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Gênero lírico O gênero lírico é um gênero literário basicamente composto por poemas. Ele utiliza o lirismo para desenvolver temas mais subjetivos relacionados ao amor e a natureza. Suas principais características são: composto por poemas marcado pela subjetividade marcado pela sentimentalidade, emotividade e afetividade presença de regularidade métrica e de rimas presença de musicalidade. Uns dos principais exemplos de textos líricos são: Poema: texto literário composto de versos que podem conter rimas ou não. Soneto: o termo sonetto, do italiano, significa "pequeno som". Ele é formado por 14 versos (4 estrofes), donde 2 são quartetos (estrofe formada por 4 versos) e 2 são tercetos (estrofe formada por três versos), entre outros exemplos. O eu lírico, também chamado de sujeito lírico ou eu poético, difere do autor do texto (pessoa real). O eu lírico é uma entidade fictícia, uma criação do poeta, que faz o papel de narrador ou enunciador do poema. Em outros termos, o eu lírico representa a voz que se manifesta nos poemas. Vou-me embora pra Pasárgada [Manuel Bandeira] Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe - d’água. Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcalóide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar - Lá sou amigo do rei - Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada No poema Vou-me embora pra Pasárgada de Manuel Bandeira, relata a imaginação do autor sobre relatos de uma cidade que poderia vir a ser a representação de um lugar maravilhoso, dando a esse personagem a vontade de seguir para uma outra realidade, dando rumo a diversão sem limites e sem conseqüências alguma.
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