020) 5 POWER BI A empresa Microsoft, é a responsável pelo Microsoft Power BI, que é um conjunto de ferramentas de Business Intelligence. Conforme, Brito & Oliveira (2017, p.31) o Power BI “é um serviço de Business Intelligence que oferece visualizações interativas com capacidades de self-service, ou seja, os usuários finais podem criar os seus relatórios e painéis sem a necessidade de conhecimentos avançados de banco de dados”. O Power BI unifica o autoatendimento e o Business Intelligence com o objetivo de obter uma percepção mais profunda dos dados. Ou seja, o usuário pode criar suas próprias análises e soluções de maneira simples. Há várias versões para o Power BI como o Power BI Desktop, o Service, o Mobile, o Pro, o Premium, o Report Server e o Embedded. A escolha da melhor versão deve ser avaliada de acordo com a necessidade e o orçamento da empresa. 17 Ele foi lançado em 2013, para atender a demanda do mercado de trabalhar com grandes quantidades de dados vindos de diversas fontes e transformá-las em visualizações mais atraentes e claras. Brito & Oliveira (2017, p.31), afirmam que o Power BI, “foi criado a partir dos componentes Power Pivot e Power View do Excel, portanto, possuem diversas similaridades.” Além disso, é possível baixar uma versão gratuita do software Power BI Desktop no site da Microsoft. Figura 2 - Versões do Power BI Fonte: Interop (2019) Segundo, Richardson et al. (2020, s.p) “o serviço em nuvem do Power BI Pro ultrapassou a maioria de seus concorrentes em termos de funcionalidade” (tradução nossa). Um exemplo disso é que o ponto forte dessa ferramenta é seu suporte a diversas conexões de dados, pois pode ser conectada ao Oracle, Dynamics 365, Azure, Facebook, Analytics Cloud, arquivos de texto, Excel e outros. Ao se conectar com a base de dados, a ferramenta exibe uma visualização automática que é gerada a partir do requisito escolhido. Os relatórios gerados pelo software podem ser compartilhados em nuvem, oferecendo a facilidade de acesso ao serviço da ferramenta. Contudo se faz necessário salientar que não é recomendável que organizações utilizem a versão gratuita do software, pois ela não garante a segurança das informações. 18 Ante o exposto, é notório que há uma semelhança dos termos utilizados para conceituar o assunto. O termo Business Intelligence (BI) é diferente de Inteligência Empresarial, que seria sua tradução livre. Isso porque, segundo Matheus & Parreiras (2004, p. 11) “a literatura de computação no Brasil utiliza termos em inglês, não fazendo a tradução para o português. [...] Assim, a expressão Business Intelligence é focada na tecnologia, e a expressão Inteligência Empresarial é usada por profissionais ligados à administração e à ciência da informação.” Por fim, essa plataforma se mostra uma solução viável que facilita o trabalho do gestor transformando dados em informações úteis para o auxílio na tomada de decisões. Também, apresenta uma boa conectividade com diversas fontes de dados e atende à demanda de seus usuários por agilidade na análise de dados. 6 METODOLOGIA Em conformidade com Gil, (2002, p. 17), pesquisa é definida como um “procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.” Em outras palavras, esse estudo visa atingir seu objetivo geral que é investigar como os relatórios e indicadores da ferramenta Power BI estão sendo utilizados no processo de tomada de decisões do governo do Estado do Espírito Santo para gestão da pandemia do Covid-19. Para atingir os objetivos expostos, e responder à problemática apresentada, foi empregada a metodologia de natureza descritiva. Com base na tipologia apresentada por Gil (2002, p. 42), a pesquisa descritiva “têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Diante a forma da abordagem do problema, pode-se considerar que esse estudo apresentou um enfoque qualitativo, uma vez que coletou e analisou os dados para compreensão do fenômeno. Quanto aos meios, a busca de informações ocorreu através de um estudo de caso, realizado junto ao Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação (PRODEST). O estudo de caso, na visão de Gil (2002, p. 54 apud YIN, 2001), “é encarado como o delineamento mais adequado para investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real”. Logo, a partir dessa premissa pode-se constatar que essa modalidade é adequada a esse estudo, visto que os limites e o contexto da pesquisa não são claramente percebidos. Para alcançar os objetivos da pesquisa os dados foram coletados por meio de entrevistas 19 semiestruturadas, por meios digitais, isso é, foram enviadas questões por meio de endereço eletrônico (e-mail) para obtenção de dados, seguindo um roteiro delimitado, porém deixando os entrevistados livres para expor seus conhecimentos sobre o tema do estudo em questão. O levantamento de dados a respeito da utilização do software Microsoft Power BI, na gestão da pandemia do novo Coronavírus pela Secretária de Saúde do Estado do Espírito Santo foi realizado por meio de contato com os funcionários do PRODEST. Acrescenta-se que os sujeitos da pesquisa, ou seja, os entrevistados, foram definidospelo PRODEST, considerando o roteiro de pesquisa apresentado no Anexo I deste artigo. Para realização dessa entrevista, foram realizadas ligações para os números de telefones disponíveis na internet da Secretária de Estado da Saúde do Espírito Santo (SESA) a fim de descobrir quem seriam os responsáveis por passar informações a respeito da plataforma Power BI. Em contato com o Núcleo Especial de Informação em Saúde (NESIS), por telefone foi informado que deveria encaminhar a proposta de artigo ao PRODEST. Desse modo, foi encaminhado ao e-mail do PRODEST, a proposta de artigo que foi respondida pela Subgerente de Sistemas de Informação do PRODEST. Em resposta, a mesma informou que o questionário envolve perguntas técnicas de TI pertinentes ao Analista de BI, responsável por todo ETL, e perguntas pertinentes ao Analista de Negócio (SESA), quem tem o domínio do dado. Além de uma pergunta referente a área de Segurança da Informação (Área de Infraestrutura do PRODEST). Por essa razão ela encaminhou as perguntas a um dos analistas de negócio que homologou parte do projeto. Por fim, ela encaminhou um e-mail com todas as questões respondidas, não sendo possível assim ter acesso ao nome de quem respondeu cada uma das questões solicitadas. 7 ANÁLISE DOS RESULTADOS Esse estudo de caso foi realizado no Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Espírito Santo (PRODEST), com servidores da área de negócios da Secretária de Estado da Saúde do Espírito Santo (SESA) e da área técnica do PRODEST. Cabe a SESA a gestão do Sistema único de Saúde (SUS) no Estado, atuando com o propósito de promover a saúde, priorizando as ações preventivas e a democratização das informações relevantes para que a população conheça seus direitos e os riscos à sua saúde. Sendo assim, o 20 Estado é dividido em quatro regiões de saúde, com representações de Superintendências Regionais de Saúde em cada uma delas, sendo as regiões Norte, Central, Metropolitana e Sul. A SESA também “[...] é responsável pela elaboração de política de saúde, de promover recursos próprios para o financiamento do SUS e na gerencia, por meio do Fundo Estadual de Saúde (FES), a alocação desses recursos financeiros para provisão de ações e serviços públicos de saúde para população capixaba.” Em suma, ela cuida desde as ações de prevenção, tratamento e cura, até a reabilitação dos pacientes do estado. (QUEM, s.a) Já o PRODEST foi transformado em uma autarquia em janeiro de 2005, por meio da Lei complementar nº 315/02. Segundo seu site institucional, suas competências envolvem, por exemplo, elaborar o Plano Diretor de Informática do Governo do Estado, fazer projetos e prestar assessoria e consultoria aos órgãos das administrações diretas e indiretas do estado nas áreas de tecnologia da informação e comunicação. Não só isso, como também “[...] implementar e administrar um sistema para acompanhamento dos programas e projetos relacionados à tecnologia da informação e comunicação, que forneça informações voltadas para gestão integrada das ações, previstas e em curso, nos órgãos das administrações direta e indireta do Estado”, entre outras. (COMPETÊNCIAS, s.a) Com a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), que afetou a rotina de milhões de pessoas no mundo todo e provocou milhares de mortes, impactando a economia e se espalhando rapidamente, viu-se a necessidade de utilizar a Tecnologia da Informação para tentar controlar o avanço da doença. Em face dessa circunstância, foi colocada “[...] à disposição do Governo do Estado diferentes tecnologias que amparam os órgãos na tomada de decisões, como ferramentas que ajudam, por exemplo, no mapeamento dos casos, no compartilhamento de informações em tempo real, no trabalho remoto e no acesso a serviços públicos importantes durante o período de isolamento”. (NOTÍCIAS, s.a) Para divulgar informações oficiais o PRODEST desenvolveu o site www.coronavirus.es.gov.br e, por meio da SESA, orienta a população sobre formas de contágio, prevenção, números atualizados da doença no Estado e, ainda, informa as ações que estão sendo executadas durante a pandemia. Além disso, o site