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META DA SEMANA 01

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SEMANA 01 
 
 
 
 
 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
 
 
Sumário 
META 1 .............................................................................................................................................................. 9 
DIREITO PENAL: NOÇÕES INICIAIS E PRINCÍPIOS ............................................................................................... 9 
1. CONCEITO, CARACTERÍSTICAS, OBJETO, FUNÇÕES E DIVISÕES DO DIREITO PENAL ................................... 10 
2. ENCICLOPÉDIA DAS CIÊNCIAS PENAIS ......................................................................................................... 16 
2.1 Direito Penal X Criminologia X Política Criminal ..................................................................................................... 16 
3. DIREITO PENAL DO AUTOR E DIREITO PENAL DO FATO .............................................................................. 17 
4. GARANTISMO PENAL (FERRAJOLI) ............................................................................................................... 17 
4.1 Conceito ................................................................................................................................................................. 17 
4.2. Garantias primárias e secundárias ........................................................................................................................ 17 
4.3 Máximas do garantismo ......................................................................................................................................... 18 
5. DIREITO PENAL DO INIMIGO ....................................................................................................................... 18 
5.1 Velocidades do Direito Penal (Jesús-Maria Silva Sánchez) ..................................................................................... 19 
6. FONTES DO DIREITO PENAL ........................................................................................................................ 20 
7. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: .................................................................................................................. 24 
7.1 Princípios Relacionados com a Missão Fundamental do Direito Penal .................................................................. 25 
7.1.1 Princípio da Exclusiva Proteção de Bens Jurídicos ........................................................................................... 25 
7.1.2 Princípio da Intervenção Mínima ..................................................................................................................... 26 
7.1.3 Princípio da Insignificância ou da Bagatela ...................................................................................................... 28 
7.2 Princípios Relacionados com o Fato do Agente ..................................................................................................... 32 
7.2.1 Princípio da Ofensividade/Lesividade .............................................................................................................. 32 
7.2.3 Princípio da Exteriorização ou Materialização do Fato .................................................................................... 32 
7.2.4 Princípio Da Legalidade Estrita Ou Reserva Legal ............................................................................................ 33 
7.2.5 Princípio da Anterioridade ............................................................................................................................... 36 
7.2.6 Princípio da Vedação ao Bis In Idem ................................................................................................................ 36 
7.2.7 Princípio da Adequação Social ......................................................................................................................... 36 
7.3 Princípios Relacionados com o Agente do Fato ..................................................................................................... 38 
7.3.1 Princípio da Responsabilidade Pessoal / Da Pessoalidade / Da Intranscendência Da Pena ............................ 38 
7.3.2 Princípio da Responsabilidade Subjetiva ......................................................................................................... 38 
7.3.3 Princípio da Culpabilidade ............................................................................................................................... 39 
7.3.4 Princípio da Proporcionalidade ........................................................................................................................ 39 
7.3.5 Princípio da Limitação das Penas ou da Humanidade ..................................................................................... 39 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................... 41 
META 2 ............................................................................................................................................................ 46 
DIREITO PROCESSUAL PENAL: NOÇÕES INICIAIS E PRINCÍPIOS ....................................................................... 46 
1. PROCESSO PENAL CONSTITUCIONAL........................................................................................................... 47 
2. PRETENSÃO PUNITIVA ................................................................................................................................. 48 
3. SISTEMAS DO PROCESSO PENAL ................................................................................................................. 49 
4. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO PENAL ................................................................................... 54 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
 
 
4.1 Princípios Constitucionais Explícitos ....................................................................................................................... 54 
4.1.1 Princípio da Presunção da Inocência ............................................................................................................... 54 
4.1.2 Princípio da Igualdade Processual ou Paridade de Armas ............................................................................... 58 
4.1.3 Princípio da Ampla Defesa ............................................................................................................................... 58 
4.1.4 Princípio da Plenitude da Defesa ..................................................................................................................... 62 
4.1.5 Princípio Do In Dubio Pro Reo: ......................................................................................................................... 62 
4.1.6 Princípio do Contraditório ou Bilateralidade da Audiência ............................................................................. 62 
4.1.7 Princípio da Publicidade ................................................................................................................................... 63 
4.1.8 Princípio da Vedação das Provas Ilícitas .......................................................................................................... 66 
4.1.9 Princípio da Economia Processual, Celeridade Processual e Duração Razoável Do Processo ......................... 67 
4.1.10 Princípio do Devido Processo Legal ............................................................................................................... 67 
4.1.11 Juiz Imparcial/Natural .................................................................................................................................... 68 
4.2 Princípios Constitucionais Implícitos ...................................................................................................................... 68 
4.2.1 Princípio de que ninguém está obrigado a produzirprova contra si mesmo ou da não autoincriminação (nemo 
tenetur se detegere). ................................................................................................................................................ 69 
4.2.2 Princípio do Duplo Grau de Jurisdição ............................................................................................................. 76 
4.2.3 Princípio da Oficialidade .................................................................................................................................. 77 
4.2.4 Princípio da Oficiosidade ................................................................................................................................. 77 
4.2.5 Princípio da Intranscendência ou Pessoalidade das Penas .............................................................................. 77 
5. OUTROS PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL ................................................................................................ 77 
5.1 Princípio da busca da verdade real......................................................................................................................... 77 
5.2 Princípio da oralidade ............................................................................................................................................. 77 
5.3 Indivisibilidade da Ação Penal Privada ................................................................................................................... 78 
5.4 Comunhão da Prova ............................................................................................................................................... 78 
5.5 Impulso Oficial ........................................................................................................................................................ 78 
5.6 Princípio da identidade física do juiz ...................................................................................................................... 78 
5.7 Princípio da correlação ........................................................................................................................................... 78 
5.8 Princípio da iniciativa das partes ............................................................................................................................ 79 
6. OUTROS PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL ................................................................................................ 79 
6.1. Princípio da busca da verdade real........................................................................................................................ 79 
6.2 Princípio da oralidade ............................................................................................................................................. 79 
6.3 Indivisibilidade da Ação Penal Privada ................................................................................................................... 80 
6.4 Comunhão da Prova ............................................................................................................................................... 80 
6.5 Impulso Oficial ........................................................................................................................................................ 80 
7. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO, NO ESPAÇO E EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS ............................ 80 
7.1 Lei Processual no Tempo ........................................................................................................................................ 80 
7.2 Lei Processual no Espaço: ....................................................................................................................................... 82 
7.3 Lei Processual em Relação às Pessoas .................................................................................................................... 83 
8. INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL ............................................................................................. 87 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................... 90 
META 3 ............................................................................................................................................................ 98 
DIREITO CONSTITUCIONAL: DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ........................................................... 98 
1. DIREITO CONSTITUCIONAL – NATUREZA, CONCEITO E OBJETO ................................................................. 99 
2. FUNDAMENTOS, OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL EM SUAS RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS ........................................................................................................................................... 100 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
 
