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3- Modelagem Embrionária 1B

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Modelagem do Embrião Letícia Testa – 2° Termo
•	O embrião vai deixar sua forma retilínea, cranial e caudal e vai passar por um processo de modelagem, adquirindo uma formação curvilínea, em “C”. Junto a isso, a nutrição vai deixando de ser por difusão e começando a ter uma circulação primitiva.
· A modelagem do embrião é um dobramento do disco embrionário trilaminar (ectoderma, mesoderma e endoderma), deixando-o em formato curvilíneo.
 
· No plano mediano horizontal, o embrião começa a ter um desenvolvimento muito mais rápido do que nos planos laterais, então conforme vai crescendo, vai empurrando a região da cabeça e da cauda e começa a adquirir um formato da letra “C”. 
· Tem duas cavidades, a amniótica e a umbilical. 
· As primeiras modificações acontecem no ectoderma. A primeira modificação mais significativa é a formação da linha primitiva, que inicia na região caudal (a região caudal é mais afilada, a linha primitiva segue por um plano e depois termina até a placa pré – cordal). A região mais dilatada é a de cabeça. 
· Nesse momento não é mais concepto, já é embrião, pois tem a região caudal e cranial (tem dois lados, já é possível dividir ao meio). 
· Depois que formar a notocorda, vai formar o tubo neural e vai vim as vértebras (coluna). Como está formando somitos, que são os primórdios da coluna, a região medial começa a crescer de uma forma que o corpo cresce mais do que as laterais, então ele empurra e forma uma prega cefálica e outra prega caudal. Como está empurrando, ocorre o estrangulamento na vesícula umbilical, dessa forma o embrião começa a se desenvolver na cavidade amniótica.
· Envolvendo as duas cavidades, tem o mesoderma intraembrionário (vai fazer parte do embrião) e o mesoderma extraembrionário (não vai fazer parte, mas vai dar suporte ao embrião. Ele nasceu primeiro do que o intra, se dentro tiver lacunas, vai ter celoma). Envolvendo tudo isso tem uma membrana, o córion.
 
· Como distinguir a prega cefálica da caudal? A cefálica é sempre na região mais dilatada enquanto a caudal fica na região mais fina.
· No final do 1° mês de formação, o coração já bate, mas como uma bomba propulsora, não tem átrio, nem ventrículo. Apenas joga uma energia mecânica para o sangue correr dos lados. O coração primitivo fica do mesmo lado que a prega cefálica, quando o embrião tomar proporções maiores, o coração vai ser carregado até a caixa torácica.
· Na região ventral tem o intestino, onde será formado o sistema digestório. Próximo a prega cefálica tem o intestino anterior, depois o médio e posterior.
· O intestino médio, em primeiro momento se comunica com a vesícula umbilical, mas logo depois essa comunicação é encerrada.
 
 
 
 
 
 
 
· Como consequência dessa modelagem temos: 
-Somente uma cavidade, a amniótica que vai envolver todo o embrião 
- A vesícula umbilical é estrangulada e se liga ao embrião pelo pedúnculo 
- A endoderme intraembrionária vai revestir as regiões de intestino anterior, médio e posterior. E, nesse momento o médio vai se ligar com a vesícula umbilical estrangulada. 
- O coração começa a bater como uma bomba propulsora para a circulação sanguínea lateral, a difusão não está mais sendo suficiente para nutrir. 
Sistema Cardiovascular
 
 
 
· O embrião está crescendo, e necessita de uma nutrição mais efetiva, assim, vai parar de ser por difusão e começar a circulação. Dessa forma, vai precisar de um meio propulsor que é o coração, não importa se ele ainda não tem átrio, ventrículo...só é necessário que ele faça uma força para o sangue poder circular. O meio circulante que é o sangue e o meio condutor, que são os vasos. 
· Nesse momento, não tem tudo isso muito nítido, pois ainda está em desenvolvimento, mas já vai ter circulação, troca, e uma nutrição mais eficiente. 
 
 
 
· No final da 3° semana, início da 4° o coração já bate.
· Na região pericárdica vai ter um estímulo que vai fazer com que células do mesoderma comece algumas mudanças.
· As modificações vão começar no Mesoderma esplâncnico (é mais ligado ao endoderma) da região cefálica e vão acontecer devido a vasculogênese (formação de novos canais, vasos, através da união de células precursoras) e angiogênese (formação de novos vasos, a partir dos primeiros), assim, é possível formar toda uma rede de vascularização.
 
 
· O mesoderma esplâncnico que se une com o endoderma começa a receber um estímulo, essas células mesenquimais (indiferenciadas) vão começar a se diferenciar, era uma célula estrelada e passa a ser o primórdio de uma célula sanguínea. Quando ela recebe o estímulo, ela migra para vários lugares e começa a se depositar (tem endoderma porque ele é ligado ao mesoderma esplâncnico, essa região é onde começa os primeiros vasos) e vão se aglomerando, o que chamamos de ilhotas sanguíneas. 
Dentro dos agrupamentos começa a aparecer lacunas que empurram as células para a periferia e as lacunas se fusionam. Das células que estavam circulantes, algumas ficam em seu lugar, que vão ser as células endoteliais (do endotélio do vaso) e outras mudam a sua forma e caem no lúmen desses vasos. Os vasos vão se conectar, tendo células endoteliais, sanguíneas e fusões das ilhotas por toda constituição embrionária. Assim, as veias e artérias vão sendo construídas. 
· Com a formação das veias e artérias, vai construir também os vasos que vão formam o cordão umbilical, e através dele vai ser capturado os nutrientes, sendo muito mais eficiente do que a difusão.
 