também informa sobre as compras emergenciais realizadas por conta da pandemia e as Leis, Decretos e Portarias implementadas. Junto a essas ações, o governo do estado lançou no dia 15 de abril de 2020 o “Painel Covid-19” que, segundo a SESA, “[...] é um sistema público para consulta dos dados do novo Coronavírus no Espírito Santo, que 21 disponibiliza as informações sobre a situação da doença no Estado, de forma transparente e diária”. (NOTÍCIA, s.a) O “Painel Covid-19” usa como base a ferramenta da Microsoft, Power BI, para gerar gráficos e relatórios dos dados obtidos através do Sistema eSUS/VS – Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo, que garantem agilidade na tomada de decisões dos gestores e permitem que visualizem soluções inteligentes para combater o avanço dessa doença no estado. Figura 3 - Visual Painel Covid-19ES Fonte: Painel Covid 19 ES (2020) A fim de analisar como os relatórios e indicadores da ferramenta Power BI estão sendo utilizados no processo de tomada de decisões do governo do Estado do Espírito Santo para gestão da pandemia do Covid-19, foi realizado esse estudo de caso. Para atingir o objetivo pretendido foram realizadas entrevistas, através de um questionário semiestruturado, enviado por meio de correspondência eletrônica para o PRODEST. As respostas foram dadas por colaboradores do PRODEST e da SESA. Na sequência serão apresentados os resultados obtidos nessa pesquisa. 22 7.1 A Escolha da Plataforma Segundo dados divulgados pelo governo do Estado em 17 de abril de 2020, a Organização Não Governamental (ONG) Open Knowledge Brasil (OKBR) classificou o Espírito Santo, juntamente com o estado do Alagoas, como 1º lugar no índice de transparência da Covid-19. Diante disso, foi questionado o PRODEST como surgiu a ideia de utilizar o software Power BI, como plataforma de dados para o Painel Covid-19 ES. Em resposta, os entrevistados relataram que já havia a intenção de divulgar as informações de saúde por meio de uma plataforma visual, e o PRODEST estava em parceria com a SESA em processo de arquitetura, desenvolvimento e implantação da mesma. Segundo os entrevistados, “[...] a situação pandêmica pela Covid-19 veio para acelerar este processo”. Além disso, os entrevistados relataram que a instituição parceira já era licenciada e possui “[...] expertise necessária em Power Bussiness Intelligence”. Por essa razão foi dado seguimento ao processo de escolha dessa ferramenta. Diversas opções de solução de Business Intelligence podem ser encontradas no mercado atualmente, de acordo com o relatório do Gartner, Richardson et al. (2020, s.p), fornecedores como Tableau, Qlik e ThoughtSpot, são líderes nesse mercado juntamente com a Microsoft que é líder nesse quadrante mágico. Questionou-se então, por que a ferramenta Power BI, da Microsoft, foi escolhida e qual o seu diferencial. De acordo com os entrevistados, o PRODEST já possui licença para utilizar a ferramenta, além disso, o processo de escolha levou em consideração “a facilidade de utilização da ferramenta, expertise dos envolvidos e resultados nos objetivos de transparência de informações públicas e estratégicas.” 7.2 Abertura de Dados Em uma situação de crise, possuir dados não é o suficiente. É necessário que esses dados sejam de qualidade e que a informação seja um instrumento útil para auxiliar os gestores públicos e a população no combate à pandemia. Desse modo, foi indagado sobre como foi o procedimento de definição de quais informações seriam mais relevantes nesse painel, além de quais informações seriam disponibilizadas ao público e a imprensa. Sobre esse assunto, os entrevistados afirmaram que: O processo inicial deu-se objetivandouma arquitetura pública que oferecesse à população geral, informações rápidas de fácil interpretação para entendimento do 23 cenário da doença. Este processo é dinâmico e vem sendo discutido e melhorado sistematicamente com análise das áreas de estrutura e negócios (trecho da entrevista). Ainda sobre esse assunto, sabe-se que decisões gerenciais devem ser baseadas em fatos e, nesse sentido, os entrevistados foram questionados sobre a origem dos dados que alimentam a ferramenta Power BI. Todos os dados utilizados no Painel Covid-19, sejam eles públicos ou corporativos, são provenientes do Sistema Próprio Capixaba de Notificação Compulsória e- SUS-VS (Sistema de Informação em Saúde e-SUS Vigilância em Saúde). Isto é, um Sistema oficial do Estado do Espírito Santo para Notificação de agravos e doenças compulsórias em funcionamento desde o dia 01 de janeiro de 2020. Segundo o site da SESA, nesse sistema são notificados doenças, agravos