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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
NORMAS DIRETAS x INDIRETAS
Aplicação de normas indiretas, não resolvem o caso concreto, trazendo uma solução para que o juiz saiba qual lei aplicar, se a nacional ou a extraterritorial.
Respeito ao elemento estrangeiro
Lindb: relações privadas de direito civil e empresarial são os elementos estrangeiros.
Em relação a pessoa: nome, capacidade civil, filiação, pensão;
Em relação ao casamento: leis q regem o regime de bens e a validade do casamento;
À morte: capacidade para suceder e regras da herança, inventários, testamento;
A bens: móveis, imóveis (regra própria), penhora e penhor;
Contratos e afins: direito empresarial;
Importância 
Evitar insegurança jurídica para as partes; 
Pluralidade de ordenamentos jurídicos, que implica em resultados diferentes na solução do conflito;
Como e quando aplicar a lei direta de forma extraterritorial 
Finalidade
Desenvolver e harmonizar normas e princípios que garantam ao juízo auxilio na designação do direito aplicado;
Objeto 
Conflito de jurisdição e o reconhecimento e execução de sentenças estrangeiras.
O conflito de jurisdição ocorre quando não se sabe qual o juiz competente para analisar o caso e qual norma direta deve ser aplicada;
A execução da sentença estrangeira é a homologação de sentença estrangeira, pelo stj (ec 45/2004).
A dispensa da homologação será dispensada em casos que sejam oriundas do mercosul e divorcio consensual (direto em cartório)
Fontes de direito internacional privado
Normas 
Primarias: tratados (carta, protocolo, acordo, negociata, concordata), costumes, princípios gerais do direito;
Secundárias: jurisprudência (internacional – sentença internacional dispensa homologação, nacional – cortes nacionais e estrangeiras, cujas sentenças precisam de homologação – ambas constituem sentença que sera titulo executivo judicial, laudos arbitrais que podem ser nacionais ou internacionais e decisões de órgãos de organizações internacionais, as quais dispensam homologação), analogia, equidade, doutrina;
Art. 38 estatuto constitutivo da corte internacional de justiça 
Art. 4 lindb 
Internas x internacionais (públicas e privadas)
Aula 2 – 01.09.2022
Aprofundamento de relações comerciais entre europa e oriente. Sistema jurídico europeu x islâmico. Segurança jurídica. Legislação aplicável. Lei local (lex fori). Lei estrangeira (lex causae/estranha). Método uniformizador x conflitual. 
Método uniformizador. Direito material. Solução de conflito como um todo. Tentativa de uniformizar o direito material. Uso de tratados. Humanamente impossível. 
Método conflitual. Direito indireto. Direito processualístico. Harmonizar/coordenar as regras que indicam o direito a ser aplicado. Regras de conflito, conexão (diferente de elemento de conexão) ou normas indiretas. 
1. Pressupostos 
- relação jurídica privada com sujeito/elemento estrangeiro;
- direitos materiais diferentes; dois ordenamentos que podem ser aplicáveis ao caso concreto, com soluções diferentes;
- tolerância pelo Estado na aplicação no direito estrangeiro. 
Teoria geral das normas do DIPRI. 
1. Normas diretas. Preveem fatos e adotam consequências jurídicas para a relação. Resolvem os problemas e adotam direitos e obrigações para as partes. Normas de direito material. Aplicação em relações jurídicas nacionais, em regra. No dipri será excepcional, em caso de uniformização dos ordenamentos mediante tratados. 
2. Normas indiretas. Visam indicar, no caso concreto, qual dos ordenamentos jurídicos vinculados envolvidos (norma direta) será aplicado. Normas meramente instrumentais. Não imputam direitos e obrigações para as partes. Se tratam de normas conflituais, de conexão ou indicativas. Savigny. Precisam ser normas indiretas e neutras, indicando: 
a- que não importam para as normas indiretas, o conteúdo das normas diretas a serem aplicadas.
b- O resultado jurídico da aplicação de uma norma direta na relação jurídica privada. 
Garantir estabilidade das relações e segurança jurídica. 
Classificação como normas neutras: (próxima aula)
a- Unilaterais
b- Bilaterais perfeitas
c- Bilaterais imperfeitas
3. Normas qualificadoras. Acessórias das normas indiretas. Visando a boa aplicação das normas indiretas. Domicilio, nacionalidade, por exemplo, podem ser conceitos diferentes conforme o ordenamento jurídico. Logo as normas qualificadoras indicam e estabelecem o que são os conceitos aplicáveis. 