 
3. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS .................................................................................................. 104 
3.1 Direitos x Garantias x Remédios Constitucionais: ................................................................................................ 104 
3.2 Direitos Fundamentais x Direitos Humanos ......................................................................................................... 105 
3.3 Geração dos direitos fundamentais: .................................................................................................................... 106 
3.4 Características dos direitos fundamentais ........................................................................................................... 110 
3.5 Direitos individuais implícitos e explícitos ............................................................................................................ 112 
3.6 Destinatários ........................................................................................................................................................ 113 
4. OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ...................................................... 114 
4.1. Não taxatividade dos direitos fundamentais....................................................................................................... 114 
4.2 Hierarquia Dos Tratados Internacionais De Direitos Humanos ............................................................................ 115 
5. ALGUNS DIREITOS INDIVIDUAIS – ROL DO ART. 5º ................................................................................... 116 
5.1 Direito à Vida – Art. 5º, Caput .............................................................................................................................. 116 
5.2 Direito À Igualdade ............................................................................................................................................... 120 
5.3 Princípio Da Legalidade – Art. 5º, II ...................................................................................................................... 123 
5.4 Proibição Da Tortura – Art. 5º, III ......................................................................................................................... 123 
5.5 Direito Às Liberdades ........................................................................................................................................... 125 
5.5.1 Liberdade Da Manifestação De Pensamento – Art. 5º, IV e V ....................................................................... 125 
5.5.2 Liberdade De Consciência, Crença E Culto – Art 5º, VI a VIII) ........................................................................ 128 
Escusa de consciência por motivo de crença religiosa e fixação de horário alternativo para realização de concurso 
público ........................................................................................................................................................................131 
5.5.3 Liberdade De Atividade Intelectual, Artística, Científica Ou De Comunicação – Art. 5º, IX ........................... 131 
5.5.4 Liberdade De Profissão – Art. 5º, XIII ............................................................................................................. 132 
5.5.5 Liberdade de Informação – Art. 5º, XIV e XXXIII ............................................................................................ 133 
5.5.6 Liberdade de Locomoção – Art. 5º, XV e LXI .................................................................................................. 133 
5.5.7 Liberdade de Reunião – Art. 5º, XVI .............................................................................................................. 134 
5.5.8 Liberdade de Associação – Art. 5º, XVII a XXI ................................................................................................ 135 
5.6 Direito à privacidade – Art. 5º, X .......................................................................................................................... 136 
5.6.1 Sigilo De Correspondência E Comunicações (Art. 5.º, Xii) ............................................................................ 138 
5.7 Inviolabilidade De Domicílio – Art. 5º, XI .............................................................................................................. 141 
5.8 Direito de propriedade – Art. 5º, XXII e Art. 5º, XXIII ........................................................................................... 142 
5.8.1 Direito ao silêncio .......................................................................................................................................... 144 
5.9 Direito de petição e de obtenção de certidões – Art. 5º, XXXIV, ‘a’, ‘b’ ............................................................... 145 
5.10 Inafastabilidade da Jurisdição – Art. 5º, XXXV .................................................................................................... 145 
5.11 Irretroatividade da Lei – Art. 5º, XXXVI .............................................................................................................. 146 
5.12 Princípio da Pessoalidade – Art. 5º, XLV ............................................................................................................. 146 
5.13 Princípio da individualização da pena – Art. 5º, XLVI ......................................................................................... 147 
6. DIREITOS SOCIAIS – ART. 6º a 11 ............................................................................................................... 148 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 155 
META 4 .......................................................................................................................................................... 162 
DIREITO ADMINISTRATIVO: NOÇÕES INICIAIS E PRINCÍPIOS ........................................................................ 162 
1. ORIGEM, NATUREZA JURÍDICA E OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................ 163 
2. EVOLUÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................... 163 
3. CRITÉRIOS DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................ 163 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
 
 
4. SENTIDOS DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................ 165 
4.1 Administração Pública Extroversa e Introversa .................................................................................................... 166 
5. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO..................................................................................................... 167 
5. INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................... 168 
6. SISTEMAS DE CONTROLE DA ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA ....................................................................... 169 
7. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO ........................................................................................................ 169 
7.1 Princípios x Regras ................................................................................................................................................ 170 
7.2 Princípios Explícitos do Direito Administrativo .................................................................................................... 171 
8. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................... 172 
8.1 Legalidade – Art. 37, caput da CF/88 .................................................................................................................... 172 
8.2 Princípio Da Impessoalidade – Art. 37, CAPUT e § 1º da CF ................................................................................. 174 
8.3 Princípio da Moralidade – Art. 37, CAPUT da CF .................................................................................................. 176 
8.4 Princípio da Publicidade – Art. 37, caput da CF/88 .............................................................................................. 179 
8.5 Princípio da Eficiência – Art. 37, caput da CF c/c EC 19/98 ................................................................................. 181 
9. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS IMPLÍCITOS ............................................................................................. 184 
9.1 Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade .................................................................................................. 184 
9.2 Princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Privado (Princípio da Finalidade Pública) ....................... 185 
9.3 Princípio da Autotutela ou Sindicabilidade .......................................................................................................... 186 
9.4 Princípio Da Continuidade Do Serviço Público ..................................................................................................... 188 
9.5 Princípio da Motivação ......................................................................................................................................... 190 
9.6 Princípio da Ampla Defesa e Contraditório .......................................................................................................... 192 
9.7 Princípio da Segurança Jurídica e Legítima Confiança .......................................................................................... 193 
9.8 Princípio da Intranscendência Subjetiva das Sanções .......................................................................................... 194 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 197 
META 5 .......................................................................................................................................................... 204 
PORTUGUÊS: TEMA 1 .................................................................................................................................... 204 
1. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTO ..................................................................... 204 
1.1 Diretrizes para a interpretação de textos variados .............................................................................................. 204 
1.2 Tipologia e Gêneros Textuais (Literário, Não Literário e Misto) ........................................................................... 209 
1.1.1 Texto Literário ................................................................................................................................................210 
1.2.1 Texto Não-Literário ........................................................................................................................................ 211 
1.2.2 Texto Misto .................................................................................................................................................... 212 
2. ORTOGRAFIA .............................................................................................................................................. 216 
2.1 O alfabeto ............................................................................................................................................................. 217 
2.1.1 Letras Y, K e W ............................................................................................................................................... 217 
2.1.2 Letra H ............................................................................................................................................................ 217 
2.1.3 Por que, por quê, porquê e porque ............................................................................................................... 218 
2.1.4 Onde e Aonde ................................................................................................................................................ 219 
2.1.5 Mal e Mau ...................................................................................................................................................... 220 
2.1.6 O uso do hífen ................................................................................................................................................ 220 
2.1.7 Na sequência de palavras ............................................................................................................................. 223 
2.2 Os fonemas ........................................................................................................................................................... 224 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
 
 
2.3 Encontros vocálicos .............................................................................................................................................. 225 
2.3.1 Ditongo .......................................................................................................................................................... 225 
2.3.2 Tritongo ......................................................................................................................................................... 226 
2.3.4 Hiato .............................................................................................................................................................. 226 
3. ACENTUAÇÃO ............................................................................................................................................ 226 
3.1 Regras básicas de acentuação .............................................................................................................................. 227 
3.1.1 Oxítonas ......................................................................................................................................................... 227 
3.1.2 Paroxítonas .................................................................................................................................................... 227 
3.1.3 Proparoxítonas ............................................................................................................................................... 228 
3.1.4 Casos especiais............................................................................................................................................... 228 
3.2 Acentos ................................................................................................................................................................. 229 
4. SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS ....................................................................................................................... 230 
4.1 Sinônimos ............................................................................................................................................................. 230 
4.2 Antônimos ............................................................................................................................................................ 231 
4.3 Homônimos e Parônimos ..................................................................................................................................... 231 
4.4 Hiperonímia e Hiponímia ...................................................................................................................................... 233 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 236 
META 6 – REVISÃO SEMANAL ........................................................................................................................ 248 
Direito Penal: Noções Iniciais E Princípios .................................................................................................................. 248 
Direito Processual Penal: Noções Iniciais E Princípios ................................................................................................ 249 
Direito Constitucional: Direitos E Garantias Fundamentais ....................................................................................... 250 
Direito Administrativo: Noções Iniciais E Princípios ................................................................................................... 252 
 
 
 
 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA SEMANA 01 
META DIA ASSUNTO 
1 SEG DIREITO PENAL: Noções Iniciais e Princípios 
2 TER DIREITO PROCESSUAL PENAL: Noções Iniciais e Princípios 
3 QUA DIREITO CONSTITUCIONAL: Direitos e Garantias Fundamentais 
4 QUI DIREITO ADMINISTRATIVO: Noções Iniciais e Princípios 
5 SEX PORTUGUÊS: Tema 1 
6 SÁB/DOM [Revisão Semanal] 
 
 
ATENÇÃO 
 
Gostou do nosso material? 
 
Lembre de postar nas suas redes sociais e marcar o @dedicacaodelta. 
 
Conte sempre conosco. 
 
