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DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 1 
 
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 
Conceito: É um complexo de normas e 
princípios de regulação que, atuando nos 
diversos ordenamentos legais ou 
convencionais, estabelece qual o direito 
aplicável para resolver um conflito de leis ou 
sistemas, envolvendo relações jurídicas de 
natureza privada ou pública, com referências 
internacionais ou interlocais. 
Crítica: Direito nacional? Direito Público? 
 
PERSONALIDADE, CAPACIDADE, NOME E 
DIREITOS DE FAMÍLIA 
Art. 7º, caput, da LINDB. A lei do país em que 
domiciliada a pessoa determina as regras sobre 
o começo e o fim da personalidade, o nome, a 
capacidade e os direitos de família. 
 COMEÇO E FIM DA PERSONALIDADE – LEI DO 
DOMICILIO 
 CAPACIDADE – LEI DO DOMICILIO 
 NOME – LEI DO DOMICILIO 
 DIREITOS DE FAMÍLIA – EXCETO PREVISÃO 
ESPECIAL NOS PARÁGRAFOS SEGUINTES, LEI 
DO DOMICILIO. 
Questão: Um cidadão estrangeiro, com 20 anos 
de idade, pretende casar-se no Brasil, onde 
está em viagem de turismo. O Oficial de 
Registro Civil brasileiro negou a habilitação, ao 
argumento de que, embora no Brasil a 
capacidade civil se alcance aos 18 anos, o 
habilitante é incapaz, segundo o direito de seu 
país de domicílio. Assinale a alternativa 
CORRETA: 
C) O indeferimento é legal, porque a 
capacidade civil para o casamento se rege pela 
lei do país do domicílio da pessoa; 
 
Art. 7º, §1º, LINDB – LEX LOCI CELEBRATION 
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o começo e 
o fim da personalidade, o nome, a capacidade 
e os direitos de família. 
§1º. Realizando-se o casamento no Brasil, será 
aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da 
celebração. 
IMPEDIMENTOS DIRIMENTES RELATIVOS E 
ABSOLUTOS: (ARTS. 1.525-1.542 CC) 
FORMALIDADES DA CELEBRAÇÃO 
VALIDAÇÃO DE CASAMENTOS CELEBRADO NO 
EXTERIOR 
 Tradução juramentada – APOSTILADA 
 Consularização (Mercosul) – APOSTILADA 
 Registro de nacionais e (i)migrantes – Art. 
1.544 CC – Prazo de 180 dias. 
- APOSTILAMENTO – Convenção sobre 
eliminação da Exigência de legalização dos 
Documentos Públicos Estrangeiros (2016) - 
“Convenção da Apostila”. 
STJ. CASAMENTO NO EXTERIOR. REGISTRO. 
Para fins de prova de casamento celebrado no 
exterior, o reconhecimento de sua validade no 
Brasil independe de registro local. Desse 
modo, é nulo o segundo casamento de cônjuge 
brasileiro já casado no exterior com 
estrangeiro divorciado, quando ainda vigente o 
primeiro matrimônio, mesmo que não 
averbado no Brasil. 
 
CASAMENTO NO CONSULADO – Art. 7º, §2º e 
art. 18 da LINDB: NACIONALIDADE 
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o começo e 
o fim da personalidade, o nome, a capacidade 
e os direitos de família. 
§2º. O casamento de estrangeiros poderá 
celebrar-se perante autoridades diplomáticas 
ou consulares do país de ambos os nubentes. 
 
