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4 2 2 Economia M icro e Macro • Vasconcellos rTtlHÍ querendo trabalhar, não encontre vagas disponíveis. Também é um tipo de desemprego keynesiano. Desemprego keynesiano ou conjuntural ocorre quan do a demanda agregada é insuficiente para absor ver a produção de pleno-emprego. Desenvolvimento econômico estuda estratégias de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem-estar) da coletividade. Despesa nacional é o total dos gastos dos vários agen tes econômicos, em termos agregados. Compõe-se das Despesas de Consumo, Despesas de Investimen to, Despesas Correntes do Governo e Despesas Lí quidas do Setor Externo (Exportações menos Impor tações). Desvalorização nominal do câmbio é o aumento da taxa cambial (reais por dólar, por exemplo). Desvalorização real do câmbio ocorre quando a des valorização nominal supera a taxa de inflação in terna. Pode ser medida pela relação entre a varia ção da taxa de câmbio sobre a variação da relação inflação interna - inflação externa. Também costu ma ser medida pela relação câmbio - salários (que é a variação da taxa de câmbio sobre a variação da taxa de salários). Discriminação de preços: ato de cobrar preços dife renciados pelo mesmo bem ou serviço, sem que exis ta diferença proporcional nos custos de produção. Ocorre basicamente em mercados monopolísticos. Dumping é uma prática na qual uma empresa ou país vende abaixo dos custos de produção, com o objetivo de ganhar mercado. Dumping social é um termo que se aplica a países cujos custos de mão-de-obra são muito baixos (como na China Continental), o que lhes dá vantagens no comércio internacional. Economia pode ser definida como a ciência social que estuda a maneira pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir dife rentes bens e serviços e atender às necessidades de consumo. Economia a dois setores sem formação de capital: numa economia simplificada, supõe-se que os úni cos agentes são as empresas (que produzem bens e serviços) e as famílias (que auferem rendimentos pela prestação de serviços). Economia centralizada (ou economia planificada): sistema econômico em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um Órgão Central de Planejamento, e não pelo mercado. Tem também como característica a propriedade pública dos re cursos produtivos. Economia de escala pecuniária acontece quando a produtividade dos fatores varia, com a variação do custo por unidade produzida. Economia de escala técnica ou tecnológica acon tece quando a produtividade varia, com a varia ção da quantidade física de todos os fatores de pro dução. Economia de mercado: sistema econômico em que as questões econômicas fundamentais são resolvi das pelo mercado. Caracteriza-se também pela pro priedade privada dos recursos produtivos. Pode ser uma economia de mercado pura (sistema de con corrência pura) ou com a interferência do governo (sistema de economia mista). Economia informal caracteriza-se como desobe diência civil de atividades normais de mercado. Ba sicamente, não-registro de trabalhadores em Car teira, sonegação fiscal, ambulantes sem registro etc. Quando são incluídas as atividades ilegais (contra bando, jogo do bicho, tráfico de drogas), o conceito amplia-se para economia marginal ou subterrânea. Economia internacional: estuda as relações de troca entre países, o que inclui transações de bens e servi ços e de capitais físicos e financeiros. Trata da polí tica cambial (controle da taxa de câmbio), da polí tica comercial (barreiras ou estímulos a exporta ções e importações) e das relações financeiras inter nacionais. Economia (Teoria) da informação: trabalha-se com a probabilidade de que alguns agentes detêm mais informações que outros, conferindo-lhes uma posi ção diferenciada no mercado, o que pode fazer com que não seja possível encontrar uma posição de equi líbrio como nos modelos microeconômicos tradi cionais. Efeito-deslocamento (ou crowding out) : crítica dos monetaristas aos fiscalistas, segundo a qual a inter ferência do governo, via política fiscal (por exem plo, aumento dos gastos públicos), retira recursos do setor privado, diminuindo a participação dos investimentos desse setor. Efeito-preço total é a variação da quantidade deman dada, quando varia o preço do bem, coeteris paribus. Divide-se em efeito-renda e efeito-substituição. Efeito-renda: dada uma variação no preço de um bem, é o efeito sobre a quantidade demandada desse bem, derivado de uma mudança na renda real (ou poder aquisitivo) do consumidor, supondo a renda nomi nal e os preços dos outros bens constantes. Por exem plo, se o preço do bem X aumenta, a quantidade demandada de X cai, porque o poder aquisitivo do consumidor diminui, coeteris paribus. Efeito-substituição: dada uma variação no preço de um bem, é o efeito sobre a quantidade demandada desse bem, derivado de uma alteração nos preços relativos dos bens, supondo a renda nominal e os preços dos outros bens constantes. Por exemplo, se Glossário 4 2 3 o preço do bem X aum enta, a quantidade dem an dada d e X cai, porque o bem X fica relativam ente mais caro que os outros bens, coeteris paribus. Efeito Olivera-Tanzi: aum ento do déficit fiscal p rodu zido pela desvalorização real da arrecadação. G e ralmente, ocorre em sittuações de inflação alta, d e teriorando a situação fiscal, e levando o governo a aumentar suas necessidades de financiamento. Nom e devido ao econom ista inglês Alfred C. Pigou. Eficiência alocativa refere-se à escolha do conjunto de bens, de form a a em pregar, da m elhor m aneira, os recursos produtivos juntam ente com aqueles pro cessos técnicos de produção que utilizem mais ade quadam ente os recursos que a sociedade tem em m aior abundância. Eficiência econômica, entre dois ou mais processos de produção, é aquela que perm ite p roduzir um a mesma quantidade de produto com m enor custo de produção. Eficiência marginal do capital (ou eficiência margi nal do investimento) é a taxa de retorno esperada sobre a com pra de um bem de capital. É a taxa que iguala o valor dos retornos líquidos que se espera obter com o investimento, com o preço de aquisição do equipamento. Eficiência técnica (ou tecnológica): entre dois ou mais