Aula 3 – 15.09.2022
Normas indiretas 
a- Unilaterais
b- Bilaterais perfeitas
c- Bilaterais imperfeitas
Nomenclatura
Regra de conexão/conflito
Elemento de conexão. Localizar a sede jurídica da relação. O que designará qual será o direito aplicado. 
Ex: nacionalidade. Domicilio. Local da situação da coisa. 
Sempre vem escrito. 
O elemento de conexão vai localizar a sede jurídica da relação. 
Objeto de conexão. Visa explicar a sede jurídica. Qualificação. Conflito de jurisdição. Questão prévia. Pode ser tácito ou estar no direito material. 
Conceito. Busca trazer a sede jurídica (elemento de conexão) da relação com a sua devida explicação (objeto de conexão), designando assim a norma direta aplicável. 
Elemento de conexão
Estabelecer os critérios para designar o direito a ser aplicado.
Conceito. Designar quais elementos devem ser analisados para determinar o direito material a ser aplicado.
Passos lógicos para a determinação do direito aplicável. 
1. Relação jurídica privada com elemento estrangeiro. 
1º. Determinar o juízo competente;
Qualificação e questão prévia. O juízo competente esta ligado ao objeto de conexão; 
2º. Indicar regra de conflito, que será a lex fori; 
	Será a lei do juízo que a ação foi ingressada. A norma indireta, no caso. 
3º. Já o direito aplicável sera aplicado observando o elemento de conexão;
4º. Determinação da norma direta aplicável pelo elemento de conexão, que é o instituto mais próximo do direito aplicado;
Tipos de elementos de coneaxo 
Elementos de conexão clássicos
a. Nacionalidade – Pasquale Mancini. Sec. Xix. Europa ocidental. Jus sanguini
1º. Fluxos migratórios que levaram à binacionalidade. Não se sabe qual nacionalidade aplicar. 
2º. Apátridas. Sem nacionalidade para aplicar.
Em ambos os casos, aplica-se o art. 12 da convenção para proteção dos apátridas, que determina que o juízo aplicável será o da lei da residência habitual da pessoa.
b. Domicilio – américa latina. Países de imigração. Jus soli. Colombia adota nacionalidade também. 
c. Lugar da situação da coisa – geralmente rege bens, principalmente imóveis, e as vezes as obrigações
Elementos de conexão na teoria de savigny
A lei de domicilio deveria reger a questão do estatuto pessoal (capacidade civil, nome, dto de família).
O lugar da situação da coisa deveria reger os direitos reais (posse e propriedade)
A lei do lugar da execução deveria reger a validade das obrigações
A lex fori deveria reger a forma externa dos atos jurídicos, os seus requisitos, e o direito processual. 
A lei de nacionalidade também pode reger o estatuto pessoal, assim como a lei de domicilio, dependendo da escolha do Estado.
Aula 4 – 22.09.2022
Trabalho: 
Em regra, a legislação aplicável será a brasileira, tendo em vista que embora o testamento tenha sido realizado na França, a jurisdição brasileira poderá reconhece-lo e confirma-lo, em razão da existência de bens a serem partilhados que estejam no território nacional.
Ainda, prevê a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro que em casos de sucessão por morte, em relação aos bens situados no Brasil que eram de propriedade de Ronaldo, serão julgados pela legislação brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos, se esta lei lhes for favorável, nos termos de seu art. 10, § 1º.
Em razão de Ronaldo exercer domicilio no Brasil, a sucessão em decorrência de sua morte seria julgada pela lei do Brasil, por ser a de seu domicílio, conforme previsão na LINDB, no art. 10, bem como determinação do elemento de conexão em relação ao estatuto pessoal. 
Aula 5 - 06.10.2022
RELAÇÃO JURIDICA COM ELEMENTO ESTRANGEIRO
1º Passo: qualificar a relação jurídica -> encontrar suanatureza jurídica
2º Passo: encontrar a norma indireta/elemento de conexão -> domicilio/nacionalidade
3º Passo: juízo encontrará a norma direta -> lex fori/lex causae podem ser a norma aplicável. 
Qualificação
1877 -> Bartin
Caso da sucessão do Maltês. 