TRANSCRIÇÃO NO BRASIL – CARTÓRIO 
 Para nacionais: 
 Para (I) migrantes: 
Art. 1.544 do CC – Prazo de 180 dias. 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 2 
 
INVALIDADE DO CASAMENTO 
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o começo e 
o fim da personalidade, o nome, a capacidade 
e os direitos de família. 
§3º. Tendo os nubentes domicílio diverso, 
regerá os casos de invalidade do matrimônio a 
lei do primeiro domicílio conjugal. 
Nulo – art. 1.548 do CC 
Anulável – art. 1.550 do CC 
 
REGIME DE BENS 
Art. 7º, §4. O regime de bens, legal ou 
convencional, obedece à lei do país em que 
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for 
diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
Questão: Em janeiro de 2003, Martin e Clarisse 
Green, cidadãos britânicos domiciliados no Rio 
de Janeiro, casam-se no Consulado-Geral 
britânico, localizado na Praia do Flamengo. Em 
meados de 2010, decidem se divorciar. Na 
ausência de um pacto antenupcial, Clarisse 
requer, em petição à Vara da Família do Rio de 
Janeiro, metade dos bens adquiridos pelo casal 
desde a celebração do matrimônio, alegando 
que o regime geral vigente no Brasil é o da 
comunhão parcial de bens. Martin, no entanto, 
contesta a pretensão de Clarisse, 
argumentando que o casamento foi realizado 
no consulado britânico e que, portanto, deve 
ser aplicado o regime legal de bens vigente no 
Reino Unido, que lhe é mais favorável. Com 
base no caso hipotético acima e nos termos da 
Lei de Introdução as Normas do Direito 
Brasileiro, assinale a alternativa correta. 
B) Clarisse tem razão em sua demanda, pois o 
regime de bens é regido pela lex domicilli dos 
nubentes e, ao tempo do casamento, ambos 
eram domiciliados no Brasil. 
 
Art. 7º, §5. O estrangeiro casado, que se 
naturalizar brasileiro, pode, mediante 
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao 
juiz, no ato de entrega do decreto de 
naturalização, se apostile ao mesmo a adoção 
do regime de comunhão parcial de bens, 
respeitados os direitos de terceiros e dada esta 
adoção ao competente registro. 
INDEPENDE DA NATURALIZAÇÃO E DO REGIME 
LEGAL 
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de 
celebrado o casamento, estipular, quanto aos 
seus bens, o que lhes aprouver. 
§2º. É admissível alteração do regime de bens, 
mediante autorização judicial em pedido 
motivado de ambos os cônjuges, apurada a 
procedência das razões invocadas e 
ressalvados os direitos de terceiros. 
 
DIVÓRCIO 
Art. 7º, §6. O divórcio realizado no estrangeiro, 
se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, 
só será reconhecido no Brasil depois de 1 ano 
da data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial por igual 
prazo, caso em que a homologação produzirá 
efeito imediato, obedecidas as condições 
estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país. O STJ, na forma de seu 
regimento interno, poderá reexaminar, a 
requerimento do interessado, decisões já 
proferidas em pedidos de homologação de 
sentenças estrangeiras de divórcio de 
brasileiros, a fim de que passem a produzir 
todos os efeitos legais. 
- DIVÓRCIO DIREITO/INDIRETO 
- DIVÓRCIO JUDICIAL/CONSENSUAL 
 
DIVÓRCIO CONSENSUAL PURO 
 Sentença estrangeira de divórcio 
consensual averbada diretamente em cartório 
de Registro Civil das Pessoas Naturais, sem a 
necessidade de homologação judicial do STJ. 
 Provimento nº 53, de 16 de maio de 
2016, editado pela corregedoria nacional de 
Justiça que atende o artigo 961, §5º, do CPC: “A 
sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente 
de homologação pelo STJ. 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 3 
 
Divórcio Consensual Puro – A regra vale 
apenas para divórcio consensual simples ou 
puro, que consiste exclusivamente na 
dissolução do matrimônio. Havendo disposição 
sobre guarda de filho, alimentos e/ou partilha 
de bens – o que configura divórcio consensual 
qualificado -, continua sendo necessária a 
prévia homologação pelo STJ. 
Questão: Lúcia, brasileira, casou-se com 
Mauro, argentino, há 10 anos, em elegante 
cerimônia realizada no Nordeste Brasileiro. O 
casal vive atualmente em Buenos Aires com 
seus três filhos menores. Por diferenças 
inconciliáveis, Lúcia pretende se divorciar de 
Mauro, ajuizando, para tanto, a competente 
ação de divórcio, a fim de partilhar os bens do 
casal: um apartamento em Buenos 
Aires/Argentina e uma casa de praia em 
Trancoso/Bahia. Mauro não se opõe à ação. 
Com relação à ação de divórcio, assinale a 
afirmativa correta. 
B) Caso Lúcia ingresse com a ação perante a 
Justiça Argentina, poderá inclusive partilhar a 
casa de praia, com posterior execução de 
sentença no Brasil. 
 
