Buscar

Trabalho de Fisiologia da Musculatura Lisa

Prévia do material em texto

CAPA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
OBJETIVO	3
REVISÃO	3
REFERÊNCIAS	7
INTRODUÇÃO
Conforme Junqueira e Carneiro (2013), os tecidos de animais complexos multicelulares são quatro tipos principais: epitelial, conectivo, muscular e nervoso. Lembre-se de que os tecidos são grupos de células semelhantes (células que desempenham funções relacionadas). Esses tecidos se combinam para formar órgãos - como a pele ou os rins - que têm funções específicas e especializadas dentro do corpo. Os órgãos são organizados em sistemas de órgãos para realizar funções; exemplos incluem o sistema circulatório, que consiste no coração e vasos sanguíneos, e o sistema digestivo, que consiste em vários órgãos, incluindo estômago, intestinos, fígado e pâncreas. Os sistemas de órgãos se unem para criar um organismo inteiro.
O músculo liso (assim chamado porque as células não têm estrias) está presente nas paredes dos órgãos que contêm um lúmen como a bexiga urinária, útero, estômago, intestinos e nas paredes de grandes tubos vasculares, como as artérias e veias do sistema circulatório. Os tratos dos sistemas respiratório, urinário e reprodutivo contêm músculo liso (GARTNER; HIATT, 2007).
O músculo liso também está presente no olho, onde funciona para alterar o tamanho da pupila e na pele, onde faz com que o cabelo fique ereto em resposta às baixas temperaturas ou ao medo. O músculo liso é conhecido como músculo involuntário, uma vez que não está sob controle voluntário. Em certos locais, como nas paredes dos órgãos viscerais, o alongamento do músculo pode desencadear sua contração (a resposta de alongamento-relaxamento) (GARTNER; HIATT, 2007).
OBJETIVO
Esclarecer como funciona a musculatura lisa, o tipo celular, os órgãos em que é encontrada e o mecanismo de contração.
REVISÃO
As fibras musculares lisas são fusiformes (largas no meio e afiladas em ambas as extremidades, algo como uma bola de futebol) e têm um único núcleo; eles variam de cerca de 30 a 200 μm (milhares de vezes mais curtos do que as fibras do músculo esquelético) e produzem seu próprio tecido conjuntivo, o endomísio. Embora não tenham estriações e sarcômeros, as fibras musculares lisas possuem proteínas contráteis de actina e miosina e filamentos grossos e finos. Esses filamentos finos são ancorados por corpos densos. Um corpo denso é análogo aos discos Z das fibras musculares esqueléticas e cardíacas e está preso ao sarcolema. Os íons de cálcio são fornecidos pelo RS nas fibras e pelo sequestro do fluido extracelular através de indentações na membrana chamadas alvéolos (ROSS; PAWLINA, 2012).
Como as células do músculo liso não contêm troponina, a formação de pontes cruzadas não é regulada pelo complexo troponina-tropomiosina, mas pela proteína reguladora calmodulina. Em uma fibra de músculo liso, os íons de Ca ++ externos que passam pelos canais de cálcio abertos no sarcolema, e o Ca ++ adicional liberado do RS, ligam-se à calmodulina. O complexo Ca ++ - calmodulina então ativa uma enzima chamada miosina (cadeia leve) quinase, que, por sua vez, ativa as cabeças da miosina fosforilando-as (convertendo ATP em ADP e Pi, com o Pi ligado à cabeça). As cabeças podem então se prender aos locais de ligação da actina e puxar os filamentos finos. Os filamentos finos também estão ancorados aos corpos densos; as estruturas investidas na membrana interna do sarcolema (nas junções aderentes) que também possuem filamentos intermediários em forma de cordão presos a elas (ROSS; PAWLINA, 2012).
Quando os filamentos finos deslizam pelos filamentos grossos, eles puxam os corpos densos, estruturas amarradas ao sarcolema, que então puxam as redes de filamentos intermediários por todo o sarcoplasma. Este arranjo faz com que toda a fibra muscular se contraia de uma maneira que as pontas são puxadas em direção ao centro, fazendo com que a seção mediana saliente em um movimento de saca-rolhas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
Embora a contração do músculo liso dependa da presença de íons Ca ++, as fibras do músculo liso têm um diâmetro muito menor do que as células do músculo esquelético. Os túbulos T não são necessários para atingir o interior da célula e, portanto, não são necessários para transmitir um potencial de ação profundamente na fibra. As fibras musculares lisas têm um RS de armazenamento de cálcio limitado, mas têm canais de cálcio no sarcolema (semelhantes às fibras do músculo cardíaco) que se abrem durante o potencial de ação ao longo do sarcolema. O influxo de íons Ca ++ extracelulares, que se difundem no sarcoplasma para atingir a calmodulina, é responsável pela maior parte do Ca ++ que desencadeia a contração de uma célula muscular lisa (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