Casal de malteses se muda para a Argélia, de domínio francês, e o cônjuge morre. Segundo o dto francês, em caso de sucessão, o direito seria o do domicilio. Segundo a lei francesa a mulher não teria dto aos bens, mas se fosse uma relação matrimonial, o dto francês determinaria a lei da nacionalidade que iria reger, que seria de malta, em que a mulher poderia suceder. Entendimento este que prevaleceu. 
Três teorias sobre como determinar a qualificação: 
1. Lex fori: mais aceita. Para qualificar ira ser aplicada a lei do juízo, a norma indireta, em relação a classificação da relação jurídica, usando o dto material para classificar a relação em questão.
2. Lex causae: não faz sentido. Achar a qualificação pela suposta lei que seria aplicada para resolver o caso, a lei que pareceria apta a solucionar o caso concreto. Inverte a ordem para qualificar. Encontra a norma direta e depois qualifica a relação jurídica. 
3. Qualificação internacional: vai harmonizar a classificação dos institutos jurídicos por meio de tratados. Mas não se aplica sempre, pois não são todos os estados que firmam os mesmos tratados. 
Logo, a regra geral no primeiro passo é aplicar a lei do foro/juízo. 
Questão prévia. 
Não existe sempre, podem intercorrer questões que o juiz vai ter que analisar antes de determinar o direito aplicável. 
É um fato que deverá ser enfrentado antes da designação da lei aplicável, como uma eventual nulidade no casamento dos malteses, algo que pode impactar a relação jurídica com o elemento estrangeiro, portanto. 
É uma relação jurídica que ira impactar outra relação jurídica com elemento estrangeiro. 
Modo de determinação.
Art. 8 da convenção interamericana sobre normas gerais de dipri. 
Entende que depende de liberalidade do juiz para decidir sobre a questão previa, aplicando a lei que achar mais conveniente. 
Outros autores: entendem que deveria ser aplicada a lex fori do juízo para resolver a questão previa. 
Tratados em matéria de dipri 
Busca uniformizar as regras de dto material em relação as relações jurídicas privadas com elemento estrangeiro. 
1- Conferencias de Haia. Matéria cível. (1893 – 1951. Estatuto. Brasil é signatário desde 2001. Del. 3832/2001). (1951 em diante, gerou 7 tratados provenientes das conferencias, que geraram outros)
Aula 13.10.2022
Tratados em matéria de DIPRI (método uniformizador – matérias de dto civil e empresarial)
Conferencia de Haia – decreto 3832/2001
Estatuto das conferencias, sendo ratificadas pelo Brasil através do decreto 3832/2001; 
Intercorrências praticas
1. Importância
2. Principais tratados das conferencias de Haia (ratificados pelo Brasil)
São aplicáveis aos Estados signatários. 
Os decretos visam a internalização dos tratados na legislação brasileira. 
Movimento governamental brasileiro. No segundo mandato do FHC e do primeiro de Lula, não houve muito ingresso em tratados. Após, houve grande adesão, em especial no Temer, em especial de dtos humanos.
1º tratado: convenção relativa à obtenção de provas no estrangeiro em matéria civil e comercial (1970). 
Coop. Jurídica internacional. 
Carta rogatória e auxilio direto. 
O auxilio direto se sobrepõe ao tratado, de forma mais ágil, se houver auxilio direto com o país em que se buscar provas. 
Prestado pelo MJ ou das Relações exteriores. 
2º tratado: convenção relativa aos aspectos civis de sequestros internacionais de crianças (1980).
Sequestrador que precisa de “proteção”. Lida na verdade com a abdução de criança. Ocorre quando um pai tira uma criança do Brasil e não devolve para a mãe no tempo combinado. Ao se fazer o passaporte de menor, tem-se diversas opções (autorização ou não sem os pais, com um dos pais e ou de ambos, se não houver permissão ocorre o “sequestro”). 
A proteção do “sequestrador” necessita que o país signatário possa realizar o acompanhamento psicológico deste (geralmente é a mãe que o faz por conta do sofrimento de violência doméstica).
3º tratado: convenção sobre o acesso internacional à justiça (1980). 
Não é sobre acesso a justiça internacional, mas sobre acesso internacional à justiça. 
O brasil se comprometeu a garantir acesso à justiça ao estrangeiro que chega no país. Concretização a partir da lei 13445. 