processos, é aquela que perm ite produzir um a m es m a quantidade de produto utilizando m enor quan tidade de fatores de produção. Elasticidade é a alteração percentual em um a variá vel, dada um a variação percentual em outra, coeteris paribus. Elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros é a variação percentual da procura de m oeda, dada a variação percentual da taxa de juros, coeteris paribus. Elasticidade das exportações em relação à taxa de câmbio é a variação percentual nas exportações, dada a variação percentual d a taxa de câm bio, coeteris paribus. Elasticidade no ponto é calculada em um ponto es pecífico. Por exemplo, a elasticidade-preço a um dado dado nível de preço e quantidade. Elasticidade no ponto médio (ou no arco) é calcu lada com base nos pontos m édios, e não em um ponto específico. Elasticidade-preço cruzada da demanda é a v aria ção percentual na quantidade dem andada, d ada a variação percentual no preço de outro bem , coeteris paribus. Q uando for positiva, os bens são substitu tos; quando negativa, os bens são com plem entares. Elastic idade-preço da dem anda é a v a r ia ç ã o percentual na quantidade dem andada, d ada a va riação percentual no preço do bem , coeteris paribus. Q u an do fo r m aior que um (em m ódu lo ), o bem tem dem anda elástica; quando m enor que um (em m ó du lo ), o bem tem dem anda inelástica; quando igual a um, o bem tem dem anda de elasticidade unitária. Elasticidade-preço da oferta é a variação percentual na quantidade ofertada, dada a variação percentual no preço do bem , coeteris paribus. Q uando for m aiorque um, o bem tem oferta elástica-, quando m enor que um, o bem tem oferta inelástica-, quando igual a um, o bem tem oferta de elasticidade unitária. E lastic idade-renda da dem anda é a v a r ia ç ã o percentual na quantidade dem andada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. Q uan do m aior que um, é um bem superior ou de luxo; quando m enor que um e m aior que zero, é um bem norm al; quando m enor que zero, é um bem infe rior; quando igual a zero, é um bem de consumo saciado. EMBI (Emerging Markets Bonds Index): indicador criado pela consultoria J. R M organ que reflete o risco-país de países emergentes. Equação (Paridade) de Fisher é a relação entre a taxa de juros real (r ) , a taxa de juros nominal ( i ) e a taxa de inflação n, dada por (1 + i) = (1 + r ) ( l + jt). Equilíbrio de Nash: dentro da Teoria dos Jogos, onde cada jo g ad o r (agen te ) está adotando a estratégia ótima, dada a estratégia adotada pelo outro jo g a dor. Equivalência ricardiana: um a política fiscal é susten tável ou consistente se, m esm o que o Governo tenha um déficit fiscal no período atual, em períodos futu ros venha a gerar um superávit proporcionalm ente equivalente. Escala de procura mostra quanto o consum idor dese ja consum ir de dado bem ou serviço, a vários preços alternativos. Estabilizador automático (built-in) ocorre quando os impostos são progressivos e a tributação é uma fun ção do nível de renda nacional. Tem uma caracte rística anticíclica, ou seja, de am ortecedor dos ci clos econôm icos: quando a renda aumenta, os im postos aum entam mais que proporcionalm ente; quando a renda cai, os impostos caem menos que proporcionalm ente. Assim, a renda disponível varia bem m enos que a renda nacional total. Estagflação é a situação que ocorre quando há para lelam ente taxas significativas de inflação, associa das com recessão econômica. Estratégia maximin : dentro da Teoria dos Jogos, onde os agentes adotam a estratégia de m axim izar a p ro babilidade de perda m ínima, ou m inim izar a perda esperada. 4 2 4 Economia M icro c Macro • Vasconcellos atlas Estruturalismo: corrente econômica surgida na Am éri ca Latina, que supõe que a inflação em países subde senvolvidos está associada a tensões de custos, cau sadas por deficiências estruturais e por conflitos distributivos. Também chamada de corrente cepalina, devido à Cepal - Comissão Econômica para a A m é rica Latina, organism o da O N U sediado no Chile. Ex ante refere-se a valores program ados, planejados, previstos. A Teoria Econômica lida fundam entalm en te com valores ex ante. Ex post refere-se a valores a posteriori, efetivos, reali zados. A Contabilidade Social trata apenas de va lo res ex post. Excedente do consumidor: ganho em bem -estar pelo fato de o consum idor pagar por um determ inado bem ou serviço um preço m enor que um a disposi ção m áxim a a pagar (preço de reserva). Excedente do produtor: ganho em bem -estar pelo fato de o produtor receber por um determ inado bem ou serviço um preço m aior que sua disposição m íni ma a receber. Excedente Operacional Bruto: nas contas nacionais, é a diferença entre o PIB a custo de fatores e o total de salários, ou seja, é o total de juros, aluguéis e lucros. Extemalidades (ou economias externas) represen tam influências de fatores externos nos custos e re ceitas das firmas. Por exem plo, um a indústria quí mica poluidora dos rios im põe extem alidades ne gativas à indústria pesqueira; os com erciantes de lustres têm extem alidades positivas, por se locali zarem próxim os um ao outro. Financiamento oficial compensatório é o item do balanço de pagam entos que mostra com o o saldo foi financiado ou alocado. É composto dos itens H a- veres e Obrigações no Exterior, O perações de Regu larização com o FM I e Atrasados Comerciais. Tam bém cham ado de M ovim ento de Capitais Ofi-ciais. Fiscalismo é a corrente econôm ica que considera os instrumentos de política fiscal mais eficazes no com bate ao desem prego e à inflação do que os instru mentos de política monetária. Os fiscalistas são tam bém cham ados de neokeynesianos ou ativistas. Fluxo circular de renda é o fluxo que se estabelece entre as un idades produtoras e un idades apro - priadoras de renda, no m ercado de bens e serviços e no m ercado de fatores de produção. Função de produção é a relação técnica entre a quanti dade física de fatores de produção e a quantidade físi ca do produto, em determinado período de tempo. Funções da moeda são as seguintes: m eio ou instru mento de troca, unidade de m edida (ou unidade de conta), reserva de valor. Funções do Banco Central