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Imunologia

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Olá pessoal tudo bem? Seja bem-vinda e bem-vindo ao nosso material 
didático! Espero que você aproveite e aprenda muito 
 
Eu, Profº Thiago Nascimento junto com a Cursau Educação 
@cursaucursos, preparamos o melhor da imunologia para você! 
 
 
 
 
Este conteúdo é destinado para uso e exibição de caráter privado. Não 
é autorizado a: 
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haja pirataria do material, a pessoa que adquiriu os resumos poderá 
responder judicialmente e, conforme o artigo 184 do Código Penal com 
pena de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa de até 10x o valor do 
produto adquirido (segundo o artigo 102 da Lei nº 9.610). 
 
#BORA COMEÇAR? 
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Sumário 
 
Introdução________________________________04 
Definições importantes_______________________04 
Falha no sistema imune_______________________04 
Vacinação_________________________________05 
Tipos de vacina_____________________________06 
Hematopoiese______________________________07 
Maturação celular___________________________08 
Células do sistema imune______________________09 
 Principais Leucócitos_____________________09 
 Macrófago____________________________09 
 Cél. Dendrítica__________________________09 
 Neutrófilo_____________________________09 
 Natural Killer___________________________10 
 Linfócito T e B_________________________10 
 Eosinófilo e Basófilo______________________11 
Imunidade inata e adquirida____________________12 
Reconhecimento antigênico____________________14 
Anticorpos________________________________16 
Caso clínico________________________________18 
Caso clínico resolução_________________________20 
 
 
 
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 O Início! 
 Vamos ao que interessa, começaremos a falar de Imunologia desde 
o princípio das cavernas. 
 
O que é IMUNIDADE? A imunidade é definida como a resistência a doenças, 
mais especificamente às doenças infecciosas, ou seja, é sua capacidade 
de conseguir reconhecer e “eliminar” os inimigos, que são os 
microrganismos, por exemplo. Temos um conjunto com células e moléculas 
que são as responsáveis por garantir essa IMUNIDADE, e nos dar a 
capacidade de resistir aos agentes infecciosos. Esse grande grupo com 
células, moléculas e até alguns órgãos, é chamado de SISTEMA 
IMUNOLÓGICO. Bom, agora que entendemos o que é IMUNIDADE e 
SISTEMA IMUNOLÓGICO, é importante saber que nada é fetio ao acaso 
ou de forma desregrada, #bora entender todas as etapas. 
 
 
 
 
 
 
 Assim que o agente invasor chega no nosso organismo, o 
SISTEMA IMUNOLÓGICO inicia uma resposta coordenada e em 
etapas que culminam na eliminação desse agente infeccioso, 
essa resposta feita pelo sistema imunológico é chamada de 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA. e garante que o patógeno seja 
eliminado. 
Você deve estar se perguntando, Thiago, o que é essa 
palavra nova, “PATÓGENO”? 
 Podemos chamar o patógeno também de “Agente 
Patogênico”, afinal, o que é? 
 
Patógeno ou agente patogênico são os microrganismos capazes de causar 
doença, pode ser um vírus como o SARS-CoV-2 (causador da COVID-19), 
pode ser também uma bactéria como o Mycobacterium tuberculosis 
causador da TUBERCULOSE. 
 
 
 
 
 
 
 
Tanto o vírus causador da COVID-19 quanto a Bactéria 
causadora da Tuberculose são microrganismos, são PATÓGENOS, 
outros exemplos são os fungos. 
 
 O próprio nome já diz, o prefixo “PATO” faz referência 
à doença. 
 A ciência (área do conhecimento) que estuda tudo isso 
se chama IMUNOLOGIA, e, mais uma vez, vamos olhar para a 
estrutura da construção da palavra para entender. 
 O prefixo “IMUNO” faz referência ao sistema 
imunológico, e o sufixo “LOGIA” faz referência ao estudo. 
Resumindo,.. ESTUDO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO, fácil, não acha? 
 
Com base nisso, já entendemos a importância do sistema imunológico na 
saúde dos indivíduos. 
 
 Pessoas com um sistema imune comprometido, ou seja, sem 
capacidade de responder efetivamente aos agentes 
infecciosos, que agora como já aprendemos, que chamados 
de agentes patogênicos 
 Indivíduos cujo o organismo não é capaz de reconhecer ou 
combater estes agentes patogênicos, sofrem com a 
capacidade de eles causarem lesão tecidual e 
consequentemente, problemas de saúde. 
Introdução à Imunologia 
Definição 
Imunidade 
Capacidade de resistir a um agente causador de doença (patógeno) 
Sistema Imunológico 
Conjunto de moléculas, células e órgãos que garantem proteção ao 
nosso corpo (patógeno) 
SARS-CoV-2 
Mycobacterium tuberculosis 
Falha do sistema imune 
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T
 
 
 
 
 
 
Tendo como objetivo preparar o organismo frente aos patógenos, o 
estímulo da resposta imunológica através da vacinação é fundamental. 
 Com o avanço científico e o surgimento das vacinas, muitas 
doenças diminuíram drasticamente sua incidência, algumas 
foram até erradicadas. 
A palavra “vacina” vem do latim vaccinus que significa “derivado da 
vaca”, o significado do nome pode soar engraçado, mas tem um grande 
contexto histórico por trás. 
Um médico chamado Edward Jenner observou durante um surto de 
varíola em meados de 1796 na Inglaterra que existia uma doença comum 
entre os bovinos, chamada Cowpox, uma doença semelhante à varíola, 
que causava a formação de pústulas na pele, mas não levava à morte 
dos animais, 
 
 Jenner notou que indivíduos que ordenhavam esses animais 
desenvolviam a doença do gado (Cowpox) e não desenvolviam 
varíola. 
 Em maio de 1796, Jenner inoculou o pus (líquido purulento) da 
pústula de mulher ordenhadora que sofria de cowpox em um 
menino de 8 anos de idade. 
 O garoto contraiu uma infecção extremamente branda e 
após alguns dias já estava recuperado. 
 Meses mais tarde, Jenner inoculou pus de pústula 
proveniente de indivíduos com varíola, o menino não adoeceu 
e foi descoberto então, a vacina. 
 