e eventos de saúde ocorridos nos serviços públicos ou privados de todo território capixaba. Ele permite o acesso em tempo real das informações em saúde à 78 municípios capixabas. Por meio do site eSUS/VS1, profissionais de saúde da área de Vigilância e da Atenção Primária alimentam a plataforma, enviando os dados à Secretária de Vigilância em Saúde do Ministério as Saúde. Esse sistema é uma das novidades do Governo para área da saúde e foi desenvolvido em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Ainda sobre a abertura dos dados, perguntou-se como são definidas as informações que serão disponibilizadas ao público e se o painel possui outras funcionalidades que não são abertas ao público. Os entrevistados explicaram que os painéis são divididos em Público e Corporativo. Porém, embora todas as funcionalidades sejam disponibilizadas ao público, há um nível de informação que tem por objetivo atingir a grande parte da população. Isto é, de acordo com os entrevistados no painel público, as informações são “[...] mais brutas e objetivas”, podendo ser compreendida sem conhecimento de estatística, epidemiologia e história natural da doença. Essa ferramenta é uma maneira de dar transparência aos stakeholders. Já o painel corporativo é voltado para Gestão Estratégica e, por esse motivo, essa ferramenta possui uma “[...] análise de saúde mais refinada”, que necessita de maior “[...] expertise epidemiológica para interpretação, visto considerar indicadores próprios.” Quanto a frequência com que os dados são atualizados, os entrevistados relataram que “o painel público é atualizado de forma automatizada, todos os dias ás 17:00h, através de varredura no banco de dados do e-SUS VS”. Entretanto, o painel corporativo “[...] sofre mais atualizações diárias”, o que permite que seja identificado em tempo hábil inconsistências e incompletudes de banco que possam vir a ocorrer. 1 Disponível em: https://esusvs.saude.es.gov.br 24 7.3 Transparência Fornecer informações claras e de fácil compreensão para a sociedade, a imprensa e os órgãos de controle é uma das tarefas do Estado para combater essa pandemia. Além disso, a transparência ajuda a combater a corrupção e impedir desvios de verbas públicas. Nesse momento, ser transparente com as contratações emergenciais é fundamental para o enfrentamento dessa crise. Muito tem se discutido nas mídias e nas redes socias sobre a veracidade de dados divulgados, como por exemplo, as subnotificações de suspeitos e confirmados ou, até mesmo, se os dados estão “inflados”. Segundo o Painel Covid-19, as métricas e critérios de coleta e análise dos dados são divididas em: Casos Suspeitos, Casos Confirmados, Casos Descartados, Óbitos, Capacidade de testagem (técnica de RT-QPCR), Capacidade de testagem (testes rápidos (IgM/IgG)), Taxa de ocupação de leitos, População privada de liberdade – Sistema Prisional e População privada de liberdade - sistema socioeducativo. Buscou-se, então, compreender qual o critério utilizado para que o painel notifique como “Confirmado para COVID-19”. De acordo com os entrevistados, os casos confirmados são divididos em: laboratorial; clínico- epidemiológico: e, caso confirmado laboratorialmente de pessoas assintomáticas. Os casos confirmados por meio laboratorial, são subdivididos em: resultado positivo RT-PCR (utiliza-se secreção nasofaringea) em tempo real por protocolo validado; ou, teste sorológico validado positivo (teste rápido, utiliza-se sangue total ou soro). Já os casos confirmados através de teste clínico-epidemiológico, são pacientes com histórico de contato próximo ou domiciliar com caso confirmado laboratorialmente para Covid-19. No entanto, a classificação final desses casos deverá ser realizada como Caso Confirmado no e-SUS VS. Outro esclarecimento dado foi que, nos casos confirmados laboratorialmente de pessoas assintomáticas, deve-se notificar o caso como Confirmado Laboratorialmente e fazer a indicação adequada da modalidade para testagem na ficha de notificação. A partir dos aspectos apresentados, evidencia-se que, segundo os relatos dos entrevistados, “em qualquer dos testes realizados acusando positividade o indivíduo é considerado confirmado e capturado pelo painel na rotina de extração”. Em relação a notificação de óbitos, os Cartórios de Registro Civil do Brasil adotaram um portal de Transparência que mostra as causas das mortes ocorridas no Brasil por períodos específicos. Nele há uma página ‘Especial Covid-19’, que atualiza permanentemente o número de registros de óbitos em meio a pandemia da Covid-19. Nesse registro é possível ter acesso aos dados e gráficos de óbitos