4º tratado: convenção relativa à proteção da criança e a cooperação internacional em matéria de adoção internacional (1993). 
Requisitos próprios da adoção internacional. 
Eca é a lei interna que rege a adoção. Possui requisitos mais estritos. 
Aplica-se a legislação mais protetiva ao menor, em casos de estrangeiro que venha ao Brasil adotar alguém. 
5º tratado: convenção sobre a dispensa da exigência da legalização de documentos obtidos no estrangeiro (1961).
Apostilamento de Haia. Reconhece em cartório no Brasil, e sera aplicado em todos os países que tenham firmado o pacto. 
EUA não é signatário. Caso precise, é necessário que seja legalizado no cartório ou secretaria de estado deles. 
6º tratado: convenção relativa a notificação, citação e intimação de documentos judiciais ou extrajudiciais no estrangeiro (1965). 
Será realizada tanto por meio do auxilio direto ou carta rogatória, na questão da cooperação jurídica internacional. 
7º e 8º tratados: 
Protocolo é um documento que complementa convenções. San salvador, que complementa o pacto de san jose. 
Convenção de Nova Iorque sobre prestação de alimentos de estrangeiros de 1956.
Primeiro que visa uniformização do DIPRI.
Idealizada pela ONU. 
a- Objetivo: desenvolver a cooperação internacional entre os estados signatários para facilitar a prestação de alimentos no estrangeiro. 
b- Figuras: que a convenção desenvolveu dentro dos Estados para tornar a prestação mais célere.
B1. Autoridade remetente: não precisa ser o judiciário. É a instituição governamental do Estado requerente (de alimentos) que irá encaminhar o pedido para o outro Estado, no Brasil é o ministério da justiça. 
É para quem o requerente faz o pedido de alimentos, que então manda o requerimento ao estrangeiro. 
Não precisa de processo, pois quem deve tomar as providencias para que a prestação seja efetivada é a instituição intermediária. 
B2. Instituição intermediária: No brasil é a PGR, que deve receber o pedido e deve fazer as vezes de tutor/curador do requerente para que a ação seja ingressada ou de reconhecer a sentença estrangeira. 
A instituição intermediária é aquela que recebe o pedido de alimentos da autoridade requerente. É ela que irá realizar as tratativas para fazer com que os alimentos sejam prestados ao requerente. Irá ingressar com a ação no Estado do requerido. 
Possibilidade de se ter o cumprimento de sentença estrangeira. 
c- Brasil (lei 5479/68 – lei de alimentos)
A instituição intermediária será a PGR. A justiça comum que irá julgar os alimentos, em geral, mas se vem um pedido de fora, será julgado pela JF da jurisdição do requerido. (art. 109 CF).
 
d- Aplicação: quem pode pedir: 
- menores de 18 anos 
- maiores de 18 anos quando credores alimentares, dependendo da legislação interna do requerente, mas sem ofender a ordem pública do Estado requerido.
- cônjuges, companheiros e exs. 
Convenção sobre a cobrança internacional de alimentos para crianças e outros membros da família e o protocolo sobre a lei aplicável (2007)
Fruto das conferencias de Haia. 
Traz mais possibilidades de pessoas se valerem da prestação de alimentos. 
a- Objetivos: 
Conferir e assegurar a efetiva e real prestação de alimentos que a convenção de NY não estava conseguindo. 
Trabalhar uma cooperação internacional entre as autoridades dos Estados (autoridade remetente e instituição intermediária). 
Busca conseguir decisões favoráveis e que sejam efetivamente cumpridas. 
b- Aplicação 
Aula 20.10.2022
Aplicação (conferir celular) 
Convenção de 1956 
	- aplicação subsidiária, continua sendo aplicada naquiloque for compatível 
	- além de menores de 21 anos, aplica-se também para maiores, se ainda forem credores alimentícios. 
Protocolo adicional (2007)
Objetiva estabelecer um meio de encontrar a norma aplicável à relação jurídica com elemento estrangeiro de alimentos. 