Equipe DD 
 
 
 
Prezado(a) aluno(a), 
 
Caso possua alguma dúvida jurídica sobre o conteúdo disponibilizado no curso, pedimos que utilize a sua 
área do aluno. Há um campo específico para enviar dúvidas. 
 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
9 
 
META 1 
 
DIREITO PENAL: NOÇÕES INICIAIS E PRINCÍPIOS 
 
TODOS OS ARTIGOS RELACIONADOS AO TEMA 
CF/88 
⦁ Art. 5º, II 
⦁ Art. 5º, XLI, XLII, XLIII, XLIV, XLV e XLVII 
⦁ Art. 5º, XXXIX 
⦁ Art. 5º, §3º 
⦁ art. 7º, X 
⦁ Art. 22, I e §único 
⦁ art. 227, § 4º 
 
CP 
⦁ Art. 1º 
⦁ Art. 59 
⦁ Art. 71 
 
OUTROS DIPLOMAS LEGAIS 
⦁ Art. 8°, itens 2 e 5, CADH 
⦁ Art. 8º, item 4 do Pacto de São José da Costa Rica 
 
ARTIGOS MAIS IMPORTANTES – NÃO DEIXE DE LER! 
 
⦁ Art. 5º, XLI, XLII, XLIII, XLIV, XLV e XLVII, CF/88 
⦁ Art. 5º, XXXIX, CF/88 
⦁ Art. 22, I e §único, CF/88 
⦁ Art. 1º, CP 
 
 
Amigos concurseiros que estudam para os concursos da Polícia Federal 
(Agente e Escrivão) Polícia Rodoviária Federal, estaremos focados nas 
especificidades dos concursos, inclusive através de questões de ambos os 
cargos, contudo, não deixaremos de fora pontos importantes que foram 
abordados, principalmente, pela banca Cespe em outros concursos policiais, antecipando, 
desta forma, prováveis temas das próximas provas da PF e PRF. 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
10 
 
Vamos em frente! 
 
1. CONCEITO, CARACTERÍSTICAS, OBJETO, FUNÇÕES E DIVISÕES DO DIREITO PENAL 
 
A) CONCEITO: 
Conjunto de normas que objetiva definir os crimes, proibindo ou impondo condutas, sob 
a ameaça de imposição de pena ou medida de segurança, e também a criar normas de aplicação 
geral. 
SegundoCleber Masson (2017, p. 3) é “o conjunto de princípios e regras destinados a 
combater o crime e a contravenção penal, mediante a imposição de sanção penal”. 
Importa salientar que “sanção penal” é gênero, do qual são espécies as penas e as medidas de 
segurança. 
É um ramo do Direito Público, vez que suas normas são indisponíveis, impostas e dirigidas a todas as 
pessoas. 
Além disso, o Estado é o titular do direito de punir e por isso sempre figura como sujeito passivo das 
infrações penais, ainda que de forma mediata. 
Ainda sobre o conceito de direito penal: 
a) Aspecto Formal: O direito penal é um conjunto de normas que qualifica certos 
comportamentos humanos como infrações penais, define os seus agentes e fixa as sanções 
as lhe serem aplicadas. 
b) Aspecto Material: O Direito Penal refere-se a comportamentos considerados altamente 
reprováveis ou danosos ao organismo social, afetando bens jurídicos indispensáveis à 
própria conservação e progresso da sociedade. 
c) Aspecto Sociológico: O direito penal é mais um instrumento do controle social de 
comportamentos desviados, visando a assegurar a necessária disciplina social. Em suma, 
sob aspecto dinâmico, o Direito Penal é mais um instrumento de controle social visando 
assegurar a necessária disciplina para a harmônica convivência dos membros da sociedade. 
 
B) CARACTERÍSTICAS: 
 
De acordo com Cleber Masson (2017, p. 5), o Direito Penal é uma ciência cultural, normativa, 
valorativa, finalista, de natureza predominantemente sancionatória, e fragmentária. 
 
⦁ I – Ciência: Suas regras estão contidas em normas e princípios, que por sua vez, formam a dogmática 
jurídico-penal. 
⦁ II – Cultural: o Direito Penal é uma ciência do “dever ser”, ao contrário das ciências naturais, que 
cultuam o “ser”; 
⦁ III – Normativa: o objeto principal é o estudo da lei penal (Direito positivo); 
O PLANO PERFEITO PF E PRF 
 
SEMANA 01/21 
11 
 
⦁ IV – Valorativa: sua aplicação não está pautada em regras matemáticas de certo ou errado, mas sim 
em uma escala de valores que são sopesados a partir de critérios e princípios próprios do Direito 
Penal. Dessa forma, esse ramo do direito valoriza hierarquicamente as suas normas; 
⦁ V – Finalista: o objetivo do direito penal é a proteção de bens jurídicos fundamentais, o que torna a 
sua missão prática, e não simplesmente teórica 
⦁ VI – Sancionatória: o Direito Penal é predominantemente sancionador porque não cria bens 
jurídicos, mas acrescenta proteção penal aos bens jurídicos disciplinados por outros ramos do 
Direito. No entanto, é possível que ele seja também constitutivo, quando protege interesses não 
regulados por outras áreas do Direito, como o uso indevido de drogas 
⦁ VII – Fragmentária: o Direito Penal não tutela todos os valores ou interesses, mas somente os mais 
importantes para a manutenção e o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade. 
 
C) OBJETO DE PROTEÇÃO DO DIREITO PENAL: 
 
Bens Jurídicos penais: “é a coisa, o valor, o atributo espiritual ou intelectual cujo usufruto e gozo são 
reconhecidos como significativamente relevantes. Primeiro, para o efetivo desenvolvimento pessoal de seu 
titular e, depois e em consequência, para todo o corpo social, de que é exemplo o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado” (PACELLI, 2017, p. 61). 
O legislador seleciona os bens jurídicos a serem defendidos pelo Direito Penal. No entanto, NÃO se 
pode falar em discricionariedade ampla e irrestrita, pois os bens jurídicos mais importantes são tratados na 
Constituição. Logo, a Constituição possui a seguinte missão: 
⦁ Orienta o legislador, ao eleger valores considerados indispensáveis à manutenção da sociedade; 
⦁ Impede que o legislador viole direitos fundamentais atribuídos a toda pessoa humana (Visão 
Garantista Do Direito Penal). 
 
D) FUNÇÕES DO DIREITO PENAL: 
 
Na atualidade, a doutrina divide a missão do direito penal em duas, quais sejam: 
 
a) Missões mediatas: 
• Instrumento de Controle Social ou de preservação da paz pública (Papel intimidador) 
• Limitação ao poder de punir estatal ou Função de Garantia – garantia dos cidadãos contra o arbítrio 
estatal, vez que só podem ser punidos por atos previstos como infração penal e por pena também 
determinada em lei. 
 Para Franz Von Liszt “o Código Penal é a Magna Carta do delinquente”; 
 
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Obs: Se, de um lado, o Estado controla o cidadão, impondo-lhe limites para a vida em sociedade, de 
outro lado, é necessário também limitar o seu próprio poder de controle, evitando a punição abusiva 
(evitando a hipertrofia da punição). 
 
b) Missão imediata: 
Aqui, é necessário lembrarmos do funcionalismo penal, que trará as duas correntes de mais destaque 
acerca do tema (anote esses nomes na testa): 
• Funcionalismo teleológico (moderado) – Claus Roxin (Predomina) 
 A missão do Direito Penal é a proteção dos bens jurídicos mais relevantes; 
 Se a proteção de determinado bem jurídico não é indispensável ao indivíduo e à manutenção 
da sociedade, não deve incidir o direito penal, mas outros ramos do direito; 
 Para Roxin, o Direito Penal não veio para trazer valores éticos, morais; 
 Ele entende que essa seria a função exclusiva; 
 É chamado teleológico porque busca a finalidade do direito penal. 
 