UNIDADE DOMICILIAR 
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o começo e 
o fim da personalidade, o nome, a capacidade 
e os direitos de família. 
§7º. Salvo o caso de abandono, o domicíliodo 
chefe da família estende-se ao outro cônjuge e 
aos filhos não emancipados, e o do tutor ou 
curador aos incapazes sob sua guarda. 
§8º. Quando a pessoa não tiver domicílio, 
considerar-se-á domiciliada no lugar de sua 
residência ou naquele em que se encontre. 
 
BENS 
Art. 8º. Para qualificar os bens e regular as 
relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei 
do país em que estiverem situados. 
REGRA: LEX REI SITAE 
Exceção: 
 BENS MÓVEIS EM TRANSPORTE 
§1º. Aplicar-se-á a lei do país em que for 
domiciliado o proprietário, quanto aos bens 
móveis que ele trouxer ou se destinarem a 
transporte para outros lugares. 
 
 BENS MÓVEIS EMPENHADOS 
§2º. O penhor regula-se pela lei do domicílio 
que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre 
a coisa apenhada. 
 
DAS OBRIGAÇÕES 
Art. 9º. Para qualificar e reger as obrigações, 
aplicar-se-á a lei do país em que se 
constituírem. 
§1º. Destinando-se a obrigação a ser 
executada no Brasil e dependendo de forma 
essencial, será esta observada, admitidas as 
peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato. 
Contratuais: LEX LOCI CELEBRATIONES 
Extracontratuais: LEX REGIT ACTUM 
Exceções: Contratos com reflexos sociais 
 
§2º. A obrigação resultante do contrato 
reputa-se constituída no lugar em que residir o 
proponente. 
- Teoria Voluntarista – Convenção de Roma de 
1980 
- Teoria Objetivista – Convenção 
Interamericana sobre direito aplicável aos 
contratos internacionais 1994 – OEA. 
 
EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO NO BRASIL - Art. 
9º, §1º. 
 Forma extrínseca: locus regit actum 
 Forma intrínseca: lex loci executiones 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 4 
 
Exceções: Contratos sociais – 
consumidor/trabalhista 
 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência 
obedece à lei do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja 
a natureza e a situação dos bens. 
 
 Princípio da Unidade Sucessória: 
§1º. A sucessão de bens de estrangeiros, 
situados no País, será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, ou de quem os represente, sempre 
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal 
do de cujus. 
Art. 1.829, CC. A sucessão legítima defere-se na 
ordem seguinte: 
I – aos descendentes, em concorrência com o 
cônjuge sobrevivente, salvo se casado este 
com o falecido no regime da comunhão 
universal de bens (art. 1.640, parágrafo único); 
ou se, no regime da comunhão parcial, o autor 
da herança não houver deixado bens 
particulares; 
II – aos ascendentes, em concorrência com o 
cônjuge; 
III – ao cônjuge sobrevivente; 
IV – aos colaterais; 
 
