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Taise Terra @med_rabiscos CONCEITOS IMPORTANTES • Tumor: formação de massa, “caroço”. Pode ser um abscesso, um processo inflamatório ou uma neoplasia. Vai ter um aumento de volume na região e formar um caroço. Um tumor nem sempre é uma neoplasia. • Neoplasias: quando o tumor é formado pela proliferação desordenada de células, que vão se multiplicando e formando massa. Pode ser benigna ou maligna • Neoplasias benignas x Neoplasias malignas o Benignas: formam a massa, mas não têm tendência a formar metástase e nem de causar lesão ® crescimento lento, ordenado e com limites definidos o Maligna = câncer; crescimento rápido, células indiferenciadas, metástase o Neoplasias benignas são menos comuns no pulmão. Geralmente vai ser maligna L • Neoplasia primária: encontrada no tecido de origem • Metastática: tem origem em outro tecido, diferente do encontrado; necessário achar o sítio primário o Metástase é comum no pulmão e fígado • Carcinoma: neoplasia maligna de origem epitelial • Adenocarcinoma: neoplasia maligna de origem epitelial glandular • Sarcoma: neoplasia maligna de origem celular mesenquimal • Melanoma: neoplasia maligna de origem dos melanócitos • As classificações anteriores dizem respeito à origem das neoplasias. Quando não consegue identificar a origem = origem desconhecida NEOPLASIAS PULMONARES – CLASSIFICAÇÃO • Origem desconhecida: Hamartoma, Tumor de células claras, teratoma • Origem epitelial: pólipo, papiloma • Origem mesotelial: fibroma, lipoma, leiomioma, condroma, tumor de célula granular, hemangioma esclerosante • Origem inflamatória: histiocitoma, pseudo tumor inflamatório, xantoma, amiloidoma Incidência – Carcinoma broncopulmonar • Importante problema de saúde pública • Uma das causas mais comuns de morte por neoplasias malignas no mundo • Incidência aumentou nos últimos anos: # produção e consumo de tabaco e cigarro • 4º câncer mais incidente nas mulheres e 3º mais incidente nos homens Classificação do Câncer de pulmão segundo a OMS • Carcinoma epidermoide ou de células escamosas o De 30-40% dos tumores pulmonares o Mais frequente em homens • Adenocarcinoma o Mais em mulheres • Carcinoma de grandes células • Carcinoma de pequenas células LESÕES PRÉ-CANCEROSAS • Alterações estruturais nas células que aumentam o risco de desenvolver neoplasia • As vias de condução do epitélio respiratório são revestidas por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado ® poluição e tabagismo vão agredir muito esse epitélio ® por causa dessas agressões ele precisa se tornar outro epitélio mais resistente ® metaplasia • Metaplasia é quando uma célula de um tecido vira outra (processo não patológico) • Epitélio sofre metaplasia escamosa, passando a ser estratificado, perde cílios e muco • Se a agressão for contínua, a leitura para metaplasia pode ser errada, virando uma displasia (início da neoplasia) – hiperplasias e atipia • Dando continuidade, forma carcinoma in situ (no local de origem) • Posteriormente, carcinoma invasor ® que infiltra a membrana basal, tendo mais riscos de chegar nos vasos ( neoplasias pulmonares ) @med_rabiscos Taise Terra @med_rabiscos CARCINOMA BRONCOPULMONAR • Tem origem nas células epiteliais de origem broncopulmonar, desde a traqueia até os brônquios terminais, inclusive nas células que revestem os alvéolos • Etiopatogênese: Interação de fatores ambientais (fumo, poluição, amianto, asbesto) com alterações genômicas múltiplas (altera o DNA) o Radiação ionizante (radicais livres) o Asbesto: partículas inaladas (silicato-amianto) ® mesotelioma (tumor de pleura). Associação sinérgica do asbesto com o fumo o Fumo/tabagismo: principal fator; 87% dos cânceres de pulmão ocorrem entre fumantes. Risco depende de carga tabágica, tipo de cigarro, forma de inalar o Poluição atmosférica: 1-2% casos; substâncias carcinogênicas (arsênico, cobre, cádmio, ác. Sulfúrico) o DPOC e câncer em pacientes não fumantes ® inflamação crônica agredindo o epitélio e evoluindo para neoplasia o Anormalidades em oncogenes e genes supressores de tumor o Histórico familiar: risco maior e polimorfismos Classificação quanto à topografia • Tumor central: origem na parte mais distal da traqueia. Diagnóstico por broncoscopia, exame citológico das secreções, exames de imagem ® carcinoma de células escamosas e carcinoma de pequenas células ® tabaco; relação com a localização, porque as substâncias inaladas são retidas na parte central, só chega na periferia partículas menores • Tumor periférico: ocorre nos brônquios distais, bronquíolos ou até nos alvéolos. Broncoscopia e exame citológico não são muito eficazes. Raio x é eficaz. Fazer biopsia percutânea, porque não consegue acessar com o broncoscópio ® adenocarcinoma e carcinoma de células grandes Neoplasias pulmonares de células escamosas (carcinoma epidermoide) • Mais frequente • Associado ao tabagismo • Mais comum em homens • Geralmente é de localização central • Melhor prognóstico: crescimento lento, primeiro faz metástases para linfonodos regionais, só mais tarde vai ter disseminação hematogênica • Macroscopia: espessamento da mucosa, posterior formação de massa neoplásica e crescimento para a luz e parênquima, coloração brancacenta, endurecido, de tamanho variado • Central, branco, tamanho variado – não bem delimitado, endurecido; ligados aos bronquios principais, até a traqueia • Microscopia: proliferação de células escamosas, com diferentes graus de diferenciação. São células escamosas atípicas, com variação nuclear e hipercromasia (núcleo mais corado) o Bem