são: banco emissor, ban co dos bancos, banco do governo, banco depositá rio das reservas internacionais. Globalização financeira é o processo iniciado princi palm ente a partir dos anos 80, com o crescimento do fluxo financeiro internacional baseado no m er cado de capitais, através de inovações com o a securitização de dívidas, e do desenvolvim ento dos m ecanism os de dim inuição de risco (derivativos, hedge, opções etc.). Representou um a queda do po der do sistema bancário internacional, e crescim en to dos cham ados investidores institucionais, com o os fundos de pensões. Globalização produtiva é representada pela p rodu ção e distribuição de valores dentro de redes em escala m undial, com o acirram ento da concorrên cia entre grupos m ultinacionais. O crescim ento tecnológico acelerado gerou m aior eficiência pro dutiva e m aiores condições de competitividade. Grau de verticalização: quando um a em presa passa tam bém a produzir componentes que antes com pra va no m e rc a d o . Q u a n to m a io r o g ra u de verticalização d a econom ia, m enor a necessidade de m oeda, já que as transações são fechadas apenas contabilmente. Hiato deflacionário é a insuficiência da dem anda agre gada, em relação à oferta agregada de pleno em prego. Tem-se um a situação de desem prego de re cursos. M ostra de quanto a dem anda agregada deve ser aum entada para que possa atingir o equilíbrio de pleno em prego. Hiato inflacionário é o excesso de dem anda agrega da, em relação à oferta agregada de pleno em pre go. Tem -se aqui um a inflação de dem anda. Mostra de quanto a dem anda deve diminuir, para restabe lecer o equilíbrio de pleno em prego. Hiato do produto: é a diferença entre a renda de equi líbrio (quando a oferta agregada é igual à dem an da agregada ) e a renda de pleno em prego. Hipótese de ciclo de vida do consumo: m odelo que relaciona o com portam ento de consum o e poupan ça de um agente com a etapa do ciclo de vida na qual este se encontra. Assim, na prim eira etapa (ju ventude), as necessidades de consum o deverão su perar a renda, o que levará à despoupança. Já na segunda etapa (m atu ridade ), ocorreria poupança; por último, na última etapa (velhice), o agente tam bém despoupará, pois sua renda voltará a ser inferi o r a suas necessidades de consum o. Homogeneidade (produto hom ogêneo) acontece quan do todas as firmas oferecem um produto sem elhan te, hom ogêneo. N ão há diferenças de em balagem ou qualidade nesse m ercado. Trf atlas Glossário 4 2 5 Ilusão monetária: segundo Keynes, dado um aum en to de preços e salários, os trabalhadores não “sen tem” o aum ento de preços, percebem m elhor seus salários e pensam que estão em situação m elhor do que realm ente estão. Isso faz com que aum entem a oferta de m ão-de-obra. Os trabalhadores percebem mais o salário nom inal que o salário real. Imposto ad valorem é um im posto indireto, com alíquota (percentual) fixada e com valor (em R$) variando de acordo com o preço da m ercadoria. Imposto direto incide diretam ente sobre a renda das pessoas (po r exem plo, o im postode renda ). Imposto específico é um imposto indireto, com valor (em R$ ) fixado, independente do preço d a m erca doria. Imposto indireto incide sobre o preço das m ercado rias (p o r exem plo, o ICM S, IP I). Pode ser específico e ad valorem. Imposto “pigouvianos” (ou impostos de Pigou): im postos aplicados à produção ou ao consum o de a l gum bem ou serviço, que têm por objetivo reduzir seu impacto social negativo. Assim , a autoridade pode cobrar um imposto de um a fábrica que polui a atmosfera, reduzindo sua produção, e, portanto, a poluição. Imposto progressivo: quanto m aior o nível de renda, m aior a proporção paga do im posto em relação à renda. Imposto proporcional: a proporção arrecadada do imposto é a m esm a para todos os níveis de renda. Imposto regressivo: quanto m aior o nível de renda, m enor a proporção paga do imposto relativam ente à renda. Impostos “pigouvianos” (ou Impostos de Pigou): impostos aplicados à produção ou ao consum o de algum bem ou serviço, que têm por objetivo reduzir seu impacto social negativo. Assim , a autoridade pode cobrar um imposto de um a fábrica que polui a atm osfera, reduzindo sua produção, e, portanto, a poluição. índice da carga tributária bruta é a porcentagem do total da arrecadação tributária sobre o PIB a preços de m ercado. índice da carga tributária líquida é a porcentagem do total da arrecadação tributária, excluídas as trans ferências e subsídios ao setor privado, em relação ao PIB a preços de m ercado. índice de preços é um núm ero que reflete o cresci mento dos preços de um conjunto de bens, servindo para m edir a taxa de inflação e deílacionar séries m onetárias ou nominais. Inflação pode ser defin ida com o um aum ento contí nuo e generalizado no nível geral de preços. Inflação de custos ocorre quando o nível de dem anda agregada perm anece o m esm o, mas os custos de produção aum entam , d im inuindo a oferta agrega da. Tam bém cham ada de inflação de oferta. Inflação de demanda diz respeito ao excesso de d e m anda agregada, em relação à produção disponí vel (o ferta agregad a ) de bens e serviços. Inflação inercial: inflação decorrente dos reajustes de preços e salários provocada pelo m ecanism o de indexação ou de correção m onetária. Informação assimétrica: num a relação contratual, um a das partes detém inform ação não disponível para a outra. Isso pode im plicar custos adicionais nas transações (exigência de garantias), elevando os custos de transação (ver Seleção adversa e Ris co Moral). Injeções ao fluxo circular de renda referem-se a todo recurso adicionado ao fluxo de renda, que não te nha saído do próprio fluxo, no período. São os in vestimentos, gastos do governo e exportações. Instrumentos de política monetária são: emissões, redescontos, reservas compulsórias (obrigatórias), open market e regulamentação do mercado. Investimento é o gasto em bens que representam au mento da capacidade produtiva da economia, isto é, a capacidade de gerar rendas futuras. Seus componen tes são o investimento em bens de capital (ou forma ção bruta de capital fixo) e a variação de estoques. Também cham ado de taxa de acumulação de