• Funcionalismo sistêmico (radical) – Günter Jakobs 
 A missão do Direito Penal é assegurar a vigência do sistema, protegendo o império da norma. 
 Ele discorda de Roxin por entender que, quando o indivíduo é punido pela infração penal 
praticada, o bem jurídico já foi violado, ou seja, não está protegido, não sendo esta, portanto, 
a função do direito penal. Sua função seria demonstrar que a norma continua vigorando e 
deve ser obedecida. 
 Assim, “o bem não deve ser representado como um objeto físico ou algo do gênero, e sim, 
como norma, como expectativa garantida”. (Direito Penal e Funcionalismo, 2005, p.33-34) 
 E ainda, entende ele que quem deliberada e reiteradamente viola a lei penal, de forma grave 
e duradoura, deve ser tratado como “não-cidadão”, como inimigo da sociedade, por não 
cumprir sua função no corpo social, não fazendo jus às garantias previstas pela norma a qual 
tal sujeito infringe. 
 Ao delinquente-cidadão, seria aplicado o direito penal do cidadão, ao passo que ao 
delinquente inimigo, seria aplicado o Direito Penal do Inimigo (tópico específico mais à 
frente) 
 
Resumindo.... 
FUNCIONALISMO PENAL 
 
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FUNCIONALISMO 
TELEOLÓGICO 
(Características: Moderado, 
dualista, de política criminal 
ou racional teleológico) 
ROXIN 
 
• Finalidade do Direito Penal: proteção de bens 
jurídicos indispensáveis. Não veio para trazer 
valores éticos, morais. 
• Moderado: o direito penal tem limites impostos 
pelo próprio direito penal e demais ramos do 
direito. 
• Dualista: convive em harmonia com os demais 
ramos do Direito. Reconhece o sistema jurídico em 
geral. 
• De política criminal: aplica a lei de acordo com os 
anseios da sociedade. Se adapta à sociedade em que 
ele se insere. 
• Racional teleológico: movido pela razão e em busca 
de sua finalidade. 
 
 
FUNCIONALISMO SISTÊMICO 
(Características: 
Radical, monista e sistêmico) 
JAKOBS 
Direito Penal do Inimigo 
 
 
• Finalidade do Direito Penal: é a proteção das 
normas penais, assegurar o império da norma. É 
punir. Aplicar a lei. 
• A sociedade que deve se ajustar ao Direito Penal. 
• Para ele, o Direito Penal é: 
- Radical: só reconhece os limites impostos por ele 
mesmo; 
- Monista: é um sistema próprio de regras e de 
valores que independe dos demais. 
- Sistêmico: é autônomo (independe dos demais 
ramos), autorreferente (todas as referências e 
conceitos que precisa busca do próprio direito 
penal) e se autoproduz. 
• Quem viola reiterada e deliberadamente a norma = 
não-cidadão / inimigo = não tem direitos. 
 
Outrasfunções do Direito Penal (Masson): 
• Função criadora ou modificadora de costumes. Disseminação ético-social de valores. 
 Efeito “moralizador”. Visa garantir o mínimo ético que deve existir em toda 
coletividade; 
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 É uma função educativa, que visa estimular os cidadãos a se conscientizarem e protegerem 
bens que ainda não foram tidos pela sociedade como fundamentais (ex: crimes contra o meio 
ambiente). 
 Esta função é bastante discutida, pelo fato de a doutrina divergir se o estado deveria ou não 
se utilizar do direito penal como meio de educação. Há quem entenda que tal objetivo deve 
ser alcançado pela interação social e não por coação. 
 
• Simbólica – não produz efeitos externos, mas somente na mente dos cidadãos e governantes, sendo 
uma função inerente a todas as leis, não apenas ao Direito Penal; 
 Enquanto os governados pensam que a contenção da criminalidade e as medidas necessárias 
para tanto estão sob o controle das autoridades, os governantes ficam com a sensação de 
terem feito algo e adiam a efetiva resolução do problema, retirando, ao longo do tempo, a 
credibilidade do direito penal. 
 Geralmente é manifestada pelo “direito penal do terror”, que se apresenta de duas formas: 
a) Inflação legislativa (direito penal de emergência) – em que são criados tipos penais 
desnecessários para dar resposta a qualquer tipo de problema; 
b) Hipertrofia do Direito Penal – aumentando desproporcional e injustificadamente 
as penas em casos pontuais, como se isso, por si só, fosse impedir a prática do 
crime. 
 
• Motivadora de comportamento conforme a norma – a ameaça de imposição de sanções motiva os 
indivíduos a se comportarem de acordo com a lei, para que não sofram suas penalidades; 
• Redução da violência estatal – pois, embora legítima e necessária, a pena não deixa de ser uma 
agressão ao indivíduo, devendo, portanto, restringir-se aos casos necessários e legais. 
• Promocional de transformação social – auxiliando em mudanças que garantirão a evolução da 
comunidade. 
 
B) CLASSIFICAÇÕES DO DIREITO PENAL: 
 
1. Direito Penal Fundamental (Primário) X Direito Penal Complementar (Secundário): 
DIREITO PENAL FUNDAMENTAL (PRIMÁRIO) DIREITO PENAL COMPLEMENTAR (SECUNDÁRIO): 
é o conjunto de normas e princípios do Direito Penal 
aplicáveis genericamente, inclusive às leis penais 
especiais. 
É composto pelas normas da Parte Geral do Código 
Penal e, excepcionalmente, algumas normas de 
amplo conteúdo previstas na Parte Especial, como 
corresponde à legislação penal extravagante. 
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os conceitos de domicílio (art. 150, §§4º e 5º) e 
funcionário público (art. 327); 
 
2. Direito Penal Comum x Direito Penal Especial 
DIREITO PENAL COMUM DIREITO PENAL ESPECIAL 
é o conjunto de normas penais aplicável 
indistintamente a todas as pessoas, como o Código 
Penal; 
é o conjunto de normas penais aplicável apenas a 
pessoas determinadas que preencham certas 
condições legais. São exemplos o Código Penal 
Militar e o Decreto-lei nº 201/1967 (crimes de 
responsabilidade dos prefeitos); 
 
3. Direito Penal Geral x Direito Penal local: 
DIREITO PENAL GERAL DIREITO PENAL LOCAL 
é o conjunto de normas penais aplicáveis em todo o 
território nacional. Essas normas são produzidas 
privativamente pela União (art. 22, I, da CF); 
é o conjunto de normas penais aplicáveis somente 
a determinada parte do território nacional. 
A existência dessas normas somente é possível se 
houver autorização da União por lei complementar 
para que os Estados legislem sobre questões 
específicas de Direito Penal (art. 22, parágrafo 
único, da CF); 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
Parágrafo único. Lei COMPLEMENTAR poderá autorizar os Estados a legislar sobre 
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
4. Direito Penal Objetivo x Direito Penal Subjetivo 
DIREITO PENAL OBJETIVO DIREITO PENAL SUBJETIVO 
é o conjunto de leis penais em vigor; é o direito de punir (ius puniendi), que pertence 
exclusivamente ao Estado e nasce quando uma lei 
penal é violada; 
 
5. Direito Penal Substantivo x Direito Penal Adjetivo 
DIREITO PENAL SUBSTANTIVO DIREITO PENAL ADJETIVO 
é o direito penal material, propriamente dito. É o 
que consta no Código Penal. 
também chamado de “formal” (grave as 
nomenclaturas), é o direito processual penal. 
 
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2. ENCICLOPÉDIA DAS CIÊNCIAS PENAIS 
 
O estudo do crime, do criminoso e da sanção penal é o objeto de várias ciências, tendo sido chamadas 
por José Cerezo Mir de “enciclopédia de ciências penais”. 
A doutrina não é uníssona acerca de quantas ou quais exatamente seriam elas, mas, para o nosso 
estudo, as mais importantes são a dogmática penal, a criminologia e a política criminal. 
 
I – DOGMÁTICA PENAL: tem por objetivo interpretar de forma sistemática o direito penal, entendendo o 
sentido das normas e aplicando-o de forma lógico-racional (não emocional). 
 
II – CRIMINOLOGIA: A criminologia, de acordo com Luiz Flávio Gomes e Antônio Molina, é uma ciência 
empírica (estuda o que “é”, ao contrário do direito penal, que estuda o que “deve ser” – caracterizando-se 
como uma ciência valorativa e normativa) e interdisciplinar (observa diversos fatores: econômicos, políticos, 
sociais, religiosos etc), a qual estuda o crime, a vítima, o criminoso e o controle social. Suas constatações se 
dão a partir da observação daquilo que acontece na realidade social, na experiência. 
 
Ps.: Gravando as palavras-chave sobre as características da criminologia, que são 
diversas das do direito penal, vocês já matam várias questões! 
 
III – POLÍTICA CRIMINAL: trabalha com estratégias e mecanismos de controle social da criminalidade, para 
que os bens jurídicos relevantes sejam protegidos. Possui a característica de vanguarda, pois orienta a criação 
e a reforma das leis, a partir de uma análise crítica acerca destas estarem ou não cumprindo os fins a que se 
propõem, considerando dados obtidos por outros ramos (como a criminologia). 
Funciona como “filtro” entre a letra fria da lei e a realidade social. Revela as leis que “pegam” e as que não. 
 
