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PATOLOGIA GERAL Profa. Mariana Correia Oliveira Alterações cadavéricas Alterações Pós-morte 1. INTRODUÇÃO Definição: alterações observadas no cadáver, e que não tenham ocorrido no animal vivo. Importância: Diferenciar das lesões produzidas em vida; Estimar a hora da morte em Medicina Legal Alterações Pós-morte 2. CLASSIFICAÇÃO 1. Alterações Cadavéricas Abióticas São aquelas que não modificam o cadáver no seu aspecto geral Dividem-se em: Imediatas (morte somática ou clínica) Mediatas ou consecutivas (autólise) Alterações Pós-morte 2. CLASSIFICAÇÃO 2. Alterações Cadavéricas Bióticas ou Transformativas • São aquelas que modificam o cadáver no seu aspecto geral • Dificultando o trabalho na análise dos achados macroscópicos • Determinam: decomposição, putrefação ou heterólise 1. Alterações Abióticas Imediatas Morte cerebral Insensibilidade Imobilidade Parada das funções cardiorrespiratórias Inconsciência Arreflexia ou ausência de reflexos 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Hipostase cadavérica (Livor mortis) Frialdade cadavérica (Algor mortis) Rigidez cadavérica (Rigor mortis) Coagulação sanguínea Embebição pela hemoglobina Embebição pela bile Alterações oculares 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Hipostase cadavérica (Livor mortis) É a acomodação gradual do sangue para o lado de decúbito do cadáver, por gravidade. Tempo: 2-4 horas, maior intensidade perto das 12 horas (mais evidente). Frialdade cadavérica (Algor mortis) Resfriamento gradual do cadáver, a temperatura corporal se iguala a temperatura ambiente. Tempo: 3-4 horas, depende dos fatores. 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Rigidez cadavérica (Rigor mortis) Enrijecimento muscular do cadáver por um determinado tempo; Por diminuição do glicogênio muscular, que diminui ATP e aumenta o ácido lático (diminui o pH tecidual) e consequentemente ocorre a rigidez. Tempo: 2-4 horas, plenitude 12-15 horas. Início cranial para caudal (coração; músculos respiratórios; mandibulares; da nuca; do tronco; dos membros anteriores e dos membros posteriores). 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Rigidez cadavérica (Rigor mortis) Aceleram o rigor mortis: - Doenças infecciosas - Quadros convulsivos - Trabalho muscular intenso - Temperatura ambiente alta 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Coagulação sanguínea (pós-morte) Coágulo X Trombo 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Embebição pela hemoglobina Pelo mecanismo de hemólise ocorre a liberação de hemoglobina para os tecidos. Obs: Essa alteração é observada pela presença de manchas avermelhadas, principalmente em serosas (peritônio, pleura, omentos, mesentério, vasos). Tempo: 8 horas ou mais (após ocorrer o coágulo). 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Embebição pela bile Com o processo de autólise a vesícula não consegue reter os líquidos biliares, ocorrendo difusão de pigmentos biliares da vesícula autolisada para os tecidos (fígado e tecidos vizinhos), que adquirem coloração amarelo-esverdeada. Tempo: 8 horas após a morte. 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Alterações oculares Pálpebras entreabertas: rigidez dos músculos palpebrais Retração dos globos oculares: desidratação Midríase cadavérica: perda do tônus muscular Opacidade da córnea: “tela viscosa” 3. Alterações cadavéricas transformativas Fases Putrefação/decomposição/heterólise Fase de coloração: Tempo: 8-24 horas. Pseudomelanose Fase gasosa: gás sulfídrico (H2S) = odor característico. Tempo: 24 horas. Timpanismo post-mortem Maceração cadavérica Pseudo-prolapso retal Deslocamento, torção e ruptura de vísceras Bolhas de putrefação Fase coliquativa: desintegração de tecidos moles. Tempo: 7 dias. Fase de esqueletização: só resta o esqueleto. Tempo: variável Pseudomelanose Fase de coloração Pseudomelanose (Manchas de putrefação) Manchas cinza-esverdeadas, irregulares na pele da região abdominal e órgãos vizinhos aos intestinos. Fotos: UFG Fase gasosa Timpanismo pós-morte (Meteorismo pós-morte) Ocorre distensão do estômago, intestino e abdômen. Resultado da fermentação contínua das bactérias do tubo digestivo. Maceração da mucosa digestiva Ocorre desprendimento da mucosa do tubo digestivo, principalmente no caso de pré- estômago (ruminantes). Tempo: 24 horas. Fase gasosa Pseudoprolapso retal Ocorre exteriorização da ampola retal por consequência da grande quantidade de gás. Não ocorre alterações circulatórias. Tempo: 24 horas. Deslocamento, torção ou ruptura de vísceras Deslocamento e ruptura do órgão sem alterações circulatórias (congestão, edema, hemorragia), então o órgão fica com a mesma coloração. Tempo: 24 horas. Bolhas de putrefação Fatores que interferem na putrefação: - Temperatura ambiente: - Tamanho do animal: - Cobertura externa: - Causa da morte: Septicemias (hipertermia), intoxicação por estricnina (convulsões). OBS.: Todas as atividades que aumentam a temperatura e a atividade metabólica aceleram o aparecimento das alterações cadavéricas. Putrefação Slide 1 Slide 2: Alterações Pós-morte Slide 3: Alterações Pós-morte Slide 4: Alterações Pós-morte Slide 5: 1. Alterações Abióticas Imediatas Slide 6: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 7: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 12: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 13: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 15: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 17 Slide 25: Coágulo X Trombo Slide 26: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 30: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 33 Slide 34: 2. Alterações Abióticas Mediatas (Autólise) Slide 35: 3. Alterações cadavéricas transformativas Slide 36: Pseudomelanose Slide 37: Fase de coloração Slide 40: Fase gasosa Slide 44: Fase gasosa Slide 48: Putrefação
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