Art. 10, §2º. A lei do domicílio do herdeiro ou 
legatário regula a capacidade para suceder. 
A capacidade sucessória – possuem capacidade 
postulatória as pessoas nascidas ou já 
concebidas no momento da abertura da 
sucessão, art. 1.798, CC. Tem capacidade 
sucessória para fins de sucessão testamentária, 
art. 1.799, CC: os filhos, ainda não concebidos, 
de pessoas indicadas pelo testador, desde que 
vivas estas ao abrir-se a sucessão, cuja 
organização for determinada pelo testador sob 
a forma de fundação. 
Herdeiro deserdado (arts. 1.691-1.693 CC) e 
indigno (art. 1.814 CC). 
 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
Art. 11. As organizações destinadas a fins de 
interesse coletivo, como as sociedades e as 
fundações, obedecem à lei do Estado em que 
se constituírem. 
§1º. Não poderão, entretanto ter no Brasil 
filiais, agências ou estabelecimentos antes de 
serem os atos constitutivos aprovados pelo 
Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei 
brasileira. 
§2º. Os Governos estrangeiros, bem como as 
organizações de qualquer natureza, que ele 
tenha constituído, dirijam ou hajam investido 
de funções públicas, não poderão adquirir no 
Brasil bens imóveis ou suscetíveis de 
desapropriação. 
§3º. Os Governos estrangeiros podem adquirir 
a propriedade dos prédios necessários à sede 
dos representantes diplomáticos ou dos 
agentes consulares. 
 
PROVA DOS FATOS OCORRIDOS NO EXTERIOR 
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país 
estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, 
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, 
não admitindo os tribunais brasileiros provas 
que a lei brasileira desconheça. 
 
PROVA DO DIREITO MATERIAL ESTRANGEIRO 
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, 
poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do 
texto e da vigência. 
 
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL 
A) COMPETÊNCIA 
CONCORRENTE/RELATIVA: Art. 12, caput, art. 
21 e ss do CPC. 
Requisitos: Art. 21 CPC 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 5 
 
a) Réu domiciliado no Brasil; 
b) No Brasil tiver que ser cumprida a 
obrigação; 
c) O fato ocorreu no Brasil; 
 Ação de alimentos: art. 22, I, CPC – credor 
domiciliado no Brasil/réu tiver vínculos Brasil – 
Convenção Interamericana sobre obrigação 
alimentar. 
 Relação de consumo (art. 22, II, CPC) – 
consumidor domiciliado no Brasil 
 Eleição de foro (art. 22, III, CPC) expresso ou 
tácito. 
 
B) CONCORRÊNCIA 
ABSOLUTA/EXCLUSIVA: art. 12, §1º, art. 23 
CPC 
Requisitos: art. 23 CPC 
a) Imóveis situados no Brasil 
b) Inventário, partilha de bens, 
confirmação testamento particular 
(validação-jurisdição voluntária – art. 
1.876, CC). 
c) Partilha bens situados no Brasil em 
divórcio, separação, dissolução união 
estável. 
 
LITISPENDÊNCIA INTERNACIONAL – Art. 24 
CPC 
Não haverá litispendência 
internacional – Prevalece a lógica coisa julgada 
(exceto previsão em tratado). 
Art. 24, CPC. A ação proposta perante tribunal 
estrangeiro não induz litispendência e não 
obsta a que a autoridade judiciária brasileira 
conheça da mesma causa e das que lhe são 
conexas, ressalvadas as disposições em 
contrário de tratados internacionais e acordo 
bilaterais em vigor no Brasil. 
Parágrafo único. A pendência de causa perante 
a jurisdição brasileira não impede a 
homologação de sentença judicial estrangeira 
quando exigida para produzir efeitos no Brasil. 
 
ELEIÇÃO DE FORO – Art. 25, CPC 
 Admite-se eleição de foro nos 
contratos internacionais, exceto competência 
absoluta do judiciário brasileiro. Eleição pode 
ser expressa ou tácita. Se houver, caráter 
obrigatório. 
Art. 25, CPC. Não compete à autoridade 
judiciária brasileira o processamento e o 
julgamento da ação quando houver cláusula de 
eleição de foro exclusivo estrangeiro em 
contrato internacional, arguida pelo réu na 
contestação. 
 