2.1 Direito Penal X Criminologia X Política Criminal 
 
O ponto mais cobrado desse tópico é, sem dúvidas, a diferença entre direito penal, 
criminologia e política criminal. 
 
DIREITO PENAL CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL 
Ciência normativa e valorativa, que 
analisa os fatos humanos 
indesejados e define quais devem 
ser tipificados como crime ou 
contravenção. 
Ciência empírica e 
interdisciplinar, que estuda o 
crime, o criminoso, a vítima e o 
controle social. 
Trabalha as estratégias e meios 
de controle social da 
criminalidade. 
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Ocupa-se do crime enquanto 
norma. 
Ocupa-se do crime enquanto 
fato. 
Ocupa-se do crime enquanto 
valor. 
Ex: Define o crime de roubo. 
Ex: Quais fatores contribuem 
para o crime de roubo. 
Ex: Estuda como diminuir os 
casos de roubo. 
 
3. DIREITO PENAL DO AUTOR E DIREITO PENAL DO FATO 
 
O Direito Penal do autor consiste na punição do indivíduo baseada em seus pensamentos, 
desejos e estilo de vida. Está atrelado ao Princípio da exteriorização ou materialização do fato, 
pelo qual o Estado só pode incriminar condutas humanas voluntárias (fatos). Assim, ninguém pode 
ser castigado por seus pensamentos, desejos ou meras cogitações ou estilo de vida. 
O ordenamento penal brasileiro adotou o Direito Penal do fato, mas que considera circunstâncias 
relacionadas ao autor, especificamente quando da análise da pena. Ex: art. 59 do CP; Reincidência. 
O princípio da exteriorização serviu para o legislador acabar com as infrações penais que 
desconsideravam esse mandamento. Ex: Mendicância (art. 60 L.C.P. – abolido), pois era direito penal do 
autor.4. GARANTISMO PENAL (FERRAJOLI) 
 
4.1 Conceito 
 
Para Ferrajoli, “o garantismo é entendido no sentido do ESTADO CONSTITUCIONAL DE DIREITO, isto 
é, aquele conjunto de vínculos e de regras racionais impostos a todos os poderes na tutela dos direitos de 
todos, representa o único remédio para os poderes selvagens”. 
 
4.2. Garantias primárias e secundárias 
 
O autor distingue as garantias em duas grandes classes: as garantias primárias e as garantias 
secundárias: 
 
• Garantias primárias – limites e vínculos normativos: Consistem nas proibições e obrigações, formais 
e substanciais, impostos na tutela dos direitos, ao exercício de qualquer poder; 
• Garantias secundárias – diversas formas de reparação: Subsequentes às violações das garantias 
primárias, diz respeito à anulabilidade dos atos inválidos e a responsabilidade pelos atos ilícitos. 
 
Ex: a CF prevê como garantia primária que não haverá pena de banimento. O legislador não 
a observa e comina tal pena a determinado crime. Neste caso, será utilizado o controle de 
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constitucionalidade, previsto na própria constituição como garantia secundária, julgando o 
ato nulo. 
 
* ATENÇÃO: Para o garantismo de Ferrajoli, o juiz não é um mero aplicador da lei, um mero 
executor da vontade do legislador ordinário. Ele é, antes de tudo, o guardião de direitos 
fundamentais. 
 
4.3 Máximas do garantismo 
 
• Nulla poena sine crimine: somente será possível a aplicação de pena quando houver, efetivamente, a 
prática de determinada infração penal; 
• Nullum crimen sine lege: a infração penal deverá sempre estar expressamente prevista na lei penal; 
• Nulla lex (poenalis) sine necessitate: a lei penal somente poderá proibir ou impor determinados 
comportamentos, sob a ameaça de sanção, se houver absoluta necessidade de proteger determinados 
bens, tidos como fundamentais ao nosso convívio em sociedade, (direito penal mínimo); 
• Nulla necessitas sine injuria: as condutas tipificadas na lei penal devem, obrigatoriamente, ultrapassar 
a sua pessoa, isto é, não poderão se restringir à sua esfera pessoa, à sua intimidade, ou ao seu 
particular modo de ser, somente havendo possibilidade de proibição de comportamentos quando 
estes vierem a atingir bens de terceiros; 
• Nulla injuria sine actione: as condutas tipificadas só podem ser exteriorizadas mediante a ação do 
agente, ou omissão, quando previsto em lei; 
• Nulla actio sine culpa: somente as ações culpáveis podem ser reprovadas; 
• Nulla culpa sine judicio: é necessário adoção de um sistema nitidamente acusatório, com a presença 
de um juiz imparcial e competente para o julgamento da causa; 
• Nullum judicium sine accusatione: o juiz que julga não pode ser responsável pela acusação; 
• Nulla accusatio sine probatione: fica a cargo do acusador todo o ônus probatório, que não poderá ser 
transferido para o acusado da prática de determinada infração penal; 
• Nulla accusatio sine defensione: deve ser assegurada ao acusado a ampla defesa, com todos os 
recursos a ela inerentes. 
 
5. DIREITO PENAL DO INIMIGO 
 
a) Conceito: 
Aquele que viola o sistema deve ser considerado e tratado como inimigo. O delinquente, 
autor de determinados crimes, não é ou não deve ser considerado como cidadão, mas como um 
“cancro societário”, que deve ser extirpado (Munhoz Conde). 
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Günther Jakobs, jurista alemão, fomenta o Direito Penal do inimigo para o terrorista, traficante de 
drogas, de armas e de seres humanos e para os membros de organizações criminosas transnacionais (vide lei 
12.850/2013). 
Destaque-se que nem todo criminoso é inimigo, apenas uma parcela reduzida de criminosos é que 
entra neste rol. 
 
b) Características do direito penal do inimigo: 
• Antecipação da punibilidade com a tipificação de atos preparatórios: O legislador é impaciente, não 
aguarda o início da execução para punir o agente); 
• É um direito penal prospectivo e não retrospectivo, na medida em que se pune o inimigo pelo o que 
ele poderá fazer, em razão do perigo que representa; 
• O inimigo não é visto como um sujeito de direitos, pois perdeu seu status de cidadão; 
• Pune-se o inimigo pela sua periculosidade e não pela sua culpabilidade, como é no direito penal 
comum; 
• Criação de tipos de mera conduta; 
• Previsão de crimes de perigo abstrato: normalmente, pode haver crimes de perigo abstrato, mas 
sem abusos, flexibilização o princípio da lesividade; 
• As garantias processuais aplicadas ao inimigo são relativizadas ou até mesmo suprimidas. 
• Flexibilização do Princípio da Legalidade: é a descrição vaga dos crimes e das penas. A descrição 
genérica de um crime permite a punição de mais condutas/comportamentos; 
• Inobservância dos Princípios da Ofensividade: relação com a criação de crimes de perigo abstrato) 
e da Exteriorização do Fato (relação com o direito penal do autor; 
• Preponderância do Direito Penal do autor: Flexibilização do princípio da exteriorização do fato; 
• Desproporcionalidade das penas; 
• Surgimento das chamadas “leis de luta ou de combate”: Exemplo - Lei 8.072/90 e Lei 11.830/2013. 
Alguns doutrinadores sustentam que tais leis têm predicados de direito penal do inimigo; 
• Endurecimento da Execução Penal: O regime disciplinar diferenciado é um resquício do direito penal 
do inimigo; 
 
5.1 Velocidades do Direito Penal (Jesús-Maria Silva Sánchez) 
 
Segundo, Cleber Masson (2017, p. 111) a teoria das velocidades do direito penal “parte do 
pressuposto de que o Direito Penal, no interior de sua unidade substancial, contém dois grandes blocos, 
distintos, de ilícitos: o primeiro das infrações penais às quais são cominadas penas de prisão (direito penal 
nuclear), e o segundo, daqueles que se vinculam aos gêneros diversos de sanções penais (direito penal 
periférico)”. 
 
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• Primeira velocidade: Direito Penal “da prisão”, aplicando-se penas privativas de liberdade como 
resposta aos crimes praticados, com a rígida observância das garantias constitucionais e processuais. 
Aplicada a delitos graves. 
 