 
 
 
 
 
A tabela mostra alguns exemplos da eficácia da vacinação para doenças 
infecciosas comuns, onde é possível observar uma grande diminuição na 
incidência das doenças na qual foram desenvolvidas vacinas. 
 
Então, a vacinação nada mais é do que um “desafio” que damos para 
nosso organismo, para estimulá-lo a preparar uma resposta eficaz 
contra o patógeno. 
Existem vários tipos de vacina, podem ser com o microrganismo vivo, 
atenuado, inativado ou até morto, dentre os tipos de vacinas, podemos 
dividi-las em 3 grupos, veja de forma resumida: 
 
 
Vacinação 
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Do que são feitas: São feitas do patógeno inteiro, podem ser 
INATIVADAS, feitas do patógeno morto, ou ATENUADAS feitas de 
patógeno vivo, neste caso enfraquecido e incapaz de produzir a doença 
em indivíduos imunocompetentes. 
Exemplo: Vacina para o Orthopoxvirus onde temos esse vírus 
atenuado (incapaz de causar doença), com a vacinação a pessoa fica 
imune contra à ameaça real que poderia causar a infecção. 
 
 
 
Orthopoxvieus, imagem que ilustra o vírus 
Adicional: As vacinas INATIVADAS normalmente precisam de doses de 
reforço, já as ATENUADAS têm como vantagem uma proteção mais 
duradoura. 
Outros exemplos: São comumente utilizadas e bem estabelecidas 
nos calendários vacinais de crianças a idosos, como, por exemplo: a 
Tríplice Bacteriana, BCG e Febre Amarela. 
 
 
 
 
 
Do que são feitas: São feitas de subunidade dos patógenos, ou seja,apresentam apenas proteínas ou fragmentos de proteínas destes 
microrganismos, é um “PEDAÇO” da bactéria. Um “PEDAÇO” do fungo e 
assim por diante. 
Exemplo: Vírus da Hepatite B, nesse caso, a resposta do sistema 
imune é direcionada EXCLUSIVAMENTE e de FORMA ESPECÍFICA contra 
um único alvo (neste caso a proteína do vírus da hepatite). 
 
 
 
 
 
Exemplo de vacina para Hepatite B 
Outros exemplos: Também são bastante utilizadas e bem 
estabelecidas nos calendários vacinais, como as vacinas da Gripe, 
HPV, Pneumonias e nas Meningites. 
 
 
Do que são feitas: São produzidas a partir de fragmentos do material 
genético (DNA ou RNA) de um patógeno, regiões genômicas conhecidas 
que uma vez dentro do organismo vão servir de “molde” para a 
produção de proteínas específicas que geram uma resposta imune 
direcionada contra infecção. 
Importante: São muito seguras e tem como vantagem uma produção 
mais rápida. 
Exemplo: Um exemplo é a vacina da COVID-19, a Pfizer – BioNTech. 
É assim, se pegássemos o material genético INTEIRO do vírus, o que 
aconteceria? Isso mesmo, quando a pessoa tivesse contato com esse 
material genético, um monte de novos vírus seria produzido, afinal. é 
nesse RNA/DNA que estão as informações para produzir todas as 
1ª geração 
Criança 
não 
vacinada 
Criança 
vacinada 
2ª geração 
Na vacina não vem 
o vírus inteiro, vêm 
só um pedaço que 
é a proteína HBs 
3ª geração 
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proteínas do vírus SARS-CoV-2, PORÉM... no caso da vacina, é pego só 
“um pedacinho” desse material genético, ou seja, as informações para 
produzir só uma proteína, entendeu? Não vai sair produzindo um monte 
de novos vírus, porque as peças estão faltando, será só uma peça do 
quebra cabeça, porém, uma peça estratégica que servirá para o 
sistema imune produzir anticorpos contra esse vírus, legal né? 
 
 
 
A parte do material genético é tirado do envoltório do vírus e colocado em uma 
membrana de lipídeos para que não seja degradada. 
 
 Bom, agora que você já viu sobre as vacinas, importante 
lembrar que o que você precisa saber é que imunologia faz 
parte da sua, da minha, da nossa vida. 
 
 
Antes de conhecer as células, é importante saber que o sistema 
imune é formado por várias células e por vários tecidos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As células do sistema imune são fabricadas na medula óssea 
vermelha, localizada nas cavidades ósseas e no tecido ósseo 
esponjoso. 
As células são formadas a partir de um único tipo de célula, a 
célula tronco hematopoiética em um processo chamado de: 
HEMATOPOIESE 
Prefixo HEMATO: Sangue 
Sufixo POIESE: Reposição 
Resumindo... 
Células tronco hematopoiéticas são células que se multiplicam e se 
transformam em qualquer célula do sangue, inclusive... nas células 
do sistema imune, BINGO!!! 
 
E essas células formadas são variadas e possuem funções 
diferentes, a partir da célula tronco, podemos ter dois 
progenitores: 
 
Progenitor mieloide: Dará origem às células mieloides 
como célula dendrítica, macrófago e Eosinófilo. 
Progenitor Linfoide: Dará origem às células linfoides como 
Linfócito B, T e célula NK. 
 