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL – Art. 12, §2º 
LINDB – art. 26 a 41 CPC 
3 modalidades: Homologação de sentença 
estrangeira/exequatur carta rogatória/auxílio 
direto 
 
COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL 
PASSIVA (solicitada por autoridade judiciária 
estrangeira) 
Art. 26, CPC – depende de tratado de 
cooperação ou acordo de reciprocidade e 
respeita: 
I – respeito devido processo legal do Estado 
requerente 
II – respeito ao tratamento igualitário entre 
nacionais e estrangeiros (justiça gratuita) 
III – publicidade processual – exceto segredo de 
justiça. 
IV – autoridade central (MJ) para efetuar a 
recepção e transmissão dos pedidos de 
cooperação 
V – espontaneidade informações 
(reciprocidade na ausência de tratados). 
 
 Autoridade Central: Ministério da Justiça 
(MJ) 
- Departamento de Estrangeiro (DEEST) e 
Departamento Recepção de Ativos e 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 6 
 
Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). 
Fundamento Jurídic. Dec. 6061/07 
 Homologação de sentença estrangeira não 
exige-se reciprocidade: procedimento 
específico, CPC 
 Juízo de Delibação: somente homologação 
sentença estrangeira – art. 26, §3º CPC – art. 17 
LINDB. 
 
Objeto, pedidos de diligências da Cooperação 
Internacional – art. 27 CPC. 
Art. 27. A cooperação jurídica internacional 
terá por objeto: 
I – Citação, intimação e notificação judicial e 
extrajudicial; 
II –colheita de provas e obtenção de 
informações; 
III – homologação e cumprimento de decisão; 
IV – concessão de medida judicial de urgência; 
V – assistência jurídica internacional; 
VI – qualquer outra medida judicial ou 
extrajudicial não proibida pela lei brasileira. 
 
AUXÍLIO DIRETO 
 Pedido efetuado por órgão 
administrativo para produção de diligências no 
Brasil. 
Art. 28, CPC. Cabe auxílio direto quando a 
medida não decorrer diretamente de decisão 
de autoridade jurisdicional estrangeira a ser 
submetida a juízo de delibação no Brasil. 
 Não se submete ao juízo de delibação 
- Autoridade Central (MJ) – pode ser 
determinado cumprimento em via judicial pela 
AGU (Advocacia Geral da União) ou MPF 
(Ministério Público Federal, na Justiça Federal 
(JF). 
 Se fosse Carta Rogatória, enviada pelo 
judiciário, passaria pelo juízo de delibação. 
 
Art. 29, CPC. A solicitação de auxílio direto será 
encaminhada pelo órgão estrangeiro 
interessado à autoridade central, cabendo ao 
Estado requerente assegurar a autenticidade e 
a clareza do pedido. 
Art. 30, CPC. Além dos casos previstos em 
tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio 
direto terá os seguintes objetos: 
I – obtenção e prestação de informações sobre 
o ordenamento jurídico e sobre processos 
administrativos ou jurisdicionais findos ou em 
curso; 
II – colheita de provas, salvo se a medida for 
adotada em processo, em curso no 
estrangeiro, de competência exclusiva de 
autoridade judiciária brasileira; 
III – qualquer outra medida judicial ou 
extrajudicial não proibida pela lei brasileira. 
Art. 31, CPC. A autoridade central brasileira 
comunicar-se-á diretamente com suas 
congêneres e, se necessário, com outros 
órgãos estrangeiros responsáveis pela 
tramitação e pela execução de pedidos de 
cooperação enviados e recebidos pelo Estado 
brasileiro, respeitadas disposições específicas 
constantes de tratado. 
 Previsão em tratado. Prevê comunicação 
direta entre órgãos, sem passar pela 
Autoridade Central. 
Art. 32, CPC. No caso de auxílio direto para a 
prática de atos que, segundo a lei brasileira, 
não necessitem de prestação jurisdicional, a 
autoridade central adotará as providências 
necessárias para seu cumprimento. 
 Auxílio direto sem intervenção judicial: 
cumprimento fundado em tratado ou acordo 
de reciprocidade. 
Art. 33, CPC. Recebido o pedido de auxílio 
direto passivo, a autoridade central o 
encaminhará à Advocacia-Geral da União, que 
requererá em juízo a medida solicitada. 
Parágrafo único. O MP requererá em juízo a 
medida solicitada quando for autoridade 
central. 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 7 
 
Art. 34, CPC. Compete ao juízo federal do lugar 
em que deva ser executada a medida apreciar 
de auxílio direto passivo que demande 
prestação de atividade jurisdicional. 
 