com suspeita ou confirmação de Covid-19. Cabe salientar que, de acordo 25 com o informado na página, a família tem até 24h após o falecimento para registrar o óbito em Cartório que, por sua vez, tem até cinco dias para efetuar o registro e depois até oito dias para enviar o ato feito à Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), que atualiza a plataforma. Por essa razão, foi indagado sobre como é realizada a classificação de óbitos no Painel Covid-19 ES. Porém, antes faz-se necessário uma explanação sobre como explorar dashboards (interface gráfica), relatórios e aplicativos no Power BI de maneira que ofereça uma compreensão clara da informação. No Power BI segundo o site da Microsoft, um dashboards é composto por blocos que juntos contam uma história. Portanto, essa função permite por exemplo filtrar no Painel Covid 19 a evolução dos casos de modo que é possível visualizar quais óbitos foram causados por Covid, e quais foram por outras causas. Como por exemplo, se filtrarmos o quadro “Evolução” em “óbitos por outras causas”, será possível verificar quantos pacientes tinham outras comorbidades como problemas cardiovasculares, de pulmão, obesidade, tabagismo, diabetes e problemas renais. Também é possível visualizar graficamente a data que ocorreu o óbito, sendo possível filtrar por mês, semana, por dia ou o acumulado. É importante salientar que cada relatório está contando uma história, e para entender completamente essa história faz- se necessário saber se os filtros estão sendo aplicados e quais são esses filtros, no caso do Painel Covid 19 ES o próprio cidadão pode realizar esses filtros no site. Partindo dessa premissa, em relação a pergunta em questão o PRODEST respondeu que “[...] o Painel apresenta filtros próprios de óbitos onde o cidadão pode selecionar óbitos por Covid ou por outras causas”. No caso dessa pandemia, é notório que os países de todo o mundo não estavam adequadamente preparados para essa situação, por essa razão existe uma dificuldade em fazer essa contagem de óbitos, além de ser difícil identificar realmente qual foi a causa do óbito e ainda se foi somente causada pela Covid ou se outras comorbidades tiveram interferências.Esses aspectos não são controlados pela plataforma, uma vez os dados são alimentados por outras fontes, e esses dados devem obedecer a uma rigorosa burocracia da legislação brasileira antes de ser constatado como Covid 19 nos atestados de óbitos. No caso de colheita do material biológico não ter sido coletado em vida para a realização dos exames, a colheita post-mortem deverá ser realizada no serviço de saúde, por meio de swab na cavidade nasal (material para coleta) e de orofaringe para posterior investigação da equipe local, como informa o Manual de Manejo de Corpos do Ministério da Saúde. Segundo o site da Microsoft, o Power BI é formado por um núcleo de dados e, à medida que os relatórios são explorados, cada visualização é gerada a partir de dados subjacentes de fontes 26 que geralmente contém mais dados que o necessário. Dessa forma, a ferramenta oferece várias maneiras de filtrar e realçar relatórios. Portanto, filtrar os dados é o segredo para encontrar as informações corretas. De acordo com o Painel Covid-19 ES, caso ocorra um óbito de caso suspeito ou confirmado em seu território, faz-se necessário comunicar a Sala de Situação do Covid-19 da Secretária Estadual de Saúde imediatamente. Não só isso, como também “o encerramento da ficha de óbitos em casos confirmados de doença pelo Coronavírus devem apresentar a data do óbito como a data de encerramento da ficha.” Buscou-se investigar quais as outras fontes de dados disponibilizadas ao Governo Federal, além do Painel Covid-19 e, de acordo com o informado pelos entrevistados, “o governo federal recebe os dados dos entes federativos através de duas plataformas: os boletins/painéis diários e a transmissão vertical de dados”, isto é, todos os Estados devem enviar dados de todas as doenças de notificação compulsória, incluindo a Covid-19 ao DATASUS (Departamento de Informática do Sistema único de Saúde). Por fim, foi indagado se as informações sobre número de leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19 são disponibilizadas abertamente ao público, ao que foi informado pelos entrevistados que essas informações se encontram fora do painel público. Porém, podem ser encontradas no site corona.es.gov.br,2 que é um documento que também é atualizado diariamente. 