 
 
 
 
Camada 
lipídica 
“parte” do material 
genético Vírus inteiro Conjugado 
pronto na vacina 
Origem das células do sist. Imune 
De onde são as Células imunológicas 
Hematopoiese 
O que faz a célula tronco dar origem à uma 
determinada outra célula são os fatores de 
estimulo, substâncias que funcionam como se 
fossem “sinais de comando” 
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Uma imagem que demonstra as ramificações a partir da célula tronco hematopoiética pluripotente 
 
Maturação celular 
Fonte: Imunobiologia de Janeway; Artmed; 8ª edição (18 fevereiro 2014). 
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 Os leucócitos, assim chamados, ou glóbulos brancos, 
participam do sistema imune, sua produção é contínua e eles 
podem ficar circulando na corrente sanguínea por dias, 
semanas e até meses. 
Principais Leucócitos 
 Temos vários tipos de leucócitos, falaremos sobre os 
principais aqui nesse resumo, sua função no organismo e suas 
principais características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os monócitos circulam no sangue periférico, onde desempenham 
importantes funções fisiológicas, das quais se destaca a sua 
capacidade de se diferenciarem em macrófagos ou células 
dendríticas ao migrarem para os tecidos. 
Classificação: Fagócitos Mononucleares, linhagem mielóide 
Célula imatura: Monócito 
Ciclo de vida: progenitores produzidos na medula óssea 
diferenciam-se em monócitos (circulação) e então em macrófagos 
(tecido). Possuem tempo de vida média-longa. 
Função: Fagocitam ativamente organismos. Região citoplasmática 
possui atividade microbicida (lisossomos com enzimas e produtos da 
respiração celular). Neutralização, ingestão e destruição de 
partículas, processamento e apresentação de antígenos aos 
linfócitos T. 
Quantidade no sangue: de 3% - 10% 
 
 
 
 
 
 
 
 
São encontradas principalmente na pele, mucosa e órgãos linfoides, 
as células dendríticas são células apresentadoras de antígenos 
capazes de iniciar e regular a resposta imune. 
Classificação: Fagócitos Mononucleares, linhagem mielóide 
Célula imatura: Monócito 
Ciclo de vida: progenitores produzidos na medula óssea 
diferenciam-se em monócitos (circulação) e então em células 
dendríticas (tecido). Possuem tempo de vida média-longa. 
Função: Possui papel fundamental ligando a imunidade inata à 
adquirida, e essa função se dá graças a um sofisticado mecanismo 
que reconhece moléculas não próprias e sinais de “perigo”. Além 
disso, sua capacidade de migrar pelo organismo possibilita que 
capturem antígenos em diversos órgãos, como epitélio e mucosas, 
e os levem até os tecidos linfoides, onde ocorre a apresentação 
destes para os linfócitos T. 
 
 
 
 
Os neutrófilos encontram-se no sangue periférico, embora a maior 
parte esteja em estreita relação com o revestimento endotelial dos 
vasos, podendo assim desta forma migrar facilmente para o espaço 
extravascular, atravessando o endotélio sempre que seja atraído 
por agentes químicos gerados nos focos da inflamação. Além da sua 
função fagocítica, possuem mecanismos antimicrobianos muito 
eficazes, mas são células de vida curta, sobrevivendo apenas 
algumas horas. 
Classificação: Granulócitos Polimorfonucleares, linhagem Mielóide 
Célula imatura: Bastão 
Ciclo de vida: Produzidos em grande quantidade pela medula óssea 
(7 x 106 células/minuto). Circulantes no sangue e adentram os 
tecidos também. Possuem tempo de vida média curta (2-3 dias). 
Constituem a maioria dos leucócitos em humanos adultos). 
Função: Fagocitose e destruição de patógenos (interna e externa). 
Possuem proteínas antibióticas em seus grânulos. O combate a 
patógenos pode ser interno e compartimentalizado (fagolisossomos) 
ou externo, através da liberação extracelular de seus grânulos 
Quantidade no sangue: de 50 – 70% 
Macrófago 
Células do sistema imune 
VARIAÇÕES DO NOME: 
Microgliócitos – Cérebro 
Kupffer – Fígado 
Macrófagos Alveolares – Pulmão 
Osteoclasto - Osso 
 
Cél Dendrítica 
Neutrófilo 
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Células Exterminadoras Naturais (linfócitos NK – natural killer, As 
células NK, morfologicamente, são maiores quando comparados com 
os linfócitos T e B. As células NK são citotóxicas e não precisam de 
sensibilização para agir contra antígenos. Possuem vários 
mecanismos de ação, todos com a finalidade de lisar e induzir 
apoptose através da produção de granzimas e perforinas 
responsáveis pela ativação de processos que levam a destruição 
dascélulas malignas e infectadas por vírus 
Classificação: Linhagem Linfoide, 
Célula imatura: Precursor linfoide 
Ciclo de vida: Produzidos na medula óssea na forma de precursores 
linfoides, onde se diferenciam em células NK, as células NK estão 
presentes fígado, útero, baço, pulmão, tecidos linfoides secundários, 
tecidos linfoides associados à mucosa (MALT) e timo. 
Função: Os linfócitos NK têm por função o reconhecimento e 
destruição de células infectadas por vírus e de determinadas células 
tumorais. 
Quantidade no sangue: de 10 – 15% (porém são quantificados 
junto com os linfócitos totais, não se tem diferenciação entre Linf. 
B, T e NK. 
 
 
 
 
 
 
São células com papel fundamental na imunidade inata e também na 
imunidade adaptativa, principalmente, quando ativadas se 
diferenciam em plasmócitos para produzir anticorpos. São assim 
chamados por terem sido inicialmente estudados na bursa de 
Fabricius, um órgão das aves. 
Classificação: Células de origem Linfóide, 
Célula imatura: progenitor comum linfóide, derivado das células 
tronco hematopoiéticas 
Ciclo de vida: Cada célula B está geneticamente programada para 
codificar um receptor de superfície específico para um 
determinado antígeno. Este receptor é denominado de receptor de 
células B (BCR). Uma vez tendo reconhecido seu antígeno específico, 
os linfócitos B se dividem e se diferenciam em plasmócitos que 
produzem e secretam, na forma solúvel uma enorme quantidade 
destas moléculas receptoras, que também são conhecidas como 
anticorpos. 
Função: São responsáveis pela imunidade humoral, produzem 
imunoglobulinas, chamadas de anticorpos, contra antígenos 
estranhos, esses anticorpos são capazes de auxiliar no combate 
aos invasores. 
Quantidade no sangue: de 20 - 30% 
 
