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Distribuição da doença no espaço e tempo - slide

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Distribuição das doenças entre as pessoas
no espaço e no tempo.
CURSO DE MEDICINA
Disciplina: Epidemiologia I
Nazaré Otília Nazário
Introdução
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
A análise da distribuição das doenças e seus determinantes no 
espaço e no tempo é uma vertente fundamental da epidemiologia. 
A base da maioria dos estudos epidemiológicos consiste no 
exame detalhado de três questões primordiais:
1- Quem adoeceu? O enfoque está da distribuição das doenças 
segundo características da pessoa, como sexo, idade, raça, 
situação econômica, hábitos alimentares e culturais.
Exemplos: O sarampo é mais comum na infância. A prevalência 
da hipertensão arterial é maior na população negra.
Introdução
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
2- Onde a doença ocorreu? Análise de algum padrão espacial na 
distribuição de doenças.
Exemplo: A diarreia infecciosa é mais comum em áreas com 
condições de saneamento precárias.
3- Quando a doença ocorreu? Avalia as tendências e os períodos 
de maior ocorrência de doenças.
Exemplo: a dengue é mais comum no verão.
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Hipócrates chamava atenção que as investigações médicas 
deveriam considerar as características das localidades onde as 
doenças ocorriam, temperatura, sua posição em relação ao 
ventos, ao sol.
Distribuição das doenças no espaço.
Em 1854, Florence Nightingale, na Guerra da Criméia, reforçou a limpeza 
do local, expôs os militares ao ar fresco, criou um plano de alimentação 
adequado a cada tipo de doente e enfatizou a importância do repouso: 
mortalidade caiu de 42,7% para 2,2%.
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Associada a noção de distribuição espacial está a elaboração de mapas:
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Há muito tempo se sabe que o estudo da distribuição das doenças 
pode oferecer pistas para a sua etiologia.
Analise da epidemia cólera em Londres demonstrou uma associação 
espacial entre mortes por cólera e suprimento de água através de 
diferentes bombas públicas.
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Estudos das variações geográficas das doenças tem 
obtido sucesso na identificação de possíveis fatores de 
risco, por explorarem diferenças na frequência das 
doenças, como por exemplo prevalência.
Outro exemplo interessante é a avaliação da distribuição 
espacial de uma determinada doença em diferentes 
períodos de tempo, como pode ser verificado no 
mapeamento da epidemia Aids no Brasil 1980-2004.
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Distribuição das doenças no espaço.
Distribuição das doenças no espaço.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
A análise espacial das doenças e demais eventos de saúde pode ser 
um importante instrumento na gestão em saúde.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
O estudo da distribuição de doenças no tempo pode fornecer 
informações para a compreensão, previsão, busca etiológica, 
prevenção de doenças e avaliação do impacto de intervenções em 
saúde.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
A distribuição temporal de uma doença pode obedecer a 
um determinado padrão.
Exemplo, a rubéola, exibe aumento da ocorrência no final 
do inverno e inicio da primavera. 
Conhecer os períodos de maior risco pode contribuir para 
a prevenção e o diagnóstico precoce dessas doenças. 
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
Quadro clínico manifestado por febre baixa, exantema maculopapular 
difuso, linfadenopatia retroauricular, cervical e occipital durante a 
primavera, deve levantar a suspeita de rubéola.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
A vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis tem como um 
dos pilares o acompanhamento temporal das doenças. 
É preciso verificar tendências de longo prazo, como variações 
periódicas, e avaliar elevações acima do esperado, em determinado 
período de tempo, o que poderia indicar a presença de epidemia.
São 4 os principais aspectos relacionados à evolução temporal das 
doenças:
1- Tendência secular ou histórica
2- Variações cíclicas não-sazonais
3- Variações sazonais
4- Variações irregulares 
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
1. Tendência secular ou histórica - É a análise da mudança de 
frequência de uma doença (incidência, mortalidade) por um longo 
período de tempo, geralmente décadas
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
1. Tendência secular ou histórica 
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
1. Tendência secular ou histórica 
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
1. Tendência secular ou histórica 
Antes de se associar uma tendência histórica a mudanças sociais ou 
ambientais, é necessário levar em consideração:
- Modificação dos critérios e métodos diagnósticos;
- Cobertura dos sistemas de informações em saúde;
- Terminologia nos sistemas de classificação das doenças.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
1. Tendência secular ou histórica 
Ao longo do séc. XX o mundo observou um processo denominado 
transição epidemiológica, inicialmente nos países desenvolvidos e 
posteriormente naqueles subdesenvolvidos;
✓ Declínio progressivo da morbimortalidade por doenças infecto-
contagiosas;
✓ Aumento nas taxas de morbimortalidade por enfermidades crônico-
degenerativas.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
1. Tendência secular ou histórica 
Dentre as causas para explicar esse fenômeno nos países 
desenvolvidos, encontram-se:
✓ Melhorias sociais;
✓ Tecnologias terapêuticas e preventivas, como a vacinação;
✓ Melhoria dos indicadores nutricionais;
✓ Diminuição da natalidade;
✓ Aumento da expectativa de vida.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
2- Variações cíclicas não-sazonais - São variações na incidência 
de uma doença ocorridas em um período maior que 1 ano.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
3- Variações sazonais – São variações na incidência de uma doença, 
cujos ciclos coincidem com as estações do ano. 
Exemplo: doenças infecciosas, doenças crônicas (DPOC).
A variação sazonal depende de um conjunto de fatores, temperatura, 
umidade, concentração de poluentes, e além das condições climáticas, 
a aglomeração no inverno pode favorecer o aparecimento de diversas 
doenças respiratórias, a exemplo da gripe.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
3- Variações sazonais
Exemplo: variação sazonal dos acidentesofídicos:
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
4- Variações irregulares – São alterações inusitadas na incidência 
das doenças, diferente do esperado. 