capital. Investimento líquido é o investimento bruto menos a depreciação. Isocusto: curva que representa infinitas com binações dos fatores de produção, todas com igual custo to tal de produção. Isoquanta: curva que representa infinitas combinações de fatores de produção, que propiciam a mesma quantidade produzida. Lei de Say: a oferta cria sua própria procura. Ou seja, tudo o que é produzido é automaticamente com pra do, o que garante o equilíbrio entre a oferta e a procura agregada. É devida ao francês Jean Baptiste Say, um dos pilares da Teoria Clássica. Lei dos rendimentos decrescentes: “ao aumentar-se o fator variável (m ão-de-obra), sendo dada a quantida de de um fator fixo, a produtividade marginal do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decres- ce, até tomar-se negativa”. Vale apenas se se mantiver um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo). Lei geral da oferta: a quantidade ofertada de um bem (ou serviço) varia na relação direta com o preço do próprio bem , coeteris paribus. Lei geral da procura: a quantidade dem andada de um bem (ou serviço) varia inversamente ao preço do próprio bem , coeteris paribus. 426 Economia M icro e Macro • Vasconcellos í í t l í t t Longo prazo é o período de tem po no qual todos os fatores de produção variam, ou seja, não existem mais fatores fixos. Lucro extraordinário: uma vez que os custos totais já incluem os lucros norm ais (a rem uneração do em presário, ou seu custo de oportun idade), ocorrerão lucros extraordinários quando as receitas totais fo rem superiores aos custos totais. Lucro normal é a rem uneração do em presário , m e dida pelo custo de oportun idade de se estar em pregando seus recursos em d ad a ativ idade, e não num a alternativa. O s lucros norm ais estão incor porados nas curvas de custos consideradas pelos econom istas. Dessa fo rm a, q u an d o as receitas igualam os custos totais, o lucro extraord in ário ou extra é zero, m as existem lucros norm ais (e m butidos nos custos). Macroeconomia estuda a determ inação e o com por tamento dos grandes agregados, com o PIB, consu mo nacional, exportação, nível geral dos preços etc., com o objetivo de delinear um a política econôm ica. Mark-up é a m argem da receita de vendas (fa tu ra mento) sobre os custos diretos de produção. Essa m argem deve ser tal que perm ita à em presa cobrir os custos diretos (ou variáveis), os custos fixos e a parcela desejada de lucro da em presa. Matriz insum o-produto ou de relações inter- setoriais: sistema de contabilidade social criado por Leontief, que mostra todas as transações agregadas de bens intermediários e de bens finais da econo mia, em determ inado período. Maximização do lucro total corresponde à produção em que Receita M arginal (RMg) = Custo M arginal ( CMg), com CMg crescente. Mecanismo de transmissão da política monetária: meio pelo qual a política m onetária afeta o com portamento dos agentes econômicos (setor real). G e ralmente, esse mecanism o está relacionado com a taxa de juros e o m ercado de crédito. Meios de pagamento é o estoque de m oeda d isponí vel para uso do setor privado não bancário, a qua l quer m om ento (ou seja, de liquidez im ediata). É composto pela m oeda em poder do público (m oeda m anual) e pelos depósitos a vista nos bancos co merciais (m oeda escriturai). Tam bém cham ado de Haveres Monetários. Esse é o conceito mais utilizado e é cham ado de M l, que é o total de m oeda que não rende juros e é de liquidez imediata. D ependendo do objetivo, são utilizados os conceitos de: M 2 = M l + depósitos especiais rem unerados + depósitos de poupança + títulos em itidos por insti tuições depositárias M 3 = M 2 + quotas de fundos de renda fixa + ope rações com prom issadas registradas no Selic M 4 = M 3 + títulos públicos de alta liquidez M 2, M 3 e M 4 incluem ativos que rendem juros e são de alta liquidez, diferentem ente de M l . Mercado atomizado é aquele com infinitos vendedo res e com pradores (com o “átom os”) , de form a que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de m ercado. Assim , o preço de m ercado é um dado fixado para em presas e consum idores. Metas de política macroeconômica são: alto nível de em prego, estabilidade de preços, distribuição de renda socialm ente justa, e crescimento econômico. Microeconomia estuda o com portam ento de consu m id o re s e p ro d u to re s e o m e rc a d o no q u a l interagem . Preocupa-se com a determ inação dos preços e quantidades em m ercados específicos. Modelo clássico de oligopólio (ou modelo neoclás-sico): o objetivo da em presa é m axim izar o lucro total (ou seja, igualar a receita m arginal ao custo m argina l). M odelo de mark-up: trata -se de um m ode lo de oligopólio , em que o objetivo da firma é m axim izar o mark-up, e não lucros. Esse m odelo parte do pres suposto de que as firmas conhecem m elhor seus cus tos de produção do que a dem anda do produto, ra zão pela qual o preço do produto é fixado baseado em um a m argem sobre os custos diretos de p rodu ção (mark-up). Modelo intertemporal de consumo: m odelo que vin cula o consum o e a poupança à taxa de juros. As sim, um aum ento dessa variável aum enta o custo de oportun idade do consum o presente, o que faz au m entar a poupança, e, portanto, o consum o futuro. Moeda é um objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços. Sua aceitação é garantida por lei (ou seja, a m oeda tem “curso forçado”, e sua única garantia é a lega l). Moeda escriturai é o total de depósitos a vista nos bancos comerciais. Tam bém cham ada de m oeda ban cária. Moeda manual é o total de m oeda em poder do públi co (em presas privadas e pessoas físicas). Monetarismo: corrente que considera que a atividade econôm ica é mais sensível à política m onetária que à política fiscal. Os m onetaristas pregam a não-in- tervenção no m ercado, e são tam bém cham ados de ortodoxos, liberais, neoclássicos, neoliberais. Monetização ocorre quando há elevação dos meios de pagam ento (que não rendem ju ros ) sobre o total de ativos financeiros que rendem juros. Pode tam bém ser m edida pelo saldo dos meios de pagam entos em Glossário 4 2 7 relação ao PIB. Depende da taxa de inflação: quan to mais e levadas