7.4 Proteção de Dados Disponibilizar dados à população, jornalistas e demais stakeholders de forma transparente pode ser um desafio no que se refere a segurança da informação. Sabe-se que no mundo todo gestores públicos estão em uma corrida contra o tempo para encontrar maneiras eficazes de combater essa pandemia e ainda ser transparente nas políticas aplicadas. No entanto, quando se trata de coletar e divulgar dados, principalmente, quando se referem à pacientes atendidos pelo sistema de saúde de todo o país, pode-se dizer que há obstáculos que devem ser vencidos. Um deles é a flexibilização do direito à privacidade, uma vez que as tecnologias aplicadas para coletar dados podem ser um tanto quanto invasivas. Isto é, quando um paciente é cadastrado no e-SUS VE (ferramenta de registro de notificação de casos suspeitos e confirmados do novo 2 Disponível em: https://coronavirus.es.gov.br/leitos-uti, 27 Coronavírus – Covid-19), ele deve informar dados como CPF, nome completo, data de nascimento, sexo, estado de residência, município de residência, telefone, data da notificação, sintomas (dor de garganta, dispneia, febre, tosse), data do início dos sintomas, condições (doenças crônicas ou se gestante), estado do teste (solicitado, coletado, concluído), data de realização do teste, tipo de teste, e resultado do teste (negativo ou positivo). Assim sendo, quando a ferramenta de Power BI coleta os dados dessa fonte para compartilhamento, ela deve suprimir os campos como CPF, nome completo e telefone, por exemplo, de forma que não deixe esses pacientes expostos. Acrescenta-se ainda, que de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais n.13.709/2018, todos os dados pessoais mantidos por órgão públicos, “[...] inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado” devem ser protegidos e respeitar os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade. A partir destas constatações, buscou-se saber quais cuidados são tomados para proteger os dados dos pacientes que estão sendo divulgados na rede. Os entrevistados, explicaram que: Nenhum dado pessoal que identifique um indivíduo é enviado para nuvem da Microsoft. Todas as informações oriundas do sistema da SESA são trabalhadas dentro da própria rede de governo, hospedada no Datacenter do PRODEST e, após, os dados serem trabalhados, junto com os analistas de negócios, elencamos o que poderia ou não ir à público (trecho da entrevista). Na entrevista também foi indagado se é possível que a população tenha acesso ao nome das pessoas que vieram a óbito e que foram confirmados com a doença. E, assim como já esclarecido acima, os entrevistados relataram que não há a possibilidade de oferta dessa informação, pois os dados de identificação são “[...] dados sensíveis e não podem ser divulgados sem a expressa autorização do cidadão envolvido.” Além disso, enfatizaram que a SESA/PRODEST seguem cuidadosamente a Lei Geral de Proteção de Dados. 7.5 Relatórios e Indicadores no Processo Decisório O advento das novas tecnologias trouxe benefícios e desafios aos gestores, sejam eles públicos ou de organizações privadas. Relatórios e indicadores de desempenho já são uma importante ferramenta de gestão que permitem ter mais assertividade no processo decisório. Estabelecer quais são os indicadores são mais relevantes para cada situação deve ser uma hard skills (habilidades) do profissional do futuro. 28 Levando-se em conta que o Painel Covid-19 foi desenvolvido pelo Governo para compartilhar informações e relatórios sobre a pandemia para o público, de forma transparente, foi indagado se o Painel é utilizado também pelos gestores do Estado para orientar o processo de tomada de decisões quanto ao isolamento social e a respeito das compras de insumos para o combate da doença. Sobre esse assunto, os entrevistados afirmam que o painel público divulgado no site3, é utilizado parcialmente, ou seja: [...] a gestão faz uso de Painel Corporativo Gerencial em ambiente interno que possui maior agregação de dados e consequentemente informações. São comtemplados análise de indicadores epidemiológicos próprios que a grande população leiga muitas vezes não teria condições de interpretar causando grande ruído de informação. Também associado ao Painel dispomos de Mapa de Risco Locoregional, uma ferramenta importante para análise conjunta na tomada de decisão quanto ao isolamento social (trecho da entrevista). Com o objetivo de descrever a percepção dos gestores sobre as informações geradas pela Plataforma Power BI, questionou-se quais os desafios da utilização dessa ferramenta. E, na percepção dos entrevistados, “fazer com que a informação chegue ao usuário indireto da ferramenta de forma mais limpa possível e com o menor ruído de interpretação” é o maior obstáculo encontrado. Outro detalhe