 
 
São assim chamados pois sofrem maturação no timo sendo também 
conhecidos pelo nome de timócitos. São responsáveis pela imunidade 
celular, organismos estranhos ou células infectadas são destruídas 
pelas células T em um complexo mecanismo. Ha vários tipos de 
linfócitos T: Linfócitos CD8+, CD4+, Treg e outros. 
Classificação: Células de origem Linfóide 
Célula imatura: Progenitor comum linfóide, derivado das células 
tronco hematopoiéticas 
Ciclo de vida: O progenitor comum linfóide, derivado das células 
tronco hematopoiéticas, origina os linfócitos, os quais são 
totalmente responsáveis pelo reconhecimento imune específico de 
patógenos e pelo desencadeamento de respostas imunes 
adaptativas. Todos os linfócitos derivam das células tronco 
hematopoiéticas mas os linfócitos T sofrem o processo de 
desenvolvimento no timo e os linfócitos B na medula óssea (em 
mamíferos adultos). 
Função: Constituem várias subpopulações diferentes com uma 
variedade de funções. Uma subpopulação interage com os fagócitos 
mononucleares auxiliando-os na destruição de patógenos e são 
chamadas de linfócitos T auxiliares do tipo 1 ou Th1. Uma outra 
subpopulação interage com células B auxiliando-as na divisão e na 
diferenciação celular e na produção de anticorpos e são conhecidas 
como células auxiliares do tipo 2 ou Th2. Um terceiro tipo de 
linfócitos é responsável por destruição de células do próprio 
hospedeiro que se tornaram infectadas por vírus ou outros 
parasitas intracelulares; esta atividade é conhecida como 
citotoxicidade e, portanto, estas células são denominadas de 
linfócitos T citotóxicos (Tc). 
Quantidade no sangue: de 20 - 30% 
 
 
 
 
Os eosinófilos são células inflamatórias, polimorfonucleares. Têm 
Natural Killer 
Linfócito B 
Linfócito T 
Eosinófilo 
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formato polimórfico, núcleo bilobulado, com grande mobilidade e 
inúmeras vesículas citoplasmáticas. 
Classificação: Granulócitos Polimorfonucleares 
Célula imatura: Progenitor mieloide de granulócito 
Ciclo de vida: Sua vida média é de aproximadamente 13 dias, sendo 
seis dias em desenvolvimento na medula óssea, um dia na circulação 
e seis dias no tecido. Os níveis sanguíneos de eosinófilos sofrem 
variações durante o dia, atingindo maior concentração à meia-noite 
e menor concentração ao meio-dia. 
Função: Possuem grânulos citoplasmáticos. Não tem grande 
atividade fagocítica. Mas tem grande importância no combate a 
patógenos grandes que não podem ser fagocitados (ex. vermes 
parasitas) através de sua degranulação e aumento de peristaltismo. 
Quantidade no sangue: de 1 – 3% 
 
 
 
 
São células que apresentam grânulos maiores que os dos neutrófilos 
e eosinófilos e núcleo grande e de formato irregular que lembra a 
letra “S”. 
Classificação: Granulócitos Polimorfonucleares 
Célula imatura: Progenitor comum linfóide, derivado das células 
tronco hematopoiéticas 
Ciclo de vida:. Os basófilos são células sanguíneas produzidas na 
medula óssea e têm meia vida no sangue estimada entre 1 e 2 dias. 
Função: Sua função é liberar histamina e heparina, funcionando, 
respectivamente, em respostas alérgicas e evitando a coagulação 
do sangue, é similar e complementar à dos eosinófilos e mastócitos., 
tendo papel em reações alérgicas também, a literatura trata o 
basófilo como “uma versão do mastócito no sangue”. 
Quantidade no sangue: de 0 - 2% 
 
 
 
 Essas células possuem diversas funções, e participam da 
resposta imune, a resposta imune pode ser dividida em 
resposta imune inata e resposta imune adaptativa (ou 
adquirida). Vamos entender com calma tudo isso. 
 
 
 
 
 Agora que você já entendeu a importância da imunologia e como ela foi 
fundamental para a qualidade de vida dos seres humanos no decorrer 
dos anos e é até hoje, vamos começar a abordar os mecanismos pelo 
qual o sistema imunológico nos defende dos patógenos. 
 
De uma maneira bem geral, dividimos em dois grupos a imunidade; 
 
A imunidade inata é responsável pela proteção inicial 
contra as infecções, proteção IMEDIATA e menos específica 
(reconhece todos os invasores de forma geral) 
Já a imunidade adaptativa ou adquirida (sim, podemos 
falar das duas formas) é responsável pela defesa mais tardia e mais 
eficaz contra as infecções., é ESPECÍFICA, mais detalhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu sei que parece complexo, mas prometo que você vai entender. 
A imunidade inata que também pode ser chamada de imunidade 
natural ou nativa (sim, são vários nomes que querem dizer a mesma 
coisa, mas foque no “ inata ” é mais convencional e utilizado com 
maior frequência). Quando eu falo de imunidade INATA, eu estou 
falando de algo que “está ali pronto” “precisou, chegou”, “na hora”, 
Imunidade Inata x Adquirida 
Funções 
Basófilo 
Importância das células 
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tipo “fast food” ou “drive thru”, o que eu quero dizer com isso? A 
IMUNIDADE INATA é o tipo de defesa que está sempre presente 
nos indivíduos saudáveis, é a linha de frente, o soldado de chumbo, 
estando preparada para barrar a entrada de patógenos, vulgo 
microrganismos. 
 