as taxas de in flação, m enor a m onetização da econom ia. Monopólio é a estrutura de m ercado com um a única empresa, com um produto sem substitutos próximos e com barreiras à entrada de novas firmas. Monopólio bilateral é a form a de m ercado em que um m onopsonista, na com pra de um insumo, d e fronta-se com um m onopolista, na venda desse insumo. Por exem plo, um a única fábrica, num a ci dade do interior (m onopsonista), que se defronta com um único sindicato de trabalhadores (m onopo lista na venda). Monopólio puro ou natural: m ercado em que as em presas apresentam elevadas econom ias de escala, o que lhes permite produzir a custos unitários de p ro dução muito baixos, e vender seu produto a preços que representam um a barreira à entrada de novas firmas no m ercado. Monopsônio/oligopsônio é o m onopólio/oligopólio na com pra de fatores de produção. Por exem plo, a indústria automobilística, na com pra de pneus. Movimento d e capitais é a parte do balanço de p a gam entos relativa às transações com capitais inter nacionais, físicos ou monetários. Com põe-se dos se guintes itens: investimentos diretos, reinvestimentos, empréstimos e financiam entos autônom os, e am or tizações. Multiplicador da base monetária é a variação dos meios de pagam ento, d ada um a m udança no saldo da base monetária. A variação dos meios de p aga mento é um m últiplo da variação da base m onetá ria . E ta m b é m c h a m a d o s im p le sm e n te d e m ultiplicador m onetário. Multiplicador keynesiano de gastos é a variação da renda nacional, d ada um a variação au tônom a em a lgum dos com ponentes d a dem an d a a g re g a da (consum o, investimento, gastos do governo, tri butação, exportações ou im portações). A renda nacional varia num m últiplo d a variação de a l gum elem ento au tônom o d a dem an d a ag regad a . Núcleo de inflação: índice de preços, em que são expurgadas, do índice geral, as variações transitó rias, sazonais ou acidentais, que não provocam pres sões persistentes sobre os preços, que são norm al mente associadas a choques de oferta. Com o são depurados esses choques, supõe-se que a inflação residual esteja associada à inflação de dem anda. Trata-se de um indicador im portante para a políti ca m onetária, dado que o Banco Central deve atuar sobre a taxa de ju ros apenas se houver alteração do núcleo, que indica mais claram ente se está ou não existindo pressão persistente da dem anda agregada sobre a capacidade produtiva da econom ia. Oferta é a quantidade de determ inado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em determ inado período de tempo. Oligopólio é a estrutura de m ercado com pequeno núm ero de em presas que dom inam o m ercado, e na qual existem barreiras à entrada de novas empresas. Open-market ou mercado aberto: m ercado de com pra e venda de títulos públicos. Outras receitas correntes do governo: receitas não tributárias, com o aluguéis de prédios públicos, ta xas, multas etc... Paradigma estrutura-conduta-desempenho: contri buição da Teoria da Organização Industrial, onde se analisa em que m edida as imperfeições de m er cado lim itam a capacidade deste em atender às as pirações e dem anda da sociedade por bens e servi ços. Paradoxo da parcimônia (ou da poupança): com o a poupança agregada é um vazam ento de renda, se ela não for reinjetada no fluxo de renda, provocará queda da renda nacional. M ostra que o que é bom para o indivíduo não é necessariamente bom para o conjunto da coletividade. Paridade da taxa de juros: a diferença ou spread en tre a taxa de ju ros doméstica e a taxa de juros inter nacional deve igualar a variação esperada da taxa de câm bio nom inal. Pass-through: efeito de variações cam biais sobre a taxa de inflação. Passivo/ativo externo líquido (ou poupança exter na): é o saldo do balanço de transações correntes, com sinal trocado. Se o saldo do BTC é negativo, indica que o país aum entou seu endividam ento ex terno, em termos financeiros (tem um passivo exter no líqu ido ), mas tem poupança externa positiva, pois absorveu bens e serviços em termos reais do exterior. Se o saldo do BTC é positivo, indica um ativo externo líquido, ou uma poupança externa negativa. “Peso morto”: é o custo social devido à redução da quantidade produzida, devido ao preço de m ercado estar acim a do preço que seria cobrado em concor rência perfeita. Ocorre tanto em mercados não com petitivos (m onopólio , o ligopó lio ), com o pela im po sição de impostos e tarifas pelo governo. PIBppp: conceito do PIB, considerando a paridade do poder de com pra (purchasing power parity), onde se supõe que o dólar tenha o m esm o poder de com pra em todos os países. N a m edição do PIB de cada país, ao invés dos preços na m oeda do país, consi deram -se os preços das m ercadorias e serviços nos Estados Unidos, em dólares, e as quantidades pro duzidas de cada país. Com essa m etodologia, a O N U 4 2 8 Economia M icro c Macro • Vasconcellos BtteK procura aferir mais adequadam ente o grau de d e senvolvimento econômico de cada país, independen temente da política cam bial adotada. Pleno emprego de recursos ocorre quando todos os recursos produtivos da econom ia estão totalmente utilizados, ou seja, não existe capacidade ociosa nem trabalhadores desem pregados. Política cambial refere-se à política do governo acer ca da taxa de câmbio. Política comercial diz respeito aos instrumentos de estímulo às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações. Política de rendas (ou controle de preços e salá rios) : os agentes econôm icos ficam im pedidos de levar a cabo o que fariam em resposta a influências normais de m ercado, por exem plo, congelam entos de preços, fixação da política salarial. Esses contro les afetam diretamente a form ação de preços e as rendas de salários, juros, aluguéis e lucros. Política fiscal refere-se aos instrumentos de que o g o verno dispõe para a arrecadação de tributos (políti ca tributária) e controle de suas despesas (política de gastos). Políticamacroeconômica envolve a atuação do go verno sobre a capacidade produtiva (produção agre gad a ) e despesas planejadas (dem anda agregad a ), com o objetivo de permitir à econom ia operar a p le no em