Regra: residência habitual do credor (não é domicílio), ou a lei convencionado entre as partes; 
Neoconstitucionalismo: critica, pela perda da autonomia do direito privado; 
A aplicação pode ser feita em Estados não-signatários, em relação ao protocolo adicional; 
Sequestro internacional de crianças 
Viagens internacionais de crianças mais facilitadas dentro do mundo globalizado;
Convenção visando regulamentar e viabilizar direito à guarda e visitas; 
Logo, organizou-se a Convenção Internacional sobre os aspectos civis do sequestro internacional de crianças (1980);
Objetivos: 
a) assegurar que a criança tenha o retorno imediato ao seu país de residência habitual;
b) assegurar que a criança tenha o direito de guarda e de visita assegurados em efetivo exercício;
Especificidades:
Âmbito civil. 
Subtração ilícita de crianças, diferente do sequestro penalmente tipificado; pois o Brasil traduziu errado o termo da convenção (abduction), que quer dizer subtração.
Retention: retenção 
Removal: Transferência 
Quando a criança sai de seu país de residência habitual, sai sem autorização de uma das pessoas que detem a guarda, e vai para Estado o qual não há autorização; 
A retenção será ilícita quando se estará com o menor além do prazo autorizado ou em país o qual não há autorização; 
Objetivo: Facilitar o retorno imediato da criança ao seu país de residência habitual; 
Aplica-se a sanção da lei da residência habitual da criança; 
Estabelecimento de cooperação entre os Estados
Autoridades centrais (órgão governamental designado para trabalhar com esta convenção) que buscam: 
a) Localizar o menor 
b) Restituir ao país de domicílio habitual
c) Fazer com que cheguem a uma solução amigável
No Brasil, a autoridade central pode ser o ministério da Justiça ou das Relações Exteriores; 
Em países que existe maior relação com o Brasil, pode existir uma secretaria /específica, a depender do tratado; 
27.10.2022
SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS 
OBJETIVO FINALISTICO: RETORNO IMEDIATO DA CRIANÇA AO PAÍS DE RESIDÊNCIA HABITUAL 
A menos que seja em prol do interesse do menor:
a- Se a pessoa com o direito de guarda mudar-se de residência habitual, a criança não será devolvida para essa residência, mas para a nova residência;
b- Se a residência habitual da criança estiver em extrema instabilidade institucional (Iêmen, Sudão, Síria, etc) ou guerra;
c- Quando ela estiver na iminência de sofrer de violação psicológica ou física por seu genitor do país de residência habitual;
Estado deve providenciar apoio psicológico ao sequestrador para entender o que levou à situação de rapto de menor; 
- Brasil: autoridade central: pode ser o ministério das rel. exteriores ou da Justiça; 
Justiça federal: busca conciliação; 
MJ ou MRE realiza a busca e a apreensão de crianças com a determinação do judiciário; 
Se uma criança estrangeira está raptada no Brasil.
Adoção internacional de crianças;
- contexto: preocupação da matéria é a designação de elemento de conexão e da li aplicável.
	Não se trata da formalização da adoção, nem dos principais requisitos.
	Evitar a venda/sequestro (crime) da criança e do tráfico; 
Convenção sobre tráfico de pessoas (estatuto de Roma e outros estatutos, crimes transnacionais)
Protocolo adicional: repressão ao tráfico de mulheres e crianças – protocolo de Palermo;
Ex: Brasileiros se mudam para a Suíça e querem adotar uma criança brasileira, será internacional, pois o domicilio dos adotantes deve ser diferente da residência habitual do adotando, independente da nacionalidade das partes; 
Em caso de o país do adotando não estiver em nenhuma das convenções, o art. 7 da LINDB aplica a lei da residência habitual do adotando; 
Art. 12, I, c CF: não se aplica em adoção internacional, pois os filhos adotados internacionalmente por brasileiros não serão considerados brasileiros natos; 
Art. 52,c ECA: a partir do momento que a criança é adotada por brasileiro, ela terá um certificado provisório de naturalização; o adotando, ao fazer 1 ano após os 18 anos, pode confirmar sua naturalização; 
Qatar: principal exemplo de socialismo no mundo: a naturalização é apenas para nascidos lá, descendentes de clãs de beduínos. O governo reparte os royalties do petróleo com os cidadãos locais; é impossível se naturalizar; 
Contexto: no caso brasileiro, nunca serão natos, apenas naturalizados, mas o nem isso se considera no Qatar.
- convenção interamericana sobre conflito de leis em matéria de adoção de menores (1984)
	a- aplicação: 
- 0-18 anos.