Você deve estar se perguntando, ok.. mas 
o que faz parte da imunidade inata? 
Ainda não entendi muito bem 
 
Este tipo de imunidade é representado por: 
 Barreiras físicas (como por exemplo a pele e a mucosa) 
 Mecânicas (como o espirro), 
 Químicas e biológicas (mediadores químicos e enzimas), 
 
 
Se o patógeno consegue driblar essas defesas iniciais e adentrar 
nos tecidos ou caírem na circulação, temos outros representantes 
que atacarão os invasores, são as células especializadas como 
macrófago, neutrófilo, células dendríticas e células Natural Killer 
(NK). Além disso, o sistema conta com diversas proteínas 
plasmáticas como por exemplo as proteínas chamadas proteínas do 
sistema complemento. 
 Todos esses mecanismos vão reconhecer e reagir aos 
microrganismos que POSSUEM A CAPACIDADE DE CAUSAR 
INFECÇÃO. 
Na imunidade Inata nós temos células que farão a “ponte” entre essaimunidade geral, “proteção imediata” e a imunidade adaptativa (imunidade 
especializada), são células chamadas de apresentadoras de antígenos 
(APCs) essas células são: 
 
 
 
 
 
Para você nunca mais esquecer quais são as células apresentadoras de 
antígeno, você pode aprender a seguinte frase “MEU DENTISTA LIGOU 
BRAVO”, ué, como assim? 
Veja: 
 
 
 
 
 
Meu : O “M” é de Macrófago 
Dentista: O “DEN” é de célula Dendrítica 
Ligou Bravo: O “LI” e o “B” é de linfócito B 
Pronto, nunca mais vai esquecer hahaha 
 
 
 Bom, já entendemos que as células APC são fundamentais 
para o reconhecimento dos invasores (antígenos) mas como 
isso acontece? 
Imagine que cada microrganismo possui um RG, isso mesmo, um registro 
geral, igual esse aí que você tem na sua carteira, vamos supor que 
todos os microrganismos possuem um RG com os seguintes números: 
 
 
MICRORGANISMO A – 133.563.80-2 
MICRORGANISMO B – 133.693.20-1 
MICRORGANISMO C – 133.658.63-6 
DICA DE QUE VALE OURO 
Como o sistema inato reconhece? 
Imunidade inata 
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Observe que todos os agentes listados acima, iniciam com “133”, você 
deve estar se perguntando, mas o que uma coisa tem a ver com outra? 
Olhe só como o sistema imune inato é interessante, lembra que eu falei 
que ele já está pronto para o ataque? Para que isso seja possível, o 
sistema imune inato não reconhece com uma ALTA especificidade cada 
detalhe do microrganismo, pensando nessa sequência de números, 
notamos que todos começam com uma sequência parecida “133”, isso 
mesmo, eles possuem algo em comum, e é nesse detalhe semelhante 
que a resposta imune inata vai trabalhar, pois uma célula pronta para 
reconhecer o “133”, consegue combater rapidamente o microrganismo 
A, B ou C, 
 Vamos trazer isso para nossa realidade 
Os componentes do sistema imunológico inato podem reconhecer 
diversos microrganismos, como vírus, bactérias ou fungos. 
Um exemplo para isso, são os fagócitos (células que realizam fagocitose, 
ex: macrófago) que possuem receptores para o lipopolissacarídio 
bacteriano (LPS), que está presente em muitos tipos diferentes de 
bactérias, ou seja, qualquer bactéria que possui LPS entrar no 
organismo (é como se fosse o “133” do nosso exemplo) as células da 
imunidade inata prontamente reconhecerão e destruirão esse agente 
patogênico. É importante destacar que em indivíduos saudáveis, essas 
células e moléculas NÃO reagem contra agentes estranhos que NÃO 
são infecciosos, nem contra células do próprio organismo, se isso 
acontecer, caracteriza-se uma doença autoimune (não se preocupe, 
falaremos sobre isso no futuro). Sabemos que a imunidade inata é 
eficiente e tem o poder de combater muitas infecções, porém como 
nem tudo é perfeito, os microrganismos patogênicos (mesma coisa que 
agentes patogênicos) evoluíram para conseguir resistir ao ataque da 
imunidade inata, eles literalmente conseguem vencer as barreiras iniciais 
e causar danos ao organismo do indivíduo. 
Esse é o grande problema, afinal, se esse patógeno não é eliminado pelo 
sistema imune inato, ele está livre para poder se multiplicar, lesionar 
célula ou destruir tecido, correto? 
ERRADO!! 
Quem entra em jogo agora é o sistema imune ADAPTATIVO ou 
ADQUIRIDO, que é um tipo de defesa que se adapta (faz sentido, não 
é? “adapta”... Adaptativo) exclusivamente ao agente invasor, com o 
intuito de arquitetar uma resposta específica contra ele. 
 
 
Como já falamos, quando os microrganismos conseguem “burlar” as 
barreiras naturais, temos um sistema pronto para lidar com essa 
situação. Usaremos aqui um exemplo para uma bactéria extracelular. 
RESPOSTA À UMA BACTÉRIA EXTRACELULAR 
A importância das barreiras naturais no combate às infecções 
bacterianas extracelulares é bem reconhecida. A integridade da pele e 
das mucosas impede a aderência e a penetração de bactérias; o 
movimento mucociliar elimina bactérias do trato respiratório; o pH ácido 
do estômago destrói bactérias que penetram pelo trato digestivo alto; 
e na saliva e secreções prostáticas existem substâncias com atividade 
antimicrobiana, quando o microrganismo passa por tudo isso, precisamos 
estar preparados! 
 
O reconhecimento 
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 Exemplos 
PAMP: LIPIDEOS; RNA; LPS; FLAGELINA; Vírus 
PRR: Toll Like receptor, SCAVENGER, Receptor 
de MANOSE; Receptor FC 
DAMP: Proteínas S100, Proteínas de Choque 
Térmico (HSPs) 
 
 
As células APC reconhecem os patógenos através de receptores que 
são chamados de RECEPTORES DE RECONHECIMENTO DE PADRÕES 
(PRR) presentes nos patógenos. Os PRRs são capazes de reconhecer 
os “PAMPs” que são PADRÕES MOLECULARES ASSOCIADOS AOS 
PATÓGENOS ou os DAMPs que são os PADRÕES MOLECULARES 
ASSOCIADOS AO DANO. 
 