prego, baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. Política monetária refere-se à atuação do governo so bre a quantidade de m oeda, crédito e taxa de juros. Poupança é a p a rc e la d a re n d a n a c io n a l n ão consumida no período, isto é, da renda gerada, par te não é gasta em bens de consumo. Poupança externa: o m esm o que passivo/ativo exter no líquido. Preço de um bem é a expressão m onetária do valor de troca de um bem ou serviço. Preços relativos é a relação entre os preços dos vários bens. N a análise m icroeconôm ica, os preços relati vos são mais relevantes do que os preços absolutos (específicos) das m ercadorias. Princípio da capacidade de pagamento é um princí pio tributário pelo qual cada indivíduo deve pagar proporcionalm ente à sua condição econômica. Princípio da demanda efetiva: com o a oferta agre gada é constante a curto prazo, as alterações do nível de em prego e de renda dependem apenas da dem anda agregada, ou seja, o principal papel para a estabilização da econom ia cabe à dem anda e não à oferta agregada. Princípio do ace le rad o r mostra que o nível de inves timentos é influenciado pela taxa de crescimento do produto e não pelo nível do produto. Por exem plo, a encom enda de novos vagões está mais relacionada às flutuações do tráfego ferroviário do que ao nível do tráfego. Princípio do benefício é um princípio de tributação no qual os indivíduos devem pagar impostos pro porcionalmente aos benefícios que auferem dos gas tos públicos. Princípio da exclusão: diz que, quando o consum o do indivíduo A de determ inado bem implica que ele tenha pago o preço do bem , o indivíduo B, que não pagou por esse bem , será excluído do consum o do m esmo. O consum o desse bem é rival. Problema do “carona” ( “free rider”): dificuldade m a nifestada pelos agentes econôm icos em revelar sua disposição a pagar por bens públicos que não são rivais (ver Bens públicos). Processo de produção (ou método de produção) caracteriza-se com o diferentes com binações dos fa tores de produção a dado nível de tecnologia. Procura (ou demanda) é a quantidade de determ ina do bem ou serviço que o consum idor deseja adqu i rir, em dado período de tempo. Produção é o processo pelo qual um a firm a transfor m a os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços, para a venda no m ercado. Produtividade marginal é a variação do produto, dada um a variação no fator de produção. Por exem plo, a produtividade m arginal da m ão-de-obra é a varia ção da quantidade produzida, dada um a alteração na quantidade de m ão -de-obra utilizada. Produtividade média é a relação entre o nível do pro duto e a quantidade do fator de produção. Por exem plo, a produtividade m édia da m ão-de-obra (ou pro duto por trabalhador) é a relação entre a quantida de produzida e o núm ero de trabalhadores em pre gados. Produto Interno Bruto (PIB): renda devida à p rodu ção dentro dos limites territoriais do país. Produto Nacional (PN) é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determ inado período de tempo. Produto Nacional Bruto (PNB) : renda que pertence efetivam ente aos nacionais. É o PIB mais a renda líquida dos fatores externos (d ad a pela diferença entre a renda recebida e a renda enviada, na form a de juros, lucros, royalties e assistência técnica). Produto nacional líquido é o produto nacional bruto m enos a depreciação. Produto (renda) nominal é o produto m edido a pre ços correntes do período. O mesmo que produto (ren d a ) monetário. Produto (renda) real é o produto m edido a preços constantes de determinado ano (cham ado ano-base), Glossário 4 2 9 ou seja, é o produto deflacionado, após retirado o efeito da inflação. Produto Total (P T ) é a quantidade total produzida, em dado período de tempo. Propensão marginal a consumir é a variação do con sum o agregado, dada um a variação da renda na cional. Propensão m arginal a poupar é a v a r iação da poupança agregada, dada um a variação da renda nacional. Propensão média a consumir é a relação entre o nível de consum o agregado e a renda nacional. Propensão média a poupar é a relação entre o nível de poupança agregada e a renda nacional. Quase-Moeda: são ativos financeiros de alta liquidez e que rendem juros, com o títulos públicos, caderne tas de poupança, depósitos a prazo. Tam bém cha m ados de Haveres não Monetários. Receita marginal é a variação da receita total, d ada uma variação na quantidade vendida. Receita média é a receita por quantidade vendida, isto é, a receita total d ivid ida pela quantidade ven dida. Tam bém cham ada receita unitária. Receita total é o preço unitário vezes a quantidade vendida do bem. Redesconto de liquidez (ou comum) é o em présti m o do Banco Central aos bancos comerciais, nor malm ente para cobrir problem as de liquidez. Redesconto especial é o m ontante de recursos que o Banco Central coloca à disposição dos bancos co merciais, com o objetivo de incentivar setores espe cíficos da econom ia. Remuneração dos fatores constitui-se da renda dos fatores de produção: salários, juros, aluguéis e lu cros. Renda disponível do setor privado é a ren da efetivamente disponível para o setor privado gastar ou poupar. É igual à renda disponível total mais as transferências e subsídios do governo ao setor p ri vado (p en sões), e m enos os im postos d iretos e indiretos pagos pelas famílias e outras receitas cor rentes do governo. Renda disponível do setor público é a renda d ispo nível para o governo utilizar para seus gastos ou poupar. É dada pela diferença entre o total de recei tas correntes do govem o e as transferências e subsí dios ao setor privado. Renda enviada ao exterior (RE): parte do que foi produzido internamente não pertence aos nacionais, principalm ente capital (físico e fin ance iro ) e a tecnologia. A rem uneração desses fatores vai para fora, na form a de remessa de lucros, royalties, ju ros, assistência técnica. Renda líquida de fatores externos é a rem uneração dos ativos, de acordo com o país de origem . É a diferença entre a renda recebida do exterior e a ren da enviada ao exterior, na form a de lucros, juros, royalties e assistência técnica. Tam bém cham ada de serviços de fatores. Renda nacional é a som a dos rendim