- tanto o adotante como o adotando tem que estar em Estado parte da convenção; 
Leis aplicáveis:
- Em uma primeira perspectiva será a lei da residência habitual do adotando;
- Regulamentará a capacidade do adotando para ser adotado, o consentimento e os requisitos e formalidades extrínsecos para a adoção;
- se a lei do adotante for mais benéfica ao adotando, será aplicada excepcionalmente; 
		- a segunda lei aplicável será a lei do domicilio do adotante;
- a capacidade para ser adotante, requisitos de idade e estado civil, se precisa ou não do consentimento do cônjuge ou do companheiro e os demais requisitos;
- a lei com mais dificuldades nos requisitos será aplicável, caso seja a do adotando;
- o estágio de convivência para a adoção internacional será de 30 dias (ECA art. 46 § 3º);
- Convenção relativa a preteção das crianças e à cooperação em matéria de adoção internacional (convenção de Haia de 1993 – por sua origem);
- assegurar os direitos e garantias fundamentais da criança e seu superior interesse;
- desenvolver um sistema de cooperação internacional entre os Estados membros para efetivamente proteger os direitos e garantias fundamentais das crianças e seus interesses superiores no processo de adoção;
- reconhecimento da adoção de ofício por qualquer Estado membro da convenção; 
	- Estado de origem/do adotando: 
	- Estado de acolhida/do adotante:
Aula 03.11.2022
Continuação...
- Principais pontos da convenção:
a. ética + cooperação internacional 
auxílio direto, por meio das autoridades centrais (mais ágeis, céleres), órgãos determinados para trabalhar neste âmbito, geralmente no ministério da justiça ou no ministério das relações exteriores; 
b. excepcionalmente, art 14. A convenção pode estabelecer critérios para a escolha da lei aplicável, que pode ser a lei da residência habitual do adotando, sendo este ponto secundário em relação ao objetivo da convenção. 
- Brasil:
- expedição de um certificado de adoção a partir do poder judiciário, sendo o processo corrido no executivo. Sentença estrangeira. 960/965 CPC. A sentença esta dispensada de homologação no stj com a emissão do certificado, em razão da cooperação internacional imposta pela convenção de 1993, sendo todos os estados membros da convenção com o certificado reconhecido. 
- Será então, o certificado, considerado um título executivo judicial. 
Art. 960, §2º
- Aplicação: proteção das crianças e a facilitação da cooperação internacional em termos de adoção internacional; 
Cooperação jurídica internacional 
Introdução
Aprofundamento da globalização (1989), os estados percebem que precisam cooperar em relação ao âmbito jurídico, e das relações comerciais entre estados (1991), com a abertura econômica da urss e aumento das relações oriente x ocidente;
Logo tem-se a necessidade de aplicação extraterritorial de instrumentos jurídicos, sendo judiciais (sentenças), advindos do executivo (atos públicos), de forma a uniformizar a aplicação de instrumentos jurídicos no Brasil e em outros países. 
Conceito
É o intercâmbio de atos públicos (legislativo, executivo e judiciário) entre Estados, objetivando a segurança jurídica e a estabilidade das relações entre os Estados.
Espécies
Homologação de sentença estrangeira 
Carta rogatória 
Auxílio direto 
Classificação
Ativa:é aquela cuja qual o país faz o pedido da cooperação;
Passiva: é aquela cuja qual o país recebe o pedido da cooperação para executá-lo;
Espontânea: é aquela prevista em documentos/tratados internacionais que o Estado faça parte.
1. Homologação de sentença estrangeira
Previsão normativa: CPC arts. 960-965 e no regimento interno do STJ arts. 216 C e 216 D.
Conceito: sentença prolatada por um poder judiciário de outro Estado, que deve ser homologada por conta de o Brasil não ter participado da construção jurídica de outros Estados, sendo a homologação necessária para verificar a existência de requisitos compatíveis com a ordem jurídica do Brasil. Sendo dispensado no caso de sentenças internacionais, pois o Brasil participou da constituição de vários órgãos e firmou vários tratados, pois as regras eram compatíveis. 
Competência: STJ – art. 105 CF. Só tem competência para homologar, e não executar.
Requisitos necessários à homologação:
a. Ordem formal 
O stj não pode reverter o mérito da decisão, mas pode examinar/rever, para observar se a sentença cumpre os requisitos formais da homologação.