importante em relação a utilização da plataforma é que o governo já havia utilizado essa solução em outros projetos. Tendo em vista as especificidades da plataforma Power BI, foi indagado se os gestores que utilizam a plataforma precisaram passar por algum treinamento para usarem os dados e compreenderem como podem utilizar os indicadores e relatórios no processo decisório. Em resposta, foi esclarecido que “a SESA conta com um Núcleo Especial de Sistemas de Informação de Saúde (NESIS), que em parceria com o PRODEST, atua diretamente na ferramenta junto aos demais gestores conforme a necessidade apresentada.” Essas premissas apontam que, embora a ferramenta de PowerBI esteja sendo utilizada para criar gráficos e relatórios que informam a população sobre a situação da doença no Estado, ela não é a única fonte de dados do Governo para gerar relatórios e indicadores que embasem as decisões que estão sendo tomadas para combater a doença. Porém, é notório que, tanto a SESA quanto o PRODEST, estão munidos de tecnologias que fornecem base de dados para alinhar as estratégias do governo na saúde pública a longo prazo. Deve-se considerar que a ferramenta possui muitos recursos úteis, com base no contexto apresentado, como por exemplo, a possibilidade de filtrar dados por município, mostrar a evolução dos casos, a totalidade de casos 3 Disponível em: https://coronavirus.es.gov.br/painel-covid-19-es 29 confirmados, curados e que vieram a óbitos, além de possibilitar a visualização de testes já realizados, o gênero dos pacientes, e as comorbidades que eles já apresentavam antes da confirmação da Covid-19. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os avanços nas áreas de análise de dados e tecnologia da informação estão transformando a área de negócios. Consequentemente, profissionais de todas as áreas estão se especializando em ferramentas que forneçam dados eficientes para auxiliar gestores no processo de tomada de decisões. A partir dos discursos apresentados nesse estudo, evidencia-se que em uma cultura de dados, em que decisões gerenciais devem se basear em fatos e não em opiniões. Pode-se afirmar, com base nas entrevistas, que a pandemia do novo Coronavírus acelerou a necessidade dos órgãos públicos se adaptarem as novas plataformas digitais, capazes de fornecer informações e relatórios de forma automatizada e rápida. Para atender ao objetivo geral do estudo, de investigar como vem sendo usada a plataforma Power BI como ferramenta para orientar a gestão da pandemia do Covid-19 no Estado do ES, utilizou-se a metodologia de questionário com perguntas abertas. Em virtude dos fatos mencionados, foi possível mostrar que o detalhamento dessas informações fornece informações extras que possibilitam que os gestores se planejem quanto ao panorama das unidades de saúde que possam estar sobrecarregadas, o deslocamento de pacientes e a compras de equipamentos necessários. A plataforma de Power BI, escolhida pelo PRODEST, em parceria com a SESA, para tentar controlar o avanço da Covid-19 no Espírito Santo, possui a capacidade de tornar as fontes de dados não relacionadas em informações coerentes, visualmente imersivas e interativas. Por ser uma plataforma muito bem avaliada no mercado corporativo, como já mencionado anteriormente no quadrante mágico que avaliou esse tipo de produto no mercado, o estudo de usabilidade dessa ferramenta é um tema relevante para que os gestores possam visualizar os dados de forma clara. Além disso, melhorar o desempenho das organizações, sejam elas públicas ou privadas, através de inteligência artificial para otimização do processo decisório já é uma realidade no meio corporativo. Dessa forma, os profissionais atuais devem ser capazes 30 de coletar, extrair e organizar dados para transformá-los em informação útil ao negócio ou órgão público. Esse estudo se propôs, incialmente, a descrever as etapas de criação do Painel Covid-19 e, através da análise das respostas aos questionamentos realizados com o PRODEST e a SESA, percebe-se que a escolha da Plataforma Power BI levou em consideração a expertise e o licenciamento que o PRODEST já possuía. Quanto as etapas de criação, foi realizada a abertura de dados e a definição quanto as informações que seriam abertas ou não ao público. Desse modo, ficou definido que o painel seria dividido em Público e Corporativo, e as informações seriam disponibilizadas em níveis distintos. Isto é, as informações mais “brutas e objetivas” são compartilhadas com o público e as mais complexas com “análises de saúde mais refinadas” ficam disponíveis à gestão estratégica no painel corporativo. Outro