 
 
 
 
Sobre os receptores do tipo Toll, temos vários receptores diferentes, 
que reconhecem estruturas diferentes, estão distribuídos em 
localizações estratégicas na célula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após reconhecer o antígeno (patógeno) a célula APC irá fagocitar e 
processar para apresentar esse antígeno aos linfócitos T para que haja 
uma resposta imune específica. 
 Como nesse caso é uma bactéria EXTRACELULAR que foi 
FAGOCITADA, a apresentação será por MHC de classe II ao 
linfócito T CD4+ (auxiliar) 
Fonte: Imunobiologia de Janeway; Artmed; 8ª edição (18 fevereiro 2014). 
Fonte: Imunobiologia de Janeway; Artmed; 8ª edição (18 fevereiro 
2014). 
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 Se fosse um microrganismo INTRACELULAR, ele seria 
processado e apresentado na forma de MHC de classe I para 
o linfócito T CD8+. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na imunidade adaptativa, é formada uma resposta específica contra 
“detalhes” do antígeno, não é mais a região “133” e sim a parte do RG 
que caracteriza CADA microrganismo. 
 
 
 
 
 
 
O sistema imune adaptativo é formado pelos linfócitos (T e B) e seus 
produtos (anticorpos, citocinas), eu poderia falar um monte sobre isso, 
detalhar que quando uma célula da imunidade inata (macrófago) vai e 
apresenta através de uma molécula chamada MHC que pode ser de 
classe I ou II um antígeno ao linfócito T que é ativado e produz uma 
citocina chamada Interferon-gama (IFNy) que se liga em um receptor 
do macrófago que fica hiper ativado para destruir mais microrganismos 
e eliminar mais rápido os estímulos injuriantes e consequentemente 
apresentar mais epítopos ao linfócito T e etc.... 
Se eu falasse tudo isso agora, não faria sentido para você, teria apenas 
um monte de informação solta que não está clara na sua cabeça, 
portanto, vamos continuar com o que interessa nesse primeiro 
momento. 
Basicamente, o que compõe o sistema imune adaptativo são os 
linfócitos, as citocinas e os anticorpos. 
 
 
 
 
 
 
 
Diferente da imunidade inata onde a resposta era montada para um 
grande grupo de microrganismos (lembre-se do “133”), na imunidade 
adquirida eu tenho uma especificidade muito maior, ou seja, os linfócitos 
expressam receptores que reconhecem ESPECIFICAMENTE os agentes 
patogênicos, pensando no exemplo abordado na página anterior, 
teremos então linfócitos reconhecendo de forma exclusiva o “563.80-
2” da bactéria A, o “693.20-1” da B e “658.63-6” da C. Para fazer 
sentido, vamos pensar em por exemplo um linfócito tendo receptor 
para uma sequência de aminoácidos de uma proteína presente nessa 
bactéria A. 
 Celular – ex: Linfócitos T citotóxicos 
 Humoral – ex: anticorpos 
Os anticorpos produzidos pelos plasmócitos possuem papem 
fundamental na resposta imune, são 5 tipos de anticorpos: 
 
 
 
 
 
 
ImunidadeAdaptativa 
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Anticorpo = Imunoglobulina 
São Proteínas de conformação globular 
(Imunoglobulinas) que são os principais 
mediadores da Resposta Imune Adquirida 
Humoral e reagem especificamente com os 
Antígenos 
 
 
 
 
 
 
IgM Perfaz aproximadamente 10% do conjunto de 
imunoglobulinas. Sua estrutura é pentamérica (5 anticorpos juntos), A 
IgM é encontrada principalmente no meio intravascular, sendo uma 
classe de anticorpos produzida agudamente nas fases agudas iniciais 
das doenças que desencadeiam resposta humoral. É encontrada 
também na superfície dos linfócitos B de forma monomérica, realizando 
a função de receptor de antígenos. 
 
 
 
IgA Representa 15-20% das imunoglobulinas do soro 
humano. No homem, mais de 80% da IgA ocorre sob a forma 
monomérica e está presente sangue nesta forma. É a imunoglobulina 
predominante em secreções: saliva, lágrima, leite, mucosas do trato 
gastrintestinal, trato respiratório e geniturinário. Nestas secreções ela 
encontra-se ligada a um componente secretor e forma a IgA secretora, 
composta por 2 unidades ligadas a uma cadeia J (dímero). 
 
 
IgG É uma imunoglobulina monomérica simples, 
corresponder cerca 80% das imunoglobulinas do organismo. Apresenta-
se igualmente distribuída nos compartimentos extracelulares. É o 
anticorpo principal nas respostas imunes secundárias e é o anticorpo 
de memória e o único capaz de atravessar a placenta e conferir 
imunidade ao feto. 
 
 
 
 
IgE Está presente no soro em baixas concentrações. É 
encontrada na membrana de superfície de basófilos e mastócitos. Tem 
um papel importante na imunidade ativa contra parasitas helmintos, 
atraindo os eosinófilos. 
 
 
 
IgD Está presente no soro em concentrações muito 
baixas. É encontrada na superfície de muitos linfócitos assim como IgM, 
onde provavelmente serve como receptor de antígeno. A função dela 
não está muito bem definida. 
 
 
 
 
Distribuição dos anticorpos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora, veremos uma imagem que resume as células e o tempo que 
envolve a resposta imune inata e a adquirida. 
 