• Segunda velocidade: Direito penal reparador. São aplicadas aqui penas alternativas à prisão, como 
restritivas de direitos ou pecuniárias, de forma mais rápida, sendo admissível, para tanto, uma 
flexibilização proporcional dos princípios e regras processuais. Aplicável a delitos de menor 
gravidade. 
 
• Terceira velocidade: Novamente temos aqui a prisão por excelência. Contudo, difere-se da primeira 
por permitir a flexibilização e até a supressão de determinadas garantias. Aplicada aos delitos de 
maior gravidade. 
 Remete ao direto penal do inimigo, já explicado acima. 
 Também poderiam constituir exemplos a Lei de Crimes Hediondos e a Lei de Organizações 
Criminosas na legislação pátria. 
 
• Quarta velocidade: Neopunitivismo. Ligada ao direito internacional. É o processamento e 
julgamento pelo TPI de chefes de Estado que violarem tratados e convenções internacionais de tutela 
de Direitos Humanos e praticarem crimes de lesa-humanidade, de modo que, por esta razão, se 
tornarão réus perante o referido tribunal e terão, dentro do contexto, suas garantias penais e 
processuais penais diminuídas. 
 
• Quinta velocidade: hodiernamente, já se fala em Direito Penal de 5ª (quinta) velocidade, que trata 
de uma sociedade com maior assiduidade do controle policial, o Estado com a presença maciça de 
policiais na rua, no cenário onde o Direito Penal tem o escopo de responsabilizar os autores, diante 
da agressividade presente em nossa sociedade de relações complexas e, muitas vezes, (in) 
compreensíveis. 
 
6. FONTES DO DIREITO PENAL 
 
São as formas pelas quais o direito penal é criado e, posteriormente, manifestado. 
 
a) Fonte Material: 
Diz respeito à criação do Direito Penal. Via de regra, é a União, art.22, I, da CF/88, pois “competeprivativamente à União legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho”. 
 
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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, PENAL, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
*Atenção: O artigo 22, parágrafo único, CF/88, prevê que “Lei Complementar poderá autorizar 
os Estados a legislar sobre questões específicas relacionadas neste artigo”, o que permite 
entender que abarca, inclusive, o Direito Penal. Então podemos ter uma lei complementar 
autorizando o estado a legislar sobre questões específicas de direito penal. 
É chamada DELEGAÇÃO EM PRETO – pois essa lei complementar não pode delegar 
genericamente. Têm que ser pontos específicos/questões específicas. 
 
b) Fonte Formal: 
Diz respeito à aplicação do Direito Penal. Esse ponto varia um pouco de doutrinador para 
doutrinador. 
 
DOUTRINA CLÁSSICA DOUTRINA MODERNA 
Imediata: 
• Lei (Desdobramento do princípio da 
reserva legal, que prevê a criação de 
crime e cominação de penas como 
um monopólio da lei. Aqui, estamos 
falando em lei ordinária). 
Imediata: 
• Lei 
• Constituição Federal 
• Tratados Internacionais de Direitos Humanos 
• Jurisprudência 
• Princípios 
• Atos administrativos (complementos de normas 
penais em branco). 
 
*Porém, até mesmo aqui, a única fonte formal que pode 
criar tipos penais e culminar penas é a lei (reserva legal). 
O restante é fonte não-incriminadora. 
Mediatas: 
• Costumes 
• Princípios gerais do Direito 
• *Alguns colocam atos 
administrativos. 
Mediatas: 
• Doutrina 
 Fonte informal: 
• Costumes 
 
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i. Lei - É o único instrumento normativo capaz de criar infração penal e cominar sanção penal (única 
fonte formal imediata incriminadora). 
 
— Medida provisória pode versar sobre direito penal? 
 
R.: A EC 32/01 inseriu dispositivo expresso na CF/88 vedando a edição de medida provisória 
versando sobre direito penal. Até 2001 não existia regra expressa na CF/88 vedando a edição 
de medida provisória sobre matéria penal. Tanto que o próprio STF, antes dessa EC 32, 
apreciou o RE 254.818/PR – 2000, especificando que MP não poderia versar sobre direito 
penal, exceto se favorável ao réu. 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao 
Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
Esse julgado (2000), anterior à EC 32/2001, que estabeleceu ser possível a edição de medida 
provisória quando favorável ao réu, subsistiria após a EC 32/01, considerando que, com essa 
EC, passou-se a vedar, de forma abstrata, a edição de medida provisória sobre matéria penal? 
R.: A doutrina e a jurisprudência são pacíficas no sentido de que é possível a edição de medida 
provisória versando sobre direito penal quando favorável ao réu, de modo que o 
entendimento exarado no bojo do RE 254.818 subsistiria após a edição da EC 32/01. 
 
ii. Constituição Federal – Não cria infração penal e não comina sanção penal (nem pena, nem medida 
de segurança). 
A CF não pode criar crime e nem alterar pena, pois o seu processo de alteração é super 
rígido e incompatível com as necessidades do direito penal. Porém, fixa alguns 
patamares abaixo dos quais a intervenção penal não se pode reduzir. São os chamados 
“mandados constitucionais de criminalização” (patamares mínimos). Exemplos de 
mandados constitucionais de criminalização: 
 
Art.5º, XLI, CF – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e 
liberdades fundamentais. 
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Art. 5º, XLII, CF – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. (Observe que o constituinte disse que 
quem vai criar o crime de racismo é a lei, mas quando esse crime for criado, a lei 
deve puni-lo com, no mínimo, reclusão, qualquer que seja a pena). 
Art.5º, XLIII, CF – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
iii. Tratados Internacionais de Direitos Humanos (TIDH) 
 
Como é sabido, os TIDH entram no ordenamento interno podendo ostentar 02 status: 
a) Se recepcionados com quórum de emenda constitucional, têm status de emenda; 
b) Se o TIDH for recepcionado com quórum comum, terá status infraconstitucional, porém 
supralegal. 
 
: Os tratados internacionais podem ser classificados como fonte do direito penal apenas quando 
incorporados ao direito interno. Se versar sobre direitos humanos e for aprovado seguindo o rito 
de emendas constitucionais, terá força normativa de emendas constitucionais (art. 5º, §3°, CF). 
Caso não siga tal rito, terá força de norma supralegal. 
 
iv. Jurisprudência 
 Não cria crime; não comina pena. Mas, na prática, às vezes, a jurisprudência cria o direito penal. 
Ademais, revela Direito Penal podendo inclusive ter caráter vinculante (no caso de súmula vinculante editada 
pelo STF). 
Um exemplo disso é o caso do crime continuado, em que a jurisprudência define o que são condições 
de tempo e lugar para fim de definição da continuidade delitiva. A condição de tempo é de 30 dias de 
intervalo entre as infrações; a condição de lugar também é definida pela jurisprudência. 
 
Art. 71, CP – Quando o agente, mediante uma ação e omissão, pratica 2 ou mais 
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução 
e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do 
primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, aumentada de 1/6 a 2/3. 
 
Obs: Súmulas vinculantes – Elas também são fontes do direito penal. 
 
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a. Princípios - Não criam crime nem cominam pena. Mas vários são os julgados absolvendo ou 
reduzindo pena com base em princípios. Ex: Princípio da Insignificância – causa de atipicidade 
material. 
 
b. Atos administrativos - Fonte formal imediata quando complementam norma penal em branco. Ex: 
Lei de drogas é complementada por uma Portaria da ANVISA. 
 
c. Doutrina: Para alguns autores, a doutrina não é fonte do direito penal por não ter força cogente, ou 
seja, não ser revestida de obrigatoriedade. 
 
d. Costumes 
 Costume é a repetição de um comportamento (elemento objetivo) em face da crença na sua 
obrigatoriedade (elemento subjetivo). 
▪ ≠ de hábito, que consiste na mera repetição de comportamento (elemento objetivo), 
mas sem a crença na sua obrigatoriedade. 
 Costume não cria crime, não comina pena, só a Lei pode criar crimes e cominar penas, em razão 
do princípio da legalidade (veda-se o costume incriminador). 
 