Exemplo: padrão endêmico da ocorrência de uma doença.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
4- Variações irregulares 
Endemia: presença usual de uma doença, dentro de limites 
esperados, em uma determinada área geográfica. 
Exemplos: Febre amarela na Amazônia, malária, doença de chagas.
Epidemia: elevação brusca, temporária e significativamente acima do 
esperado na incidência de uma doença.
Distribuição das doenças no tempo.
Medronho, Roberto A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 685 p.
4- Variações irregulares 
Surto: é uma ocorrência epidêmica, onde os casos estão 
relacionados entre si, atingindo uma área geográfica pequena e 
delimitada, por exemplo: bairros, creches, população 
institucionalizada (intoxicação alimentar).
Pandemia: existência de um grande número de pessoas suscetíveis 
aliada as condições facilitadoras da propagação do agente infeccioso 
no ambiente, o que pode atingir nações ou continentes. 
Exemplos: AIDS, Tuberculose, Covid-19
Resumo
Introdução: Esse trabalho apresenta o comportamento de 
doenças e agravos e possível nexo de causalidade com o regime 
hídrico no estado do Amazonas. Considerando que os rios 
amazonenses alcançam todo ano suas cotas fluviométricas de 
inundação no primeiro semestre, o estudo feito a partir de uma 
série histórica de 2005 a 2016.
Objetivo: identificar os municípios mais vulneráveis ao aumento 
da incidência de casos notificados de doenças e agravos 
associados às grandes inundações graduais.
Método: A proposta metodológica para identificar o padrão de 
comportamento das doenças e agravos consiste em analisar os 
dados por quadriênios obtidos no Sistema Nacional de Agravos 
Notificados (SINAN) e Sistema de Vigilância Epidemiológica 
(SIVEP Malária) de leptospirose, de doenças diarreicas agudas, de 
malária e de acidentes por animais peçonhentos. 
Resultados
A leptospirose e os acidentes por animais peçonhentos possuem 
incidência com maior número de casos no primeiro semestre, 
associados, portanto, com o período das inundações graduais. 
As doenças diarréicas apesarem de terem um comportamento 
parecido nos dois semestres do ano, apresentaram mais casos no 
segundo semestre com tendência de diminuição. 
A malária apresentou maior incidência no segundo semestre.
Conclui-se que a baixa incidência de leptospirose pode está 
relacionada com subnotificações. 
A malária apesar de não ser uma doença diretamente associada 
com inundações, merece ser analisada, pois as populações em área 
de alta incidência podem migrar para outras áreas e contribuir para 
a difusão da doença.
Resumo
Introdução: A cidade do Rio de Janeiro, apresenta elevado potencial 
de receptividade para a introdução, disseminação e persistência da 
transmissão de dengue. A ocupação do município conformou um 
mosaico heterogêneo e diversificado, com distribuição vetorial 
diferenciada entre e dentro dos bairros, proporcionando epidemias 
distintas nesta escala de observação.
Objetivo: identificar essas epidemias e o padrão de difusão da 
transmissão do dengue sob a dimensão de tempo e espaço. 
Método: Foi utilizado um modelo para a identificação de epidemias 
considerando os anos e meses de pico epidêmico, a distribuição 
espacial e a permanência das epidemias levando-se em conta o 
período de janeiro de 2000 a dezembro de 2013. 
Figura 1
Apresenta a taxa de notificação de casos de dengue por 100 mil 
habitantes no Município do RJ e o modelo ajustado para assinatura 
sazonal da doença com IC95%, no período 2000 a 2013. 
Identificou-se como período epidêmico: 2002, 2008, 2011 e 2012. 
Observou-se uma elevação no número de casos nos anos 
anteriores aos anos epidêmicos de 2002 e 2008. 
Verificou-se outro pico epidêmico em 2012, que foi precedido de 
uma epidemia de menor magnitude em 2011 e de um elevado 
número de casos no ano posterior. 
Considerando a sazonalidade apontada pelo modelo proposto, a 
epidemia de 2002 teve início antes do pico sazonal. 
Em 2008, o pico epidêmico aconteceu junto com o pico da 
assinatura sazonal da série no ano. 
Já nas epidemias de 2011 e 2012 o pico epidêmico foi observado 
pouco depois do pico na assinatura sazonal.
Figura 2
Distribuição espacial das epidemias nos bairros. 
É possível identificar que nos 14 anos de estudo o bairro de Vista 
Alegre (Zona Norte) apresentou comportamento epidêmico em 6 
anos; os bairros de Brás de Pina, Maria da Graça, Moneró, Parada 
de Lucas, Rocha (Zona Norte); Centro, Cidade Nova, Catumbi, Rio
Comprido (Zona Central); Camorim (Zona Oeste) e Urca (Zona Sul) 
registraram 5 anos com epidemia.
Cinquenta e sete bairros do município (36%) apresentam 3 
epidemias, 45 bairros (28%) registraram 4, 38 bairros (24%) 
apresentaram 2, e apenas os bairros de Gericinó, Vasco da Gama e 
Parque Colúmbia não registraram quadro epidêmico no período 
estudado.
Resultados
Foram contabilizados 495 picos epidêmicos, e na escala de tempo 
evidenciou-se maior ocorrência nos meses de março, abril e 
fevereiro.
Alguns bairros parecem apresentar um quadro persistente de 
incidência de dengue e o comportamento da difusão da doença 
permite identificar trajetórias e meses oportunos para a intervenção.

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