AUXÍLIO DIRETO 
 
JUDICIAL 
 
Auxílio Direto que envolve a atuação de Juiz 
Nacional, como, por exemplo, os atos de 
comunicação processual ou atos de natureza 
probatória. 
 
AUXÍLIO DIRETO 
 
ADMINISTRATIVO 
 
Auxílio Direto que envolve a atuação de órgão 
da Administração Pública, a exemplo de 
investigações conjuntas do Ministério Público 
ou de autoridade policiais. 
 
 
CARTA ROGATÓRIA ATIVAS E PASSIVAS 
Ativas: Enviadas para cumprimento no exterior 
Passivas: Recebidas para cumprimento no 
Brasil (Requisitos). 
 
CARTA ROGATÓRIA ATIVA – art. 38, CPC 
Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de 
autoridade brasileira competente e os 
documentos anexos que o instruem serão 
encaminhados à autoridade central, 
acompanhados de tradução para a língua 
oficial do Estado requerido. 
 
CARTA ROGATÓRIA PASSIVA – art. 36, CPC 
Art. 36. O procedimento da carta rogatório 
perante o STJ é de jurisdição contenciosa e 
deve assegurar às partes as garantias do devido 
processo legal. 
§1º. A defesa restringir-se-á à discussão quanto 
ao atendimento dos requisitos para que o 
pronunciamento judicial estrangeiro produza 
efeitos no Brasil. 
§2º. Em qualquer hipótese, é vedada a revisão 
do mérito do pronunciamento judicial 
estrangeiro pela autoridade judiciária 
brasileira. 
Art. 37. O pedido de cooperação jurídica 
internacional oriundo de autoridade brasileira 
competente será encaminhado à autoridade 
central para posterior envio ao Estado 
requerido para lhe dar andamento. 
Art. 39. O pedido passivo de cooperação 
jurídica internacional será recusado se 
configurar manifesta ofensa à ordem pública. 
Art. 40. A cooperação jurídica internacional 
para execução de decisão estrangeira dar-se-á 
por meio de carta rogatória ou de ação de 
homologação de sentença estrangeira, de 
acordo com o art. 960. 
Art. 41. Considera-se autêntico o documento 
que instruir pedido de cooperação jurídica 
internacional, inclusive tradução para a língua 
portuguesa, quando encaminhado no Estado 
brasileiro por meio de autoridade central ou 
por via diplomática, dispensando-se 
ajuramentação, autenticação ou qualquer 
procedimento de legalização. 
Parágrafo único. O disposto no caput não 
impede, quando necessária, a aplicação pelo 
Estado brasileiro do princípio da reciprocidade 
de tratamento. 
 
CARTA ROGATÓRIA PASSIVA 
 
Origem: Exterior 
 
Passa pelo crivo do STJ 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 8 
 
 
Se admitida, há a concessão de exequatur 
 
Enviada para cumprimento na Justiça Federal 
 
CARTA ROGATÓRIA ATIVA 
 
Origem: Brasil 
 
Tribunal Rogante 
 
Ministério da Justiça (Departamento de 
Recuperação de Ativos e Cooperação 
Internacional) 
 
Após análise de requisitos legais, procederá o 
envio ao exterior 
 
 
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA 
Art. 15, LINDB, art. 960 a 965, CPC 
Art. 960. A homologação de decisão 
estrangeira será requerida por ação de 
homologação de decisão estrangeira, salvo 
disposição especial em sentido contrário 
prevista em tratado. 
§ 1º A decisão interlocutória estrangeira 
poderá ser executada no Brasil por meio de 
carta rogatória. 
§ 2º A homologação obedecerá ao que 
dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o 
Regimento Interno do Superior Tribunal de 
Justiça. 
§ 3º A homologação de decisão arbitral 
estrangeira obedecerá ao disposto em tratado 
e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as 
disposições deste Capítulo. 
 