• Espécies de costumes: 
a) Costume secundum legem (costume interpretativo): possui a função de auxiliar o interprete 
a entender o conteúdo da lei. Por exemplo, ato obsceno (art. 233 do CP). Vai depender do 
ambiente em que o ato foi praticado e dos costumes locais para que ele seja assim 
considerado ou não. 
b) Costume contra legem (costume negativo): é chamado de DESUETUDO. É aquele que 
contraria uma lei, mas não a revoga.Ex.: Venda de CDs piratas. 
c) Costume praeter legem (costume integrativo):é aquele usado para suprir as lacunas da lei. 
É válido, mas só pode ser usado no campo das normas penais não incriminadoras e apenas 
para favorecer o agente. Ex.: a circuncisão em meninos de determinadas religiões não é 
considerada crime. 
 Atenção! Existe costume abolicionista? Apesar da intensa divergência, prevalece 
na doutrina que não existe costume abolicionista. Enquanto não revogada por 
outra lei, a norma tem plena eficácia. É a que prevalece e está de acordo com a 
lei de introdução às normas do direito brasileiro. Ex. Jogo do bicho continua 
tipificado como contravenção penal, sendo aplicável no caso concreto. 
 
7. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: 
 
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 Princípios são os valores fundamentais que inspiram a criação e a manutenção do sistema jurídico. 
No caso dos princípios penais, eles vão orientar a atuação do legislador na elaboração da legislação penal e 
do operador do direito em sua aplicação. 
 De acordo com o Professor Delegado Marcus Montez, esses princípios têm a chamada “força 
normativa, força de impor ao legislador, intérprete, partes, particular. Nesse sentido, princípio não é apenas 
aquele “princípio geral de direito”, pelo contrário, ele tem força cogente e impositiva”. 
 A função dos princípios é limitar o poder de punir do Estado. Isso porque, o Estado, por natureza, é 
arbitrário, pois invade a esfera de liberdade do indivíduo. Então o Direito Penal é visto como instrumento de 
contenção do Estado, que vai tolher o Estado ao máximo visando garantir a liberdade do sujeito, garantias 
mínimas para ele possa desenvolver direitos de 1ª geração. 
 Por fim, vale relembrar que a maioria dos princípios está constitucionalizada, seja implícita ou 
explicitamente, de modo que é possível utilizar tais princípios para efetuar controle de constitucionalidade. 
 
Já caiu em prova: 
(FUNDATEC - 2018 - PC-RS – Inspetor) Os princípios só podem ser explícitos, ou seja, positivados 
no ordenamento jurídico. [errado] 
 
Além das questões de concursos que tratam diretamente dos princípios, o simples fato de 
entender os valores que eles trazem nos orientam muito no raciocínio necessário para a 
solução de muitas outras, por isso é um tema que não pode ser negligenciado, ok? 
 
7.1 Princípios Relacionados com a Missão Fundamental do Direito Penal 
 
7.1.1 Princípio da Exclusiva Proteção de Bens Jurídicos 
 
 O Direito Penal deve servir apenas e tão somente para proteger bens jurídicos relevantes (Roxin). 
Logo só é legítima a criminalização que busca evitar a lesão ou o perigo de lesão a um bem juridicamente 
determinado. 
O princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos impede que o Estado utilize o Direito Penal para 
a proteção de bens ilegítimos: não pode incriminar pensamentos ou intenções, questões morais, éticas, 
ideológicas, religiosas ou finalidades políticas. 
Para a teoria constitucional do Direito Penal a eleição de bens jurídicos deve refletir os valores 
constitucionais, a exemplo do homicídio, que tutela o direito fundamental à vida. 
 Dessa forma, o princípio da proteção aos bens jurídicos defende que o direito penal deve servir 
apenas para proteger bens jurídicos relevantes, bens jurídicos indispensáveis ao convívio em sociedade. 
— Mas o que é bem jurídico? 
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 R.: Trata-se de um tema extremamente controvertido, de modo que vamos tentar simplificá-lo para 
melhor compreensão. 
• Para Luiz Regis Prado, bem jurídico é um ente material ou imaterial, haurido do contexto social, de 
titularidade individual ou metaindividual, reputado como essencial para a coexistência e o 
desenvolvimento do homem em sociedade. 
• Para Roxin – bem jurídico será a relação real da pessoa com um valor concreto, reconhecido pela 
comunidade. 
• Para Luis Greco – bem jurídico são dados fundamentais para a realização pessoal dos indivíduos ou 
para a subsistência do sistema social nos limites da ordem constitucional 
Nesse sentido, para conceituar bem jurídico, é imprescindível levar 2 pontos em consideração: 
1) Fundamento do bem jurídico: o conceito de bem jurídico tem que ter como ponto central, 
como fundamento, a importância do bem àquela pessoa. Tem que ser um bem de 
importância vital, fundamental, de modo que a existência dessa pessoa ou seu bem-estar 
estejam ameaçados com a criminalização daquela conduta. 
2) Titularidade do bem jurídico: É importante saber quem é o titular desse bem jurídico. Para 
quem o BJ tem essa importância fundamental? 
 
7.1.2 Princípio da Intervenção Mínima 
 
a) Origem histórica: art. 8º da Declaração dos direitos do homem e do cidadão (1789) 
 No art. 8º desse diploma, temos a imposição de que o direito penal deve estabelecer penas estrita 
e evidentemente necessárias. 
Isso, de certa forma, traz a ideia originária do princípio da intervenção mínima: pois o Direito Penal 
só deve intervir quando for estrita e evidentemente necessária 
 
b) Introdução 
 O direito penal só deve ser aplicado quando a criminalização de um fato é estritamente 
necessária à proteção de determinado bem ou interesse, não sendo suficientemente tutelado por outras 
searas do direito. O direito penal é o último grau de proteção jurídica. 
 Em outras palavras: O direito penal em um Estado Democrático de Direito atua como última ratio/ 
ultima razão/ ultima saída. Isso porque o direito penal só deve atuar quando os outros ramos do direito já 
tenham fracassado na tentativa de solucionar aquele conflito. Não pode ser usado como prima ratio 
 
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Como na figura, nem tudo o que é ilícito caracteriza um ilícito penal, mas apenas uma pequena 
parcela. Porém, todo ilícito penal será também ilícito perante as demais searas do direito. 
Ex.: se um funcionário público pratica crime, isso sempre configurará também uma infração 
administrativa. Porém, a recíproca não é verdadeira. Nem toda infração administrativa encontrará uma 
correspondente tipificação penal. 
Obs.: Trata-se de um princípio um implícito na CF/88, que pode ser retirado, principalmente, do 
princípio da dignidade da pessoa humana. (art. 1º, III, CF/88) 
 
c) Destinatários de finalidade: dois são os destinatários do referido princípio: 
• Legislador (no plano abstrato); 
• Aplicador do direito (no plano concreto). 
 Nessa linha, temos que a intervenção mínima deve ser observada tanto pelo legislador, no momento 
de selecionar as condutas que passaram a ser tuteladas pelo Direito Penal, como também, deve ser 
observado pelo aplicador do direito no caso em concreto. 
 
Do princípio da intervenção mínima decorrem dois outros princípios: 
 
7.1.2.1 Fragmentariedade 
 O direito penal é fragmentário pois é visto como um sistema descontínuo de ilicitudes. Ou seja: o 
direito penal não pode e nem tem como criminalizar todas a condutas existentes, mesmo que sejam ilícitos 
do direito (não só ilícitos penais, mas ilícitos civis também). 
 Nesse contexto, a fragmentariedade prevê que somente devem ser tutelados pelo direito penal os 
casos de relevante lesão ou perigo de lesão aos bens jurídicos fundamentais para a manutenção e o progresso 
do ser humano e da sociedade. 
 Direciona-se ao legislador, ao plano abstrato, quando da eleição de condutas que devem ou não ser 
tipificadas. 
ILÍCITOS EM GERAL
ILÍCITOS
PENAIS
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7.1.2.2 Subsidiariedade 
 A subsidiariedade é corolário da intervenção mínima e está ligada à autonomia do Direito Penal. 
Somente após se constatar que outros meios de solução social dos conflitos não são aptos a dirimi-los, é que 
serão utilizados modelos coercitivos de que dispõe o Direito Penal. 
 Assim, a intervenção penal fica condicionada ao fracasso dos demais ramos do direito, funcionando 
como um soldado de reserva. 
 Direciona-se ao aplicadordo direito, no plano concreto, devendo ser aplicado apenas quando todos 
os demais ramos se revelarem impotentes. O crime já existe, mas precisamos saber se a aplicação da lei penal 
é necessária no caso concreto. 
Nas palavras do professor Cleber Masson: 
A atuação do Direito Penal é cabível unicamente quando os outros ramos do Direito 
e os demais meios estatais de controle social tiverem se revelado impotentes para 
o controle da ordem pública. Projeta-se no plano concreto – em sua atuação prática 
o Direito Penal somente se legitima quando os demais meios disponíveis já tiverem 
sido empregados, sem sucesso, para proteção do bem jurídico. Guarda relação com 
a tarefa de aplicação da lei penal. 
 