· A região cardiogênica é muito importante, além de ter as células precursoras (angioblastos), também apresenta células precursoras do músculo (mioblastos) que vão formar a musculatura cardíaca para que tenha a propulsão desse tubo. 
· Na primeira construção temos dois tubos separados, depois eles se fusionam em um único tubo, o tubo endocárdico único. Esse, fica na região pericárdica, conforme vai formando as pregas, ele se pressiona, mas continua como um tubo até próximo do 3° mês, demora para formar as câmaras cardíacas. 
· As câmaras cardíacas são formadas primeiramente a partir de rotação, de 90° e depois de 360°, isso vai formando espaços no tubo, e conforme o desenvolvimento dos outros sistemas, o coração vai girar. Para formar as câmaras do coração, ocorrem vários giros, em várias angulações.
 
· O reposicionamento do coração conforme o dobramento da região da cabeça: o coração vai da cavidade pericárdica ate a área mais ventral, simultaneamente, o coração é angular, ele vai se alongando, desenvolvendo, criando dilatações e constrições, só no final ele consegue formar as câmaras. 
 
· A região ventricular e atrial, estão trocadas, por isso gira 90°, para ficar na posição certa. Muitas imperfeições do sistema cardíaco provêm daqui, porque o átrio e o ventrículo não vão para o lugar correto.
· A região mais dilatada é a atrial, nesse momento é necessário mais nutrientes, mais oxigênio e desenvolvimento das células
 
· Na região de placenta, tem o córion viloso, mais ramificado, porque ele apresenta vilosidades coriônicas para aumentar a área de absorção, aumentando a funcionalidade. 
· Na região não placentária, tem o córion liso. 
· A parte amarela é o endométrio. Na placenta temos uma região que é fetal (voltada para o cordão umbilical, faz parte o córion viloso) e a parte materna com a decídua (as células endometriais passam a estocar glicogênio que é energia e nutrientes, mudando sua forma para piramidal). Então em primeiro momento são só as células do endométrio, depois passam a ser decíduas (endométrio estocando energia). 
 
· O sangue da mãe e o do bebê não se misturam, pois, a placenta faz essas trocas. Na placenta tem o espaço interviloso, que fica entre os vasos da mãe, nesse espaço joga os nutrientes dos vasos da mãe, e os vasosdo cordão umbilical absorvem esses nutrientes e levam para o bebê. Por isso, a passagem de sangue no cordão é invertida, veia leva o sangue rico em oxigênio e artéria leva o sangue pobre em oxigênio, quando corta o cordão fica circulação normal. 
· Mas, se não há mistura de sangue, porque todo mundo fala que a mãe passa doenças para o bebê? Porque existem moléculas muito pequenas que passam, por exemplo os vírus, que podem ser transmitidos através da placenta mesmo sem contato com o sangue, porém quando corta o cordão umbilical ocorre a mistura do sangue da mãe com o sangue do bebê. 
· As moléculas e os microorganismo atravessam a membrana placentária para fazer com que o bebê no nascimento já tenha uma resposta imunológica. Isso quando são moléculas pequenas, as grandes não passam. 
· A placenta está sempre aderida ao endométrio, e esse local é extremamente irrigado, quando o bebê nasce a irrigação acaba, assim, não há mais alimentos para as células placentárias, elas vão morrer e necrosar, se isso acontecer dentro da mulher vai causar processo infeccioso. Por isso, após o nascimento é necessário remover a placenta por completo. A patologia mais comum nesse caso é a Mola Hidatiforme. Outra coisa que pode acontecer quando sobra células mortas, é o corpo detectar isso e tentar expelir de qualquer forma, a mulher entra em intenso sangramento non pós parto, o obstetra faz a curetagem, se mesmo assim não foi possível retirar tudo, tem que fazer histerectomia (retirada do útero), ou o paciente morre.
 
· A placenta deve estar totalmente aderida ao endométrio, se o tecido estiver um pouquinho aberto, o médico entra com progesterona (hormônio do ciclo gravídico) via oral ou local. A não adesão da placenta no endométrio é a maior causa de abortos espontâneos. 
· Na região de placenta há muitas trocas e irrigação, o córion viloso faz parte da placenta e tem as vilosidades (cotilédones), e o liso vai contornar todo o embrião.
 
 
· Hemangiomas são super estímulos das células do mesoderma esplanico que vão formar os vasos, se houver super estimulação ou alguma medicação que atue traçando uma disfunção no sistema hematológico, vai ocorrer hemangiomas. Ao passar do tempo essas manchas vão ficando arroxeadas. Não há hemangiomas na região de pé, barriga, braço... pois a circulação se forma na região cranial (pericárdico, abaixo da região de cabeça). Assim, só há hemangiomas em cabeça e pescoço
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