Homologação e Exequatur – Art. 961 
Art. 961. A decisão estrangeira somente terá 
eficácia no Brasil após a homologação de 
sentença estrangeira ou a concessão 
do exequatur às cartas rogatórias, salvo 
disposição em sentido contrário de lei ou 
tratado. 
§ 1º É passível de homologação a decisão 
judicial definitiva, bem como a decisão não 
judicial que, pela lei brasileira, teria natureza 
jurisdicional. 
§ 2º A decisão estrangeira poderá ser 
homologada parcialmente. 
§ 3º A autoridade judiciária brasileira poderá 
deferir pedidos de urgência e realizar atos de 
execução provisória no processo de 
homologação de decisão estrangeira. 
§ 4º Haverá homologação de decisão 
estrangeira para fins de execução fiscal quando 
prevista em tratado ou em promessa de 
reciprocidade apresentada à autoridade 
brasileira. 
§ 5º A sentença estrangeira de divórcio 
consensual produz efeitos no Brasil, 
independentemente de homologação pelo 
Superior Tribunal de Justiça. 
§ 6º Na hipótese do § 5º, competirá a qualquer 
juiz examinar a validade da decisão, em caráter 
principal ou incidental, quando essa questão 
for suscitada em processo de sua competência. 
 
Execução de Sentença Estrangeira – art. 962 
Art. 962. É passível de execução a decisão 
estrangeira concessiva de medida de urgência. 
§ 1º A execução no Brasil de decisão 
interlocutória estrangeira concessiva de 
medida de urgência dar-se-á por carta 
rogatória. 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 9 
 
§ 2º A medida de urgência concedida sem 
audiência do réu poderá ser executada, desde 
que garantidoo contraditório em momento 
posterior. 
§ 3º O juízo sobre a urgência da medida 
compete exclusivamente à autoridade 
jurisdicional prolatora da decisão estrangeira. 
§ 4º Quando dispensada a homologação para 
que a sentença estrangeira produza efeitos no 
Brasil, a decisão concessiva de medida de 
urgência dependerá, para produzir efeitos, de 
ter sua validade expressamente reconhecida 
pelo juiz competente para dar-lhe 
cumprimento, dispensada a homologação pelo 
Superior Tribunal de Justiça. 
Art. 964. Não será homologada a decisão 
estrangeira na hipótese de competência 
exclusiva da autoridade judiciária brasileira. 
Parágrafo único. O dispositivo também se 
aplica à concessão do exequatur à carta 
rogatória. 
 
ORDEM PÚBLICA 
Art. 17, LINDB. As leis, atos e sentenças de 
outro país, bem como quaisquer declarações 
de vontade, não terão eficácia no Brasil, 
quando ofenderem a soberania nacional, a 
ordem pública e os bens costumes. 
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são 
competentes as autoridades consulares 
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os 
mais atos de Registro Civil e de tabelionato, 
inclusive o registro de nascimento e de óbito 
dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido 
no país da sede do consulado. 
§1º. As autoridades consulares brasileiras 
também poderão celebrar a separação 
consensual e o divórcio consensual de 
brasileiros, não havendo filhos menores ou 
incapazes do casal e observados os requisitos 
legais quanto aos prazos, devendo constar da 
respectiva escritura pública as disposições 
relativas à descrição a à partilha dos bens 
comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao 
acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu 
nome de solteiro ou à manutenção do nome 
adotado quando se deu o casamento. 
§2º. É indispensável a assistência de advogado, 
devidamente constituído, que se dará 
mediante a subscrição de petição, juntamente 
com ambas as partes, ou com apenas uma 
delas, caso a outra constitua advogado próprio, 
não se fazendo necessário que a assinatura do 
advogado conste da escritura pública.

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