entos pagos aos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lu cros), em dado período. Renda recebida do exterior (RR): renda recebida em virtude da produção de nossas empresas no exterior. Rendimentos constantes de escala: se todos os fato res de produção crescem em dada proporção, a pro dução cresce na m esm a proporção. As produtivida- des m édias dos fatores de produção perm anecem constantes. Rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala): se todos os fatores de produção cresce rem num a m esm a proporção, a produção cresce num a proporção maior. Isso ocorre porque em pre sas com m aiores plantas permitem m aior especiali zação de tarefas (m elhor divisão do trabalho) e por que certas unidades de produção só podem ser ope radas com base em um nível m ínim o de produção (as cham adas indivisibilidades na produção). Rendimentos decrescentes de escala (o u dese- conomias de escala): se todos os fatores de produ ção crescem num a m esm a proporção, a produção cresce num a proporção menor. A expansão da em presa pode provocar descentralização, que pode acarretar problem as de comunicação entre a direção e as linhas de produção. Reservas compulsórias (ou obrigatórias): é a parcela dos depósitos a vista que os bancos comerciaissão obrigados legalmente a reter no Banco Central. Tam bém cham adas depósitos ou encaixes compulsórios. Reservas totais dos bancos comerciais: é a som a do caixa (encaixes), reservas obrigatórias e reservas voluntárias dos bancos comerciais junto ao Banco Central. Reservas voluntárias (ou livres): é a conta dos ban cos comerciais com o Banco Central, para atender a seu m ovim ento de caixa e com pensação de che ques. Tam bém cham adas depósitos ou encaixes vo luntários. Risco-moral (Moral hazard): dada a assimetria de in form ações, um a vez form alizado um contrato, um a das partes passa a tom ar ações indesejáveis, que não são observadas pela outra parte, ações es sas que com prom etem o cum prim ento do contrato. Risco-país: relacionado à probabilidade de não -paga- m ento dos passivos adquiridos por um país no exte rior (ou seja, default ou calote). 4 3 0 Economia Micro e Macro • Vasconcellos atlas Seleção adversa: existindo assimetria de informações, quando pode estar sendo um erro de decisão. Por exem plo, ocorre quando num empréstimo o credor seleciona maus pagadores, por falta de informação adequada. Selic: Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Senhoriagem (Seignoriage): ganho implícito auferido pelo emissor de moeda, pelo fato de que o valor impresso da moeda (papel-moeda ou moeda metá lica) é muito superior a seu custo de produção. Serviços de fatores correspondem aos itens do balan ço de serviços que representam remuneração a fato res de produção externos, ou seja, é a própria renda líquida de fatores externos, que corresponde à soma de lucros, juros, royalties e assistência pagos e rece bidos do exterior. Serviços de não fatores correspondem aos itens do balanço de serviços que se referem a pagamentos a empresas estrangeiras, na forma de fretes, seguros, transporte, viagens etc. Sistema de concorrência pura: o mercado, sem a interferência do governo, resolve encontrar seu ponto de equilíbrio, por meio do mecanismo de preços. Prevalece o laissez-faire: milhares de produtores e de consumidores têm condições de resolver os pro blemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como que guiados por uma mão invisível. Sistema de Contas Nacionais: sistema de contabili dade social criado por Richard Stone, que conside ra apenas as transações com bens e serviços finais. Utiliza o método contábil das partidas dobradas e consiste em quatro contas básicas (PIB, Renda Na cional Disponível, Capital e Transações com o Res to do Mundo) e uma conta complementar (Conta Corrente das Administrações Públicas). Sistema de economia mista: trata-se de um sistema predominantemente de economia de mercado, mas com a participação direta do governo, com o objetivo de eliminar distorções alocativas e distributivas, que o mercado sozinho não tem condições de resolver. Sistema de metas de inflação: estratégia de política monetária, onde se adotam como âncora nominal as taxas de inflação esperadas, para orientar ex pectativas de mercado. No Brasil, as metas de infla ção para os dois próximos anos são fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. O Banco Central, através do COPOM (Cômite de Política Monetá ria), em reuniões a cada 45 dias, controla a taxa de juros básica (Selic), de acordo com as expectativas de mercado, e anuncia a tendência (viés) da taxa de juros até a próxima reunião. Steady State ofGrowth (crescimento em Estado Está vel) é a taxa de crescimento econômico, com equi líbrio entre oferta e demanda agregada, com pleno emprego de mão-de-obra e do estoque de capital. Substituição de importações é a estratégia de cresci mento econômico baseada no estabelecimento de bar reiras às importações de produtos que a indústria nacional tem condições de produzir. Táke-off (arrancoou decolagem): segundo Rostow, é a etapa do desenvolvimento econômico na qual o país consolida o processo de industrialização, com o surgimento de novos segmentos, principalmente no setor de bens de consumo duráveis. Tarifa em duas partes: estratégia de discriminação de preços, em que se cobra um preço de entrada e um preço de utilização. Por exemplo, em parques de diversão, onde cobra-se um preço de entrada reduzi do, garantindo grande afluência de consumidores, e um preço de utilização dos brinquedos elevado. No caso de impressoras, eletrônicos etc., pode ser mais vantajoso cobrar um elevado preço de aquisição, já que o preço de utilização é relativamente baixo. Taxa de câmbio é o preço da moeda (ou divisa) es trangeira (reais por dólar, reais por marco etc.) Taxa de câmbio fixa: ocorre quando o Banco Central mantém a taxa fixada por certo período, indepen dente da oferta e da demanda de divisas. Taxa de câmbio flutuante (ou flexível): taxa de câm bio que varia, conforme varia a oferta e a demanda de divisas. É a taxa de equilíbrio do mercado de divisas. Taxa de câmbio real: mede a competitividade dos pro dutos nacionais no comércio exterior, e é dada pela relação