objetivo específico desse estudo foi destacar os pontos positivos e as possibilidades de melhoria das informações geradas pelo Power BI, na percepção dos gestores. Nesse aspecto é possível destacar como ponto positivo a facilidade de compartilhamento de informações de forma visual, de relatórios e dados que foram criados por outros usuários, permitindo que a informação possa ser usada por meio de aplicativos, grupos com segurança que possuem acesso, ou publicados na Web. Essas informações dão transparência à sociedade, imprensa e órgão públicos, além de permitir o controle das tarefas do Estado no combate a pandemia. Pode-se destacar, também, que a ferramenta Power BI possui a capacidade de conectar-se com muitos tipos de fontes de dados, sejam eles banco de dados locais, planilhas ou dados nos serviços de nuvem. No caso do Painel Covid-19, as informações são obtidas através de dados procedente do Sistema Próprio Capixaba de Notificação Compulsória e-SUS VS. Em relação as possibilidades de melhoria, não foram apontadas pelos entrevistados. O estudo teve, também, o objetivo específico de descrever a percepção dos gestores sobre as informações geradas pelo Power BI. Sobre esse assunto, os entrevistados afirmaram que o maior desafio da utilização da plataforma é fazer com que as informações cheguem ao usuário indireto da ferramenta da forma mais limpa possível e com o menor ruído de interpretação. Em face desse argumento, o objetivo desse estudo é colaborar para que o usuário dessa ferramenta compreenda como utilizá-la como fonte de dados no processo de tomada de decisões gerenciais. Dada a importância do assunto, torna-se necessário o desenvolvimento de novas pesquisas com a finalidade de analisar e comparar outras ferramentas de business intelligence existentes no mercado. 31 REFERÊNCIAS BERTONCINI, Cristine et. al. Processo decisório: a tomada de decisão. Revista FAEF, Garça, São Paulo, v.5, n.3, p. 8-34, 2013. 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Segundo dados divulgados no dia 14 de maio de 2020, a ONG Open Knowledge Brasil (OKBR) classificou o Espírito Santo, juntamente com o estado do Alagoas como 1º lugar no índice de transparência da Covid-19. Diante disso, questiona-se como surgiu a ideia de utilizar o software Power BI, como fonte de dados para o Painel Covid- 19 ES? 2. Dentre as diversas opções encontradas no mercado como solução de Business Inteligence, por que o software Power BI foi o escolhido? Qual o seu diferencial? 3. Como foram definidas quais as informações que seriam mais relevantes nesse painel de visualizações disponibilizado ao público e a imprensa? 4. Esse painel gerencial é utilizado pelo governo do Estado para tomar decisões quanto ao isolamento social e a compra de insumos para o combate da doença covid-19? 5. Sabe-se que decisões gerenciais devem ser baseadas em fatos, nesse sentido de onde vem os dados que alimentam software Power BI? O e-SUS é uma das fontes de Microdados? 6. Como são definidas quais as informações serão disponibilizadas ao público? O painel possui outras funcionalidades que não são divulgadas ao público? 7. Qual a frequência que os dados são atualizados? Como esses dados são compartilhados no Painel? 8. No caso dessa pandemia é notório que as informações podem salvar vidas. Muito tem se argumentado nas mídias sobre a veracidade de dados divulgados, como por exemplo a quantidade de suspeitos e confirmados. Qual é o critério utilizado para ser notificado como “Confirmado para Covid-19” no Painel? 9. Quanto a notificação de óbitos, os Cartórios de Registro Civil do Brasil adotaram um portal de Transparência em relação as causas das mortes por Insuficiência Respiratória, e os óbitos com suspeita ou confirmação de Covid-19. Como o Painel classifica essas notificações? 10. Além do Painel Covid-19, como é feita a disponibilização dos dados para o Governo Federal? 35 11. É possível que a população tenha acesso ao nome das pessoas que vieram a óbito e que foram confirmados com a doença? 12. Quais os cuidados são tomados para proteção dos dados na rede? E como a Lei Geral de Proteção de dados é aplicada? 13. Informações como número de leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19 também são fornecidas pelo painel? 14. Quais são os desafios da utilização dessa ferramenta? 15. O governo já havia utilizado essa ferramenta em outros casos? 16. Os gestores que utilizam a plataforma precisaram de passar por algum treinamento para usarem os dados e compreenderem como podem utilizar os indicadores e relatórios no processo decisório?
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