Conceitos atrelados à subsidiariedade: 
⦁ Roxin – direito penal seria o remédio sancionador extremo. Ou seja: o direito penal só deve atuar 
após os outros ramos do direito. Quando os demais ramos atuam e não resolvem o conflito, seria 
legítimo ao Direito Penal atuar sobre a característica da subsidiariedade, uma das faces da 
intervenção mínima. 
⦁ Muñoz Conde – direito penal é aplicável unicamente quando fracassam as demais barreiras 
protetoras do bem jurídico pré-dispostas por outros ramos do direito. 
 
Já caiu em prova: 
(FUNDATEC - 2018 - PC-RS – Escrivão) Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar 
o princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima. [certo] 
 
7.1.3 Princípio da Insignificância ou da Bagatela 
 
a) Introdução, Origem e Conceito 
Inicialmente, cumpre destacarmos que o referido princípio não encontra previsão na legislação, mas 
pacificamente admitido pela Jurisprudência do STF e do STJ. 
Surge no Direito Romano. “De minimus nun curat praetor”. Os juízes e os tribunais não cuidam do 
que é mínimo, insignificante. Porém no direito romano só era utilizado no tocante ao direito privado. 
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No direito penal é incorporado apenas na década de 1970, através dos estudos de Claus Roxin. 
Segundo Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado) “Em outras palavras, o Direito Penal não deve se 
ocupar de assuntos irrelevantes, incapazes de lesar o bem jurídico legalmente tutelado. Na década de 70 do 
século passado, foi incorporado ao Direito Penal pelos estudos de Claus Roxin”. 
Ressalta-se que o princípio da Insignificância decorre da fragmentariedade, de modo que o Direito 
Penal só vai intervir nos casos de relevante lesão, quando for indispensável para a proteção de determinado 
bem jurídico, e quando não houver como proteger o bem jurídico como os outros ramos do direito. 
 Nesse sentido, o princípio da insignificância traduz a ideia de que não há crime quando a conduta 
praticada pelo agente é insignificante, não é capaz de ofender ou colocar em perigo o bem jurídico tutelado 
pela norma penal. 
 
CAIU RECENTEMENTE EM PROVA: 
IBFC/2022- PC-BA- Investigador de Polícia Civil 
Assinale a alternativa que apresenta o significado do princípio da ofensividade. 
A- Só se deve recorrer ao Direito Penal se outros ramos do direito não forem suficientes; o 
Direito Penal deve ser concebido como a última opção, para ser usado somente quando 
estritamente necessário 
B- O Direito Penal deve tutelar os bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade, sem 
levar em consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos 
C- Não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo Direito 
Penal 
D- Condutas historicamente aceitas e consideradas adequadas pela sociedade em tese não 
merecem intervenção penal punitiva, não sendo abrangidas pelos tipos penais 
E- Decorrente do princípio da dignidade da pessoa humana, impõe impedir que a pena venha 
a ser empregada como instrumento de violência, com tratamento desumano ou cruel 
R: Letra C 
 
b) Finalidade 
 O STF expressamente reconhece como finalidade desse princípio a “interpretação restritiva da lei 
penal” (olha que termo bonito para aparecer na sua prova), ou seja, o princípio da insignificância deve 
diminuir a intervenção penal, no sentido de ignorar as condutas irrisórias que não se revelam capazes de 
ofender o bem jurídico tutelado pelo tipo penal. 
 
c) Natureza Jurídica: 
Causa de Exclusão da tipicidade (atipicidade) material. Ou seja: torna o fato atípico por ausência de 
tipicidade material. 
 
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#TRADUZINDO: 
TIPICIDADE PENAL = tipicidade formal + tipicidade material. 
Tipicidade formal: juízo de adequação do fato à norma (analisa se o fato praticado na vida real, se 
amolda, se encaixa ao modelo de crime descrito na lei penal). 
Ex.: Sujeito subtrai um iogurte de um hipermercado. Como subtraiu coisa alheia móvel, o fato se adequa 
ao tipo penal de furto. 
Tipicidade material: é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido. 
No exemplo acima, em que pese tenha havido a tipicidade formal, o ato praticado não foi capaz de causar 
lesão relevante ao bem protegido, vez que o valor de um iogurte não faria a menor diferença no 
patrimônio de um hipermercado, não havendo, portanto, tipicidade material. 
 
d) Requisitos para o reconhecimento da insignificância (de acordo com STF) 
 
REQUISITOS OBJETIVOS (DICA DE MEMORIZAÇÃO: MARI): 
i. Mínima Ofensividade da conduta do agente; 
ii. Ausência de Periculosidade social da ação; 
iii. Reduzido grau de Reprovabilidade do comportamento; 
iv. Inexpressividade da Lesão jurídica provocada. 
 
REQUISITOS SUBJETIVOS 
v. Condições pessoais do agente 
vi. Condição da vítima 
 
Obs.: Os requisitos, tanto de ordem objetiva e quanto de natureza subjetiva, devem ser avaliados no caso 
concreto. 
 
Já caiu em prova: 
IPAD - 2012 - PC-AC – Agente) - Maria, empregada de uma rede de supermercados, subtraiu, 
conscientemente, de forma furtiva, a quantia de R$ 17,00 (dezessete reais), em espécie, do caixa 
da loja em que trabalha. Descoberta tal prática, foi oferecida denúncia, mas, em sentença, a ré 
foi absolvida. Pode-se concluir, acerca dos fatos narrados, que Maria foi beneficiada pela 
aplicação do princípio do(a): insignificância. [certo] 
 
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Para finalizar o estudo deste princípio, precisamos ainda fazer uma última 
diferenciação: BAGATELA PRÓPRIA X BAGATELA IMPRÓPRIA1, o que faremos com a ajuda do 
Dizer o Direito. 
 
INFRAÇÃO BAGATELAR PRÓPRIA 
= PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
INFRAÇÃO BAGATELAR IMPRÓPRIA 
= PRINCÍPIO DA IRRELEVÂNCIA PENAL DO FATO 
A situação já nasce atípica. 
O fato é atípico por atipicidade material. 
 
A situação nasce penalmente relevante. O fato é 
típico do ponto vista formal e material. 
 Em virtude de circunstâncias envolvendo o fato e 
o seu autor, consta-se que a pena se tornou 
desnecessária. 
O agente não deveria nem mesmo ser processado 
já que o fato é atípico. 
 
O agente tem que ser processado (a ação penal 
deve ser iniciada) e somente após a análise das 
peculiaridades do caso concreto, o juiz poderia 
reconhecer a desnecessidade da pena. 
 
 
Não tem previsão legal no direito brasileiro. 
 
Está previsto no art. 59 do CP, conforme a 
doutrina. 
 
Enquanto para a infração bagatelar própria já nasce irrelevante por se tratar de conduta 
materialmente atípica, “a infração bagatelar imprópria é aquela que nasce relevante para o Direito penal, 
mas depois se verifica que a aplicação de qualquer pena no caso concreto apresenta-se totalmente 
desnecessária” (GOMES, Luiz Flávio; Antonio Garcia-Pablos de Molina. Direito Penal Vol. 2, São Paulo: RT, 
2009, p.305)”. 
Em outras palavras, o fato é típico, tanto do ponto de vista formal como material. No entanto, em 
um momento posterior à sua prática, percebe-se que não é necessária a aplicação da pena. Logo, a 
reprimenda não deve ser imposta, deve ser relevada (assemelhando-se ao perdão judicial). 
Porém, ao contrário do instituto

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