Como visto entre os neurônios motores e as fibras musculares esqueléticas, os axônios dos neurônios no SNA não formam um NMJ altamente organizado com músculo liso. Em vez disso, há uma série de protuberâncias cheias de neurotransmissores chamados veias varicosas, como eixos de axônio que passam através do músculo liso, formando unidades motoras de forma frouxa. As varizes liberam neurotransmissores nas fendas sinápticas. Além disso, os músculos viscerais nas paredes dos órgãos ocos (exceto o coração) contêm células marcapasso. As células marcapasso podem desencadear espontaneamente potenciais de ação e contrações nos músculos (ROSS; PAWLINA, 2012).
Existem duas maneiras de organizar o músculo liso: como uma única unidade de músculo liso, que é mais comum, e como um músculo liso com várias unidades. Os dois tipos têm posições diferentes no corpo humano e têm características diferentes. As fibras musculares de todo o músculo são conectadas por junções de hiato, de modo que os músculos se contraem em um todo. Esse tipo de músculo liso pode ser encontrado nas paredes de todos os órgãos internos, exceto no coração (que tem o músculo cardíaco na parede), por isso é frequentemente chamado de músculo visceral. Como as fibras musculares não são restringidas pelo tecido e pelo limite elástico do sarcoma, o músculo liso visceral apresenta uma resposta de relaxamento ao estresse (ROSS; PAWLINA, 2012).
Isso significa que, à medida que o músculo de um órgão oco é esticado quando ele preenche, o estresse mecânico do alongamento desencadeará a contração, mas isso é imediatamente seguido de relaxamento para que o órgão não esvazie seu conteúdo prematuramente. Isso é importante para órgãos ocos, como o estômago ou a bexiga urinária, que se expandem continuamente à medida que se enchem. O músculo liso ao redor desses órgãos também pode manter um tônus muscular quando o órgão esvazia e encolhe, característica que previne a "flacidez" no órgão vazio. Em geral, o músculo liso visceral produz contrações lentas e constantes que permitem que substâncias, como alimentos no trato digestivo, se movam pelo corpo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
As células musculares lisas multiunidade raramente possuem junções de lacunas e, portanto, não são acopladas eletricamente. Como resultado, a contração não se espalha de uma célula para outra, mas está confinada à célula que foi originalmente estimulada. Os estímulos para músculos suaves multiunidades vêm de nervos ou hormônios autônomos, mas não do alongamento. Este tipo de tecido é encontrado em torno de grandes vasos sanguíneos, nas vias respiratórias e nos olhos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
Semelhante às células musculares esqueléticas e cardíacas, o músculo liso pode sofrer hipertrofia para aumentar de tamanho. Ao contrário de outros músculos, o músculo liso também pode se dividir para produzir mais células, um processo chamado hiperplasia. Isso pode ser observado mais evidentemente no útero na puberdade, que responde ao aumento dos níveis de estrogênio, produzindo fibras musculares mais uterinas lisas, e aumenta consideravelmente o tamanho do miométrio. (GARTNER; HIATT, 2007).
O músculo liso têm diferentes funções no corpo humano, incluindo: selar os poros; o tomilho é transportado pela contração peristáltica do intestino; a produção de proteínas do tecido conjuntivo, como colágeno (colágeno) eelastina (miofibroblastos). O mecanismo de contração das fibras musculares lisas ocorre por meio do deslizamento dos filamentos musculares. Sem tubos em T, o retículo sarcoplasmático (RS) é muito pequeno, essas fibras apresentam grande número de vesículas pinocitóticas, que desempenham um papel importante na entrada e saída dos íons cálcio (GARTNER; HIATT, 2007).
O músculo liso é composto por células fusiformes, que são mais espessas no centro e mais delgadas nos membros, combinadas com mononucleose e núcleos centrais, e não há listras no citoplasma. Ele forma as paredes de muitos órgãos e é responsável pelo movimento interno, como o movimento dos alimentos no trato digestivo. O tecido apresenta contração involuntária e contração lenta. As células são mononucleares, alongadas e possuem bordas afiadas. O processo de contração do músculo liso é ativado por íons de cálcio, e a combinação de cálcio e calmodulina ativa a miosina quinase, que fosforila as cadeias leves de miosina para fixar os filamentos de actina e realizar a contração muscular (GARTNER; HIATT, 2007).
REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica:texto e atlas. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 178
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em cores.3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. pp. 161, 167.
ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, em correlação com Biologia celular e molecular. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. pp. 324-325.

Continue navegando