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Imunidade Inata e Adaptativa 
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Alinhando conhecimento 
básico com o clínico 
 
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CASO CLÍNICO – IMUNOLOGIA 
Biomédico Thiago Nascimento CRBM 2834 
@Biodepressina @cursaucursos E-mail: contato@cursaucursos.com.br 
 
Aoow tudo bem? 
Resolver casos clínicos é muito importante para revisar, relembrar ou aprender a matéria! Isso faz 
com que você treine seu cérebro e tenha um pensamento crítico perante o caso apresentado. 
Pensando nisso, segue a história do Luciano que trabalha em uma empresa conhecida por prezar 
pela saúde dos funcionários que, em um dia de checkup, observou-se em seus exames um 
aumento de ALT, o que será que ocorreu? Vamos resolver e explicar esse problema? Bora!.... 
Luciano, de 39 anos, branco, casado, sem comorbidades ou queixas, é encaminhado ao 
ambulatório especializado em Infectologia por conta de um aumento de ALT em exames de 
checkup, que motivaram testagem sorológica Anti-VHC (reagente) nos exames periódicos na 
empresa onde trabalha. Após a triagem, foram pedidos os seguintes exames: 
Anti-VHC: Reagente 
PCR RNA VHC: 428.782 UI/ml 
ALT: 75 (normal até 40 para homens) 
Albumina: 3,9 (normal) 
Coagulograma e Bilirrubinas: sem alterações. 
AgHBs: Não Reagente; AgHBe: Não Reagente; Anti-HBc: Reagente; Anti-HBe: Reagente; Anti-
HBs: Reagente; Anti-HIV: Negativo; Alfa-feto Proteína: 5,62 (normal); 
Ultrassonografia de Fígado e Vias Biliares: sem alterações. 
Após o recebimento desses resultados, foi indicada uma biópsia hepática, cujo resultado o 
paciente veio checar hoje em consulta: 
Biópsia Hepática: Fibrose Grau 3 
Provavelmente você já sabe qual o possível diagnóstico, não é? Mas é muito importante explicar 
alguns termos relacionados à fisiopatologia da doença, pensando nisso, responda: 
 
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1. Estabeleça o diagnóstico do paciente 
2. Quais seriam os desfechos caso o paciente não fosse acidentalmente diagnosticado? 
3. Qual o papel da enzima ALT? Por qual motivo solicitam na triagem? 
4. Quais as formas de transmissão do VHC no caso do paciente? 
5. O que é fibrose Grau 4? 
 
 
 
 
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Resolução 
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CASO CLÍNICO – IMUNOLOGIA - Resolução 
 
Biomédico Thiago Nascimento CRBM 2834 
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Aoow pessoal tudo bem? 
Logo na introdução do caso nos deparamos com a primeira evidência “prezar pela saúde dos funcionários 
que, em um dia de checkup, observou-se em seus exames um aumento de ALT” 
O que é ALT? 
ALT (alanina aminotransferase) 
ALT no passado também foi denominada de transaminase glutâmico-pirúvica (TGP), é uma enzima 
encontrada livre no citoplasma dos hepatócitos, então no rompimento celular ela é liberada na corrente 
sanguínea (THRALL et al., 2015). ALT é uma enzima que tem curso de elevação agudo, mas sua elevação é 
proporcional à lesão encontrada, tendo seu pico de liberação detectado de 3 a 4 dias após a lesão, mas com 
retorno basal em até 14 dias (GONZALEZ e SILVA, 2006). 
Continuando o caso... 
“Luciano, de 39 anos, branco, casado, sem comorbidades ou queixas” 
Aparentemente o paciente não apresenta outra queixa visível, entretanto ele foi encaminhado para um 
ambulatório especializado em infectologia, porque será? 
É importante definirmos algumas coisas aqui, a ALT está concentrada no fígado, porém não é uma enzima 
produzida EXCLUSIVAMENTE pelo fígado, ou seja, ALT elevada é um indicador de lesão hepática, não um 
marcador altamente específico. 
No ambulatório, foi feito o teste sorológico (o que é um teste sorológico? Vamos aprender sobre isso no 
nosso curso). 
O teste feito foi: Anti-VHC (reagente), 
Se o teste deu “reagente” isso nos diz que houve reação antígeno-anticorpo, ou seja, deu positivo, o paciente 
possui anticorpos contra o vírus da hepatite C. 
 As técnicas para detectar doenças virais podem ser pela interação antígeno do teste com anticorpo do 
paciente ou antígeno viral com anticorpo do teste, eu sei, eu sei...as vezes parece difícil, mas gravei uma aula 
bem legal explicando sobre isso, por hora, o que você precisa saber é: DEU POSITIVO. Ou seja... Este 
marcador indica contato prévio o agente e a presença do vírus deve ser confirmada pela pesquisa qualitativa 
de HCV-RNA 
Foi feito então uma técnica de biologia molecular para amplificar o material genético do vírus: 
PCR RNA VHC: 428.782 UI/ml 
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O padrão ouro para o diagnóstico de infecção pelo VHC é a determinação do RNA do VHC através da PCR. 
O método utiliza sondas de ácido nucléico (sondas genéticas, ou primers), que são fragmentos de DNA ou 
RNA com estrutura complementar a uma sequência do ácido nucléico a ser detectado. A PCR possibilita 
ampliar sequências genéticas específicas, de tal modo que uma única molécula de DNA possa ser detectada 
na presença de milhões de outras. 
Podemos observar uma quantidade expressiva de RNA viral, confirmando o diagnóstico. 
ALT: 75 (normal até 40 para homens): ALT alterado como já discutimos. 
Albumina:3,9 (normal): A albumina é a proteína mais presente no plasma, a parte líquida do sangue. Impede 
que a água saia dos vasos sanguíneos e transporta hormônios, vitaminas, medicamentos e outras 
substâncias. É produzida no fígado. Sua concentração diminui em doenças hepáticas, em doenças renais 
que causam síndrome nefrótica e quando há desnutrição, e pode aumentar quando há desidratação. 
Coagulograma e Bilirrubinas: sem alterações. 
Vamos entender um pouco sobre as Bilirrubinas? 
A bilirrubina é o produto da degradação da hemoglobina nos eritrócitos. Aproximadamente 80% da 
bilirrubina é formada pela decomposição do grupo heme e o restante vem das moléculas heme em outras 
proteínas. O heme é convertido para biliverdina que é transformada em bilirrubina. No plasma a bilirrubina 
se liga à albumina, visto que é insolúvel neste meio. A bilirrubina não conjugada ou indireta (BI) é a bilirrubina 
ligada à albumina. No hepatócito ocorre a captação da BI, a conjugação, isto é, a BI sofre transformação pela 
enzima glucoronil-transferase na bilirrubina direta (BD) ou conjugada, tornando-se polar e hidrossolúvel e 
capaz de ser excretada através da bile. A bile, ao ser excretada no lúmen intestinal, é metabolizada por 
bactérias e forma-se o urobilinogênio que é reabsorvido e excretado na urina e o restante é excretado nas 
fezes. 
“AgHBs: Não Reagente; AgHBe: Não Reagente; Anti-HBc: Reagente; Anti-HBe: Reagente; Anti-HBs: 
Reagente; Anti-HIV: Negativo; Alfa-feto Proteína: 5,62 (normal); “ 
Precisamos aqui entender o que significam estes termos. 
Ag: é a presença do antígeno 
Anti: é a presença do anticorpo 
HBsAg Primeiro marcador sorológico a aparecer na infecção aguda, em torno de quatro semanas após a 
exposição ao vírus, declinando a níveis indetectáveis em até 24 semanas. 
HBeAg Caracteriza a fase de replicação viral e, quando reagente, indica alta infecciosidade. 
Anti-Hbc: É utilizado na triagem para a hepatite B por detectar tanto o anticorpo IgG quanto o anticorpo 
IgM. 
Anti-HBe: Surge após o desaparecimento do HBeAg e indica o fim da fase de replicação viral. 
Anti-HBs: Anticorpo contra o antígeno de superfície do vírus da hepatite B. É o único anticorpo que confere 
imunidade contra o VHB. Esse marcador está geralmente presente entre a primeira e a décima (1ª-10ª) 
semana após o desaparecimento do HBsAg, e indica imunidade ativa (contato prévio com o vírus ou resposta 
vacinal). Também é detectado na imunidade passiva (uso da imunoglobulina anti-hepatite B ou transferência 
de anticorpos maternos durante a gestação). 
O que entendemos com isso tudo? 
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Paciente possui anticorpos contra hepatite B, paciente tem imunidade contra hepatite B. 
“US Fígado e Vias Biliares: sem alterações. Após o recebimento desses resultados, foi indicada uma biópsia 
hepática, cujo resultado o paciente veio checar hoje em consulta: 
Biópsia Hepática: Fibrose Grau 3” 
 