diferenciado: com estratificação ordenada, pontes intercelulares evidentes e queratinização (pérolas córneas) ® tem bom prognóstico; é estratificado, ordenado, próximo das características normais o Moderadamente diferenciado – características intermediárias o Pouco diferenciado/indiferenciado: difícil identificar se as células são escamosas; se difere muito do epitélio de origem. Há produção de ceratina e/ ou a presença de pontes intercelulares são discerníveis com dificuldade; tem prognóstico ruim, sendo geralmente mais agressivo ® quanto menos se parece com a célula de origem, menos diferenciado é (indiferenciado), sendo geralmente mais agressivo e de pior prognóstico Taise Terra @med_rabiscos Reação imuno-histoquímica (reação que usa anticorpos para marcar – cora em marrom) • P63: positivo • TTF-1: negativo Adenocarcinoma • Não relaciona com o fumo • Mais comum em mulheres • Localização geralmente na periferia (a maioria vai originar nas vias respiratórias periféricas, a partir das células de Clara – células epiteliais colunares não ciliadas – ou de pneumócitos do tipo II) • Macroscopia: limites indefinidos, tamanhos variados, podem sofrer necrose, hemorragia ou infecção secundária. Superfície de corte homogênea, sólida, de coloração marfim, as vezes com aspecto translúcido devido à produção de muco (aspecto gelatinoso por causa da produção do muco, com proliferação de glândulas) • Microscopia: células neoplásicas formando estruturas glandulares, com grau variado de atipia • Células em formato “anel de sinete”: alta produção de muco, que fica retida e desloca o núcleo para a periferia • Imuno-histoquímica: TTF-1: positivo / p63: negativo • É o contrario do imuno-histo de carcinoma epidermoide • O prognóstico é pior que o de células escamosas • Frequentemente se associa a lesões destrutivas ou cicatrizes no parênquima pulmonar (fibrose, espaços aéreos não-funcionantes) ou hiperplasia dos pneumócitos (locais de focos adenomatosos) Carcinoma bronquíolo-alveolar – Lepídico • É um tipo de adenocarcinoma, mas é diferenciado • Vai se originar em bronquíolos terminais ou alvéolos • Dá em jovens e adultos • Preferência por mulheres • ¼ dos pacientes não são fumantes • Pode ser de 3 formas: localizada, difusa ou micronodular e multifocalo Localizada: localização periférica, crescimento lento, melhor prognóstico o Difusa: tende a comprometer grandes áreas, simula pneumonia (condensação pulmonar), é a mais frequente, há casos de acometimento bilateral o Micronodular e multifocal: pequenos nódulos esbranquiçados distribuídos difusamente nos lobos pulmonares; não tem capacidade metastática; prognóstico pior que os anteriores (comprometimento progressivo e bilateral ® insuficiência respiratória) • Microscopia: células colunares que proliferam ao longo das paredes alveolares preexistentes ® prejudicam a troca gasosa Carcinoma de grandes células • É menos comum (10% de casos) • Indiferenciado • Comportamento altamente agressivo e com evolução rápida • Células grandes (com citoplasma abundante e grandes núcleos centrais) e atípicas • É periférico e subpleural • Essas células grandes ocupam espaços alveolares, formando massa, sem saber a origem da célula (a nomenclatura não vem da origem, vem da característica nesse caso) Carcinoma de pequenas células – “oat cells” • Predomina entre 60-70 anos de idade • Mais comum em homens • Muito associado ao tabagismo • Preferencialmente central • Corresponde a 20% dos tumores malignos pulmonares • O prognóstico é pior • Possui crescimento acelerado, alta capacidade de disseminação – até para medula óssea • Pode resultar em manifestações paraneoplásicas: produção de hormônios – ACTH, serotonina, hormônio antidiurético, calcitonina, estrógenos, GH • Microscopia: hipercelular, células pequenas e uniformes com citoplasma escasso Taise Terra @med_rabiscos Metástases: do pulmão e para o pulmão • Sede principal para a maioria das metástases • Preferencialmente para os linfonodos regionais (hilo pulmonar) • Após, para outros locais do mediastino (pericárdio e pleura) • Depois mais distantes (linfonodos cervicais e abdominais) • Metástases sanguíneas: fígado, SNC, suprarrenal e ossos • Carcinoma de pequenas células tende a dar metástase para ossos Estadiamento • Determinação da extensão e disseminação do tumor no organismo • Estabelecer prognóstico e sobrevida ® é uma forma de comparar como o tumor se comporta • Quanto mais alto o estadiamento, pior o prognóstico • SISTEMA TNM ® classificar a tendência do tumor o T: tumor / tamanho o N: metástases em linfonodos o M: disseminação hematogênica à distância • PT: patologista avaliou; CT: clínico avaliou • Nx: não avaliou linfonodos na amostra (faltou) • O prognóstico é estimado de acordo com o estadiamento e com a classificação histológica. Para finalidade terapêutica e de prognóstico: o Atualmente: indispensável a diferenciação entre adenocarcinoma e carcinoma espinocelular o Adeno x CCE: imuno-histoquímica, terapias específicas o Antigamente: dividia em 2 grupos ® carcinoma de células não pequenas (ressecção cirúrgica) e carcinoma de células pequenas (mais sensível à quimioterapia) Tumores com grandes probabilidades de darem metástases para o pulmão: • Tubo digestivo (TGI), mama, próstata, ossos, sarcomas, melanomas • Prognóstico extremamente ruim • Geralmente são lesões múltiplas (nódulos de tamanhos variados, lesões densas) ADENOCARCINOMA: forma glândula CÉLULAS ESCAMOSAS: pérolas córneas Células pequenas: sem citoplasma Células grandes: tudo grande
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