entre preços externos e preços domésticos, ambos medidos na moeda nacional (reais). Taxa de reservas bancárias é a relação entre as reservas totais dos bancos comerciais e os depósitos a vista. Taxa de retenção do público é a relação entre o total da moeda em poder do público e os depósitos a vista. Também pode ser medida pela razão entre a moeda com o público e o total dos meios de pagamento. Taxa efetiva de crescimento é a taxa de crescimento do produto, em que a oferta agregada iguala a de manda agregada, não necessariamente com pleno emprego do estoque de capital. Taxa garantida de crescimento é a taxa de cresci mento do investimento, em que a oferta agregada iguala a demanda agregada, supondo o estoque de capital plenamente utilizado. Tecnologia é um inventário dos métodos de produção conhecidos. É o “estado-das-artes”. Teorema de Coase: no caso de externalidades negati vas, os impostos pigouvianos podem não ser a me lhor solução, desde que haja a possibilidade de ne gociação entre as partes envolvidas, e que os custos de transação sejam baixos. Assim: “Na ausência de custos de transação, e independentemente dos direi tos de propriedade, o resultado da negociação será Glossário 4 3 1 eficiente.” Nome devido ao economista Ronald Coase, Prêmio Nobel de Economia de 1991. Teorema do orçamento equilibrado: se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos impostos re colhidos (isto é, se o orçamento estiver equilibra do), o nível de renda nacional aumentará no mes mo montante do aumento nos gastos e nos impos tos. Também chamado de teorema do multiplicador unitário, ou ainda teorema de Haavelmo. Teoria da organização industrial: teoria que analisa mais detidamente mercados não competitivos, como monopólios e oligopólios, partindo de pressupostos diferentes da teoria tradicional. Baseado em estu dos empíricos, mostra que a hipótese de maximi- zação de lucro da teoria neoclássica está distante do que ocorre no mundo real. Analisa mais detida mente as imperfeições de mercado, e como estas li mitam a capacidade de atuação da firma (ver Paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho). Teoria da produção refere-se às relações tecnológicas e físicas entre a quantidade produzida e as quanti dades de insumos utilizados na produção. Teoria da renda permanente: modelo que relaciona o consumo e a poupança com a renda futura esperada, que também pode ser chamada de renda permanente. Nesse sentido, não havendo restrições ao crédito, o agente econômico reagiria mais às variações dessa renda futu ra, e não tanto às mudanças de renda corrente. Teoria real do ciclo econômico: teoria que explica as flutuações econômicas a partir dos chamados cho ques de oferta. Teoria dos custos é a parte da teoria microeco-nômica que analisa as relações entre os preços dos insumos e a produção física. Trajetória de expansão (ou caminho de expan-são): são pontos de equilíbrio do produtor, quando au menta aescala da empresa. Corresponde aos pontos onde as curvas de isoquanta tangenciam as curvas de isocustos. Teoria quantitativa da moeda: dada pela expressão MV = Py, em que M é a quantidade de moeda, V a velocidade-renda da moeda, P o nível geral de preços e y a renda nacional real (sendo Py a renda nomi nal). Ela mostra que, multiplicando o estoque de moeda pela velocidade com que a moeda cria renda, tem-se o total da renda nacional nominal. Teoria do Valor Trabalho: considera que o valor de um bem ou serviço se forma a partir dos custos da mão-de-obra incorporados ao bem; ou seja, o valor do bem se forma pelo lado da oferta. Teoria do Valor Utilidade: supõe que o valor de um bem ou serviço se forma pela satisfação que o pro duto representa para o consumidor; ou seja, o valor é determinado pela demanda. Transferência líquida de recursos externos (ou hiato de recursos) é a diferença entre as exportações de bens e serviços não fatores e as importações de bens e serviços não fatores. Significa quanto o país transfe riu ao exterior em termos reais, não financeiros. Transferências unilaterais correntes é o item do ba lanço de pagamentos em que são lançados os donativos recebidos e enviados a outros países, seja em mercadorias, seja em donativos financeiros. Tam bém chamadas de donativos. Transparência do mercado acontece quando consu midores e vendedores conhecem tudo sobre o mer cado, como em estruturas de mercado de concor rência perfeita. Utilidade marginal é o grau de satisfação adicional (na margem) que os consumidores podem obter pelo con sumo de mais uma unidade de um bem ou serviço. Utilidade total é o grau de satisfação que os consumi dores atribuem aos bens e serviços que podem ad quirir no mercado. Valor adicionado consiste em calcular o que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. É dado pela diferença entre as receitas de vendas e as com pras de insumos intermediários (como matérias-pri mas e componentes). Valor de troca de um bem ou serviço forma-se pelo encontro entre a oferta e a demanda no mercado; ou seja, é o próprio preço de mercado. Valor de uso é a utilidade ou satisfação que o bem representa para o consumidor. Variação da demanda: deslocamento da curva da de manda, em virtude de alterações no preço de outros bens (substitutos ou complementares), na renda ou nas preferências do consumidor. Variação na oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações no preço de outros bens (substitutos na produção), no custo dos fatores de produção ou nos objetivos empresariais. Variação na quantidade demandada: movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem, supondo todas as demais variáveis constantes. Variação na quantidade ofertada: movimento ao lon go da própria curva de oferta, em virtude da varia ção do preço do próprio bem, supondo todas as de mais variáveis constantes. Vazamentos do fluxo circular de renda referem-se a toda renda que não permanece no fluxo (“vazam”). Constitui-se de poupança, tributação e im portações. Velocidade-renda da moeda: é o número de giros que a moeda realiza, em certo período, criando renda nacional. É dada pela relação entre a renda nominal (PIB nominal) e o saldo dos meios de pagamento.
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