- Não ofender ordem pública brasileira
- Não ofender a soberania nacional 
- Não ofender os bons costumes
b. Ordem material
Em relação à decisão e ao processo no estrangeiro. 
- Condição da ação:
- Legitimidade das partes
- Possibilidade jurídica do pedido
- Interesse processual das partes
- órgão julgador no estrangeiro 
- Competência do órgão para conhecer da causa.
- Sentença com trânsito em julgado 
Cumprimento da decisão: 
Justiça federal: art. 109 CF e art. 965 CPC. A jf seria competente para conhecer da causa no Brasil. 
O processo de cumprimento de sentença é iniciado pela parte interessada, ou nas causas em que houver competência, o ministério público federal. 
10.11.2022
Exceções
Divórcio consensual realizado no estrangeiro, sem a presença de menores. (CPC). 
Protocolo de las lenas: toda sentença advinda do Mercosul dispensa a homologação do STJ, sendo cumprida por carta rogatória. Decreto 2.067/1996. 
	- Aprofundamento das relações dos países Mercosul.
Carta rogatória
CPC: arts. 960 ao 965. Regimento interno do STF de 1989, por falta de previsão no RI do STJ.
É a interligação entre poderes judiciários de países diferentes. Art. 260 CPC. Um pedido de auxilio formal de um juízo de um determinado Estado para outro Estado. 
CARF: não é um processo judicial, logo, não pode se usar de carta rogatória, assim como os demais processos administrativos.
Ativa: Brasil pede para outro país. Quem pede é denominado rogante.
Processamento é por duas formas: 
a- Canais diplomáticos: juiz envia para consulado ou embaixada do Brasil no país onde tem que se cumprir a carta, que manda para o poder judiciário do país.
b- Autoridades centrais: no Brasil, é a secretaria da justiça do MJ. Precisa de tratado ou reciprocidade (ainda que não tenha tratado, o Estado recebe por meio de autoridade central) com o Estado rogado.
Itália em matéria cível e penal. 
Espanha em matéria cível. 
França em matéria penal. 
Passiva: Quem recebe/cumpre, vulgo rogado. Não existe previsão de obrigatoriedade em qualquer Estado para o cumprimento, por ser uma ingerência internacional dentro da soberania de um Estado.
A carta é recebida via canal diplomático ou autoridade central (secretaria de justiça) e enviada ao STJ, para a realização do juízo de delibação (existência dos requisitos para cumprir a carta no Brasil, que são: 
a- carta com documentos legalizados (ver se o Estado faz parte da convenção de Haia, e então apostilar o documento no cartório do outro Estado, se não fizer parte, é via autoridade consular/embaixada);
b- carta com tradução juramentada (buscar na junta comercial);
c- consonância com o ordenamento jurídico nacional;
Feito o juízo de delibação, o STJ determina o seu cumprimento (exequator), de ofício, pela justiça federal. 
Cumprida a carta, a JF manda para a autoridade central ou canal diplomático. 
 Especificidades 
- Br Rogante para os EUA: precisa cumprir requisitos adicionais. EUA não gosta de uso de carta rogatória. 
- Cartas rogatórias que saem do Brasil para pedido de cumprimento de busca e apreensão de veículos retidos no Paraguai: a CR vai para o consulado do brasil no Paraguai, que manda para a alfândega, por maior celeridade. 
- Decisões interlocutórias são cumpridas via carta rogatória. 
Auxilio direto
Solicitação da feitura de um ato processual para outro Estado.
É melhor que a carta rogatória, pois não precisa de juízo de delibação (passar pelo STJ), pode ser em processo de qualquer matéria.
Requisitos: 
- Estar dentro de um tratado com outro país; 
Surgimento: convenção de NY para prestação de alimentos de 1996; 
Espécies: 
	- Ativo: quem pede 
- Passivo: quem recebe
Comunicação espontânea
- Facilita a comunicação entre Estados, mais ainda do que o auxílio direto.
Conceito: é um auxílio mais direto e mais eficiente em relação a dados, documentos e atos que se encontram em outro Estado. 
- Independe de processo, podendo ser utilizada para investigações policiais/criminais.
- Pode ser de ofício, dispensando-se o pedido de outro Estado. 
- campo penal
- tratados: 
		- Convenção de Palermo (comunicação espontânea, para o combate ao crime organizado transnacional); 
		- Convenção de Mérida (convenção da ONU para o combate à corrupção);

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