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CASE_HEMATOLOGIA

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1
SINOPSE DO CASE: Equilíbrio é tudo...
1 DESCRIÇÃO DO CASO 
Um estudante de Biomedicina, de 24 anos, estava com problemas de concentração e cansaço. Há 5 anos parou de ingerir carne vermelha. Sua clínica no momento não demonstrou sangramento, nem teve alterações no que se refere ao consumo alimentar nesse momento mais recente, além disso, estava um pouco pálido.
Assim, foi solicitado um hemograma completo como exame de triagem, para direcionar a investigação de uma possível patologia e orientar um tratamento prévio. Na série vermelha, é possível observar que está com uma baixa de hemoglobina, microcitose e hipocromia. Na série branca, não há nenhuma alteração relevante. As plaquetas também apresentaram uma contagem normal.
Os resultados de um hemograma completo são comparados a gráficos que listam o intervalo normal de números e proporções para cada tipo de célula sanguínea. Um resultado acima ou abaixo da faixa normal pode indicar uma anormalidade. Dessa forma, a partir dos dados informados pelo hemograma, é possível traçar um direcionamento acerca da patologia que acomete do estudante do caso e com isso, indicar novos exames para confirmar a hipótese diagnóstica. 
2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO
2.1 Descrições das decisões possíveis
Por meio dos sinais e sintomas descritos, presume-se que o paciente possui anemia ferropriva. Além disso, a história clínica e a mudança alimentar retirando a carne vermelha da dieta corroboram com essa hipótese. Nessa condição, os níveis de ferro estão baixos, caracterizando uma anemia carencial. A hipocromia e microcitose são características desse tipo de anemia. Assim, para confirmar o diagnóstico é importante também dosar transferrina, ferritina e ferro sérico.
Se não for tratada, a anemia por deficiência de ferro pode causar sérios problemas de saúde. Ter muito pouco oxigênio no corpo pode causar danos aos órgãos. Com a anemia, o coração deve trabalhar mais para compensar a falta de glóbulos vermelhos ou hemoglobina. Esse trabalho extra pode prejudicar o coração.
2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada decisão
Segundo André et al. (2018), a causa da anemia por deficiência de ferro varia com base na idade, sexo e nível socioeconômico. A deficiência de ferro pode resultar da ingestão insuficiente de ferro, diminuição da absorção ou perda de sangue. A anemia por deficiência de ferro é mais frequentemente decorrente da perda de sangue, especialmente em pacientes mais velhos. Também pode ser observada com baixa ingestão alimentar, aumento das necessidades sistêmicas de ferro, como na gravidez, e diminuição da absorção de ferro, como na doença celíaca.
Em neonatos, a amamentação é protetora contra a deficiência de ferro devido à maior biodisponibilidade de ferro no leite materno em comparação com o leite de vaca; a anemia por deficiência de ferro é a forma mais comum de anemia em crianças pequenas que tomam leite de vaca. Nos países em desenvolvimento, uma infestação parasitária também é uma causa significativa de anemia por deficiência de ferro. As fontes dietéticas de ferro são vegetais verdes, carne vermelha e fórmulas de leite enriquecidas com ferro (MOTA; BEZERRA; LUCENA, 2017).
A maioria dos pacientes é assintomática e identificada por meio de um exame de sangue. Palidez é o sinal clínico mais importante, mas geralmente não é visível, a menos que a hemoglobina caia para 7 g/dL para 8 g/dL. Uma história completa pode revelar fadiga, diminuição da capacidade de trabalhar, falta de ar ou agravamento da insuficiência cardíaca congestiva (MORTARI; AMORIM; SILVEIRA, 2021).
Os pacientes devem ser questionados sobre sua dieta, bem como sobre qualquer sangramento de menorragia ou fontes gastrointestinais. O exame físico pode revelar pele e conjuntiva pálidas, taquicardia em repouso, insuficiência cardíaca congestiva e fezes positivas para guaiaco (MORTARI; AMORIM; SILVEIRA, 2021).