Provavelmente você já sabe qual o possível diagnóstico, não é? Mas é muito importante explicar alguns 
termos relacionados à fisiopatologia da doença, pensando nisso, responda: 
 
1. Estabeleça o diagnóstico do paciente 
Hepatite C 
2. Quais seriam os desfechos caso o paciente não fosse acidentalmente diagnosticado? 
A lesão persistiria, se o paciente não fosse tratado, poderia evoluir para cirrose hepática característica 
e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia 
hepática) e carcinoma hepato-celular. 
3. Qual o papel da enzima ALT? Por qual motivo solicitam na triagem? 
Questão já abordada durante a elucidação do caso. 
4. Quais as formas de transmissão do VHC no caso do paciente? 
A transmissão ocorre principalmente por via parenteral. São consideradas populações de risco acrescido: 
indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993, pessoas que 
compartilham material para uso de drogas injetáveis, inaláveis, tatuagem, "piercing" ou que apresentem 
outras formas de exposição percutânea. A transmissão sexual pode ocorrer principalmente em pessoas 
com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco acrescido (sem uso de preservativo). A transmissão 
perinatal é possível e ocorre quase sempre no momento do parto ou logo após. A transmissão intra-
uterina é incomum. A média de infecção em crianças nascidas de mães VHC positivas é de 
aproximadamente 6%, havendo co-infecção com HIV sobe para 17%. A transmissão pode estar associada 
ao genótipo e carga viral elevada do VHC. Apesar da possibilidade da transmissão através do aleitamento 
materno (partículas virais foram demonstradas no colostro e leite materno), não há até agora evidências 
conclusivas de aumento do risco à transmissão, exceto na ocorrência de fissuras ou sangramento nos 
mamilos. 
5. O que é fibrose Grau 4? 
Aqui acredito que houve um erro de digitação, o caso aborda fibrose grau 3, mas vamos falar sobre todos: 
F0: Fígado sem fibrose 
F1: Fibrose leve 
F2: Fibrose moderada 
F3: Fibrose avançada 
F4: Fibrose severa ou cirrose 
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Bom galera, essa foi uma resolução resumida de caso, espero que você tenha aprendido alguns conceitos 
sobre a doença e entendido como são casos clínicos. Não se esqueça de nos seguir nas redes sociais e acompanhar 
nosso trabalho. Até a próxima. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 Referências principais: ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. H. I. V. Imunologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2012. MALE, D.; BROSTOFF, J. Broth, D.; ROITT, I. Imunologia. 8ª. Edição. Editora Elsevier. 2014. 
 MURPHY,K.. Imunobiologia de Janeway. 8ª Edição. Editora ARTMED. 
 MEDICAL IMMUNOLOGY, 9a Edição Daniel P. Stites, Abba I, Terr, Tristram G. Parslow. 
 Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso, Volume 1, 3ª edição, pág. 219 - Ministério da Saúde Brasília/DF - junho 
2004. 
 MATTOS A. A. Tratado de hepatologia, 1 ed. Rubio, Rio de Janeiro, p. 960, 2010. 
 Vidyasagar R, Guruprasad P. Jaundice: applying lessons from physiology. Hepatopancreatobiliary I. Surgery 2008; 27:1. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Material instrucional para capacitação em vigilância 
epidemiológica das hepatites virais. Brasília, 2008b. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Portaria n° 2.561, de 28 de outubro de 2009. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Hepatite Viral Crônica 
B e Coinfecções. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 nov. 2009. 
 
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