De acordo com Brito et al. (2021), existem três estágios para essa anemia, sendo que o 1º é: esgotamento do armazenamento - Níveis de ferritina no sangue mais baixos do que o esperado. A ferritina é a forma de armazenamento de ferro, e baixos níveis de ferritina são o primeiro sinal de que os estoques de ferro do corpo estão comprometidos; 2º: Deficiência leve - durante o segundo estágio da deficiência de ferro, o transporte de ferro (conhecido como transferrina) diminui. 
Isso geralmente é acompanhado por uma redução no tamanho dos glóbulos vermelhos, embora os níveis de hemoglobina permaneçam normais. 3º: Anemia por deficiência de ferro - A hemoglobina começa a cair no estágio final. Nesta fase, os glóbulos vermelhos são em menor número, são menores e contêm menos hemoglobina (BRITO et al., 2021).
A ferritina é o melhor indicador de deficiência de ferro e um baixo nível de ferritina sozinho é diagnóstico de anemia ferropriva. O ferro é armazenado intracelularmente como ferritina e na presença de infecção, malignidade ou inflamação crônica, a ferritina aumenta por ser uma proteína de fase aguda. Além disso, níveis de transferrina e ferro sérico também devem ser mensurados, em que espera-se que os níveis de transferrina estejam elevados e que os de ferro sérico estejam abaixo do valor de referência (SOUZA, 2018).
Como a anemia por deficiência de ferro é tratada dependerá da gravidade do problema e do que a causou em primeiro lugar. A maioria das formas dessa condição envolve falta de ferro em sua dieta ou problemas com o corpo absorvendo o ferro que você consome. Assim, pode ser suplementado ferro ou sugerido uma mudança de dieta (CANÇADO; CHIATTONE, 2010).
2.3 Descrição dos critérios e valores
A deficiência de ferro é o distúrbio nutricional mais comum em todo o mundo e é responsável por aproximadamente metade dos casos de anemia. O diagnóstico de anemia por deficiência de ferro é confirmado pelos achados de baixos estoques de ferro e um nível de hemoglobina abaixo do normal, segundo a Portaria Nº 730, De 13 De Maio De 2005 do Ministério da Saúde.
REFERÊNCIAS
ANDRÉ, Hercilio Paulino et al. Indicadores de insegurança alimentar e nutricional associados à anemia ferropriva em crianças brasileiras: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 23, n. 4, p. 1159-1167, abr. 2018. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018234.16012016.
BRITO, M. E. DE S. M. E; COSTA, S. DE J.; MENDES, A. L. R.; LIMA , E. M. R. DE S.; SILVA, A. C. R.; ROCHA, L. R.; ALVINO, V. DE S.; RODRIGUES, A. E. F.; SILVA, I. P.; LOPES, L. A. DE S.; SILVA, R. C. DA; BARROS, L. DE S. R.; SANTANA, L. S. O. S.; SANTOS , D. O. Fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da anemia ferropriva: Uma revisão de literatura. Revista de Casos e Consultoria, v. 12, n. 1, p. e23523, 25 mar. 2021.
CANÇADO, Rodolfo D.; CHIATTONE, Carlos S.. Anemia ferropênica no adulto: causas, diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, [S.L.], v. 32, n. 3, p. 240-246, 2010. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1590/s1516-84842010005000075. 
MORTARI, Isabele Felix; AMORIM, Murilo Tavares; SILVEIRA, Michele Amaral da. Estudo de correlação da anemia ferropriva, deficiência de ferro, carência nutricional e fatores associados: revisão de literatura. Research, Society And Development, [S.L.], v. 10, n. 9, p. 1-10, 26 jul. 2021. Research, Society and Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17894. 
MOTA, Anna Paula; BEZERRA, Danielle Soares; LUCENA, Rayane dos Santos. Estado nutricional pré e pós-gestacional de mães e neonatos em internação pós-parto prolongada. 2017. 35 f. TCC (Graduação em Nutrição) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Santa Cruz, 2017. 
SOUZA, Natália Mayara Menezes de. Estado nutricional de ferro e anemia ferropriva em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital universitário. Nutricion Clinica y Dietetica Hospitalaria, [S.L.], n. 1, p. 97-101, 2018. SEDCA. http://dx.doi.org/10.12873/381NSouza.

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